12 de maio de 2020

OS GUARDIÕES DO PORTAL

Nós somos os guardiões do portal para a Luz.
Nós somos aqueles que abrem a porta para a Luz, a Luz da Nova Era.
O velho mundo está indo embora gradualmente.
As velhas estruturas de poder e de consciência baseada no ego perderam sua força e vão submergir graduadamente no fundo do oceano.
Está surgindo uma nova sociedade, um novo estado, que é baseado no amor e nos valores do coração.
Todos nós somos uma parte grande desta transformação.
Às vezes, não percebemos suficientemente o quanto estamos intimamente associados com este processo de transformação.
Inclusive, a nossa contribuição é diferente do que geralmente pensamos que ela é.
Durante esta transição do velho para o novo, nós mesmos (nossos próprios corpos energéticos) é que estão mudando.
Além do corpo físico que habitamos, nós também somos uma soma de energia, parte perceptível e parte imperceptível.
Nós todos somos fontes de energia ambulantes.
Cada um de nós, individualmente, irradiamos uma certa vibração, um campo de energia, que afecta o nosso ambiente, muitas vezes sem que estejamos conscientes disso.
Esta radiação ou campo energético é o factor determinante de tudo que acontece ao nosso redor, de tudo que atraímos em nossas vidas.
Nós podemos inclusive chamá-lo de “um estado de ser”.
E é exactamente este estado de ser que permite que ocorram as mudanças na Terra.
Pois, se muitos grupos de indivíduos mudarem e refinarem seu campo energético, isto atrairá uma outra realidade energética para a Terra.
Esta é a transição global que está acontecendo agora e que começa directamente no indivíduo.
Naturalmente, existem muitos reinos ao redor da Terra – reinos astrais e espirituais – que estão querendo ajudar-nos a realizar esta transformação, esta Iluminação.
Mas nós somos os guardiões do portal.
Nós somos aqueles que, na Terra, abrem a porta para a Luz.
Se esta porta não se abre, a Luz não pode ser incorporada à Terra.
Portanto, é muito importante acreditarmos em nós mesmos, saber e sentir internamente que estamos fazendo exactamente o trabalho para o qual viemos à Terra.
Todos nós estamos trabalhando no nível interno para criar uma transformação espiritual em nosso ser.
E foi exactamente para isto que nós viemos: para fazer este trabalho de elevar a nossa vibração num mundo que nem sempre concorda, ou até mesmo resiste às nossas intenções mais puras.
Nós somos os Trabalhadores da Luz, nós somos os pioneiros de uma Nova Era.
Através do amor e da harmonia, nós fazemos nascer a Nova Era em nossos próprios corações.
Desta forma, fazendo o trabalho interior, atrairemos uma realidade material que é muito mais bonita e sustentadora do que tem sido por várias eras. 
O importante não é tanto o que fazemos na nossa vida diária ou que profissão temos.
Não faz nenhuma diferença se somos carpinteiros ou donas de casa, terapeutas ou professores, doutores ou engenheiros.
O que realmente importa é o nosso “estado de ser”, a energia que irradiamos, a energia que nós somos.
A fonte da transformação não é o que nós fazemos, mas sim o que nós somos. 
Nós estamos fazendo o trabalho que viemos fazer aqui.
A Terra está mudando.
Um novo mundo está surgindo das cinzas dos velhos tempos.
Como sentimos esta Nova Era internamente?!
Não consideramos tanto os sintomas externos, mas sim os sinais internos.
Está havendo uma grande transformação no nosso corpo emocional.
O corpo emocional é muito sensível ao medo, à raiva e à agressão, e a todos os sentimentos fortes que nos tiram facilmente do nosso centro.
Todos nós estamos trabalhando no refinamento do nosso corpo emocional.
Estamos fazendo isto através de um processo de interiorização: assumindo a responsabilidade pelas emoções que sentimos.
Neste processo de interiorização, não procuramos mais a causa (ou causas) dos nossos problemas no mundo externo, mas procuramos-las dentro de nós mesmos.
