Estamos aqui na Terra para ter alegria,
ser quem somos e vivenciar o milagre disto.
Nós somos lindos do jeito que somos.
Nada precisa ser mudado ou melhorado.
Tudo está bem.
Entendamos isto.
A essência da criação é a alegria.
Deus não nos criou para um propósito
sério e pesado.
Ele nos criou da alegria e da vontade de
explorar.
Ele queria desvendar a vida através de nós.
Todos nós somos a expressão do amor e da
alegria criativa de Deus, e é por isto que nos é permitido experienciá-los em
todos os momentos do dia.
Somos convidados a nos reconectarmos com
este fluxo original de energia, a alegria de criar de Deus, que jorra através
de todos nós.
Mas nós temos a tendência a tornar a
vida muito pesada e séria.
Imaginemos que não estamos aqui para
atingir uma meta, mas simplesmente para sermos nós mesmos, incluindo as nossas
partes que nos parecem sombrias, indecisas ou emperradas.
Sim, estas partes também são bem-vindas,
elas fazem parte desta experiência, da experiência completa da dualidade em
todos os seus aspectos.
Confiemos que esta experiência nos leva
a algo lindo, algo mágico, a um novo mundo.
Nós estamos sempre nos movimentando e nos
transformando.
Não existe nenhum propósito fixo, nenhum
destino final.
Nós estamos constantemente na estrada.
Então, aproveitemos o fato de estarmos
na estrada, aproveitemos as correntes da vida que estão sempre mudando, e
aquela carga tão pesada será retirada das nossas costas.
Voltemos no tempo, para o instante antes
do nosso nascimento neste corpo na Terra.
Não duvidemos, não nos perguntemos se
isto é possível, simplesmente viajemos na nossa imaginação.
Não importa se pensamos que estamos
inventando tudo.
Confiemos em nós mesmos e permitamos
sentir que houve um momento em que éramos livres do corpo.
Nós éramos independentes da forma
física, sentíamos-nos ilimitados e tudo era possível.
A vida era mágica.
Nessa dimensão de grande liberdade,
sentimos uma força que nos atraía para a Terra.
Entre todos os lugares existentes, a nossa
atenção foi atraída para esse pequeno planeta que possuía tantos potenciais
grandiosos; potenciais de luz e de trevas, de amor e de medo.
Nós sentimos um puxão.
Ficamos nos perguntando qual seria a
natureza da realidade desse planeta e sentimos que tínhamos alguma coisa a ver
com ele.
Sentimos que havia alguma coisa lá que
queríamos experimentar.
Como um espírito livre, decidimos dar um
mergulho e encarnar na Terra.
Sintamos como, ainda hoje, depois de termos
passado por tantas experiências neste planeta, nós ainda mantemos aquela
sensação original de interesse, encantamento e atracção que tivemos naquele
momento.
Sintamos como é especial o facto de
estarmos aqui agora, e da nossa consciência ter-se estreitado para caber num
corpo terreno, percebendo a realidade através de sentidos físicos como a visão,
a audição e o tacto.
Este modo particular de perceber a
realidade não é o natural; a nossa perspectiva original é muito mais ampla e
menos limitada.
Entretanto, nós escolhemos esta
limitação, porque havia algo incrivelmente valioso a ser encontrado nela.
Nós estamos aqui na Terra para expressar
a liberdade e a magia dos reinos espirituais de onde viemos.
Estamos aqui para trazê-las para a forma
e a matéria e torná-las disponíveis para a nossa própria experiência e para a
experiência dos outros.
Sim, nós somos um portador da luz, onde
luz quer dizer liberdade, facilidade e alegria.
E nós já estivemos antes na Terra, com o
mesmo desejo e impulso de acender a luz da criação aqui e espalhar alegria e
percepção.
Permitamos-nos sentir isto outra vez.
Saibamos quem somos.
