Nós
somos aqueles que abrem a porta para a Luz, a Luz da Nova Era.
O
velho mundo está indo embora gradualmente.
As
velhas estruturas de poder e de consciência baseada no ego perderam sua força e
vão submergir graduadamente no fundo do oceano.
Está
surgindo uma nova sociedade, um novo estado, que é baseado no amor e nos
valores do coração.
Todos
nós somos uma parte grande desta transformação.
Às
vezes, não percebemos suficientemente o quanto estamos intimamente associados
com este processo de transformação.
Inclusive,
a nossa contribuição é diferente do que geralmente pensamos que ela é.
Durante
esta transição do velho para o novo, nós mesmos (nossos próprios corpos
energéticos) é que estão mudando.
Além
do corpo físico que habitamos, nós também somos uma soma de energia, parte
perceptível e parte imperceptível.
Nós
todos somos fontes de energia ambulantes.
Cada
um de nós, individualmente, irradiamos uma certa vibração, um campo de energia,
que afecta o nosso ambiente, muitas vezes sem que estejamos conscientes disso.
Esta
radiação ou campo energético é o factor determinante de tudo que acontece ao
nosso redor, de tudo que atraímos em nossas vidas.
Nós
podemos inclusive chamá-lo de “um estado de ser”.
E
é exactamente este estado de ser que permite que ocorram as mudanças na Terra.
Pois,
se muitos grupos de indivíduos mudarem e refinarem seu campo energético, isto
atrairá uma outra realidade energética para a Terra.
Esta
é a transição global que está acontecendo agora e que começa directamente no
indivíduo.
Naturalmente,
existem muitos reinos ao redor da Terra – reinos astrais e espirituais – que
estão querendo ajudar-nos a realizar esta transformação, esta Iluminação.
Mas
nós somos os guardiões do portal.
Nós
somos aqueles que, na Terra, abrem a porta para a Luz.
Se
esta porta não se abre, a Luz não pode ser incorporada à Terra.
Portanto,
é muito importante acreditarmos em nós mesmos, saber e sentir internamente que
estamos fazendo exactamente o trabalho para o qual viemos à Terra.
Todos
nós estamos trabalhando no nível interno para criar uma transformação
espiritual em nosso ser.
E
foi exactamente para isto que nós viemos: para fazer este trabalho de elevar a
nossa vibração num mundo que nem sempre concorda, ou até mesmo resiste às
nossas intenções mais puras.
Nós
somos os Trabalhadores da Luz, nós somos os pioneiros de uma Nova Era.
Através
do amor e da harmonia, nós fazemos nascer a Nova Era em nossos próprios
corações.
Desta
forma, fazendo o trabalho interior, atrairemos uma realidade material que é
muito mais bonita e sustentadora do que tem sido por várias eras.
O
importante não é tanto o que fazemos na nossa vida diária ou que profissão
temos.
Não
faz nenhuma diferença se somos carpinteiros ou donas de casa, terapeutas ou
professores, doutores ou engenheiros.
O
que realmente importa é o nosso “estado de ser”, a energia que irradiamos, a
energia que nós somos.
A
fonte da transformação não é o que nós fazemos, mas sim o que nós somos.
Nós
estamos fazendo o trabalho que viemos fazer aqui.
A
Terra está mudando.
Um
novo mundo está surgindo das cinzas dos velhos tempos.
Como
sentimos esta Nova Era internamente?!
Não
consideramos tanto os sintomas externos, mas sim os sinais internos.
Está
havendo uma grande transformação no nosso corpo emocional.
O
corpo emocional é muito sensível ao medo, à raiva e à agressão, e a todos os
sentimentos fortes que nos tiram facilmente do nosso centro.
Todos
nós estamos trabalhando no refinamento do nosso corpo emocional.
Estamos
fazendo isto através de um processo de interiorização: assumindo a
responsabilidade pelas emoções que sentimos.
Neste
processo de interiorização, não procuramos mais a causa (ou causas) dos nossos
problemas no mundo externo, mas procuramos-las dentro de nós mesmos.
Assim,
assumimos a responsabilidade pela nossa própria energia e este é um grande
passo à frente.
