15 de maio de 2020

A HERANÇA DA ATLÂNTIDA

Esta época de transição na Terra traz muitas coisas antigas à superfície.
Antigas energias emergem de tempos que há muito já se foram, tempos em que estávamos encarnados e tivemos vidas nas quais experienciamos muitas coisas.
Todas essas antigas camadas estão a vir agora à superfície.
Falamos sobre esses tempos antigos, para levar-nos a uma compreensão mais profunda de nós mesmos, de quem somos aqui e agora.
Nós somos seres muito antigos, que carregamos connosco muita experiência.
Nós fizemos muitas viagens através do tempo e do espaço, e não apenas no planeta Terra.
Voltamos ao começo.
Nunca houve um começo, mas para facilitar esta história, vamos falar de um começo no tempo, pois houve um ponto inicial no longo ciclo de encarnações, no qual nós agora estamos presos.
Voltamos a época do nosso nascimento como almas individuais, cada um como um “Eu” separado.
A individualidade, que hoje é tão familiar para nós, era um fenómeno totalmente novo no universo.
Ser separado e individual permite-nos reunir uma infinidade de experiências… e ilusões também.
Mas isto não torna essa experiência menos valiosa.
É justamente sendo um “Eu”, sendo separado do todo, e experimentando as ilusões que fazem parte disso, que nós podemos descobrir o que não somos.
Nós podemos descobrir uma ilusão e vivenciá-la de dentro para fora.
Antes, isto não era possível.
Antes, havia o Um e nada fora dele, como um oceano indiferenciado de amor e unidade.
Então, como seria possível experimentar o medo e a ignorância ali dentro?
Ao sermos vulneráveis e propensos à ilusão, nós reunimos uma enorme quantidade de experiência, que nos capacitou a entendermos realmente o que a unidade significa, o que o amor significa, no nível da experiência.
Nós vamos entender o que é o amor, não como um conceito abstracto, mas como uma força viva, criativa, que nos movimenta e preenche os nossos corações e espíritos com uma profunda sensação de alegria e satisfação.
O final e a meta da nossa jornada, a chegada ao Lar, pela qual tanto ansiamos é que cada um seja “Deus-como-somos”, para experimentar a unidade como um “Eu”.
Nós não queremos desistir da nossa individualidade, pois é através da conexão do nosso “Eu” com o todo, que cada um de nós experimenta a alegria mais profunda e acrescenta o seu selo energético único a toda a criação.
“Deus-como-somos” acrescenta algo de novo e precioso à criação.
Voltemos para o tempo em que esse “ser um Eu” tomou forma pela primeira vez.
Naquele momento, nós éramos ou fomos criados como anjos.
Podemos sentir a ternura e inocência daquela energia original, daquele começo distante em que fomos “moldados” pela primeira vez, daquele momento em que conhecemos a “forma”?
De repente nos transformamos em um “você”, distinto e separado dos outros que estavam à nossa volta, e experienciamos o milagre de sermos um indivíduo.
Nós ainda estávamos tão próximos da fonte de luz divina, que fomos preenchidos com amor, transbordando alegria e criatividade.
Havia um desejo incrível em nós de experimentar, de saber, de sentir e de criar.
Por favor, voltemos-mos para dentro de nós mesmos por um instante, e vejamos se podemos sentir a verdade disto: que cada um de nós é um anjo, no mais profundo do nosso ser...
Agora vamos dar um salto grande no tempo, pois só podemos descrever esta história extensa em linhas gerais.
Vamos até ao começo do planeta Terra.
Nós estávamos presentes ali, nós somos mais antigos do que a existência da Terra como um planeta físico.
O nosso nascimento como consciência individual imaculada aconteceu muito antes da origem da Terra.
Agora imaginemos que estávamos contribuindo para o desenvolvimento da vida na Terra.
Lentamente, a vida evoluía na Terra, através da presença de elementos materiais que ofereciam uma ampla variedade de possibilidades para a consciência encarnar em formas ou corpos materiais: minerais, plantas e, mais tarde, animais.
E nós estávamos profundamente envolvidos nesse processo de criação. Como?
Nós éramos os anjos e devas que sustentavam e alimentavam o reino vegetal, que conheciam intimamente a “rede da vida” na Terra e gostávamos muito dela.
Nós inclusive sustentamos as formas animais com amor, cuidados e nutrição etérica.
As lembranças que carregamos dentro de nós do “paraíso” ou Jardim do Éden, de uma natureza perfeitamente equilibrada na qual participamos cuidando e mantendo a vida, vêm de uma era muito antiga.
Nós ainda não estávamos encarnados então, mas estávamos pairando entre os reinos etérico e físico.
Vocês estávamos prestes a nascer na matéria.
Lembremos-nos da inocência daquela época, lembremos-nos como era ser uma consciência-anjo-deva e como amávamos profundamente a Terra e todas as manifestações de vida que existiam aqui.
Sintamos o aspecto infantil da nossa consciência naqueles tempos.
Nós éramos como crianças brincando no paraíso, sempre prontos para a aventura, divertindo-nos por ali, rindo, vivenciando a alegria e expressando-nos livremente num ambiente seguro.
