31 de maio de 2020

O CAMINHO DO TRABALHADOR DA LUZ

Jeshua, está intimamente conectado a nós pelo seu coração.
Somos profundamente ligados e existe um nível no qual somos um.
A consciência unificada que nos une, pode ser sentida como uma energia de liberdade, criatividade, bondade e alegria.
Esta é a nossa verdadeira origem e o nosso verdadeiro lar.
Agora nós estamos manifestados na forma física, localizado no tempo e no espaço, mas é muito mais do que isso.
Sintamos a energia de Deus no nosso interior e percebamos como essa energia é simples.
Deus não está no topo de uma hierarquia, olhando para nós de cima para baixo.
Deus é o fluxo de energia que flui através de tudo: através de nós, através de todos os seres vivos da Terra, e até através das coisas que parecem inanimadas no nosso ambiente material.
Deus está em todos os lugares.
Deus não é limitado por formas.
Deus é a consciência criativa pura, conectando-se com formas materiais, no tempo e no espaço, para experimentar a vida de inúmeras maneiras diferentes.
Agora sintamos quem somos nesse imenso fluxo divino: uma centelha de luz dentro de um oceano de consciência viva, mas uma centelha indestrutível que oferece uma contribuição única ao todo.
Sintamos a força indestrutível no nosso interior; ela está aí para sempre.
Nós fazemos parte de Deus.
Nossa consciência é divinamente criativa.
Nós escolhemos o nosso caminho de vida e as nossas experiências.
Embora geralmente isto não nos pareça verdadeiro, nas profundezas do nosso ser existe uma força criativa que programa certos acontecimentos importantes na nossa vida e atrai as experiências que desejamos ter para entendermos, crescermos e nos expandirmos.
Essencialmente, nós nunca somos uma vítima neste mundo.
No âmago do nosso ser, nós nunca somos verdadeiramente impotentes nem arruinados. Porque, nesse âmago, está a centelha de Deus que diz “sim” às experiências pelas quais passamos na forma física, e que sabe que somos capazes de aprender com elas, para que a nossa consciência se torne ainda mais ampla e compassiva.
Acolhamos esse poder criativo interior, que atraí para nós a vida que experienciamos agora. Acolhamos a nossa vida com todos seus altos e baixos. 
Nós temos o poder de vivê-la bem.
A maior satisfação que encontraremos será lembrarmos-nos quem somos enquanto estivermos na forma física, presos nas exigências e nos desafios da vida na Terra.
A recordação de quem somos é que permite que a centelha de luz divina se conecte totalmente com o nosso eu humano. 
Entregarmos-nos a essa centelha de luz criativa, ilimitada, no nosso interior, mudará a nossa vida e mudará também a vida de outras pessoas.
Nós que estamos lendo isto e que nos sentimos atraídos pela energia Crística, somos alguém que deseja irradiar a nossa luz interior para o mundo.
Nós desejamos nos manifestar como um trabalhador da luz, isto é, nós sentimos o desejo de difundirmos a luz e elevarmos a consciência na Terra.
Nossa paixão é pura e real; ela vem do âmago de quem somos, da nossa alma.
É a centelha de Deus no nosso interior que nos conduz a esse desejo, pois, para Deus, é natural querermos compartilhar alegria, luz e compaixão.
Sempre que nos sentimos felizes por expressarmos aquilo que realmente somos, estamos sentindo a alegria de Deus também, pois nós e Deus somos um só coração!
Muitas vezes nós nos perguntamos o que o trabalho de luz realmente é.
O que significa difundir a luz ou oferecer a cura para outras pessoas?
Esta é a questão que abordamos.
Antes de mais nada, precisamos olhar mais de perto para o relacionamento entre as pessoas, quando uma está ajudando a outra.
Salientamos que está acontecendo uma coisa estranha na distinção que a nossa sociedade faz entre saudável e doente, ou inteiro de fragmentado.
Quando vamos ao médico com um problema de saúde, somos uma “pessoa doente necessitando tratamento”.
Os médicos devem saber alguma coisa que nós não sabemos.  
Eles são os especialistas e nós facilmente temos a sensação de que a nossa saúde está nas mãos deles.
Isto não é muito diferente quando sofremos de problemas mentais ou emocionais.
Se uma pessoa vai a um terapeuta, a um psicólogo ou a um médico, ela silenciosamente pressupõe que estes especialistas possuem algum conhecimento ou capacidade superior que pode ajudá-la a resolver suas questões.
O próprio modo em que o relacionamento entre paciente e médico ou terapeuta se define faz com que algo aconteça com a auto-percepção de ambas as partes envolvidas.
Se este relacionamento for enquadrado em termos de um ter maior conhecimento e percepção que o outro, fica subentendido que o paciente precisa do terapeuta/médico para receber alguma coisa que ele mesmo não possui e não pode dar a si próprio.
Supõe-se que o terapeuta seja integro, e que esteja oferecendo luz e cura a uma pessoa que está doente e/ou despedaçada.
Deste ponto de vista, o terapeuta ou médico está à frente do paciente e de posse de algo que ele oferece àquele que carece desse conhecimento ou capacidade. 
