2 de maio de 2020

O NOSSO SER DE LUZ

Nós queremos dirigir a nossa atenção para uma perspectiva diferente de olhar para nós mesmos, uma perspectiva que nos eleve para fora do tempo, para fora de uma história particular, e nos faça conhecer a nossa existência atemporal, ou seja, a nossa multidimensionalidade.
Existe uma parte de nós que é totalmente independente de espaço e tempo.
Esta parte é livre para entrar, a qualquer momento, em qualquer dimensão ou área de experiência que ela deseje.
Ela é livre para escolher entre escuridão e luz em qualquer momento.
Da sua perspectiva terrena, nós caminhamos do ponto A para o ponto B de um modo linear.
No entanto, de uma perspectiva atemporal, multidimensional, o nosso eu verdadeiro não está se desenvolvendo no tempo, ele é aquele que está experimentando o desenvolvimento.
O nosso eu verdadeiro não precisa se desenvolver.
Ele admite essa experiência por sua própria livre escolha.
Esta escolha é motivada por um conhecimento profundo do enorme valor de se experimentar a dualidade.
Da perspectiva do nosso Ser espiritual e atemporal, nós somos livres, a qualquer momento, para experimentar qualquer ponto da linha entre A e B e Z.
Nós podemos activar qualquer realidade de consciência para nós mesmos, a qualquer momento, pois a ideia de que estamos presos dentro de um certo estágio de desenvolvimento é, em última análise, apenas uma ilusão.
A razão pela qual queremos dirigir a atenção para esta perspectiva, é que ela pode ajudar-nos a transpor as barreiras internas.
Pode ajudar-nos a penetrar através daquele véu de ilusão e entrar em contacto directo com nosso próprio Ser de Luz: a energia do anjo que verdadeiramente somos.
Para que compreendamos esta perspectiva como um ponto de vista real, a partir do qual podemos olhar para nós mesmos, nós precisamos discorrer um pouco sobre a noção de tempo.

TEMPO

No nível mais elevado da unidade, não existe tempo.
Este é o nível do Espírito, Deus, existência pura.
Neste nível, não existe nenhum desenvolvimento, nenhum “tornar-se”, mas apenas “ser”.
No nível mais baixo da unidade, onde a separação é experimentada mais fortemente, emprega-se uma noção de tempo falsa, linear.
Com “falsa” queremos dizer uma noção científica, abstracta de tempo, completamente destituída de subjectividade e conteúdo percebido.
Neste sentido, o tempo é uma estrutura objectiva fora de nós.
O tempo é algo colocado sobre as nossas experiências como uma moldura externa.
Um “curriculum vitae”, por exemplo, que enviamos quando estamos procurando emprego, geralmente consiste dessa descrição objectiva e linear de factos.
Reparem, nós enfatizamos o lado externo, visível, das coisas, mas o lado interno das coisas ‒ a motivação, o significado, a subjectividade ‒ é deixado de fora.
O tempo é uma ideia experimental: uma forma de esculpir a experiência.
Nos planos astrais, onde viajamos durante o sono e também depois que morremos, não existe “tempo de relógio”.
O tempo do relógio é a tentativa máxima de desconectar o tempo da subjectividade, isto é, de nós e das nossas experiências.
É uma grande ilusão.
Nos planos astrais, o tempo é o ritmo das nossas experiências.
O tempo é essencialmente subjectivo.
O tempo é uma forma de moldar a experiência de tal forma que a possamos compreender.
A referência ao tempo, na expressão “alma velha”, é realmente uma referência à experiência.
Nós não estamos limitados a uma determinada linha de tempo.
Nós não somos um ser linear.
Existem níveis do nosso ser que estão fora da estrutura do tempo que estamos vivenciando no presente.
É para este aspecto de nós, isto é, para a nossa multidimensionalidade, que queremos dirigir a nossa atenção agora.