Apesar do nosso espírito brincalhão, nós tínhamos uma grande admiração pelas leis que regiam a vida e jamais pensaríamos em tratar as formas de vida com nada menos do que um profundo carinho e respeito.
Então, num certo sentido, nós fomos os pais da vida na Terra.
Isto explica porque nós podemos ficar totalmente chocados com os distúrbios causados à natureza pelas tecnologias modernas, e com o abuso em geral das forças da natureza. Por que isso nos atinge?
Porque nós cuidamos com carinho e alimentamos estas energias desde o começo.
Na nossa essência, estávamos conectados com elas, com a Terra e suas diversas formas de vida, como um pai ou uma mãe está conectado com seu filho, e como o criador com a sua criação.
E naqueles tempos, quando éramos anjos nutrindo a vida na Terra, nós não sabíamos porque estávamos fazendo isso.
Nós agíamos como crianças que se sentiam atraídas pelo chamado de mais uma aventura, pela emoção da novidade, e nos deixávamos simplesmente guiar por aquilo que nos fizesse sentir alegria e empolgação.
Nós colocávamos a nossa energia onde quer que ela se sentisse bem-vinda.
Assim, ajudamos a criar o paraíso na Terra: o esplendor da vida, a abundância dos reinos animal e vegetal, a diversidade das formas de vida e o desenvolvimento irrestrito de tudo isso.
Por favor, mantenhamos esta imagem por um momento… lembremos-nos quem somos.
Mesmo que nos pareça grandioso demais, simplesmente permitamos-nos fantasiar que fomos parte disso, que estávamos presentes como anjos no Jardim da Vida, brincalhões, inocentes, nutrindo e cuidando com carinho da vida.

FORA DO PARAÍSO – A PRIMEIRA QUEDA PARA DENTRO DA EXPERIÊNCIA

Muitos acontecimentos foram se desenvolvendo na Terra durante milhões de anos, que são difíceis de serem descritos em um resumo.
Mas, num certo momento, a nossa maravilhosa aventura no Jardim do Éden foi perturbada por influências externas, que podem ser classificadas como “ruins” ou “escuras”.
Alguns seres de outras dimensões do universo começaram a se intrometer na Terra.
Seu propósito era exercer poder e influência sobre a vida na Terra.
Este acontecimento – esta interferência de energias escuras e poderosas que, do nosso ponto de vista, surgiram do nada – chocou profundamente os nossos seres angélicos.
Nós não estávamos preparados.
Este era o nosso primeiro contacto com o “mal” e sacudiu o nosso mundo nas suas bases.
Pela primeira vez, experimentamos o que é não mais nos sentirmos seguros.
Nós ficamos a conhecer as “emoções humanas”: medo, choque, raiva, frustração, tristeza, indignação: “O que é isto? O que está acontecendo aqui?!”
Sintamos como as sombras caíram sobre nós nesse primeiro encontro com a escuridão, com o lado escuro da dualidade.
Lentamente, o intenso desejo de poder, que tanto nos havia chocado e horrorizado, começou a tomar posse de nós próprios.
Isto porque começamos a sentir indignação e revolta contra os atacantes e queríamos nos defender e proteger a Terra contra essa estranha invasão.
Estamos falando de uma influência extraterrestre, de uma certa raça, por assim dizer, cuja origem não importa muito agora falar.
O que importa é que absorvemos parcialmente a energia desses seres e assim criamos a queda.
Não estamos falando da Queda bíblica, já que esta está associada a pecado e culpa, mas da queda para dentro da experiência, para dentro da escuridão, a qual, num certo sentido, estava “predestinada” a acontecer, pois nós fazíamos parte da dualidade.
Ao nos tornarmos um “Eu”, ao experimentarmos a separação do todo, as sementes da dualidade foram criadas dentro de nós.
Faz parte da lógica da criação que exploremos todos os extremos da dualidade, uma vez que estejamos nela.
Aos poucos nós mesmos fomos nos tornando guerreiros, pois desejávamos o poder para proteger o nosso “território”.
Seguiu-se, então, um novo estágio na nossa história, no qual nos envolvemos em várias guerras e lutas galácticas.
Por favor, paremos um minuto para sentirmos este acontecimento, a queda do anjo-criança na energia ríspida e zangada do guerreiro galáctico.
Estamos falando de longos períodos de tempo.
O facto de termos passado por tudo isso pode-nos parecer grandioso e insondável, mas permitamos que a nossa imaginação viaje um pouco.
Nós nos envolvemos numa batalha grande e violenta.
Parte da literatura de ficção científica, que nos é familiar, descreve tudo isto e, na verdade, foi inspirada em acontecimentos reais de um passado distante. Não é mera ficção.
Muitas dessas coisas realmente aconteceram e nós nos envolvemos profundamente nisso.
Nós nos perdemos numa luta de poder durante esse estágio da nossa história e experimentamos totalmente a energia do ego.
Queremos dar mais um salto enorme e contar qual foi o estágio importante que se seguiu.
Depois de muito tempo, nós nos cansamos de lutar.