De uma perspectiva espiritual, este ponto de vista é falso e distorcido. 
Ele faz com que já comecemos com o pé errado.
Entretanto, ele está profundamente arraigado na nossa sociedade, nos cuidados com a saúde física e mental.
Observemos como é fácil sentirmos-nos menor do que a pessoa que nos está consultando para conselho médico ou espiritual.
Nós é que temos o problema; ela é a que tem a solução.
Uma armadilha comum para as pessoas que ajudam outras diariamente é identificar-se tanto com o papel de auxiliador a ponto de não conseguir se desapegar dele.
Elas se definem através desse papel e isto as torna dependentes dos seus pacientes, do mesmo modo que os pacientes se tornam dependentes delas.
O paciente pode sentir que precisa do terapeuta para curá-lo, mas o terapeuta também precisa do paciente para sustentar sua imagem de auxiliador – aquela pessoa entendida, grandiosa, que está disposta a compartilhar suas conquistas com os necessitados.
Neste ponto é fácil nascer um relacionamento desequilibrado, centrado em poder e dependência.
O trabalho de luz é algo muito diferente.
Para entender o que verdadeiramente é o trabalho de luz ou cura espiritual, precisamos abandonar a imagem tradicional de “terapeuta ajudando paciente” ou “médico curando paciente”.
Precisamos abandonar a própria ideia de que ajudar quer dizer dar alguma coisa a outra pessoa.
A própria ideia de que falta alguma coisa à outra pessoa é prejudicial ao nosso processo de cura.
A verdade é que a única maneira de ajudar alguém é consciencializá-lo do seu próprio poder e capacidade de curar a si mesmo.
A marca de um bom professor é que ele se faz menor em vez de maior.
Os verdadeiros professores encorajam-nos a reassumirmos o nosso poder interior e não aceitam a sugestão de que somos pequenos, necessitados e dependentes de alguém mais.
Os verdadeiros professores nunca se apresentam como autoridades. 
Isto é uma coisa tola de se fazer.
O verdadeiro presente de um curador é consciencializar a pessoa da sua própria autoridade interna, do facto de que ela é uma centelha de Deus e tem à sua disposição todo o conhecimento do qual precisa.
A cura verdadeira é muito simples. 
Ela não requer métodos elaborados nem conhecimentos. 
Estamos falando da cura para a alma.
Naturalmente, problemas físicos podem precisar da ajuda de médicos especialistas que possuem conhecimentos e capacidades específicos.
Entretanto, a cura que afecta a alma é muito simples.
Se formos até a raiz dos problemas mentais e físicos de uma pessoa, de alguma forma encontraremos a crença de que ela é impotente, desprezível, indigna de ser amada e está condenada.
A causa mais profunda é que a pessoa se sente desconectada do seu verdadeiro ser, da centelha de luz divina que ela realmente é.
Oferecer cura a uma pessoa é abrir sua lembrança do Lar, é relembrá-la da sua beleza perfeita, da sua força e inocência. 
Como se faz isso? 
Em primeiro lugar, não existe nenhum método nem remédio fixos. 
Não é um procedimento mecânico.
É uma transmissão de energia que pode acontecer de várias maneiras.
Em segundo lugar, ninguém se cura a menos que decida se abrir para a cura. 
Não se pode forçar a cura a ninguém. 
Ela é uma decisão da pessoa.
Na verdade, a cura real é uma espécie de milagre: é o nascimento de uma nova consciência na alma. 
É uma criação do indivíduo e não pode ser prevista de antemão.
Na vida de toda e qualquer pessoa existe um momento em que ela se defronta com a escolha entre a sombra e a luz.
A sombra representa a entrega ao auto-julgamento, ao ódio de si mesmo, a pensamentos negativos e ao medo.
A luz representa a abertura para a bondade, o perdão, a alegria e a abundância que são verdadeiramente a marca da divindade. 
A escolha depende de cada um.
Mesmo que o mais lindo anjo nos acene, convidando-nos a libertarmos o passado e entrarmos no reino de Deus, fundindo-nos novamente com a centelha de Luz que somos, a decisão depende de nós.
Se estivermos imersos em imagens profundamente negativas de nós mesmos ou de outra pessoa, se estivermos sob o domínio do medo e da raiva, talvez nem reparemos no anjo.
Na verdade, o anjo da cura sempre está perto de nós. 
Ele é o nosso Eu-Superior ou Eu Verdadeiro, nossa divindade tentando relembrar-nos de quem somos.
Algumas vezes na nossa vida, encontramos pessoas que fazem o papel do anjo da cura por algum tempo.
Pode ser que nem estejamos conscientes disso, mas elas nos ajudam a se lembrar de quem realmente somos.
O modo com que elas nos escutam ou falam connosco permite que uma centelha do nosso Eu Verdadeiro repentinamente penetre a nossa consciência e nos sintamos alegres e inspirados depois de estarmos com elas.
Isto pode inspirar-nos a escolher a luz, e tomar decisões na nossa vida que sirvam ao nosso Eu-Superior, à nossa paixão e amor pela vida.