Assim, assumimos a responsabilidade pela nossa própria energia e este é um grande passo à frente.
Logo que assumimos a responsabilidade por tudo que existe dentro de nós, podemos nos consciencializar das emoções bloqueadas e transformá-las.
É exactamente nisto que estamos trabalhando agora.
Na Nova Era o corpo emocional vai sossegar.
Nós vamos viver de um modo muito mais intuitivo do que estamos acostumados.
O nosso ambiente também vai estar de acordo com este modo mais intuitivo de viver.
Haverá paz e quietude em nossos corações.
Conseguimos sentir o quanto estamos desejando isto?
Nós estamos ansiando por um estado de consciência no qual a energia entre nós e os outros possa correr livremente, no qual possamos mostrar abertamente o nosso amor, no qual possamos confiar na segurança do mundo e nas pessoas à nossa volta.
Um estado de consciência no qual saibamos que tudo está bem, que podemos ser simplesmente quem somos.
É esta sensação de liberdade e segurança que desejamos.
Saibam que esta energia está totalmente disponível para nós.
Mas somos nós que devemos abrir a porta para aceitar a energia divina em nossa alma.
Jeshua e muitos outros “do além” estão bem ao nosso lado para ajudar-nos e amparar-nos.
Nós estamos realmente trabalhando em um novo nascimento.
Sintamos o silêncio em nossos corações, sintamos o espaço interno que nos permite libertar as velhas energias e abrir caminho para o novo.
A liberdade pela qual todos nós estamos ansiando está próxima. 
Quando o novo está prestes a chegar, sempre há uma etapa difícil: a luta de morte do velho.
Um momento antes do amanhecer é a hora mais escura, quando todos os velhos medos vêm à tona – toda a tristeza e raiva que acumulamos durante nossas vidas e em muitas vidas anteriores, quando havia escuridão na Terra.
Tudo isso vem à tona para ser desintegrado.
Não nos deixemos enganar pelas aparências.
É um bom sinal, um sinal de progresso, quando toda essa energia negativa entra na nossa consciência.
Isto significa que estamos suficientemente fortes para passar no teste. 
Todos nós estamos trabalhando na conclusão de um ciclo de vidas que foi dominado por uma luta interior entre luz e escuridão, entre autoconsciência e ilusões do poder, medo e ignorância.
Um apelo é feito a todos nós, para que olhemos nas profundezas da nossa alma e encontremos a luz, a chama da luz divina lá dentro.
Existem algumas armadilhas que podemos encontrar ao libertar o velho – e todas elas estão relacionadas com o corpo emocional e também estão profundamente ligadas ao fato de sermos Trabalhadores da Luz. 

RAIVA ESPIRITUAL

O primeiro obstáculo é a raiva.
Estamos falando de um tipo de raiva que é realmente motivada pelo anseio por harmonia e justiça.
É o que poderíamos chamar de raiva espiritual.
Explicaremos a sua origem.
Quando começamos o nosso ciclo de vidas na Terra, todos nós tivemos uma inspiração.
A inspiração é fortemente ligada à energia de Cristo.
A vinda de Jeshua (ou Jesus) à Terra foi um farol para nós, uma fonte de inspiração.
Nós reconhecemos nele a energia que todos temos dentro de nós
Em épocas passadas, todos tínhamos tomado a decisão de ancorar esta energia na Terra.
Mas, no ciclo de vidas em que tentamos fazer isso, nós encontramos muita resistência.
E isto causou um dano em nosso corpo emocional.
O corpo emocional nada mais é do que a criança dentro de nós.
Nossa criança interior é a nossa parte vivida, livre, que age e reage espontaneamente a partir das nossas emoções.
Esta criança sofreu muito, durante as vidas nas quais tentamos cumprir a nossa missão interna de semear a energia de Cristo na Terra. 
Uma parte de nós está sempre inspirada cosmicamente e, no nível do nosso Eu Superior ou alma, nós sabemos e sentimos o significado de tudo que nos acontece.
Nós podemos ver as coisas do ponto de vista da luz e do conhecimento.