Nós já tínhamos tido o suficiente.
Estávamos ficando tristes e enjoados de batalhas, e uma espécie de saudades de casa começou a entrar furtivamente em nossos corações.
Já fazia muito tempo que vivíamos obcecados pelas guerras e conflitos nos quais nos envolvemos.
A ilusão do poder pode exercer uma influência hipnótica sobre uma mente ingénua e inexperiente.
Nós éramos ingénuos e inexperientes quando vivenciamos a nossa primeira queda para dentro da escuridão.
Mas então, num certo momento, houve um despertar dentro de nós.
Uma vaga lembrança dos antigos dias no Paraíso agitou-se em nossas mentes e corações, relembrando-nos da alegria e inocência que uma vez conhecemos.
Então desejamos voltar para lá e não quisemos mais lutar.
Pode-se dizer que experimentamos tão completamente as energias do ego, que elas se esgotaram em nós.
Nós tínhamos conhecido todos os lados da batalha, toda a gama de emoções ligadas à vitória e à perda, ao controle e à entrega, ao assassínio e à escravidão.
Nós tínhamos ficado desiludidos com o poder e tínhamos descoberto que ele não nos dava o que havia nos prometido: amor, felicidade, satisfação.
Nós acordamos do nosso sono hipnótico e ansiávamos por algo novo.
Quando tentamos nos elevar acima da energia da luta e conectarmos-nos com a energia do coração, nos tornamos novamente ingénuos e “inexperientes”.
Éramos como crianças que espiavam por cima do muro de um novo país, no qual nem o poder nem a luta eram as forças dominantes, mas sim o amor e a conexão.
Nós seguimos o chamado da nossa alma e pulamos o muro.
E começamos a nos encontrar novamente e a reconhecer uns aos outros como almas afins, membros da mesma família.
Uma vez havíamos brincado juntos como anjos no Jardim do Éden.
Os membros da família de trabalhadores da luz, que faziam parte da mesma onda de nascimento de almas, olharam uns para os outros novamente e sentiram-se atraídos para um chamado comum, uma missão compartilhada.
Nós sabíamos que tínhamos que fazer alguma coisa para dar o passo principal em direcção à consciência do coração, para que a volta ao Paraíso realmente se concretizasse para nós.
Sentimos que tínhamos que lidar com a Terra de novo mas, desta vez, como seres humanos, encarnados em corpos humanos, para experimentar de dentro o que havia acontecido com a Terra devido às guerras galácticas e ao abuso do poder.
Na nossa luta pelo poder, a Terra tinha sempre sido o ponto focal de atenção.
Muitos partidos galácticos batalharam pelo domínio da Terra e isto afectou negativamente não só a Terra, mas também toda a vida que nela existia e a alma colectiva da humanidade em evolução.
O motivo de a Terra ser um alvo tão importante para todos esses partidos guerreiros não é tão fácil de explicar.
Colocando-se de uma forma bem resumida, a Terra é o ponto de partida para algo novo: é um lugar que reúne muitas dimensões e realidades e, portanto, constitui um ponto de encontro de estradas que levam ao futuro.
Inúmeras energias se encontram e se misturam na Terra – dentro dos reinos vegetal, animal e, principalmente, humano.
Isto é algo muito especial.
Quando essas energias puderem coexistir em paz, isso criará uma enorme explosão de luz através de todo o cosmos.
É por isso que a Terra está desempenhando um papel chave e foi por isso que ela esteve no centro de uma grande Batalha.
Uma vez nós tomamos parte nessa batalha, como atacantes, tentando manipular a vida e a consciência na Terra de uma forma bastante agressiva.
Isto causou danos ao desenvolvimento do ser humano.
Naquela época, a humanidade estava no seu estágio infantil, no “estágio da inocência”.
A humanidade era “habitada” por almas de uma onda de nascimentos diferente da nossa.
Nós as chamamos de “almas terrestres”.
Era um grupo de almas mais jovens que nós, que haviam se manifestado na Terra havia pouco tempo e tiveram que lidar com as manipulações extraterrestres, que reduziram as capacidades do ser humano.
As forças extraterrestres projectaram energias de medo e inferioridade na jovem consciência do homem, o que permitiu que elas adquirissem controlo sobre ela.
Voltamos agora à nossa decisão de encarnar na Terra como seres humanos. Nós tínhamos dois motivos.
Primeiro, sentíamos que estávamos prontos para mudança e transformação internas.
Nós desejávamos nos libertar da atitude batalhadora do ego e crescer em direcção a uma nova forma de “ser”.
Nós não sabíamos o que isso significava exactamente; ainda não podíamos entender isso totalmente, mas sentíamos que a encarnação na Terra nos ofereceria justamente os desafios e possibilidades que precisávamos.
Em segundo lugar, nós sabíamos que precisávamos compensar as coisas que aconteceram na Terra, em parte devido à nossa acção.
De alguma forma, sentíamos que originalmente tínhamos uma profunda ligação com a Terra, baseada no amor e respeito mútuo, e que isso se corrompeu quando nos deixamos enredar pela guerra e batalhas por esta mesma Terra.