MULTIDIMENSIONALIDADE

De acordo com a noção linear de tempo, não se pode estar presente em mais de um lugar ao mesmo tempo.
O conceito linear quer dizer o nosso corpo, nosso cérebro e nossa consciência, que, de alguma forma, está presa ao nosso corpo/cérebro (a ciência ainda não consegue explicar exactamente como o corpo e a consciência estão “amarrados”, mas ela afirma ‒ geralmente ‒ que a consciência não pode existir sem um corpo físico).
De acordo com o conceito “completo”, subjectivo, de tempo, estamos presentes onde quer que a nossa consciência resida.
Onde estamos, no tempo e no espaço, é determinado pelo foco da nossa consciência e não pela localização do nosso corpo.
Por exemplo, quando estamos pensando em alguém com quem estivemos conversando ontem, nos lembramos claramente de toda a conversa e de como fomos afectados por ela – e, sem perceber, entramos num estado ligeiramente alterado de consciência – revivemos alguns aspectos da conversa, trazendo-a do nosso passado para o nosso momento do Agora.
O que realmente está acontecendo aqui, é que estamos viajando para o passado e visitando as energias daquele momento outra vez.
Nossas energias do Agora interagem com as energias do Passado, possivelmente criando alterações na nossa experiência daquele momento e, assim, alterando o passado.
Por “alterar o passado”, não queremos dizer que alteramos alguns aspectos físicos, mas que os cobrimos com uma interpretação ou perspectiva diferente.
Entretanto, ao alterar o conteúdo percebido de um certo acontecimento passado, estamos, num certo sentido, alterando o acontecimento para nós.
Agora podemos ver a reacção emocional dele sob uma luz completamente diferente.
Nesse momento, estamos recriando o passado.
Estamos cobrindo-o com uma interpretação diferente dos fatos, que substitui a nossa reacção inicial. 
Isto não significa que a reacção inicial não aconteceu, mas que as energias de raiva, choque e desentendimento foram transformadas em compreensão e perdão.
Aconteceu uma “alquimia espiritual” através da interacção entre o passado e o presente.
Na verdade, os fatos físicos não são tão importantes.
É o conteúdo percebido de uma situação, a nossa reacção energética a ela, que realmente molda a nossa vida e a nossa realidade.
Portanto, podemos dizer correctamente que podemos alterar o nosso passado, viajando através do tempo até as energias do passado que ainda precisam de uma resolução.
Enquanto estamos conduzindo a nossa viagem através do tempo, existe alguma camada da nossa consciência que ainda está presente no nosso corpo.
Nós podemos perceber, “no fundo da nossa mente”, que as nossas mãos estão ficando frias ou que algumas crianças estão falando alto atrás de nós.
A consciência é capaz de se dividir.
Ela pode estar em lugares diferentes ao mesmo tempo, o que quer dizer que a consciência pode residir em diferentes realidades energéticas ao mesmo tempo.
Este é o significado da multidimensionalidade.
Nossa consciência não é limitada ao espaço e ao tempo.
Nós não somos limitados pelo passado nem pelo futuro, pois eles não são fixos.
Eles são campos líquidos de experiência.
Eles são mutáveis e podemos interagir com eles a partir do Agora.
A nossa consciência é multidimensional, mesmo quando pensamos que estamos presos dentro do nosso corpo físico.
Quando nos referimos à expressão “Ela está presa no passado” – quer dizer que uma pessoa não pode se desapegar do passado quando a consciência está preenchida por experiências e emoções passadas, tais como arrependimento, remorsos ou simplesmente tristeza –  essa pessoa “não está aqui” – ela está literalmente no passado.