Logo
que assumimos a responsabilidade por tudo que existe dentro de nós, podemos nos
consciencializar das emoções bloqueadas e transformá-las.
É
exactamente nisto que estamos trabalhando agora.
Na
Nova Era o corpo emocional vai sossegar.
Nós
vamos viver de um modo muito mais intuitivo do que estamos acostumados.
O
nosso ambiente também vai estar de acordo com este modo mais intuitivo de
viver.
Haverá
paz e quietude em nossos corações.
Conseguimos
sentir o quanto estamos desejando isto?
Nós
estamos ansiando por um estado de consciência no qual a energia entre nós e os
outros possa correr livremente, no qual possamos mostrar abertamente o nosso
amor, no qual possamos confiar na segurança do mundo e nas pessoas à nossa
volta.
Um
estado de consciência no qual saibamos que tudo está bem, que podemos ser
simplesmente quem somos.
É
esta sensação de liberdade e segurança que desejamos.
Saibam
que esta energia está totalmente disponível para nós.
Mas
somos nós que devemos abrir a porta para aceitar a energia divina em nossa
alma.
Jeshua
e muitos outros “do além” estão bem ao nosso lado para ajudar-nos e
amparar-nos.
Nós
estamos realmente trabalhando em um novo nascimento.
Sintamos
o silêncio em nossos corações, sintamos o espaço interno que nos permite
libertar as velhas energias e abrir caminho para o novo.
A
liberdade pela qual todos nós estamos ansiando está próxima.
Quando
o novo está prestes a chegar, sempre há uma etapa difícil: a luta de morte do
velho.
Um
momento antes do amanhecer é a hora mais escura, quando todos os velhos medos
vêm à tona – toda a tristeza e raiva que acumulamos durante nossas vidas e em
muitas vidas anteriores, quando havia escuridão na Terra.
Tudo
isso vem à tona para ser desintegrado.
Não
nos deixemos enganar pelas aparências.
É
um bom sinal, um sinal de progresso, quando toda essa energia negativa entra na
nossa consciência.
Isto
significa que estamos suficientemente fortes para passar no teste.
Todos
nós estamos trabalhando na conclusão de um ciclo de vidas que foi dominado por
uma luta interior entre luz e escuridão, entre autoconsciência e ilusões do
poder, medo e ignorância.
Um
apelo é feito a todos nós, para que olhemos nas profundezas da nossa alma e
encontremos a luz, a chama da luz divina lá dentro.
Existem
algumas armadilhas que podemos encontrar ao libertar o velho – e todas elas
estão relacionadas com o corpo emocional e também estão profundamente ligadas
ao fato de sermos Trabalhadores da Luz.
RAIVA ESPIRITUAL
O
primeiro obstáculo é a raiva.
Estamos
falando de um tipo de raiva que é realmente motivada pelo anseio por harmonia e
justiça.
É
o que poderíamos chamar de raiva espiritual.
Explicaremos
a sua origem.
Quando
começamos o nosso ciclo de vidas na Terra, todos nós tivemos uma inspiração.
A
inspiração é fortemente ligada à energia de Cristo.
A
vinda de Jeshua (ou Jesus) à Terra foi um farol para nós, uma fonte de
inspiração.
Nós
reconhecemos nele a energia que todos temos dentro de nós
Em
épocas passadas, todos tínhamos tomado a decisão de ancorar esta energia na
Terra.
Mas,
no ciclo de vidas em que tentamos fazer isso, nós encontramos muita
resistência.
E
isto causou um dano em nosso corpo emocional.
O
corpo emocional nada mais é do que a criança dentro de nós.
Nossa
criança interior é a nossa parte vivida, livre, que age e reage espontaneamente
a partir das nossas emoções.
Esta
criança sofreu muito, durante as vidas nas quais tentamos cumprir a nossa
missão interna de semear a energia de Cristo na Terra.
Uma
parte de nós está sempre inspirada cosmicamente e, no nível do nosso Eu
Superior ou alma, nós sabemos e sentimos o significado de tudo que nos
acontece.
Nós
podemos ver as coisas do ponto de vista da luz e do conhecimento.
Mas
há uma outra parte de nós que é a nossa personalidade terrena.