Nós não precisamos ser ou fazer nada de
especial aqui, não precisamos conseguir nada excepto lembrarmos-mos de quem somos
e permitirmos que a alegria nos preencha novamente.
Esta é a nossa tarefa: voltar ao nosso
estado original de encantamento e alegria entre energias que parecem apontar
para uma direcção totalmente diferente.
Nós fomos colocados sob pressão.
A realidade da Terra, o modo como as
pessoas pensam e as crenças da sociedade podem pesar muito sobre nós e afundar-nos
no esquecimento por uns tempos.
Lembremos-mos que nós somos a divindade
na carne.
A luz está jorrando de nós neste
momento, através das nossas mãos, através dos nossos olhos.
Sintamos isto.
Ela nunca nos abandonou, mas, em algum
momento da nossa vida, nos disseram que esta luz não podia fluir livremente em
público.
Nós acreditamos que temos que escondê-la
e mantê-la dentro de nós, por medo de sermos "diferentes".
A obrigação de sermos normais, fechando-nos
dentro daquilo que outras pessoas possam pensar de nós, provavelmente é a pior
prisão que existe na Terra!
Estar num corpo não nos limita tanto
quanto isto.
A verdadeira limitação se origina do facto
de aceitarmos as diversas crenças pesadas e medrosas da sociedade e deixarmos
que elas diminuam a nossa radiância divina.
Nosso desejo é encontrarmos um meio de
sair disso, e a chave é: atrevamos-nos a receber alegria de novo em nossa vida,
sintamos que ela é nossa por direito de nascimento!
Ela é simplesmente o que nós somos.
Nós somos a alegria de Deus manifestada.
E para sermos isto, nós não precisamos
conseguir nada, no sentido mundano da palavra.
Só precisamos ser unos com o que somos.
Precisamos sentir que estamos bem como somos
aqui e agora.
Não há nada em que sejamos insuficientes,
não há nada faltando em nós.
Abracemos a totalidade do que somos agora
– os nossos medos, os nossos bloqueios emocionais e, ao mesmo tempo, um sentido
profundo de admiração e vitalidade, no fundo do nosso ser.
A própria vida flui através de nós e
deseja-nos conferir nossos diversos dons milagrosos.
Nós empreendemos esta jornada de
encarnação neste corpo, nesta sociedade, nesta dimensão material.
Isto é o suficiente.
Com isto, nós já mostramos nossa enorme
coragem e nossa grande fé.
Agora confiemos que nos é permitido receber
tudo o que precisamos na nossa vida.
Sintamos a alegria pura de estarmos
vivendo neste momento.
Deixemos o nosso ser relaxar nela.
Imaginemos que, de agora em diante, não
existe nada que nós "devamos fazer" na nossa vida.
Se realmente nos concedermos esta
liberdade, nossa vida fluirá sistematicamente suave e fácil.
Entendo que isto vai contra muita coisa
que nos foi dita pelos nossos pais, professores, patrões, etc…
A sociedade nos incute a ideia de que nós
temos que trabalhar duro e diligentemente para desenvolvermos as habilidades e
aptidões necessárias para lidarmos com a realidade.
Ela nos diz para permanecermos pequenos
e focalizarmos o que é possível em vez daquilo com que sonhamos e desejamos.
Não é apenas a sociedade que nos diz
isto, muitos ensinamentos espirituais também têm uma visão severa e
disciplinadora a respeito de como atingir a iluminação.
Imaginemos que libertamos a própria
ideia de metas e conquistas.
Imaginemos-mos dizendo para nós mesmos:
"Eu sou como sou, e estou totalmente bem do jeito que sou."
Que libertação!
Se pudermos permitir a nós mesmos mantermos-nos
relaxados a este ponto, as coisas começarão a fluir na nossa vida, e veremos
que acontecerá exactamente o oposto daquilo que a sociedade nos diz para
esperar.
As coisas começarão a acontecer para nós,
sem que tenhamos que trabalhar duro para isso.