Este também é um exemplo de multidimensionalidade.
Multidimensional não é algo que nos tornamos, mas algo que somos.
Faz parte da nossa natureza, faz parte do nosso estado natural de ser.
A verdadeira questão é: como podemos ser multidimensionais de uma forma liberativa e transformadora?
Como podemos empregar a nossa multidimensionalidade de tal modo que possamos movimentarmos-nos livremente através das dimensões, sem perdermos contacto com o nosso espírito divino?
Sendo multidimensionais a partir de um lugar de sabedoria e consciência: este é o nosso destino espiritual.
O nosso destino é tornarmos-mos criadores multidimensionais totalmente conscientes.
Ser conscientemente multidimensional significa libertar a ilusão do tempo linear, o que também significa libertar a ideia de que nós somos (nada mais do que) os nossos corpos.
Ser conscientemente multidimensional é identificar-se com o espírito (Deus) presente dentro de nós, e que é absolutamente livre para penetrar qualquer reino de experiência (= dimensão) que ele escolher.
Ser conscientemente multidimensional é uma parte essencial da realidade da Nova Terra.
A razão pela qual lutamos com o conceito de multidimensionalidade, é que pensamos em “estar em dois lugares ao mesmo tempo” de uma forma física.
O nosso corpo físico não pode estar em dois lugares físicos ao mesmo tempo, no entanto, as dimensões não são lugares físicos, não são “pedaços de matéria”, por assim dizer.
As dimensões são reinos de consciência, esferas de consciência que vivem de acordo com certas leis (energéticas).
Nossa consciência pode participar de diferentes dimensões ao mesmo tempo.
Isto acontece AGORA.
Existem realidades do passado, do futuro, dos planos astrais, de vidas passadas, do anjo dentro de nós, e inclusive outras, que se interceptam e se encontram dentro de nós, aqui mesmo e neste instante.
Nós SOMOS multidimensionais agora.
Mas o somos de uma forma consciente?
Permitimos que as dimensões fluam para dentro e para fora de nós?
Aceitamos as energias que elas nos trazem e podemos reconhecê-las como sendo nossas?
Nós interagimos, o tempo todo, com outras dimensões das quais fazemos parte, mas quando fazemos isso de uma forma consciente e acolhedora, realmente transformamos essas realidades dimensionais.
Ao abraçarmos energias presas ou reprimidas daquelas dimensões, trazendo-as para a Luz da nossa consciência, libertamos e integramos partes do nosso Ser e modificamos o nosso presente.
Muitos reinos de consciência se encontram dentro de nós e nós somos essencialmente os Mestres que escolhem vivenciar qualquer um deles.
Nós somos livres para viajar através de qualquer um deles, rápido ou devagar, longe ou perto.
Enquanto nos identificamos com o Espírito dentro de nós mesmos, mantemos-nos conscientes de que somos livres.
Mas quando somos pegos pela ilusão do tempo linear, a ilusão de que somos um corpo, a ilusão de que somos separados de Deus, desta forma, a alma fica temporariamente “presa” a certos reinos de experiência, e se esquece das suas verdadeiras origens, da sua divindade e da sua liberdade.
“Ser pego” ou “ficar preso” também é chamado de carma.
“Desprender-se” ou soltar-se geralmente se processa através de uma série de passos ou estágios que chamamos de “crescimento interior”.
Deste ponto de vista, libertar o carma nada mais é do que lembrarmos-mos da nossa própria divindade.