Mas há uma outra parte de nós que é a nossa personalidade terrena.
Esta é a nossa criança interior ou o nosso ego, é o nosso lado humano, como quer que queiramos chamá-lo.
Neste nosso nível, pode haver muito medo e falta de entendimento das coisas que estão acontecendo-nos, mesmo que a nossa alma saiba que “está tudo bem” e que isso serve a um propósito (mais elevado).
Durante as nossas vidas na Terra, muitas vezes fomos inspirados a plantar sementes de Luz na forma de novas ideias ou atitudes, mas frequentemente nós fomos mal compreendidos pelo nosso ambiente.
Nós fomos rejeitados, negligenciados ou até aniquilados.
E estas experiências causaram-nos muitos traumas emocionais.
A criança dentro de nós não entendeu porque ela havia merecido desaprovação.
A nossa alma entendeu, mas o nosso ser terreno, o nosso corpo emocional, teve que lidar com experiências profundamente traumáticas, que resultaram da perseguição, violência e desaprovação.
Todos carregamos estes traumas dentro de nós, como cicatrizes na alma.
Todos viemos à Terra para trazer Luz para esta realidade, começando de uma história passada bem complicada.
Também havia uma espécie de carma pessoal envolvido, quando decidimos começar nosso ciclo de vidas na Terra.
Houve épocas em que nós mesmos estivemos imersos na escuridão, vivendo para conseguir poder e controlo sobre as almas da Terra, entre outras.
Nossa missão na Terra era se redimir dessas vidas anteriores, trazendo de volta o amor e a justiça à espécie humana. 
Ao mesmo tempo em que esta inspiração, esta tocha de Luz, brilhava fortemente em nossos corações, havia uma falta de compreensão por parte da nossa criança interna.
E assim surgiu essa questão da raiva espiritual.
A parte criança dentro de nós não compreendia a nossa própria contribuição cármica para a escuridão, e projectou a maldade fora de si mesma.
A parte criança dentro de nós queria lutar pelo bem e pelo justo, por razões emocionais.
A parte criança dentro de nós não compreendia a resistência e a lentidão da realidade terrena, e ficava impaciente.
A raiva espiritual nasceu a partir dessa parte criança. 
A raiva espiritual significa que nós podemos ser imensamente afectados pelo mal do mundo, pelo sofrimento de pessoas inocentes, pela destruição da Terra, pela destruição das plantas, das árvores e do reino animal.
Todas estas coisas… a desigualdade política e social, a morte aparentemente desnecessária de milhares de crianças, as guerras, a violência… estas são questões que nos afectam profundamente e que podem provocar raiva em nós e, como resultado disso, sentimos-mos impotentes.
É característica dos Trabalhadores da Luz deixar-se levar pela raiva e ir além dos seus limites nisso.
Nós nos perdemos em nosso desejo de mudar e melhorar o mundo.
Isto pode ser uma vontade intensa de mudar as coisas no nível político ou social, ou pode se manifestar como um desejo de ajudar as pessoas em um nível pessoal, através da nossa profissão ou na sua vida privada.
Cada vez que sentimos uma intensa indignação ou uma vontade enorme de mudar as coisas, ou sentimos-mos impotentes e zangados com as coisas do jeito que elas são, nós estamos na armadilha da raiva espiritual.
Nós queremos muitas coisas ao mesmo tempo.
Nós não estamos vendo a realidade como ela é, porque estamos tomados por uma emoção, a emoção da raiva.
Tomemos consciência deste facto e o libertemos, porque este tipo de inspiração, que na verdade está carregada de raiva, tira-nos do nosso centro.
Ela não nos proporcionará a verdadeira inspiração, a paz e a quietude do nosso corpo emocional, que nos ajuda a incorporar a nossa Luz na Terra.
Nós conseguimos verdadeiramente incorporar a nossa Luz na Terra, estando inteiramente centrados no nosso próprio ser, num estado mental puro e calmo.
Neste estado, nós podemos sentir que estamos neste mundo, mas que não somos dele.