Os nossos dois extremos – o anjo-criança e o guerreiro endurecido – tinham que ser unidos e transformados.
E que lugar poderia ser mais adequado para isso do que a Terra? Nós sentíamos uma grande conexão com este planeta e, inclusive, uma “obrigação cármica” de melhorar as condições na Terra.
Desejávamos mudar e elevar o estado de consciência na Terra.
Então nós nos transformamos em “trabalhadores da luz”.
Nós encarnamos na Terra no tempo da Atlântida.

ATLÂNTIDA – A SEGUNDA QUEDA PARA DENTRO DA EXPERIÊNCIA.

A Atlântida foi uma civilização situada num tempo muito anterior às eras históricas que conhecemos.
Ela tomou forma gradualmente por volta de 100.000 anos atrás e terminou cerca de 10.000 anos atrás.
Os nosso primórdios são até anteriores a 100.000 anos.
A Atlântida evoluiu gradualmente quando as raças extraterrestres começaram a “invadir” a Terra, encarnando em corpos humanos.
Essas almas geralmente tinham um alto nível de desenvolvimento mental.
Naquele tempo, as sociedades e comunidades da Terra eram amplamente constituídas de almas terrestres, e eram “sociedades primitivas”, como as chamamos.
Mesmo antes da Atlântida, havia muitas influências extraterrestres na Terra, de reinos galácticos que enviavam formas-pensamento para a Terra de diferentes maneiras.
Formas-pensamento são energias que se conectam aos humanos no nível etérico ou áurico, e assim influenciam os pensamentos e emoções das pessoas.
Isto acontece constantemente, quando absorvemos ideias e crenças da nossa educação e sociedade.
Elas nos envolvem como uma teia infecciosa.
Mas isto também acontece com os “níveis astrais” que nos rodeiam.
As formas-pensamento que foram projectadas em nós pelos guerreiros galácticos eram, em geral, controladoras e manipuladores, mas também existiam influências de luz e delicadeza.
É o próprio ser humano que decide o que ele vai e o que ele não vai permitir que entre nele.
Em um certo momento, os partidos galácticos desejaram ter uma influência mais profunda sobre a Terra e houve a oportunidade para eles verdadeiramente habitarem corpos humanos ou, em resumo, para encarnar na Terra.
O Espírito ou a Luz abriu essa possibilidade para eles, porque era apropriada para o seu caminho interior de desenvolvimento.
Nós estávamos nesses partidos.
Na nossa literatura espiritual, os povos que provêm desses reinos galácticos são, com frequência, chamados de “povo das estrelas” ou “sementes estelares”.
A Atlântida foi o resultado de uma união, uma mistura entre as sociedades de nativos da Terra e o influxo de almas que vieram “de fora”.
Nós, da onda de almas de trabalhadores da luz, encarnamos na Terra porque desejávamos criar mudança e progresso e porque nós mesmos queríamos evoluir de uma consciência baseada no ego para uma consciência baseada no coração.
Quando chegamos, no começo nos pareceu constrangedor e desconfortável estarmos dentro de corpos humanos.
Viver dentro de uma matéria tão densa dava-nos uma sensação de opressão e aprisionamento, pois estávamos acostumados com corpos muito mais fluidos e voláteis, que possuíam mais poder psíquico.
Nas frequências ou dimensões mais elevadas (menos materiais ou densas), a nossa psique tem uma influência muito maior no ambiente material.
Nesses planos, nós podemos criar ou atrair as coisas que queremos para nós, simplesmente pensando nelas ou desejando-as.
A nossa mente estava acostumada a criar muito mais rápido do que era possível na Terra.
Pode-se dizer que o tempo de reacção na Terra é muito mais lento.
Então, quando nós vimos aqui pela primeira vez, temos a impressão de que estamos trancados dentro de um corpo sólido e inflexível e sentimos-nos inseguros, pois o que desejamos e aspiramos não se materializa mais com tanta facilidade, e o nosso domínio sobre a vida e as circunstâncias parece muito limitado.
Então, nós ficamos confusos quando chegamos aqui.
Ao mesmo tempo, tínhamos habilidades mentais altamente treinadas, que havíamos desenvolvido durante as nossas vidas galácticas passadas.
Enviar formas-pensamento e projectá-las dentro de outros seres vivos requer bastante poder psíquico.
A nossa mente era como um conjunto de facas afiadas, que precisava provar o seu valor em um ambiente totalmente diferente.
Nossas capacidades mentais treinadas eram uma antiga aquisição e, devido à sensação de alienação e opressão que experimentávamos na Terra, tentávamos instintivamente adaptarmos-nos aqui usando essa nossa aquisição antiga.
Assim, começamos a usar os nossos poderes mentais na Terra.
Originalmente, a nossa intenção era conectar com a realidade da Terra a partir do coração.
Antes de encarnar, nós sabíamos que, apesar dos nossos formidáveis poderes analíticos e psíquicos, os terrenos dos nossos corações estavam sem cultivo e precisavam de sementes, de pequenos brotos de luz.
Mas, nós nos esquecemos disso quando mergulhamos na realidade da Terra e a nossa consciência ficou velada.