Esta
é a nossa criança interior ou o nosso ego, é o nosso lado humano, como quer que
queiramos chamá-lo.
Neste
nosso nível, pode haver muito medo e falta de entendimento das coisas que estão
acontecendo-nos, mesmo que a nossa alma saiba que “está tudo bem” e que isso
serve a um propósito (mais elevado).
Durante
as nossas vidas na Terra, muitas vezes fomos inspirados a plantar sementes de
Luz na forma de novas ideias ou atitudes, mas frequentemente nós fomos mal compreendidos
pelo nosso ambiente.
Nós
fomos rejeitados, negligenciados ou até aniquilados.
E
estas experiências causaram-nos muitos traumas emocionais.
A
criança dentro de nós não entendeu porque ela havia merecido desaprovação.
A
nossa alma entendeu, mas o nosso ser terreno, o nosso corpo emocional, teve que
lidar com experiências profundamente traumáticas, que resultaram da
perseguição, violência e desaprovação.
Todos
carregamos estes traumas dentro de nós, como cicatrizes na alma.
Todos
viemos à Terra para trazer Luz para esta realidade, começando de uma história
passada bem complicada.
Também
havia uma espécie de carma pessoal envolvido, quando decidimos começar nosso
ciclo de vidas na Terra.
Houve
épocas em que nós mesmos estivemos imersos na escuridão, vivendo para conseguir
poder e controlo sobre as almas da Terra, entre outras.
Nossa
missão na Terra era se redimir dessas vidas anteriores, trazendo de volta o
amor e a justiça à espécie humana.
Ao
mesmo tempo em que esta inspiração, esta tocha de Luz, brilhava fortemente em
nossos corações, havia uma falta de compreensão por parte da nossa criança
interna.
E
assim surgiu essa questão da raiva espiritual.
A
parte criança dentro de nós não compreendia a nossa própria contribuição
cármica para a escuridão, e projectou a maldade fora de si mesma.
A
parte criança dentro de nós queria lutar pelo bem e pelo justo, por razões
emocionais.
A
parte criança dentro de nós não compreendia a resistência e a lentidão da
realidade terrena, e ficava impaciente.
A
raiva espiritual nasceu a partir dessa parte criança.
A
raiva espiritual significa que nós podemos ser imensamente afectados pelo mal
do mundo, pelo sofrimento de pessoas inocentes, pela destruição da Terra, pela
destruição das plantas, das árvores e do reino animal.
Todas
estas coisas… a desigualdade política e social, a morte aparentemente
desnecessária de milhares de crianças, as guerras, a violência… estas são
questões que nos afectam profundamente e que podem provocar raiva em nós e,
como resultado disso, sentimos-mos impotentes.
É
característica dos Trabalhadores da Luz deixar-se levar pela raiva e ir além
dos seus limites nisso.
Nós
nos perdemos em nosso desejo de mudar e melhorar o mundo.
Isto
pode ser uma vontade intensa de mudar as coisas no nível político ou social, ou
pode se manifestar como um desejo de ajudar as pessoas em um nível pessoal,
através da nossa profissão ou na sua vida privada.
Cada
vez que sentimos uma intensa indignação ou uma vontade enorme de mudar as
coisas, ou sentimos-mos impotentes e zangados com as coisas do jeito que elas
são, nós estamos na armadilha da raiva espiritual.
Nós
queremos muitas coisas ao mesmo tempo.
Nós
não estamos vendo a realidade como ela é, porque estamos tomados por uma
emoção, a emoção da raiva.
Tomemos
consciência deste facto e o libertemos, porque este tipo de inspiração, que na
verdade está carregada de raiva, tira-nos do nosso centro.
Ela
não nos proporcionará a verdadeira inspiração, a paz e a quietude do nosso
corpo emocional, que nos ajuda a incorporar a nossa Luz na Terra.
Nós
conseguimos verdadeiramente incorporar a nossa Luz na Terra, estando
inteiramente centrados no nosso próprio ser, num estado mental puro e calmo.
Neste
estado, nós podemos sentir que estamos neste mundo, mas que não somos dele.
Ser
deste mundo significa que atribuímos um valor a tudo que observamos com os
nossos sentidos: violência, guerra, doença, destruição.
