7 de maio de 2020

ENERGIA MASCULINA E FEMININA

Nós temos a tendência de olhar de baixo para Jesus-Cristo, mas Jeshua não vê as coisas desse jeito.
Jeshua vê-nos seguindo o nosso caminho na Terra, numa época difícil, uma época em que muitas coisas estão mudando, e vê-nos crescendo em direcção à nossa própria maestria.
Vê-nos tornando-mos em mestres.
E toda a questão é esta: encontrar a nossa própria maestria!
Não sigamos nenhum mestre que nos é apresentado pela tradição ou por livros ou por qualquer coisa que alguém falou para nós.
Encontrar a nossa própria maestria: esta é a questão.

AS ENERGIAS MASCULINAS E FEMININAS

Falamos sobre as energias masculinas e femininas.
Estas são energias antigas, com as quais muitas coisas estão acontecendo agora.
Falamos sobre a natureza do masculino e do feminino.
Estas energias são dois aspectos do Um.
Portanto, elas não são realmente opostas ou duais; elas são uma; elas são duas faces de uma energia.
A energia masculina é o aspecto que está focalizado no exterior.
É a parte de Deus ou Espírito que leva a manifestações externas, que faz o Espírito se materializar e tomar forma.
Portanto, a energia masculina conhece uma força criativa intensa.
Para a energia masculina, é natural estar extremamente focalizada e orientada para uma meta.
Desta forma, a energia masculina cria a individualidade.
A energia masculina permite-nos separarmos-nos do Um, do Todo, e mantermos-nos sozinhos, e sermos um indivíduo específico.
A energia feminina é a energia do Lar.
É a energia da Fonte Primordial, a Luz fluída, o Ser puro.
É a energia que ainda não se manifestou, é o aspecto interno das coisas.
A energia feminina é todo-abrangente e oceânica; ela não diferencia nem individualiza.
Agora, imaginem a energia feminina começando a consciencializar-se de um certo movimento em seu interior, uma leve inquietação, um desejo de... ir para fora, para fora dos seus limites, mover-se para fora de si mesma para obter experiência.
Há um desejo de algo novo, de aventura!
Então, chega até ela uma energia que responde a esse desejo.
É a energia masculina, que quer ser útil e ajudá-la a se manifestar na matéria, na forma.
A energia masculina define e dá forma à energia feminina e, através da cooperação de ambos, a soma total das energias pode tomar uma direcção totalmente nova.
Uma nova realidade pode ser criada, onde tudo pode ser explorado e vivenciado, em formas sempre diferentes de manifestação.
A dança do masculino e feminino gera o espectáculo flutuante da realidade criada.
Esse é um espectáculo de grande beleza, onde a energia masculina e a feminina reverenciam uma a outra e celebram sua cooperação e alegre união.
E assim é como deveria ser.
As energias masculina e feminina devem estar unidas, elas são dois aspectos do Um e juntas elas celebram a manifestação alegre que a Criação deveria ser.
Foi dito que, na compreensão final de quem somos, a única verdade que importa é: EU SOU.
E nesse mantra místico, exactamente esses dois aspectos se fundem.
No EU está a energia masculina, no SOU, está a energia feminina.
O EU é constritivo, diferenciador, ele dá o foco, ele dá a direcção, ele individualiza: EU, não o outro, mas EU.
E então vem o SOU. SOU é oceânico, todo-abrangente, ele reflecte o oceano do Lar, a energia feminina, a fonte inesgotável que não conhece limites, nem diferenciação.
O aspecto fluente e unificador é o centro da energia feminina.
No EU SOU, o masculino e o feminino se juntam e unem alegremente as suas energias.
Mas na história da humanidade, e até mesmo antes que a humanidade existisse, surgiu um conflito entre o masculino e o feminino.
O símbolo yin-yang mostra muito bem a verdadeira situação.
No masculino, há sempre um centro feminino, e no feminino, um centro masculino, da mesma forma que – nesse símbolo – existe um ponto branco no preto, e um ponto preto no branco.
Mas, no curso da história, esta unidade mística do masculino e feminino foi esquecida e essas energias tornaram-se opostas uma à outra, assim como o preto e o branco.
A unidade subjacente não foi mais reconhecida.
Neste momento, nós estamos na última fase da história do conflito, no qual a energia masculina fez o papel de algoz durante muitos séculos.
A energia masculina há tempos vem desempenhando um papel na qual ela oprime, mutila e destrói a energia feminina.
Nem sempre foi assim.
Houve épocas em que a energia feminina dominou, manipulando e governando incorrectamente a energia masculina.