Na Terra, nós tínhamos que lidar com almas terrenas, que viviam aqui como seres humanos, e nós não os entendíamos muito bem.
Nós achávamos que eles eram seres instintivos e bárbaros.
Nós não entendíamos a sua forma espontânea, directa, de expressar suas emoções.
Eles eram primitivos aos nossos olhos, eles viviam sintonizados com suas emoções e instintos mais do que às suas mentes.
Nós tínhamos habilidades e talentos diferentes da índole natural do povo da Terra.
Embora frequentemente nascêssemos de pais que eram almas terrenas, e fossemos criados por eles, aos poucos acabava se desenvolvendo uma divisão social entre nós e eles.
Devido às nossas capacidades mentais superiores, nós desenvolvemos tecnologias que eram desconhecidas anteriormente.
Tudo isto aconteceu devagar e naturalmente.
Estamos falando de um período de mais de mil anos, de até dez mil anos.
Sem entrar em detalhes desse processo, podemos sentir a essência do que aconteceu nesse período?!
Podemos imaginar que fizemos parte disso?
Podemos imaginar como deve ter sido chegar num lugar onde não nos sentíamos verdadeiramente à vontade, sabendo que havia algo que tínhamos planeado fazer ali, mas não sabíamos o que era?
– “Vamos ver…” – dizíamos a nós mesmos – “Eu tenho certas habilidades e poderes à minha disposição… isso me diferencia dos outros do meu ambiente… Vou usar esses talentos para me impor.”
Reconhecemos este tipo de orgulho e ambição dentro de nós?
Lembram-se que eles eram nossos?
Esta é uma energia tipicamente atlante.
Pouco a pouco, uma nova cultura nasceu na Terra – uma civilização que criou um desenvolvimento tecnológico sem precedentes, que afectou todas as porções da sociedade.
Falamos um pouco mais sobre o tipo de tecnologia que evoluiu na Atlântida.
O que nós, como ‘pessoas das estrelas’, ainda lembrávamos claramente apesar do véu do esquecimento, era que podíamos influenciar a realidade material usando o poder da nossa mente, especificamente do terceiro olho.
O terceiro olho é o centro de energia (chacra) da intuição e da consciência psíquica, e localiza-se atrás dos nossos dois olhos físicos.
O poder do terceiro olho ainda nos era muito familiar naquelas primeiras encarnações, como se fosse uma segunda natureza da nossa alma.
Nós sabíamos “como ele funcionava”.
Sabíamos que a matéria (realidade física) tem uma forma de consciência, é consciência em um determinado estado de ser.
Através desta percepção essencial da unidade entre consciência e matéria, nós podíamos afectar e formar matéria, fazendo um contacto interno com a consciência que existe em um pedaço de matéria.
Desta forma, nós podíamos literalmente mover e manipular a matéria com a mente.
Nós conhecíamos um segredo que foi esquecido nas épocas mais recentes.
Actualmente, nós vemos a matéria (realidade física) como separada da consciência (a mente).
Por influência da ciência moderna, nós nos esquecemos que todos os seres têm alma; tudo o que existe tem uma forma de consciência com a qual nós podemos nos conectar e cooperar de um modo criativo.
Esse conhecimento era incontestável para nós, naqueles tempos antigos.
Mas, durante a época da Atlântida, quando o centro dos nossos corações ainda não estava totalmente aberto, o nosso terceiro olho era controlado predominantemente pelo nosso centro da vontade ou ego (o plexo solar ou terceiro chacra).
Nós estávamos no limiar de uma nova realidade, a realidade da consciência baseada no coração, mas devido ao choque de termos submergido na realidade densa da Terra, nossas inspirações sensíveis e puras ficaram temporariamente perdidas.
Nós nos deixamos levar pelo uso excessivo da vontade misturada com o poder do terceiro olho.
Nós aspirávamos a melhorar as coisas em larga escala (fazer o “trabalho da luz”), mas fazíamos isso de uma forma auto-centrada, com uma atitude autoritária em relação às almas e às naturezas da Terra.
No apogeu da Atlântida, havia inúmeras possibilidades e a tecnologia era muito avançada, até mais avançada do que a nossa tecnologia actual em algumas áreas, porque o poder da telepatia e da manipulação psíquica era compreendido e usado muito melhor.
Podia haver uma comunicação telepática instantânea entre pessoas que estavam a grandes distâncias umas das outras.
Era possível deixar conscientemente o corpo e viajar por aí.
A comunicação com civilizações extraterrestres era buscada e alcançada.
Muitas coisas se tornaram possíveis no tempo da Atlântida, mas muitas coisas deram errado também.
Geralmente havia uma divisão entre a elite político-espiritual e as “pessoas comuns”, constituídas predominantemente por almas terrenas.
Elas eram vistas como seres inferiores, meios para um fim, e eram realmente usadas para experimentos genéticos que faziam parte da ambição atlante de manipular a vida no nível biológico, para que se pudessem criar mais formas de vida superior.
Um aspecto positivo da sociedade atlante era a igualdade entre homens e mulheres durante essa época.