Ser deste mundo significa que atribuímos um valor a tudo que observamos com os nossos sentidos: violência, guerra, doença, destruição.
Se observarmos estas coisas apenas com os nossos sentidos físicos, nós podemos realmente ficar com raiva.
Portanto, dêmos um passo atrás e sintamos interiormente qual a dinâmica espiritual que está ocorrendo nas coisas que nos incomodam. 
Existe um significado secreto no sofrimento.
Cada alma, cada ser vivente aqui na Terra está aqui para se descobrir, para se expressar e aprender mais a respeito do que é ser humano e espírito ao mesmo tempo.
Cada alma age de acordo com seu próprio caminho de desenvolvimento.
E a nós é-nos pedido que respeitemos isto, dando um passo para trás e concentrando-nos inteiramente em nós mesmos, na nossa própria Luz.
A energia, a verdade, a vibração que nós irradiamos em consequência disto, convida as pessoas (ou animais ou plantas) a entrar no nosso campo de energia e experimentar uma vibração curadora.
Este é o trabalho para o qual nós viemos.
Não há nenhuma necessidade de ficarmos nas barricadas.
Não há nenhuma necessidade de lutarmos por isto. 
O nosso verdadeiro trabalho espiritual não é fazer, mas ser.
Quando a nossa energia espiritual está equilibrada, a energia curadora que nós enviamos para os outros flui facilmente e sem esforço físico ou mental.
Ela flui leve e suavemente, sem esgotar-nos
As pessoas aparecem espontaneamente no nosso caminho e voltam-se para nós em busca de cura. 
Cada vez que nós nos fechamos na indignação e na raiva, mesmo se for devido a alguma injustiça ou sofrimento que achamos insuportável observar, dêmos um passo para trás e nos movamos para o nosso próprio centro.
Entremos no silêncio e aceitemos essas coisas como elas são.
Aceitemos que tudo completa seu próprio ciclo e tem seu próprio desenvolvimento, inclusive as pessoas que nos são mais queridas.
Libertemos-las também.
É suficiente que estejamos aí para elas, nada mais e nada menos.

DEPRESSÃO ESPIRITUAL

A segunda armadilha que mencionarmos é a depressão ou melancolia.
Nós, como Trabalhadores da Luz, fomos vítimas da resistência, da perseguição e da violência.
Isto deixou-nos cicatrizes na nossa alma.
Isto pode ter-nos ferido tão profundamente, que nós perdemos a coragem de irradiar a nossa Luz novamente neste mundo.
Nós podemos ficar deprimidos com frequência e a vida pode-nos parecer sem sentido.
Nós podemos sentir que não somos bem-vindos neste mundo e que não nos encaixamos aqui com o nosso tipo de energia.
Nós sentimos que somos diferentes.
Sentimentos de depressão ou de tristeza resultam de uma falta de autoconfiança.
Por um lado, nós podemos saber muito bem que carregamos uma luz espiritual dentro de nós, que somos pessoas sensitivas, compassivas e sábias.
Mas, por outro lado, há uma criança ferida dentro de nós que deseja o reconhecimento e a apreciação do mundo exterior.
Existe uma parte de nós que implora por atenção externa e segurança.
Mas parece que nós nunca conseguimos o bastante disto, ou que não conseguimos encontrar o tipo de reconhecimento que realmente buscamos, porque somos diferentes.
Muitas vezes, o nosso ambiente não reconhece o nosso eu verdadeiro e, portanto, não pode admitir-nos nem nos nutrir.
A nossa criança interior ferida nunca será curada por algo de fora, mas apenas por nós mesmos, pelo nosso próprio poder e sabedoria.
Cuidando da nossa própria dor e tristeza, e tendo fé em nós mesmos nos momentos em que ninguém mais tem, é que realmente alcançamos a autoconfiança.
Uma vez que tenhamos aberto esta fonte de poder, atrairemos outro ambiente, um que seja o reflexo de nós mesmos e das nossas mais profundas aspirações.