A presença do anjo pode servir como um lembrete, e pode ser a chave para a mudança na nossa vida, mas mesmo assim, a decisão de confiar e dar um salto de fé é nossa. 
Só nós podemos fazer o milagre acontecer!
Nós devemos ter encontrado anjos de cura na nossa vida, e provavelmente devemos ter sido um anjo de cura para os outros em diversas ocasiões, mesmo que não soubéssemos disso.
O ponto importante aqui é que isto é o trabalho de luz.
Não se trata de curar ou consertar as pessoas, não se trata de lhes oferecer soluções para os seus problemas, não se trata de lhes ensinar certas habilidades ou conhecimentos ou regras de ética.
Todas essas acções pressupõem que lhes falta alguma coisa, que elas são pequenas e indefesas.
A cura espiritual vira esse quadro de cabeça para baixo.
Se nós temos a intenção de oferecer cura espiritual para uma pessoa, o que lhe oferecemos é realmente uma mudança de percepção.
Em vez de nos concentrarmos nos problemas dela, nas suas questões e nos seus sentimentos de impotência, nós nos concentramos na essência da pessoa, na sua inteireza, na sua beleza radiante.
Se existe alguma coisa que um curador espiritual pode oferecer, esta é a dádiva da verdadeira visão.
Se formos capazes de olhar através da dor, da raiva, do medo e do comportamento auto-destrutivo de uma pessoa e enxergarmos o anjo de luz em nosso rosto, nós lhe oferecemos algo muito precioso.
Ao vermos a essência verdadeira da pessoa, invocamos essa essência e a convidamos a se apresentar.
O que Jeshua fez, quando realizou as supostas curas milagrosas, durante a sua vida na Terra como Jesus, foi entrar em contacto com a essência divina das pessoas.
Quando Ele via e sentia a centelha divina em alguém, essa essência despertava e era ela que realizava a cura, não Ele.
A recordação da própria divindade é que restaurava a saúde mental e até mesmo física daquelas pessoas.
Esses encontros nem sempre resultavam em cura, porque sempre dependiam de o indivíduo abrir-se ou não para a cura.
O milagre estava nas mãos do interessado, e isto é importante lembrar sempre que trabalhamos com pessoas com o propósito de cura.
Toda cura espiritual vem de dentro. 
Nós não curamos ninguém como trabalhador da luz. 
Nós criamos um espaço de abertura, de não-julgamento, que convida o outro a olhar para si mesmo de uma forma aberta e compassiva.
Em vez de tentarmos resolver qualquer problema externo, contactamos a alma do outro e mantemos uma visão de confiança e clareza para ele. 
Esta é a forma de ser do trabalhador da luz.
Nós tentamos devolver ao outro a nossa própria grandeza, em vez de nos concentrarmos na sua pequenez.
Trabalhar com uma pessoa no nível da alma significa mostrar-lhe a responsabilidade que ela tem por sua própria vida.
Se fizermos isto amorosamente e sem julgamento, a pessoa não vai sentir que essa responsabilidade seja um fardo; vai sentir que assumir a responsabilidade é libertador e que a ajuda a reassumir o seu poder pessoal.
Ao acreditar realmente nos poderes criativos do outro, nós espelhamos a própria força dele através dos nossos olhos e palavras. 
Concentrando-nos no que é inteiro e puro no outro, reforçamos isso nele.
Nós só podemos fazer isso se acreditarmos verdadeiramente que é possível.
Se, em algum nível, duvidarmos que o outro seja capaz disso, confirmaremos o sentimento de fraqueza da pessoa, em vez de invocarmos a sua força.
Nós somos mais poderosos como curadores quando confiamos plenamente na capacidade do outro de resolver seus próprios problemas e abandonamos qualquer ideia de que ele seja dependente de nós.
Talvez sintamos que devolver a responsabilidade para o outro desta forma significa abandoná-lo ou dizer-lhe que resolva suas questões por si mesmo.
Entretanto, desfazer os laços de dependência não quer dizer que não estejamos mais à disposição do outro para ajudá-lo. 
Nós continuamos lá, mantendo a nossa fé na verdadeira força e poder interior dele, encorajando-o a ultrapassar suas limitações auto-impostas e ser tudo que ele pode ser. 
Mas ele é que vai decidir o que fazer com o espaço de cura que nós lhe oferecemos.
Sabemos que muitas vezes é difícil ver outras pessoas sofrerem, especialmente quando são nossos entes queridos.
Pode-nos parecer impossível parar de “ajudá-los”, nos desapegarmos-nos deles e pormos a nossa energia em outro lugar.
Mas, por favor, paremos por um instante e pensemos se nós estamos realmente ajudando-os desse modo.
Se eles dependem da nossa energia de bondade e apoio para se sentirem bem, como poderão algum dia enfrentar a falta de bondade e apoio deles mesmos em relação a si próprios?
No nível da alma, nós podemos estar reforçando a fraqueza deles em vez de despertar seu verdadeiro poder interior. 
Isto afecta a ambos negativamente.