A luta pelo poder entre o homem e a mulher, na qual a mulher foi terrivelmente oprimida durante o último período, não foi parte da Atlântida.
A energia feminina era totalmente respeitada, no mínimo por ela estar directamente relacionada com o poder do terceiro olho (intuição, clarividência, poder espiritual).
Agora vamos à queda da Atlântida.
Nessa época havia energias em acção, com as quais ainda estamos tentando lidar.
Nós nos envolvemos profundamente com o que deu errado naquele estágio.
Na Atlântida, nós vivíamos a partir do centro da vontade e do terceiro olho.
A energia do nosso coração não se abriu significativamente.
Em um certo ponto, nós nos apaixonamos pelas possibilidades da nossa própria tecnologia e pela ambição de criar novas formas de vida superior.
Nós aplicamos a engenharia genética e criamos inúmeras formas de vida, e éramos incapazes de entender, de sentir, que com isso estávamos desrespeitando a Vida.
As pessoas que nós usávamos para as nossas experiências não podiam contar com a nossa empatia nem compaixão.
A energia presente nesse estágio de perversão, especificamente na civilização atlante, voltou no século XX como o regime nazista na Alemanha.
Experimentos cruéis e uma atitude geral de frieza clínica para com as “formas inferiores de vida” foram partes substanciais desse regime.
A falta de compaixão e empatia demonstradas para com os assassinados, a falta de emoção e o modo mecânico de “lidar” com as vítimas, eram semelhantes à atitude dos atlantes.
Isto nos enche de um profundo horror agora.
Nós vimos e sentimos o outro lado disso, o lado da vítima, em encarnações que vieram depois da Atlântida.
Mas, na época da Atlântida, nós fomos os agressores.
Foi daí que resultou um determinado “carma”.
A Atlântida é a chave para as nossas “encarnações infractoras”, o nosso lado escuro.
Nós todos somos parte desta história, assumindo vários papéis e disfarces, pois isto é que é viver na dualidade.
É vivenciar e assumir todos os papéis imagináveis, desde os mais luminosos até os mais sombrios.
Se nos permitirmos-mos conhecer o nosso lado sombrio, se pudermos aceitar que também fizemos o papel de agressores, ficaremos mais equilibrados, livres e contentes.
É por isso que estamos contando isto.
Num certo ponto, o desenvolvimento tecnológico que nós – e outros grupos de almas – alcançamos, teve um impacto tão grande sobre a natureza, que os sistemas ecológicos da Terra se romperam…
A queda da Atlântida não aconteceu de uma só vez.
Houve muitos sinais de aviso – sinais da natureza – mas como eles não foram levados em conta, aconteceram enormes desastres naturais, através dos quais a civilização atlante foi inundada e destruída.
Como isto nos afectou, no nível interno?
Foi uma experiência chocante, uma experiência traumática; foi uma outra Queda, a segunda Queda da Experiência para dentro das profundezas.
Durante as nossas encarnações na Terra, nós acabamos perdendo a conexão que buscávamos com o coração.
Depois da queda da Atlântida, nós percebemos – mais intensamente do que nunca – que a verdade não era para ser encontrada no controlo da vida, mesmo que o propósito parecesse nobre.
Então realmente começamos a nos abrir para a silenciosa voz do coração, que nos diz que existe uma sabedoria trabalhando através da própria Vida, que não precisa de nenhuma manipulação nem controlo.
No fluxo da própria vida, no fluxo do coração e dos sentimentos, existe uma sabedoria com a qual nos podemos sintonizar, ou nos alinhar, ouvindo e nos entregando.
Não é uma sabedoria criada pela cabeça nem pela vontade; é uma sabedoria que vem de aceitar a voz do amor, de uma perspectiva mais elevada.
Aos poucos nós começamos a sentir este conhecimento místico, que vinha de dentro de nós e que era acompanhado por um sentido de humildade e entrega.
Mas, mesmo assim, o tempo ainda não estava maduro para um alegre despertar das energias do coração.
Uma sombra havia caído sobre nós durante a época da Atlântida, a sombra de termos afectado negativamente outros seres.
Nós teríamos que sentir e experimentar profundamente os efeitos disso, antes que o despertar pudesse acontecer.
Mais uma vez vamos dar um passo enorme na história antiga, e vamos ao momento em que nós voltamos à Terra, depois da Atlântida ter desaparecido, arrastada pelas ondas do oceano.
Mais uma vez nós encarnamos em corpos humanos, com a lembrança da Atlântida enterrada profundamente na memória das nossas almas, ligadas a uma sensação de vergonha e falta de confiança em nós mesmos.
A queda da Atlântida havia-nos chocado e deixado perplexos, mas também tinha aberto um pouco mais os nossos corações.
Que desenvolvimento imenso teve lugar nesse enorme intervalo de tempo!

REJEIÇÃO COMO TRABALHADOR DA LUZ – A TERCEIRA QUEDA PARA DENTRO DA EXPERIÊNCIA.

O próximo período importante começou com a vinda da energia de Cristo à Terra, mais visivelmente representada por Jeshua.
Muitos de nós estávamos presentes naquela época ou por volta desse tempo.