Todos os que sofrem de melancolia ou depressão espiritual experimentam um desejo forte de transcender a realidade terrena e retornar a uma atmosfera de harmonia e luz, na qual prevalecem a paz e a segurança.
Rogamos às nossas almas que confiemos e nos mantenhamos firmes em nossa Luz interior outra vez.
A Luz que provê amor e segurança está à nossa disposição aqui e agora.
Ela está ardendo em nossos próprios corações e está apenas nos pedindo que focalizemos nossa atenção nela outra vez.
Ninguém pode ajudar-nos enquanto não acreditarmos na nossa própria Luz e não a acendermos dentro de nós mesmos. 
É extremamente importante que não nos deixemos afundar em sentimentos de desânimo ou depressão.
Esta é uma armadilha perigosa na qual poderíamos perder completamente o caminho, porque nós perdemos contacto com quem realmente somos: o anjo, o ser de Luz que vive em nós.
Nos momentos de depressão ou nostalgia, pode nos ser útil ficarmos quietos e simplesmente respirar.
Prestemos atenção nos movimentos da respiração através do nosso corpo, e a cada inspiração e expiração, nós podemos falar em voz alta (ou suavemente por dentro): “Eu sou quem eu sou. Eu sou bom como eu sou.” 
Uma vez que abrimos ligeiramente a porta para mais autoconfiança, para o sentimento de dignidade que realmente vem totalmente do nosso eu interior, a Luz brilhará dentro de nós – a Luz do nosso próprio Eu Superior, a Luz da energia de Cristo e a Luz de todos os ajudantes, guias e anjos que nos apoiam e amam nos reinos ao redor da Terra.
O tempo da transformação chegou.
Neste momento, nesta época difícil, continuemos com as nossas cabeças erguidas e focalizemos o horizonte da Nova Era.
Uma realidade de harmonia e amor está esperando por nós; é a nossa herança e muitos de nós vão experimentá-la ainda nesta vida.
A chave é ter fé em nós mesmos e confiar que seremos providos de tudo que necessitarmos.
Não tenhamos medo do escuro, porque a Luz é mais forte.
A Luz nunca será derrotada.
A Luz está esperando com amor e paciência até que estendamos nossas mãos e abrimos a porta.

MEDO DA NOSSA PRÓPRIA FORÇA

Mencionamos um outro obstáculo que causa muita comoção no nosso corpo emocional.
Ainda estamos falando das energias que nos impedem de alcançar a paz interior e a claridade.
Pode ser raiva, pode ser depressão, mas também pode ser medo, e este é o terceiro obstáculo.
O medo tem a ver principalmente com a falta de confiança em nossa próprias inspirações, sentimentos e intuições.
Se duvidamos dos nossos próprios sentimentos, preocupamos-nos muito e invocamos toda uma série de emoções que nos levam cada vez mais longe do nosso centro.
Quando estamos cheios de medo, a nossa intuição é bloqueada.
O intelecto e as emoções tomam as rédeas da situação e em seguida criam uma situação de pânico e caos.
Pois o intelecto e as emoções precisam da intuição, do coração, como base.
Só assim eles podem servir-nos de uma forma útil.
Se abandonarmos o coração, o intelecto fará horas extras e as emoções não terão um instante de paz.
Então o medo pode tomar conta de nós e se manifestar em todos os tipos de situações.
Nós podemos duvidar da nossa capacidade de fazer as coisas que normalmente somos capazes de fazer.
Nós podemos começar a questionar o óbvio e transformar tudo em problema.
Uma espécie de nervosismo dentro de nós torna impossível estarmos a sós connosco mesmos de uma forma quieta e pacífica.
A chave aqui é libertarmos-nos de todas as preocupações e voltarmos para o coração, para os seus sentimentos.
O que realmente sentimos, por trás de todos esses pensamentos agitados e emoções confusas? Respirando calmamente pelo abdome, nós conseguimos voltar às nossas bases.
Então, podemos sentir um alívio por dentro, um ponto de silêncio que está além dos nossos pensamentos e emoções.
E podemos perceber os nossos pensamentos e emoções como uma nuvem que nos rodeia, uma nuvem na qual podemos focalizar ou não a nossa atenção.