Ser um trabalhador da luz ou curador espiritual significa procurar se conectar com os outros de alma para alma.
No nível da alma, todos os seres humanos são iguais e ninguém está à frente de ninguém.
Todos são centelhas da existência que nós chamamos de Deus.
No nível humano, pode parecer que uma pessoa seja mais entendida, evoluída ou sábia do que outra.
Mas, da perspectiva da alma, este tipo de julgamento torna-se obsoleto.
Todas as almas estão viajando através do universo infinito e passam por vários ciclos de experiência e crescimento.
Pode ser que nós estejamos ajudando alguém que está sofrendo de grave desequilíbrio emocional, devido às circunstâncias muito difíceis que encontrou na vida.
Pode ser que, neste ponto do tempo, sejamos aquele que está oferecendo ajuda.
Mais tarde, porém, quando esse ser sofredor tiver recuperado sua força, ele pode se tornar nosso professor e nos mostrar sabedoria e compaixão tão profundas, que nos surpreenderão.
Para oferecer cura espiritual ou sermos um trabalhador da luz, é importante termos sempre em mente que somos iguais aos outros no nível da alma.
É essencial que reconheçamos a nossa própria humanidade e que nós estamos realmente no mesmo barco que os outros.
Nós podemos estar mantendo um espaço de luz e compaixão para alguém, mas isto não nos torna diferentes dele, no sentido de “sermos superior” ou “estarmos acima” dele.
Não nos identifiquemos com “ser um trabalhador da luz”.
Se nos sentimos atraídos para ajudar as pessoas a descobrirem o verdadeiro poder que existe dentro delas, sigamos a nossa paixão e façamos o que amamos fazer.
O trabalho de luz pode tomar todos os tipos de formas; ele certamente não se limita a oferecer terapia.
Geralmente, se fizermos o que realmente amamos fazer, veremos que inspiraremos os outros a fazer o mesmo.
Sermos unos com a centelha de Deus no nosso coração nos conduzirá naturalmente para o tipo certo de trabalho ou de relacionamento ou de lugar para morar.
Viver a partir do coração é realmente muito simples. 
É nos conectarmos com o desejo dos nossos corações, nossa alegria verdadeira, e ousarmos agir de acordo com isso.
É isto que nos torna um trabalhador da luz, e não necessariamente o fato de “ajudar outras pessoas”.
Porque, ao trazermos para o mundo a canção exclusiva da nossa alma, nós inspiramos outras pessoas a também acreditarem em si mesmas e a trazerem o melhor de si para o planeta.
A luz se irradia naturalmente para fora.
Nós não precisamos nos preocupar sobre como difundir a luz no mundo.
Não tentemos ser bons e úteis.
Tentemos viver de acordo com a nossa natureza divina e única, e o mundo será um lugar melhor por causa disso. 

Gratidão, 
Luís Barros

30 de maio de 2020

ANJOS DA TERRA

Gaia, é a voz da Terra, e nos conhece desde sempre.
Todos os nossos passos são sentidos e reconhecidos por ela.
Em um nível mais profundo, nós somos um.
Existe uma consciência que nos envolve.
Esta consciência é majestosa e inominável.
É o espírito de Deus.
Ele é misterioso e, ao mesmo tempo, profundamente familiar.
Nas mãos desta Consciência criativa se desenrola o jogo do companheirismo.
Nós dois participamos de um jogo: somos parceiros num relacionamento que tem evoluído com o tempo.
Este relacionamento agora está pronto para transformação.
Estamos entrando em uma nova era.
A primeira vez que nos reunimos, nós ainda não éramos humanos.
Nós não possuíamos um corpo físico; não estávamos encarnados na Terra. 
Nós éramos um anjo. 
E não éramos apenas um anjo qualquer!
Nós pertencíamos a uma família de anjos que pretendia abrir caminho para uma nova aventura no cosmos. 
Do que se tratava essa aventura?
No cosmos, existe uma lei segundo a qual semelhante atrai semelhante.
Por exemplo, ao morrermos na Terra, nós somos automaticamente atraídos para uma área no mundo espiritual que reflecte o nosso estado de consciência.
Nosso retorno é um reflexo directo de como nos sentimos por dentro.
Existe uma unidade entre o interior e o exterior.
No mundo espiritual, existem reinos de luz e reinos de relativa escuridão.
Estes reinos são separados. 
Este não é o caso da Terra, ou parece que não é.
Na Terra muitos tipos diferentes de consciência estão presentes juntos e interagem uns com os outros.
Há uma grande diversidade, e assim a Terra é como um enorme caldeirão onde se misturam diferentes reinos de consciência.
Mas, mesmo aqui, nós também criamos a nossa própria realidade através do nosso estado interior de consciência.
Entretanto, isto é algo que viemos a compreender gradualmente, no decurso de uma profunda busca espiritual.
No começo, nós ficamos muito distraídos, na Terra, por um mundo externo que absolutamente não parece ser criado pela nossa própria mente.
Pelo contrário, nós parecemos ser o produto dessa realidade e não o seu criador.
No mundo espiritual, a unidade entre o interior e o exterior é simplesmente um dado concreto e palpável.