O NOSSO SER DE LUZ

Muitas dimensões, muitos reinos de consciência se encontram dentro de nós.
E nós realmente somos os mestres, os criadores de todo o campo de dimensões.
Nós somos uma estrela com muitos raios, uma consciência de alma com muitas manifestações.
Nós somos livres para activar qualquer realidade que escolhamos.
Se abandonarmos a ideia de tempo linear ou cronologia, nos permitimos acreditar que o passado ou o futuro não determina quem somos.
Então poderemos nos sentir no centro de um campo vibrante de dimensões, todas emanando de uma fonte divina, atemporal: NÓS.
Imaginemos-nos no centro de todas estas realidades, no centro de todas estas possibilidades e, em seguida, escolhamos uma que traga a maior Luz para nós.
Escolhamos o raio mais brilhante, mais amoroso do campo e, então, por um momento, vamos para dentro dele e sintamos como é SER esse raio.
Este é o nosso Ser de Luz.
Esta é a parte de nós que mais se parece com Deus.
Tradicionalmente, os seres mais próximos de Deus são chamados arcanjos.
E isso é o que nós somos, nesta dimensão, exactamente agora.
Nós realmente somos arcanjos.
Os arcanjos são seres que estão muito perto da Fonte/Espírito/Deus, mas não são completamente uno com Ele.
Estão um passo para fora da consciência absoluta, isto é, dos Seres puros sem diferenciação, identidade ou individualidade.
Os arcanjos têm um tipo de individualidade.
Existe singularidade em todos eles.
Pode-se dizer que um arcanjo tem certas características.
Não se pode dizer isto de Deus ou da Fonte.
Deus é Tudo e Nada.
Por isto, os arcanjos entraram “no reino da separação”, o reino de Eu versus o Outro.
Eles fazem parte da dualidade, embora ligeiramente.
Um arcanjo é um aspecto de Deus que se manifestou como um Ser específico, uma Forma específica.
O filósofo grego Platão chamou isto de “uma Ideia”, o que ‒ nos nossos termos ‒ é uma realidade energética básica ou “arquetípica” que transcende o mundo físico.
Nesse sentido, os arcanjos são Ideias platónicas.
Existe um arcanjo (Ideia) do Amor, da Verdade, da Bondade, etc., cada um personificando a energia de um aspecto específico de Deus.
Os arcanjos não são tanto pessoas, mas campos de energia com uma propriedade característica.
Por que o Espírito ou Deus exteriorizou aspectos de Si mesmo deste modo?
Ele fez isso pela alegria da criatividade.
As energias de arcanjo são uma expressão da inesgotável alegria criativa de Deus.
Os arcanjos não estão fora de Deus.
Nada está fora de Deus.
Deus está em tudo.
Deus está presente em todas as energias criadas como o “aspecto Espiritual”.
Este aspecto é o que torna UNA todas estas energias.
O que separa um ser de outro, o que o faz diferente e único é o “aspecto da alma”.
O aspecto da alma inclui a individualidade de um ser.
Todos os seres criados que têm individualidade são verdadeiramente uma união de Espírito e Alma, de consciência (espírito) e experiência (alma).
A criação é uma dança de Espírito e Alma.
Os arcanjos são, por assim dizer, os filhos primogénitos de Deus.
Não são os “primeiros” num sentido linear, mas no sentido de estarem muito próximos de Deus.
Eles carregam uma profunda consciência interior da sua divindade (o “aspecto Espiritual”).
Os humanos percebem os arcanjos como uma Luz brilhante e pura.
Existem diferentes arcanjos.
Todos os arcanjos emanam energia como raios de luz de um sol.
Emitindo estes raios cada vez mais longe, o arcanjo entra em contacto com espaços desconhecidos, com reinos de experiência que são novos para ele.
A energia do arcanjo estende-se para fora e, neste movimento espontâneo, criativo, ela desliza através daquilo que é Outro, diferente dela, aquilo que não é Luz, mas Escuridão.
Aqui, Escuridão significa simplesmente: mais afastado da Unidade/Espírito ‒ mais voltado para os reinos da individualidade.
Deus ou o Espírito não é nem Escuridão nem Luz.
Deus simplesmente É.
Os arcanjos são seres de Luz.
Ao criar a Luz, Deus também criou a Escuridão.
Isto é simplesmente porque os arcanjos estão na dimensão da dualidade, fora da Unidade.
Eles têm um sentido de individualidade.
A criação do ser de Luz (o anjo) trouxe consigo a criação do ser Escuro, a parte do Ser onde a Luz está ausente.
Existe beleza nesta polaridade, já que constitui a dinâmica da criação.
Deus, ser e consciência puros, desejava a experiência, e esta experiência Ele(Ela) obteve através do universo criado, através da Sua presença nos aspectos luminoso e escuro desse universo.
O que os arcanjos iam experimentar, depois de entrarem no reino da dualidade, Deus não sabia.
Isto é o que Ele ansiava: não CONHECER tudo, mas experimentar algo novo.
Ao darem um passo para fora da Unidade, os arcanjos entraram num espaço vazio, um espaço de potencialidade, um espaço de possibilidades inesgotáveis.
Os arcanjos descobriram que eles podiam criar muitas formas, e viver dentro delas.