Se
observarmos estas coisas apenas com os nossos sentidos físicos, nós podemos
realmente ficar com raiva.
Portanto,
dêmos um passo atrás e sintamos interiormente qual a dinâmica espiritual que
está ocorrendo nas coisas que nos incomodam.
Existe
um significado secreto no sofrimento.
Cada
alma, cada ser vivente aqui na Terra está aqui para se descobrir, para se
expressar e aprender mais a respeito do que é ser humano e espírito ao mesmo
tempo.
Cada
alma age de acordo com seu próprio caminho de desenvolvimento.
E
a nós é-nos pedido que respeitemos isto, dando um passo para trás e
concentrando-nos inteiramente em nós mesmos, na nossa própria Luz.
A
energia, a verdade, a vibração que nós irradiamos em consequência disto,
convida as pessoas (ou animais ou plantas) a entrar no nosso campo de energia e
experimentar uma vibração curadora.
Este
é o trabalho para o qual nós viemos.
Não
há nenhuma necessidade de ficarmos nas barricadas.
Não
há nenhuma necessidade de lutarmos por isto.
O
nosso verdadeiro trabalho espiritual não é fazer, mas ser.
Quando
a nossa energia espiritual está equilibrada, a energia curadora que nós
enviamos para os outros flui facilmente e sem esforço físico ou mental.
Ela
flui leve e suavemente, sem esgotar-nos
As
pessoas aparecem espontaneamente no nosso caminho e voltam-se para nós em busca
de cura.
Cada
vez que nós nos fechamos na indignação e na raiva, mesmo se for devido a alguma
injustiça ou sofrimento que achamos insuportável observar, dêmos um passo para
trás e nos movamos para o nosso próprio centro.
Entremos
no silêncio e aceitemos essas coisas como elas são.
Aceitemos
que tudo completa seu próprio ciclo e tem seu próprio desenvolvimento,
inclusive as pessoas que nos são mais queridas.
Libertemos-las
também.
É
suficiente que estejamos aí para elas, nada mais e nada menos.
DEPRESSÃO ESPIRITUAL
A
segunda armadilha que mencionarmos é a depressão ou melancolia.
Nós,
como Trabalhadores da Luz, fomos vítimas da resistência, da perseguição e da
violência.
Isto
deixou-nos cicatrizes na nossa alma.
Isto
pode ter-nos ferido tão profundamente, que nós perdemos a coragem de irradiar a
nossa Luz novamente neste mundo.
Nós
podemos ficar deprimidos com frequência e a vida pode-nos parecer sem sentido.
Nós
podemos sentir que não somos bem-vindos neste mundo e que não nos encaixamos
aqui com o nosso tipo de energia.
Nós
sentimos que somos diferentes.
Sentimentos
de depressão ou de tristeza resultam de uma falta de autoconfiança.
Por
um lado, nós podemos saber muito bem que carregamos uma luz espiritual dentro
de nós, que somos pessoas sensitivas, compassivas e sábias.
Mas,
por outro lado, há uma criança ferida dentro de nós que deseja o reconhecimento
e a apreciação do mundo exterior.
Existe
uma parte de nós que implora por atenção externa e segurança.
Mas
parece que nós nunca conseguimos o bastante disto, ou que não conseguimos
encontrar o tipo de reconhecimento que realmente buscamos, porque somos
diferentes.
Muitas
vezes, o nosso ambiente não reconhece o nosso eu verdadeiro e, portanto, não
pode admitir-nos nem nos nutrir.
A
nossa criança interior ferida nunca será curada por algo de fora, mas apenas
por nós mesmos, pelo nosso próprio poder e sabedoria.
Cuidando
da nossa própria dor e tristeza, e tendo fé em nós mesmos nos momentos em que
ninguém mais tem, é que realmente alcançamos a autoconfiança.
Uma
vez que tenhamos aberto esta fonte de poder, atrairemos outro ambiente, um que
seja o reflexo de nós mesmos e das nossas mais profundas aspirações.
Todos
os que sofrem de melancolia ou depressão espiritual experimentam um desejo
forte de transcender a realidade terrena e retornar a uma atmosfera de harmonia
e luz, na qual prevalecem a paz e a segurança.