Na Terra, é preciso termos uma consciência altamente evoluída para entendermos essa unidade e assumirmos a responsabilidade por nós mesmos como criadores.
Na Terra ocorre um experimento especial.
Quando estamos aqui em forma física, é colocado um véu sobre nós para que não reconheçamos o nosso próprio poder criativo divino. 
Ele permanece aí até que despertemos e percebamos que somos Deus, no âmago do nosso ser.
Então o véu cai e nós também reconhecemos a profunda unidade subjacente que permeia todas as criaturas vivas da Terra.
O processo de despertar na Terra é intenso, e a própria existência da Terra oferece um impulso evolucionário poderoso a todo o mundo espiritual.
No mundo espiritual, especialmente, pode haver uma falta de dinamismo e mudança.
Na verdade, houve uma estagnação porque todas as esferas são impecavelmente separadas.
Mudança, crescimento e evolução acontecem quando nos encontramos e defrontamos com a diversidade.
Quando falamos de nos encontrarmos com a diversidade, não queremos dizer ter uma conversa polida com ela, mas realmente mergulhar dentro dela.
Nós aprendemos e crescemos a partir de diversas formas de consciência, não as estudando “de cima”, mas transformando-nos nelas.
Isto é exactamente o que acontece quando mergulhamos numa encarnação na Terra.
Nós mergulhamos fundo e, ao encarnar, conectamos-nos com diversos reinos de consciência.
É assim que construímos uma ponte entre reinos do ser que, de outro modo, não construiríamos.
Ser humano significa ser uma ponte entre reinos amplamente variados de consciência.
Na construção dessa ponte encontra-se a esperança de uma expansão de consciência em todos os reinos do mundo espiritual.
Mesmo o reino mais altamente evoluído do mundo espiritual ganha um impulso de crescimento e renovação com o grande experimento da Terra.
Os seres humanos são capazes de explorar os extremos da luz e das trevas e, finalmente, reconhecer a unidade por trás de todas as formas e aparências.
Quando o ser humano começa a adquirir esta consciência da unidade interior, passa a ser um criador consciente sobre a Terra, e sua presença passa a ter um efeito transformador e curador nas criaturas vivas com as quais ele entra em contacto.
Criar a consciência de unidade é o objectivo da nossa aventura na Terra.
Quando nós iniciamos este processo de cooperação, nós não éramos humanos, mas anjos.
A nossa consciência ainda não se havia ligado a nenhuma forma material, e nos sentíamos fortemente conectados com os outros anjos à nossa volta, nossos irmãos e irmãs.
Havia uma ligação tão forte entre nós que nos sentíamos e vivíamos como se fossemos células de um único organismo.
Trabalhávamos pelo bem comum de uma forma altruísta e óbvia, como se fossemos uma só mente e um só coração.
Num certo momento, ouvimos um chamado da Terra e fomos convidados a embarcar numa viagem neste planeta. Por que nós?
Para encurtar a história, nós éramos os mais ousados entre os anjos.
Éramos os destemidos, apaixonados e, sim, um tanto teimosos e obstinados.
A alegação era que nós deveríamos ser banidos do Paraíso devido ao nosso desejo de conhecimento e nossa obstinação.
E, sim, nós éramos realmente curiosos e um pouco rebeldes também. Mas isto era exactamente como deveria ser!
Vocês pensaram que Deus cometeu um erro quando nos criou? Não, Deus sabia exactamente o que estava fazendo e, a propósito, Deus não julga nada errado nem pecaminoso facilmente.
Deus é perfeitamente capaz de conviver com os seus “pecados”. 
Nós é que sofremos mais com isso.
Embora seja compreensível que nós, como seres humanos, possamos nos arrepender dos nossos próprios actos, não é sábio mantermos-nos eternamente sob o peso deles.
Neste aspecto, nós temos sofrido muito devido às religiões que enfatizaram demais a culpa e o castigo.
Deus é mais bondoso e compassivo do que nós jamais imaginaríamos que fosse possível. Nós somos perdoados antes mesmo de transgredirmos.
De todo o coração, Deus nos concede o espaço para cometermos enganos.
Ele/Ela prefere que olhemos para os nossos próprios erros com serenidade em vez de nos debatermos com isso.
Todos esses “erros” são passos na nossa jornada interior, a jornada na qual vamos conhecer a nós mesmos completamente.
Esta jornada não precisa ser em linha recta, ela é destinada a ser irregular.
Sem curvas e reviravoltas não existe nenhuma experiência, e sem experiência não há despertar.
Primeiro nós temos que “nos perder” para depois sermos capazes de voltar ao Lar conscientemente.
Nós somos um daqueles que assumimos totalmente a experiência de “nos perdermos”, com a paixão e a perseverança que o próprio Deus plantou em nossos corações.
Ao ouvirmos o chamado da Terra, entramos na sua dimensão.
E encontramos um planeta rico em vegetação, com verdes florestas, oceanos sem fim e um reino animal florescente.