Então teremos redescoberto o nosso senso de liberdade, a nossa capacidade de escolher determinado pensamento ou emoção.
Se acreditarmos que os nossos pensamentos são verdadeiros e que as suas emoções são verdadeiras, nós  seremos totalmente absorvidos por eles e continuaremos seguindo a trilha desses pensamentos e emoções.
Mas é possível dar um passo para trás e dizer: “Chega. Eu abandono estes pensamentos e emoções pelo que eles são e volto ao meu centro. Vou me aprofundar em mim mesmo e sentir o que está realmente acontecendo e porque eu estou alimentando estes pensamentos e emoções agora.”
Assim que dermos este passo para trás, encontraremos a nossa própria força.
A nossa autoconfiança fluirá livremente outra vez.
As nuvens escuras se dissolverão e a paz e claridade retornarão.
Este passo deve ser repetido frequentemente, pois a natureza intuitiva, a vivência a partir do coração, ainda não se tornou evidente para nós.
Portanto, nós experienciamos muito medo. 
Nós estamos libertando velhas certezas.
Nós já não confiamos incondicionalmente no que o nosso pai e a nossa mãe nos disseram, no que os nossos professores nos ensinaram ou nas regras que os nossos patrões nos prescreveram.
Nós já não confiamos cegamente nos resultados do intelecto ou da ciência.
E nós também sabemos o quanto as nossas emoções podem ser instáveis e que nem sempre elas são uma medida da verdade.
Porque nós libertamos todas estas certezas – e isto pode ser um sinal de força – os medos podem vir à tona e nós podemos sentir como se estivéssemos vagueando sozinhos num oceano turbulento.
No entanto, é justamente esta situação que realmente força-nos a nos voltarmos para dentro e sentirmos, nas profundezas do nosso ser, a partir do nosso próprio e único centro: “Quem sou eu? Qual é a minha posição no mundo? Eu não me deixo ser guiado pelo mundo externo, mas apenas pela minha própria bússola interna.”
É através desta bússola que entraremos na Nova Terra.
Toda vez que entramos em contacto com o nosso próprio centro e damos um passo para trás, encontramos uma claridade renovada dentro da nossa alma.
Desse ponto, podemos observar as nossas emoções, sem sermos absorvidos por elas.
Nós podemos observar a nossa raiva e enviar amor para ela.
Nós podemos observar a nossa depressão e estender a nós próprios uma mão amiga.
Nós podemos olhar para o nosso medo e enviar-lhe a energia da libertação.
Nós somos nosso próprio Messias.
Não existe nenhum Messias fora de nós.
Existem milhares de Messias querendo entrar em contacto connosco, mas somente nós podemos abrir a porta do nosso coração e aceitar a Luz.
Isto é basicamente do que se trata a chegada da Nova Era: nós abrindo os nossos corações.
Nós somos aqueles que realmente vivem na Terra; nós somos os ajudantes.
Nós somos aqueles que tomam a acção.
Nós somos valentes, nós somos corajosos.
Nós somos os guerreiros da Nova Era.
Acreditemos no nosso eu interior e na nossa missão.
E todas as vezes que nos sentirmos dominados por emoções pesadas, por pensamentos escuros, tomemos uns instantes de descanso e façamos contacto com o nosso eu interior, o centro de silêncio dentro de nós mesmos.
Esta é a âncora da Nova Era.
A âncora já foi lançada.
A paz já existe nos nossos corações.
A única coisa que precisamos agora é saberemos voltar para o coração, vez após vez, e continuarmos nos ancorando mais e mais nesse foco de paz e claridade.
Não acreditemos na comoção.
Ela não nos trará a verdade.
Não acreditemos no drama, nas emoções intensas.
Mas acreditem, sim, na voz silenciosa, pacífica e clara dos nossos corações e estejamos conscientes de que nós não estamos sozinhos.
Outros permanecem ao nosso lado, a cada passo que damos neste caminho.
Aceitem meu amor.

Gratidão,
Luís Barros