Toda forma que habitamos, como um ser consciente, tem um certo ângulo ou perspectiva inerente a ela, que permite que uma “consciência sem forma” experimente as coisas de maneiras específicas.
Todo o processo dos arcanjos aventurando-se em busca de experiências pode ser retratado como uma imensa cascata de luz cintilante.
A energia dos arcanjos saiu aos borbotões da Fonte/Deus, como um fluxo massivo de água brilhante, cintilante, indo em todas as direcções.
Dentro desta enorme corrente de água, pequenas correntes se separaram e foram se dividindo em correntes menores ainda, até chegarem a ser pequenas gotas de luz líquida.
Estas gotas podem ser comparadas com unidades individuais de consciência, cada uma com seu próprio conjunto de experiências.
A dança do Espírito e da Alma agora havia verdadeiramente começado!
As unidades individuais de consciência, que nós chamamos almas, seguiram sua viagem.
Elas carregavam, no fundo de si mesmas, a energia do Espírito ou da Fonte, bem como a energia do arcanjo da qual originaram.
Mas, à medida que viajaram para mais e mais longe, elas vieram a experimentar que era possível esquecer suas origens, esquecer sua divindade e perder-se na escuridão e na ilusão.
Esta polaridade de escuridão e luz podia ser melhor experimentada como um ser humano, vivendo na Terra.
Quando descrevemos o processo dos arcanjos emanando da Fonte e finalmente tornando-se um ser humano, parece que estamos contando uma história linear, cronológica.
Mas isto não é assim.
A emanação ou cascata de energia de Deus está acontecendo Agora mesmo.
Este relato nos fala sobre as identidades que estão disponíveis para nós Agora, não sobre quem fomos num passado distante.
Neste preciso momento, há uma camada de energia pura de arcanjo dentro de nós, uma camada de Luz pura.
Também há camadas de confusão e medo dentro de nós.
Mas nós podemos escolher, a qualquer momento, ser o ser de Luz, o anjo que nós somos.
Isto não é algo que precisamos desenvolver, é simplesmente uma parte de quem somos.
É importante que nos demos conta de que nós não precisamos admirar mestres espirituais, guias ou anjos.
Não existe nenhuma autoridade acima de nós.
Nós mesmos estamos entre os “primogénitos’, sentados próximos ao trono de Deus.
Nós mesmos somos Deus e anjo.
A forma mais fácil de entrarmos em contacto com o nosso ser de Luz é conectando-nos com a camada de pura consciência, de puro Espírito, dentro de nós.
Nós fazemos isto aquietando-nos, nos níveis externo e interno.
O silêncio que experimentamos então, na verdade está sempre presente em nós; nós só temos que nos conscientizarmos dele.
Quando estamos conectados com o silêncio ‒ a dimensão da eternidade dentro de nós ‒ podemos sentir o desejo do Espírito por experiência.
Foi deste desejo que nasceu o nosso ser de Luz.
A alma experimenta a maior alegria na interacção entre o Espírito e a experiência, a interacção entre a divindade e a humanidade.
Este é o segredo do universo.
Quando somos puramente Espírito, a nossa realidade é estática.
Nada muda.
A experiência e o movimento só aparecem quando há um relacionamento com algo fora de nós/Espírito.
Quando sentimos algo diferente de nós mesmos, há um convite para explorar, sentir, descobrir.
Mas para experimentar algo diferente de nós, precisamos sair da Unidade absoluta, fora de Deus/Espírito.
Quando fazemos isto, passamos a ser uma alma individual.
Nós somos uma alma única, um pé no reino do Absoluto, um pé no reino do Relativo (dualidade).
Em nossas explorações da relatividade (dualidade), podemos nos afastar tanto do Lar, que perdemos contacto com o elemento de Espírito dentro de nós.
Então a nossa alma se perde na ilusão do medo e da separação.
A maior alegria possível é quando fazemos parte no reino da Experiência, enquanto permanecemos conectados com o Espírito, com o Lar.
A interacção equilibrada entre o Espírito e a Alma é a fonte da maior criatividade e Amor.
Deste ponto de vista, nós todos estamos a caminho de encontrar o equilíbrio correcto entre a Unidade absoluta e ser uma alma individual.
Aqueles entre nós que são trabalhadores da Luz estão, no presente, trabalhando em direcção a uma maior consciencialização da sua Unidade com o Espírito.
Eles viajaram dentro da dualidade por muito tempo, e eles ‒ você por exemplo, que lê estas palavras ‒ estão prontos para regressar ao Lar.
No entanto, não para um Lar estático de Pura Unidade, mas para uma realidade dinâmica, criativa de humanos divinos, multidimensionais, cuja experiência estará cheia de alegria e Luz.
Em todos aqueles que leram isto, há uma intensa saudade do Lar e uma profunda determinação para realizar seus desejos mais profundos.
Mantenham vossos anseios e desejos vivos, e confiem neles, porque eles nos levarão ao Lar.

Gratidão,
Luís Barros