Nós ficamos tocados com a beleza e a riqueza da vida que existia sobre a Terra
Sentimos-nos convidados a participar desta vida, para inspirá-la e sustentá-la com a energia angélica que estava à nossa disposição.
Gaia ficou contente com nossa chegada! Nós fomos os seus pastores; nós ajudamos a tomar conta da vida e até implantamos sementes de mudança e inovação nas formas de vida existentes. Como fizemos isto?
Estávamos tão próximos da Fonte do poder criativo, que possuíamos poderes mágicos, como diríamos hoje.
Nós nos permitíamos imaginar novas e interessantes formas de vida e estas fantasias se transformaram em sementes espirituais, que se ligaram às formas de vida já existentes.
Nós impregnamos a vida com novas ideias. 
Foi assim que ocorreu a evolução biológica.
Todas as formas de vida nasceram do Espírito. 
As formas físicas, materiais são manifestação de forças espirituais.
O espírito é muito mais forte do que imaginamos.
Nós fomos educados dentro de uma estrutura mental materialista, que nos diz que o físico – conforme é descrito pela física – é a base da realidade.
Na verdade, o oposto é a verdade. 
O espírito não é o produto da matéria inanimada.
Toda a matéria é permeada por uma consciência criativa que a sustenta.
Deixemos-mos levar pela nossa imaginação por um instante.
Lembremos-nos quem éramos naqueles tempos remotos. 
Isto é possível!
Nossa alma é aberta e ilimitada. 
Ela não conhece espaço nem tempo.
Imaginemos que flutuamos acima dos oceanos e florestas num corpo muito subtil e etéreo, e estamos encantados com a beleza que vemos, com a aventura que está prestes a ocorrer aqui.
Vejamos-nos como um ser angélico sendo guiado pela alegria e a paixão, sentindo-se livre como uma criança que pode fazer o que quiser.
Agora imaginemos que juntamos os nossos poderes para expressar a nossa sensação de alegria e respeito pela vida através de uma flor magnífica.
Permitamos que surja a imagem de uma flor que nos atrai particularmente.
Vejamos as nossas cores e sintamos-las dentro de nós mesmos.
Ouçamos a risada da flor brotando do coração dela como pequenos sinos tocando – isto é como uma música para a nossa alma.
Agora passemos esta imagem para Gaia, a Terra.
Imaginemos como ela cai no seu ventre e é nutrida ali pelos poderes físicos e etéreos que ajudam esta semente espiritual a adquirir forma material.
Foi isto que nós e os nossos companheiros fizeram naqueles tempos antigos.
Nós nos deixamos levar pelo fluxo da inspiração e impregnamos Gaia com ele.
E Gaia foi receptiva. Ela, a consciência presente neste reino material, queria ser impregnada e absorver as nossas formas-pensamentos.
Nossa parceria e cooperação tiveram origem naquele tempo.
É por isso que nós podemos nos comover tanto com a beleza da natureza e a inocência de formas de vida não-humanas.
Nós não apenas ficamos tocados por sua beleza física, mas também nos lembramos da conexão antiga que existe entre nós e a vida na Terra, e do alegre jogo do qual participamos um dia.
Nós demos a nossa contribuição para a criação de muitas formas de vida na Terra.
Como um anjo, nós fomos pai/mãe espiritual da vida na Terra. 
Vejamos como o nosso poder criativo pode chegar longe!
Nesse tempo do qual estamos falando, também havia a presença de poderes sombrios presentes no universo, e estes ficaram fascinados com o desabrochar da consciência na Terra.
Poderes sombrios nada mais são do que energias que não têm consciência de sua própria natureza divina e assim acreditam que precisam de algo externo a elas para se tornarem inteiras e completas.
Estes poderes sombrios queriam se alimentar da vida na Terra, que irradiava tanta vitalidade e energia.
Como reacção à intromissão desses poderes sombrios, nós e os outros anjos quisemos proteger a vida na Terra.
As nossas emoções eram muito parecidas com as dos pais que desejam proteger seu filho do perigo.
Para encontrarmos e nos confrontarmos com os invasores, nós precisávamos ter corpos mais densos e viver numa vibração mais densa, menos refinada e subtil do que a do reino angélico.
Essencialmente, a invasão das trevas acendeu uma paixão e um espírito de luta em nós, e isto, por sua vez, levou-nos mais profundamente para dentro da matéria.
O passo seguinte de nossas jornadas foi abandonarmos a condição de anjos e assumirmos o caminho da encarnação.
Com este passo, num certo sentido, nós perdemos a inocência.
Um pouco antes de darmos este passo, houve um momento de hesitação, em que percebemos que ao nos tornarmos mais materiais, iríamos abandonar algo muito precioso.
Nós perderíamos as asas de anjo, que simbolizam independência de tempo e espaço, independência de nascimento e morte, independência de medo e ilusão.
Entretanto, havia algo que nos atraía profundamente à aventura da encarnação.
Nós éramos anjos apaixonados e ousados.
E era assim que devia ser.
Aparentemente, a nossa jornada tomou um rumo negativo quando abandonamos a condição de anjo e nos engajamos numa batalha com as forças das trevas.