Mas essa época terminou.
Num certo momento, o conflito tomou um rumo diferente, e os papéis de algoz e vítima se inverteram.
Agora, a energia masculina vem assumindo o poder por muito tempo e tem abusado desse poder de tal forma, que a energia feminina se enfraqueceu e não percebe mais a integridade do seu Ser.
Sempre que o masculino e o feminino estão em conflito, a desintegração de ambos é inevitável.
Enquanto o feminino é cada vez mais vitimado e se perde em auto-negação, o masculino perde-se na violência cruel e no tipo de agressão que conhecemos de muitas guerras do nosso passado.
O masculino e o feminino dependem um do outro.
Quando eles se combatem, as consequências são desastrosas.
Mas, os tempos estão mudando.
Desde os séculos XIX e XX, a energia feminina vem readquirindo sua força e elevando-se acima do papel de vítima.
Esta ressurreição vem das profundezas da energia feminina.
Ela finalmente alcançou o limite máximo da sua auto-negação.
Neste ponto, ela olhou para si mesma nos olhos e afirmou: isto chegou no máximo que podia chegar.
A propósito, é assim que sempre acontece na dinâmica entre vítima e algoz.
A mudança começa quando a vítima se recusa a continuar aceitando essa situação.
O algoz poderia muito bem continuar agarrado ao seu papel por mais tempo, pois ele tem menos motivos para parar.
A revolução começa, quando a vítima se recusa a aceitar esse papel e finalmente reassume o seu poder.
Em todas as situações de repressão – como por exemplo a de uma mulher na sua família ou na sociedade – o verdadeiro momento de mudança acontece quando a mulher, ou a energia feminina em uma pessoa, decide consigo mesma: eu não vou mais aceitar isto.
É aí que a mudança realmente começa a acontecer.
Medidas externas são inúteis, enquanto este momento não se apresenta.
A energia feminina ergueu-se e a sua estrela está despontando.
Na verdade, a questão mais urgente, nesta época, é a transformação da energia masculina!!
Agora é o momento para uma nova definição da energia masculina.
Enfatizamos que é somente unindo-se a uma energia masculina madura e equilibrada, que a energia feminina poderá florescer novamente.
No século passado (XX), e mesmo antes disso, a energia feminina recuperou o poder e a força.
Ela começou a desabrochar de um modo novo e mais equilibrado.
Apesar da desigualdade entre os sexos, que ainda está presente na nossa sociedade, a ascensão da energia feminina é algo que não é mais possível deter.
No entanto, a energia feminina não pode adquirir força e vitalidade plenas, sem a cooperação com a energia masculina.
Isto se refere ao nível colectivo, tanto quanto ao nível individual.
A energia feminina não pode fazer a sua libertação final sem o apoio da energia masculina e da conexão com ela.
Isto não se deve a uma fraqueza inerente à energia feminina, mas à natureza essencial das energias masculina e feminina: ao fato de que elas estão entrelaçadas e só podem realizar os seus potenciais mais brilhantes em cooperação.
É por isto que agora é imperativo que a energia masculina se remodele e se aventure dentro do novo!
Se observarmos o inter-relacionamento entre o masculino e o feminino em um nível colectivo, veremos que agora a energia feminina está numa posição de espera. Ela está esperando.
Actualmente, na energia masculina colectiva, está havendo uma luta entre o velho e o novo.
Na energia masculina colectiva, está despontando uma nova onda de energia que honra e respeita a energia feminina.
Esta nova onda de energia masculina quer se unir à feminina, para juntos entrarem na Nova Era.
Mas, ao mesmo tempo, uma onda de energia masculina mais antiga ainda está activa e tentando persistir.
Esta energia masculina, no seu antigo papel, está agindo claramente na série de ataques terroristas que tem ocorrido por todo o nosso mundo.
Desta forma, a energia masculina, no seu antigo papel de agressor impiedoso, está mostrando a sua face maldosa.
Naqueles que cometem esses ataques horríveis, existem emoções muito escuras: agressividade, raiva e, ao mesmo tempo, total impotência e desesperança.
É a partir desta total desesperança, que eles apelam aos tipos mais brutais e destrutivos de demonstração de poder.
Esta energia masculina, da qual estamos falando, está em agonia de morte.
Ela sente que estão ocorrendo mudanças importantes colectivamente, e que a humanidade está no limiar de uma nova era.
Um dos problemas que estamos enfrentando agora, enquanto crescemos em direcção a uma cooperação mais equilibrada entre o masculino e o feminino, é como lidar com este tipo de energia cruel.