Poucos séculos antes do nascimento de Jeshua, nós começamos a encarnar outra vez em grande número.
Uma voz, que vinha dos nossos corações, atraia-nos, convocava-nos.
Nós sentíamos que “tínhamos que estar lá”, que era o momento de darmos mais um passo na nossa jornada espiritual, que estava tão entrelaçada com a Terra.
A vinda da energia de Cristo, a vinda de Jeshua à Terra, foi parcialmente preparada por nós.
Jeshua não poderia ter vindo sem uma camada de energia presente na Terra para o receber, para o “acolher”, por assim dizer.
A nossa energia providenciou o canal através do qual Jeshua poderia ancorar a energia Crística na Terra.
Foi verdadeiramente um esforço conjunto.
Nossos corações se abriram para Ele, para aquilo que Ele representava.
Naquela época, nós éramos a parte da humanidade que estava mais aberta para receber o amor e a sabedoria a partir do coração.
Dentro de nós havia surgido uma certa humildade, no melhor sentido da palavra: uma entrega ao não-saber, sem querer controlar ou “manipular” as coisas, e uma abertura genuína para algo novo, algo que não fazia parte do poder nem do controlo, algo diferente.
E por causa dessa confiança e abertura em nossos corações, pudermos recebê-lo.
Jeshua foi como um raio de luz caindo sobre a Terra, fazendo com que aqueles que estavam prontos se lembrassem da sua natureza angélica, da sua essência divina.
Nós nos comovemos com Ele, com aquilo que Ele expressava e irradiava para nós a partir da sua essência interna, e assim a energia Crística afectou-nos profundamente naquela encarnação ao redor do Cristo e nas encarnações seguintes, até hoje.
Em todas essas vidas, nós tentamos trazer a energia Crística para a Terra, e disseminá-la através de várias formas de ensinar e curar.
Nós fomos trabalhadores da luz inspirados e apaixonados, que trabalharam duro para trazer mais justiça, lealdade e amor para este planeta.
Naquela época, na era do despertar da energia Crística, nós fomos aqueles que se opuseram às religiões muito rigidamente organizadas, às formas autoritárias de subjugar as pessoas.
Nós lutamos pela liberdade, pela emancipação da energia feminina, por valores baseados no coração, numa época em que as pessoas mal tinham consciência disso tudo.
Nos últimos 200 anos, nós fomos os que lutaram pela liberdade e fomos rejeitados e perseguidos por causa disso.
Fomos castigados e torturados por causa do que éramos, e frequentemente acabávamos na fogueira ou na forca.
Nós carregamos muitos traumas emocionais dessa fase da história.
Nas lutas e resistência que enfrentamos, estava agindo o carma atlante (e galáctico).
Os papéis tinham-se invertido.
Nós tornamos-nos vítimas e passamos pelas profundezas da solidão, do medo e do desespero.
Ficamos intimamente familiarizados com a profunda dor emocional da rejeição.
Esta foi a nossa terceira Queda, a terceira Queda para dentro da Experiência, e aquela que nos levou para o âmago da nossa missão: compreender a unidade subjacente tanto à Luz quanto à Escuridão, aprender o que o Amor realmente significa.
Esta terceira Queda trouxe-nos para o presente, para aquele que somos hoje.
Hoje, às beiras de um novo ciclo, nestes tempos transformadores, nós estamos verdadeiramente abertos para a energia Crística.
Nos nossos corações está brotando uma sabedoria que abraça e transcende os opostos e reconhece o fluxo divino único em todas as diferentes manifestações.
Nosso amor não é um mero conhecimento abstracto, mas um fluxo real, puro e sincero que vem do coração e se estende para os outros e para a Terra.
Agora nos reconhecemos no semblante dos outros, sejam eles “luz” ou “escuridão”, ricos ou pobres, trabalhadores da luz ou almas terrenas, homem, animal ou planta.
O amor embutido na consciência Crística forma a ponte sobre o abismo entre os opostos e nos dá um sentido palpável da interconexão entre tudo que existe.
Uma vez, quando éramos anjos, vigiávamos e cuidávamos do paraíso na Terra.
Nós nos desprendemos desse estado de inocência, quando nos engajamos na dança pelo poder com as energias que nos queriam roubar o nosso paraíso.
Desta forma, nós abandonamos o reino espiritual e encarnamos mais profundamente na realidade material de forma e ilusão.
De anjos, nós nos transformamos em guerreiros.
Quando encarnamos na Terra e fomos experimentar como era ser um humano, fomos novamente tentados pelo desejo de controlar as coisas e isso nos levou à queda da Atlântida e de nós mesmos como guerreiros.
Nós voltamos à Terra para experimentar o outro lado do jogo do poder, para sentir como era ser uma presa da agressão e da violência.
As consequências desta última parte do ciclo ainda estão claramente presentes na forma em que experimentamos as coisas, e todos nós estamos trabalhando duro para superar o trauma da rejeição que existe no nosso íntimo.
Com isto, estamos fechando o ciclo no ponto onde ele começou.