Nós nos envolvemos em vários conflitos e guerras por longo tempo.
Por outro lado, este mergulho nas profundezas permitiu que as nossas energias angélicas se espalhassem pelos recantos mais longínquos do universo.
A energia angélica é uma parte inalienável nossa que, mesmo estando temporariamente oculta, nunca nos poderá ser tirada.
Os nossos primeiros corpos mortais não eram feitos de matéria física, como a conhecemos na Terra. Eles eram muito menos densos e compactos.
Não era possível vê-los com olhos humanos.
A nossa consciência era menos focada do que é agora.
Nós ainda entravamos e saíamos de nossas formas físicas com facilidade e experimentávamos a realidade de uma forma semelhante à que experienciamos no estado de sonho.
Nós éramos menos conscientes de nós mesmos como entidades separadas, tínhamos menos consciência da nossa individualidade em oposição ao mundo exterior.
Actualmente nós estamos muito mais ligados à nossa forma física.
Muitos de nós pensamos que somos essa forma física e que pereceremos com o corpo físico.
Isto não acontecia nas nossas primeiras encarnações; de certo modo, nós éramos muito mais livres para ir e fazer o que desejássemos.
Entretanto, nós realmente nos sentíamos confusos.
Embora guiados pela intenção de lutar pela luz e proteger a vida, cada um de nós começou a ter que lidar também com suas próprias emoções sombrias, como medo, desolação e dúvida.
No momento em que começamos a lutar contra alguém ou alguma coisa, não podemos deixar de absorver parcialmente a vibração do adversário.
Se não fosse assim, não haveria um campo em comum para iniciar a batalha, e nós simplesmente abandonaríamos o outro completamente.
Como anjos, nós realmente só tínhamos sentimentos elevados.
Havia alegria, entusiasmo e um forte sentido de conexão.
Quando descemos para a estrada da encarnação, formou-se um corpo emocional ao redor da nossa alma.
Este corpo energético contém respostas emocionais que vêm à tona quando nós não percebemos a realidade do ponto de vista da unidade e conexão.
Os sentimentos dos anjos têm sua sede no coração.
As emoções que nós experienciamos quando encarnados estão relacionadas com os três centros de energia (chacras) inferiores, que, no nosso corpo, estão localizados ao redor do estômago, ventre e cóccix.
Estes três chacras formam a escada para a encarnação: através deles nós trocamos a experiência da unidade pela da dualidade.
É também através deles que subimos a escada e nos elevamos da dualidade para a unidade.
O nosso corpo emocional representa o maior obstáculo à paz interior e libertação, porque contém medo, tristeza e raiva.
Ao mesmo tempo, o caminho para a liberdade e a iluminação passa pelo corpo emocional e não ao lado dele nem ao seu redor.
À medida que o nosso corpo emocional se tornou mais pesado e denso, nós perdemos de vista a nossa origem, e surgiu a oportunidade de encarnarmos como um ser humano.
Nesse meio-tempo, tínhamos-mos tornado uma alma amplamente viajada, com experiência tanto nos aspectos luminosos quanto nos aspectos sombrios da vida.
As energias da dualidade tinham tomado conta de nós, o que significa que, durante muito tempo, acreditamos nas ilusões que ela cria.
Se vivemos na dualidade, acreditamos profundamente que estamos sozinhos, que temos medo e estamos impotentes, e que precisamos de algo externo a nós mesmos para proteger-nos, alimentar-nos e reconhecer-nos.
A partir desta ideia, nós começamos a exercer poder sobre os outros, escondendo a nossa vulnerabilidade.
Ou podemos tornarmos-nos vulneráveis demais e entregarmos o nosso poder a outros que queiram se alimentar da nossa energia.
Quer sejamos o agressor ou a vítima nesse jogo, o erro fundamental que cometemos é pensar que não podemos experimentar a plenitude dentro de nós mesmos.
Há um buraco que desejamos preencher, tanto sendo patrão quanto sendo escravo. 
Esse jogo é muito penoso, como sabemos.
Naquele passado distante, houve um momento em que percebemos isso. 
Esse foi um momento de mudança.
Nós havíamos experimentado os dois extremos do jogo e sabíamos que não havia nenhuma solução real em nenhum deles.
Sabíamos que algo deveria mudar, mas não sabíamos como.
Nós já estávamos muito distantes da liberdade e alegria originais do anjo em nosso interior.
Entretanto, o nosso corpo emocional guardava a lembrança, uma saudade de casa.
Nós sabíamos que havia algo para onde desejávamos voltar, algum Lar, um estado de ser que nos parecia um êxtase celestial.
Então, o nosso corpo emocional embarcou em um novo caminho. 
Tendo explorado os extremos da dualidade, ele começou a se voltar para dentro. 
Esta mudança de consciência criou o impulso para encarnar na Terra como um humano.
Nesse momento, o ser humano já existia na Terra como uma forma de vida biológica.
Entretanto, quando nós entramos nessa forma de vida, acrescentamos algo a ela, algo que fez com que o ser humano fosse menos animal e mais auto-consciente.