O que vamos fazer a respeito desta energia masculina antiga, que está tentando criar o máximo de devastação e estrago possíveis durante a sua queda?
Pois, saibamos que a queda dessa energia é um fato.
A batalha está perdida para a velha energia masculina, mas ela não vai se entregar facilmente e vai resistir até o último momento com agressividade e dominação impiedosa.
Vai depender muito da atitude interior colectiva em relação a esses agressores.
Nós não vamos permitir que a raiva e a impotência entrem no nosso próprio campo de energia, como uma reacção a esses actos de violência?
Se assim for, abriremos o nosso campo de energia para os agressores.
No momento em que nos sentirmos dominados pela raiva e o ressentimento por eles, eles terão atingido a sua meta.
Seremos sugados para dentro da vibração energética deles e também começaremos a ter vontade de matar: matar os assassinos dos inocentes.
Isto é tudo muito compreensível, mas é vital que percebamos o que está acontecendo aí.
Sempre que emoções intensas vierem à tona, será sábio fazer uma pausa, no silêncio.
Voltemos para a nossa porção quieta e sábia e perguntemos: “O que está realmente acontecendo aqui?”
Agora tudo depende da nossa sabedoria e discernimento, da nossa capacidade de “perceber” através dos factos e sentir o que realmente está em jogo.
O mundo não será dominado pelos poderes dos terroristas; a antiga energia masculina já cumpriu seu tempo e a hora da sua morte está próxima.
A mensagem mais importante que temos sobre o terrorismo, esta manifestação da antiga agressividade masculina, é: mantenhamos-nos conscientes!
Não permitamos que emoções de impotência – isto é, de sermos vitimados – nos tirem do nosso centro.
Saibamos que ninguém será tocado por essa energia de agressividade, se não permitirmos que ela entre no nosso campo de energia.
Se não reagirmos com raiva ou ódio, não a magnetizaremos para nós.
Nós estaremos a salvo e protegidos pela nossa própria luz.
Agora vamos dar atenção ao nível mais mundano, individual, no qual lidamos com as energias masculina e feminina dentro de nós mesmos.
Pois, também no nível individual, tem havido uma luta entre a energia masculina e a feminina.
Tudo o que acontece colectivamente reflecte os processos do nível individual.

OS CHAKRAS

Para ilustrar a importância do equilíbrio entre o feminino e o masculino no nível individual, falamos sobre os centros de energia que existem em todos os seres humanos, os quais também são chamados de chakras.
Existem sete que conhecemos actualmente e estes estão situados ao longo da nossa coluna vertebral, do cóccix até o topo da cabeça.
Falamos brevemente sobre cada um desses chakras, para mostrar que todos eles são caracterizados por um tipo de energia predominantemente masculina ou feminina.
O chakra do cóccix (chakra raiz) é o centro de energia que nos conecta com a Terra.
A energia desse chakra dirige-se para a Terra e permite-nos manifestar a energia da nossa alma em uma forma física, em um nível de realidade denso, material.
Tendo em vista que a energia do chakra do cóccix é do tipo que se dirige para fora e favorece a manifestação, podemos dizer que ele é um chakra (predominantemente) masculino.
Um chakra nunca é completamente masculino ou feminino, mas podemos dizer que a energia masculina é a que domina aqui.
O segundo chakra é chamado chakra do umbigo e é o centro das emoções.
Este centro permite-nos experimentar emoções, mudanças de humor – em resumo, os altos e baixos da nossa vida emocional.
É um centro receptivo.
É por isso que o consideramos um centro feminino, um chakra onde o fluxo de energia feminina é que domina.
Agora olhemos para o terceiro chakra, também chamado de plexo solar: centro de acção e criação.
Este é claramente um chakra que se estende para fora e permite que a energia se manifeste na realidade física.
Podemos compará-lo com o sol, com a propagação dos raios e com o poder da luz amarela solar (a cor natural do terceiro chakra é o amarelo).
No plexo solar, nossas motivações e agitações internas são transformadas em manifestações externas.
É o chakra da acção e da apresentação externa.
Também é a sede do ego, no sentido de personalidade terrena, sem implicações negativas.
A energia predominante é a masculina.
Vamos agora ao chakra do coração.
Este também é um centro receptivo, como o chakra do umbigo, e ele conecta especialmente fluxos diferentes de energia.
É o centro no qual o Céu e a Terra se encontram, e onde os três chakras inferiores conectam-se com os três chakras superiores.
O coração pode ser a ponte entre a mente (cabeça) e a emoção (abdome).
Através do coração, podemos nos conectarmos com outra pessoa e transcender a nós mesmos.