Nós voltamos à sua verdadeira natureza como anjos, mas agora como anjos totalmente encarnados, com um conhecimento real e vivo dos extremos da luz e das trevas, do amor e do medo.
Cada um de nós é um anjo sábio e compreensivo, um anjo humano…
Tenhamos um grande respeito por nós mesmos, pela incrível jornada que empreendemos.
Sabemos quem somos.
Agora, reconheçamos-mos no nosso semblante.
Nós estamos no final de um grande ciclo de eras, no qual passamos por muitas experiências.
Falamos sobre a Atlântida, porque o reconhecimento das energias que incorporamos lá pode ajudar-nos a alcançar um estado de integridade e paz connosco mesmos.
A energia atlante é uma energia de grande poder mental, combinada com um orgulho e arrogância característicos.
Ousemos reconhecer esta “energia sombria” dentro de nós, ousemos aceitar que experimentamos e vivemos isto uma vez.
Sintamos que nós fomos infractores e agressores assim como vítimas.
Ao permitirmos que este facto faça parte da nossa consciência, abrimos o portal para a maior sabedoria que podemos abraçar na nossa vida: a sabedoria do não-julgamento.
Ao nos conscientizarmos do nosso lado “escuro”, deixamos de julgar se os outros estão certos ou errados, ou até de julgar a nós mesmos.
Todos os motivos para julgamento caem por terra.
O julgamento dá lugar à compreensão e à compaixão.
Então nós realmente começamos a entender o que é o amor, e o que significa “trabalho da luz”.
De facto o termo “trabalho da luz” sugere que existe algum tipo de luta entre a luz e as trevas, e que o trabalhador da luz é aquele que está lutando contra as trevas.
Mas o verdadeiro trabalho da luz não é nada disso.
O verdadeiro trabalho da luz implica em ser capaz de reconhecer a luz do amor e da consciência em tudo o que existe, mesmo que isso esteja escondido atrás de máscaras de ódio e agressão.
Frequentemente nós ainda ficamos tentados a fazer julgamentos sobre a realidade da Terra, como por exemplo, sobre a forma em que os políticos trabalham ou em que as pessoas estão tratando o meio ambiente.
É fácil dizer que tudo está errado e nos sentirmos um estranho no planeta Terra, alienado e sem lar.
Quando isso acontecer, tentemos fazer contacto com a energia do infractor dentro de nós.
Permitamos-nos aceder a energia atlante que ainda existe na memória das nossas almas, e sintamos que nós também já fomos isso, e inclusive que isso estava bem.
Todas as nossas “quedas para dentro da experiência” finalmente fizeram com que fechássemos um círculo e abríssemos nossos corações para a essência da criação de Deus: amor, criatividade e inocência.
Nós, que experienciamos os extremos das trevas e da luz, fomos, durante toda a nossa jornada, nada menos do que a criança inocente do paraíso, partindo com um espírito de sinceridade, arrojada curiosidade e entusiasmo pela vida.
Nessa jornada, nós só podíamos aprender pela experiência.
As “quedas para dentro da experiência” não poderiam ter sido evitadas, pois eram os meios para que alcançássemos algo novo, que trouxesse mais satisfação.
A essência da nossa jornada é que nós alcançamos a sabedoria através da experiência.
Portanto, por favor reconheçamos e respeitemos a coragem desse anjo-criança que nós fomos.
Vejamos a vitalidade, coragem e perseverança que mostramos ao nos aventurarmos no desconhecido, e então sintamos a nossa própria inocência, mesmo no nosso lado mais sombrio.
Respeitamos a nós mesmos, inclusive o nosso lado escuro.
Sintamos apenas o poder e a autoconsciência da energia atlante por alguns instantes. Existe um lado positivo nela também.
Nós fomos talentosos de muitas formas.
Convidemos esta energia para entrar, aqui e agora.
Permitamos que a sensação de auto-estima e auto-domínio voltem a nós e perdoemos-nos pelas atrocidades que aconteceram no passado.
Sim, nós infligimos dor aos outros, fomos o agressor lá… mas sintamos também como viemos a nos arrepender profundamente disso, e o quanto nos abrimos agora para o respeito genuíno por tudo o que vivemos.
Quando perdoamos a nós mesmos, nos abrimos para a alegria de nos libertarmos do julgamento.
Vejamos que a consequência é esta: se reconhecemos a nossa parte sombria e somos capazes de nos perdoar por isso, não precisamos mais julgar nem a nós mesmos nem aos outros. Isto é um grande prazer para a nossa alma!
Com muita frequência nós ainda nos atormentamos com os nossos julgamentos.
Nós dizemos a nós mesmos que ainda temos muitas coisas para realizar.
Olhemos para trás e vejamos tudo que já realizamos.
Tomemos consciência da profundidade da nossa jornada através desses grandes ciclos de eras.
Nós somos os Cristos desta nova era, e traremos paz para um mundo de dualidade e polaridade, irradiando a paz que está dentro dos nossos próprios corações.
Sintamos como estamos prontos para esse papel e deixemos simplesmente oferecer-nos algum apoio e encorajamento.
Nós somos um.

Gratidão,
Luís Barros