A biologia humana está relacionada com o reino animal, mas o ser humano foi forjado por poderes que não se originam apenas da evolução natural da Terra.
O que separa o homem do animal é a sua capacidade de ser auto-consciente.
Através desta capacidade, o ser humano tem condições de transformar o seu  corpo emocional e espalhar conscientemente a energia do coração sobre a Terra.
Como os reinos não-humanos da natureza irradiam a alegria e conexão dos anjos inconscientemente, é missão da humanidade transformá-las em uma energia consciente. 
Ao encarnarmos no ser humano, da forma que ele existia na Terra, nós acrescentamos algo ao desenvolvimento dele, e este acréscimo tem sido controvertido.
Por um lado, a autoconsciência traz consigo uma grande promessa; por outro lado, ela pode desviar-nos do caminho.
Ao nos tornarmos um ser humano na Terra, desejávamos reconectarmo-nos com toda a vida deste planeta e sermos o criador e guardião bondoso que uma vez fomos.
Ser humano é uma realidade rica e complicada.
Muitos aspectos da realidade se juntam no ser humano: nos somos parcialmente animal, planta e mineral; e parcialmente um ser cósmico com uma longa história galáctica.
Os seres humanos são trevas e luz, os perdidos e os salvadores, a causa de sofrimento e destruição, e ao mesmo tempo, os mensageiros da esperança, do amor e do poder criativo.
No ser humano, muitos poderes convergem com o propósito de reconexão e cooperação.
A consciência do homem traz em si a possibilidade de se conectar com reinos de existência amplamente divergentes e restabelecer a noção de unidade subjacente.
Devido à possibilidade de realizar este belo ideal, é dada à humanidade a oportunidade de cometer erros graves.
O objectivo ainda pode ser alcançado. 
A esperança ainda não está perdida.
Nesta era, a esperança surge como nunca antes. 
Grandes mudanças estão ocorrendo na consciência colectiva da humanidade.
Falemos de um momento no passado em que percebemos que a salvação não podia vir do jogo de roubar ou entregar energia, mas que a solução estava em encontrar a totalidade dentro de nós mesmos.
Esta percepção agora está germinando na consciência da humanidade. 
Ela é apenas uma semente, não é uma planta ainda.
Mas uma mudança está à mão e algo está despertando nos corações dos seres humanos.
O coração é a força de ligação entre os diversos reinos de consciência representados no homem: o terreno, o galáctico e o cósmico.
O apelo por paz e companheirismo ressoa agora através de todos esses reinos e este apelo colectivo cria uma onda de energia que envolve Gaia, a Terra.
Se nos sentirmos tocados por estas palavras e se nos reconhecermos nelas, somos um dos que ouviu este chamado do coração. 
Somos alguém que deseja contribuir para a transformação da consciência na Terra.
Gaia nos acolhe com prazer e deseja ajudar-nos.
Estamos contando esta longa história para que nos consciencializemos de quem realmente somos: somos um anjo, no âmago do nosso ser.
A nossa autoconsciência crescente ajuda Gaia. 
Se nos lembrarmos quem somos, podemos voltar a fazer uma parceria.
Gaia percebe o nosso desejo, e sente a nossa saudade. 
Vê-nos buscando o estado alegre e despreocupado que, por um lado, nos foi tão familiar um dia e, por outro lado, hoje estamos tão longe e distantes.
Agora é o momento de voltarmos a ser quem somos. 
É hora de subir a escada e abraçar o nosso corpo emocional com o nosso coração.
Envolvamos a nossa dor, a nossa sensação de peso, a nossa tristeza com a consciência angélica de doçura e compaixão que nos é natural. 
Nós podemos curar a nós mesmos.
Agora estamos nos tornando um anjo que é capaz de manter sua luz nos reinos mais densos da realidade.
Estamos nos tornando um criador consciente, que aprendeu a se manifestar tanto nos reinos da luz quanto no das trevas, sem se perder nele.
Estamos carregando uma semente da consciência que está transformando o nosso meio-ambiente.
Estamos nos tornando um professor espiritual.
Um professor espiritual não é alguém que desce dos reinos superiores para explicar ao ignorante o que é a vida.
O verdadeiro professor passou, ele mesmo, pelas trevas e estendeu sua mão para nós, não do alto, mas a partir de uma unidade profundamente sentida.
A aventura que começamos há muito tempo, como um anjo criativo está chegando ao fim.
Neste capítulo final da nossa viagem, especialmente, sós somos convidados a reconectarmos-mos com Gaia, a forma de vida na qual a nossa experiência teve lugar.
Permitamos-mos viajar em nossa imaginação, transformando-nos no sonhador e visionário que fomos um dia.
Assumamos a grandiosidade que queremos manifestar através de nós na Terra. 
Tornemos-mos novamente o anjo que graciosamente se entregou à magia da vida.
Deixemos-mos ser guiados por aquilo que nos dá alegria e inspiração.
O anjo no nosso interior não deseja nada além de se tornar totalmente humano.
Ao nos sentirmos como um ser com um anjo em nosso interior, nós trazemos a paz do Céu para a Terra. 

Gratidão, 
Luís Barros