O coração transcende os limites do ego e capacita-nos a sentir a unidade com tudo que está fora de nós, com Tudo Que É.
O chakra do coração é o portal para a energia do Lar.
É claramente um centro de conexão e, portanto, é predominantemente feminino.
O chakra da garganta é masculino.
Através deste centro, estímulos internos, ideias e emoções tomam forma física por meio da fala, do riso, do canto, do grito, etc...
Aqui a vida interior é levada para fora através da comunicação pela voz e pela linguagem.
Por meio deste centro, fazemos com que a nossa vida interior seja visível para os outros através de sinais físicos: palavras, sons, conceitos.
É um centro de manifestação, que nos capacita a focalizar a nossa energia externamente no plano físico.
Também é um centro de criatividade.
O sexto chakra, também chamado “o terceiro olho” e que está localizado no meio da cabeça, também é feminino.
Ele recebe impressões “extra-sensoriais”, intuitivas, e transcende os limites do físico (dos cinco sentidos físicos).
É a sede da clarividência, da percepção extra-sensorial, etc…
Através deste centro, podemos sentir a energia de outra pessoa (as emoções, as dores, as alegrias) como se fossem nossas.
Com esta capacidade, ou seja, a habilidade da empatia, nós transcendemos os limites do ego e conectamos-nos com “aquilo que não somos”.
Por fim, temos o chakra da coroa, no topo da cabeça.
Este chakra não é nem masculino, nem feminino.
Ou podemos dizer que ele é ambos.
Neste chakra, nós nos elevamos acima da dualidade do masculino e feminino.
O chakra da coroa é uma combinação interessante dessas duas energias. 
Quando este chakra está equilibrado, a consciência está num estado tanto receptivo quanto expansivo.
Ela estende-se para “cima”, para “outras dimensões”, em busca de conselho ou apoio espiritual, ou de camadas mais profundas do Si Mesmo.
E, ao mesmo tempo, mantém-se numa quieta e tranquila receptividade, no conhecimento de que as respostas virão no tempo certo.
É um tipo de consciência que é altamente focalizada e, ao mesmo tempo, altamente receptiva.
Neste “estado de espírito”, nós chegamos muito perto da unidade subjacente às energias masculina e feminina – a energia do Espírito ou Deus.
Acabamos de fazer um esboço bem grosseiro do movimento dos fluxos de energia masculina e feminina através do corpo energético do ser humano.
Agora falamos particularmente sobre os três chakras inferiores.
Estes são os chakras que estão mais conectados com a Terra, que estão mais envolvidos com a existência no reino terreno.
Esta área dos três chakras inferiores é de suma importância na nossa caminhada interior para a cura, pois é nessa área que se encontram os traumas mais profundos e as cicatrizes emocionais.
Muitas vezes sentimos que somos seres terrenos crescendo em direcção ao espiritual.
Mas é ao contrário – nós somos seres espirituais crescendo em direcção à Terra.
A Terra é um objectivo brilhante, um diamante oculto que ainda não revelou sua verdadeira beleza.
O planeta Terra é a Terra Prometida!
O Céu é o nosso lugar de nascimento.
Mas nós não retornaremos ao estado de consciência do qual nos lembramos como “Lar” ou “Céu”, um estado de existência puramente espiritual.
A aventura da Criação leva-nos a novos destinos, nós estamos sempre nos expandindo e progredindo em direcção a um tipo de consciência totalmente novo.
A Terra é uma parte essencial desta jornada.
Entretanto, na nossa manifestação na Terra e nas nossas tentativas para nos expressarmos aqui, nós passamos por muitas dores.
Quase todos nós temos ferimentos graves nos três chakras inferiores, causados por experiências de rejeição, violência e abandono.
Isto pode ter acontecido até mesmo nesta vida.
Quase todos os bloqueios de energia nos chakras superiores estão relacionados com lesões emocionais nos três chakras inferiores.
Falamos um pouco sobre o chakra do cóccix (chakra raiz) primeiro.
A nossa conexão com a Terra tornou-se emocionalmente pesada, especialmente para os Trabalhadores da Luz.
Como enfrentamos graves resistências durante as nossas várias encarnações, há muito medo e resistência em nós, quando se trata de realmente aterrar a nós mesmos.
Aterrar significa estar totalmente presente nos nossos corpos terrenos e expressar nossa inspiração mais íntima na realidade material.
A nossa resistência para aterrarmos tem a ver principalmente com o fato de “sermos diferentes” e termos sido rejeitados por causa disso.
No segundo chakra, o centro emocional, nós também fomos profundamente afectados por experiências de sermos ameaçados ou abandonados (literalmente ou emocionalmente), e de sermos severamente reprimidos na nossa auto-expressão.