Se pudermos ser unos connosco mesmos e
aceitarmos as coisas como são, atrairemos um fluxo de paz que trará milagres à nossa
vida.
Ao nos aceitarmos como somos, nós dizemos
"sim" para a vida e para o facto de estarmos aqui na Terra, e damos a
nós mesmos a permissão para recebermos tudo o que desejamos, simplesmente
porque somos quem somos, uma parte indestrutível de Deus, valorizada e amada
incondicionalmente.
Se encontrarmos essa paz no nosso
coração e se nos desapegarmos das nossas expectativas tensas e limitadoras,
permitiremos que a magia da vida tome conta de nós, pois nos entregaremos ao
seu fluxo e ao seu ritmo.
Dizemos para começarmos encontrando satisfação
na nossa vida, para começarmos encontrando o emprego certo, o relacionamento
certo ou a casa certa para morar.
Comecemos permitindo a nós mesmos
experimentar a alegria outra vez – a simples alegria de sermos, a simples
alegria de sermos nós.
Espiritualidade é simplicidade e
facilidade; é sentir como uma criança pode sentir, sem pensar no amanhã, mas
simplesmente aproveitando o presente e fazendo o que der vontade de fazer.
Nós acreditamos que isto não é mais
possível para um adulto?!
Isto é uma tragédia!
Há tanta tristeza no facto de termos-mos
sentido obrigados a renunciar à nossa parte mais espontânea e despreocupada!
Estendamos a nossa mão para a nossa
criança interior, que guardou sua espontaneidade para nós.
Lá no fundo do nosso ser ainda existe
aquela criança que quer brincar e se divertir, a criança que quer explorar a
vida e confia que tudo estará sempre bem.
Esta criança sabe que a Terra é um lugar
seguro para nos expressarmos.
Sintamos-la e deixemos-la falar connosco de
novo.
Talvez ela queira nos dar uma mensagem,
neste momento.
Se ainda não sentirmos nada, está bem
também.
O que importa é que estejamos querendo
dar atenção a essa criança, que digamos "sim" para o fluxo original
de espontaneidade dentro de nós, para a inspiração da nossa alma.
Nós estamos repletos de conceitos que nos
dizem que isto não é possível ou desejável, que precisamos nos voltar para fora
em vez de para dentro, para encontrarmos orientação na nossa vida.
Mas não é assim!
A vida deve ser vivida de acordo com
outros princípios.
O verdadeiro poder criativo, a
verdadeira manifestação de criações positivas na nossa vida, sempre acontece a
partir de um estado de simplicidade e facilidade.
É exactamente quando nos sentimos
totalmente relaxados e divinamente despreocupados a respeito das coisas, não nos
forçando a fazer nada, que atraímos as mudanças mais positivas na nossa vida.
Se simplesmente valorizarmos os nossos
sonhos e desejos, e depois nos desapegarmos deles, deixando que as coisas tomem
seu próprio rumo, a nossa confiança os atrairá a nós.
Nós nem sequer esperaremos que eles se
realizem, pois estaremos muito ocupados nos divertindo no presente.
A vida é maravilhosamente simples.
Confiemos nesta mensagem e tenhamos fé
na bondade da vida e na alegria que flui através de cada ser vivente.
Dêmos uma olhada na natureza.
Os animais, as árvores e as plantas
estão inerentemente voltados para a expressão da beleza e da harmonia.
Eles não duvidam de si mesmos.
Eles valorizam a si mesmos de um modo
perfeitamente natural e pacífico.
Conectemos-nos com essa energia natural
de valorização e saibamos que somos mantidos dentro dessa mesma rede da vida.
Nós estamos seguros.
Deus está bem aqui connosco, e nunca
sairá do nosso lado.
Atrevamos-nos a nos entregar aos cuidados
da magia da vida, que nada mais é do que o fluxo divino da nossa própria alma.
E aproveitemos!
Gratidão,
Luís Barros