Rogamos
às nossas almas que confiemos e nos mantenhamos firmes em nossa Luz interior
outra vez.
A
Luz que provê amor e segurança está à nossa disposição aqui e agora.
Ela
está ardendo em nossos próprios corações e está apenas nos pedindo que
focalizemos nossa atenção nela outra vez.
Ninguém
pode ajudar-nos enquanto não acreditarmos na nossa própria Luz e não a
acendermos dentro de nós mesmos.
É
extremamente importante que não nos deixemos afundar em sentimentos de desânimo
ou depressão.
Esta
é uma armadilha perigosa na qual poderíamos perder completamente o caminho,
porque nós perdemos contacto com quem realmente somos: o anjo, o ser de Luz que
vive em nós.
Nos
momentos de depressão ou nostalgia, pode nos ser útil ficarmos quietos e
simplesmente respirar.
Prestemos
atenção nos movimentos da respiração através do nosso corpo, e a cada
inspiração e expiração, nós podemos falar em voz alta (ou suavemente por
dentro): “Eu sou quem eu sou. Eu sou bom como eu sou.”
Uma
vez que abrimos ligeiramente a porta para mais autoconfiança, para o sentimento
de dignidade que realmente vem totalmente do nosso eu interior, a Luz brilhará
dentro de nós – a Luz do nosso próprio Eu Superior, a Luz da energia de Cristo
e a Luz de todos os ajudantes, guias e anjos que nos apoiam e amam nos reinos
ao redor da Terra.
O
tempo da transformação chegou.
Neste
momento, nesta época difícil, continuemos com as nossas cabeças erguidas e
focalizemos o horizonte da Nova Era.
Uma
realidade de harmonia e amor está esperando por nós; é a nossa herança e muitos
de nós vão experimentá-la ainda nesta vida.
A
chave é ter fé em nós mesmos e confiar que seremos providos de tudo que
necessitarmos.
Não
tenhamos medo do escuro, porque a Luz é mais forte.
A
Luz nunca será derrotada.
A
Luz está esperando com amor e paciência até que estendamos nossas mãos e
abrimos a porta.
MEDO DA NOSSA PRÓPRIA FORÇA
Mencionamos
um outro obstáculo que causa muita comoção no nosso corpo emocional.
Ainda
estamos falando das energias que nos impedem de alcançar a paz interior e a
claridade.
Pode
ser raiva, pode ser depressão, mas também pode ser medo, e este é o terceiro
obstáculo.
O
medo tem a ver principalmente com a falta de confiança em nossa próprias
inspirações, sentimentos e intuições.
Se
duvidamos dos nossos próprios sentimentos, preocupamos-nos muito e invocamos
toda uma série de emoções que nos levam cada vez mais longe do nosso centro.
Quando
estamos cheios de medo, a nossa intuição é bloqueada.
O
intelecto e as emoções tomam as rédeas da situação e em seguida criam uma
situação de pânico e caos.
Pois
o intelecto e as emoções precisam da intuição, do coração, como base.
Só
assim eles podem servir-nos de uma forma útil.
Se
abandonarmos o coração, o intelecto fará horas extras e as emoções não terão um
instante de paz.
Então
o medo pode tomar conta de nós e se manifestar em todos os tipos de situações.
Nós
podemos duvidar da nossa capacidade de fazer as coisas que normalmente somos
capazes de fazer.
Nós
podemos começar a questionar o óbvio e transformar tudo em problema.
Uma
espécie de nervosismo dentro de nós torna impossível estarmos a sós connosco
mesmos de uma forma quieta e pacífica.
A
chave aqui é libertarmos-nos de todas as preocupações e voltarmos para o
coração, para os seus sentimentos.
O
que realmente sentimos, por trás de todos esses pensamentos agitados e emoções
confusas? Respirando calmamente pelo abdome, nós conseguimos voltar às nossas
bases.
Então,
podemos sentir um alívio por dentro, um ponto de silêncio que está além dos
nossos pensamentos e emoções.
E
podemos perceber os nossos pensamentos e emoções como uma nuvem que nos rodeia,
uma nuvem na qual podemos focalizar ou não a nossa atenção.
Então
teremos redescoberto o nosso senso de liberdade, a nossa capacidade de escolher
determinado pensamento ou emoção.
Se
acreditarmos que os nossos pensamentos são verdadeiros e que as suas emoções
são verdadeiras, nós seremos totalmente
absorvidos por eles e continuaremos seguindo a trilha desses pensamentos e
emoções.
Mas
é possível dar um passo para trás e dizer: “Chega. Eu abandono estes pensamentos
e emoções pelo que eles são e volto ao meu centro. Vou me aprofundar em mim
mesmo e sentir o que está realmente acontecendo e porque eu estou alimentando
estes pensamentos e emoções agora.”
Assim
que dermos este passo para trás, encontraremos a nossa própria força.
A
nossa autoconfiança fluirá livremente outra vez.
As
nuvens escuras se dissolverão e a paz e claridade retornarão.
Este
passo deve ser repetido frequentemente, pois a natureza intuitiva, a vivência a
partir do coração, ainda não se tornou evidente para nós.
Portanto,
nós experienciamos muito medo.
Nós
estamos libertando velhas certezas.
Nós
já não confiamos incondicionalmente no que o nosso pai e a nossa mãe nos
disseram, no que os nossos professores nos ensinaram ou nas regras que os
nossos patrões nos prescreveram.
Nós
já não confiamos cegamente nos resultados do intelecto ou da ciência.
E
nós também sabemos o quanto as nossas emoções podem ser instáveis e que nem
sempre elas são uma medida da verdade.
Porque
nós libertamos todas estas certezas – e isto pode ser um sinal de força – os
medos podem vir à tona e nós podemos sentir como se estivéssemos vagueando sozinhos
num oceano turbulento.
No
entanto, é justamente esta situação que realmente força-nos a nos voltarmos
para dentro e sentirmos, nas profundezas do nosso ser, a partir do nosso
próprio e único centro: “Quem sou eu? Qual é a minha posição no mundo? Eu não
me deixo ser guiado pelo mundo externo, mas apenas pela minha própria bússola
interna.”
É
através desta bússola que entraremos na Nova Terra.
Toda
vez que entramos em contacto com o nosso próprio centro e damos um passo para
trás, encontramos uma claridade renovada dentro da nossa alma.
Desse
ponto, podemos observar as nossas emoções, sem sermos absorvidos por elas.
Nós
podemos observar a nossa raiva e enviar amor para ela.
Nós
podemos observar a nossa depressão e estender a nós próprios uma mão amiga.
Nós
podemos olhar para o nosso medo e enviar-lhe a energia da libertação.
Nós
somos nosso próprio Messias.
Não
existe nenhum Messias fora de nós.
Existem
milhares de Messias querendo entrar em contacto connosco, mas somente nós
podemos abrir a porta do nosso coração e aceitar a Luz.
Isto
é basicamente do que se trata a chegada da Nova Era: nós abrindo os nossos
corações.
Nós
somos aqueles que realmente vivem na Terra; nós somos os ajudantes.
Nós
somos aqueles que tomam a acção.
Nós
somos valentes, nós somos corajosos.
Nós
somos os guerreiros da Nova Era.
Acreditemos
no nosso eu interior e na nossa missão.
E
todas as vezes que nos sentirmos dominados por emoções pesadas, por pensamentos
escuros, tomemos uns instantes de descanso e façamos contacto com o nosso eu
interior, o centro de silêncio dentro de nós mesmos.
Esta
é a âncora da Nova Era.
A
âncora já foi lançada.
A
paz já existe nos nossos corações.
A
única coisa que precisamos agora é saberemos voltar para o coração, vez após
vez, e continuarmos nos ancorando mais e mais nesse foco de paz e claridade.
Não
acreditemos na comoção.
Ela
não nos trará a verdade.
Não
acreditemos no drama, nas emoções intensas.
Mas
acreditem, sim, na voz silenciosa, pacífica e clara dos nossos corações e
estejamos conscientes de que nós não estamos sozinhos.
Outros
permanecem ao nosso lado, a cada passo que damos neste caminho.
Aceitem
meu amor.
Gratidão,
Luís
Barros