Com essas cargas traumáticas nos dois chakras inferiores, o plexo solar (terceiro chakra) também é pesadamente afectado.
O plexo solar tem a ver com a força da vida, a energia criativa e o poder.
Estamos falando do poder que não é agressivo nem destrutivo.
No plexo solar, muitas vezes podemos ver que a pessoa se manifesta, ou de uma forma agressiva e controladora, ou de uma forma contida, excessivamente modesta.
As duas formas são o resultado de sentimentos latentes de impotência, originados nos ferimentos presentes no primeiro e segundo chakras.
No terceiro chakra, a questão é encontrar uma forma equilibrada de lidar com o poder e o controle, a questão é um ego equilibrado.
Tudo bem com o ego!
O ego tem uma função própria: ele empresta o foco à nossa consciência, o que nos capacita a criar e a nos manifestarmos como os indivíduos separados que somos.
O ego é um complemento necessário para a forças espirituais que transcendem o “eu”.
A energia do ego é totalmente respeitável e justificada na realidade energética em que vivemos.
O poder verdadeiro está no alinhamento alegre entre o ego e o Espírito.
A área dos três chakras inferiores é a mais importante para a auto-cura e o crescimento interior.
O maior desafio espiritual para nós agora é cuidar desta área ferida em nós mesmos.
Meditar e nos conectarmos com os níveis cósmicos, dentro e fora de nós, não é a nossa meta principal agora.
A nossa meta principal agora é oferecer a compreensão mais gentil e o apoio mais amoroso para a criança interior dentro de nós, e restaurar a beleza e a alegria dela.
Esta é a nossa jornada espiritual, e nela encontra-se o nosso maior tesouro.
Cuidar e respeitar o lado humano de nós, a parte criança de nós, é a nossa estrada para a divina compaixão e iluminação.
Chamamos a atenção para o fato de que dois entre os três chakras citados são masculinos.
Isto mostra que há muito trabalho de cura a ser feito dentro de cada um de nós, especialmente no que se refere às energias masculinas.
Portanto, a nossa mensagem é: curemos a energia masculina interna!
A energia feminina está se recuperando, de várias formas, e adquirindo a força necessária para se expressar total e lindamente.
As qualidades femininas de intuição, sensibilidade e conexão estão sendo cada vez mais apreciadas, tanto individualmente quanto colectivamente.
Mas não está muito claro como é uma energia masculina equilibrada.
A energia masculina ficou meio perdida nas falsas imagens do que significa “ser um homem”, estereótipos que sempre se reduzem ao poder através da agressividade.
É vital reconhecer e expressar a verdadeira natureza da energia masculina. 
O lado feminino precisa agora da energia masculina equilibrada, para poder cumprir verdadeiramente o seu papel.
A energia feminina está esperando, não só em escala colectiva, mas também no nível individual.
A energia feminina está saindo do seu papel de vítima, readquirindo a sua auto-estima e agora está querendo se manifestar poderosa e alegremente, através da sua reunião com o masculino.
Então, qual é o poder da energia masculina equilibrada?
No primeiro chakra, uma energia masculina curada e equilibrada leva à autoconsciência.
A energia masculina não precisa mais lutar e se esforçar, ela está presente através da autoconsciência.
Presença, isto é, estarmos presentes com toda a nossa alma, é uma qualidade essencial do primeiro chakra.
Estarmos conscientes de nós mesmos, permanecendo centrados e não nos perdendo nas opiniões, expectativas e necessidades de outras pessoas – isto é sermos autoconscientes.
Encontrarmos o equilíbrio entre conectarmos-nos e desapegarmos-nos; mantermos-nos centrados e conscientes de nós mesmos enquanto interagimos com outros ou com o mundo exterior – isto é a energia equilibrada do chakra raiz.
É essencial desenvolvermos esta qualidade de autoconsciência, pois ela vai proteger e guiar a nossa energia feminina.
A energia feminina tem a tendência natural de conectar-se com outros (seres viventes) e se fazer presente para o outro de uma forma atenciosa, alentadora.
A energia masculina provê os limites e ajuda a encontrar o equilíbrio entre dar e receber.
Em relação às energias femininas fluídas e conectivas, a energia masculina dos chakras inferiores desempenha o papel de âncora e espinha dorsal.
É o ponto em que retornamos para nós mesmos, o ponto onde nos libertamos dos laços que nos unem às outras energias com as quais nos conectamos.
O plexo solar ou terceiro chakra desempenha o mesmo papel de uma forma diferente.
Este chakra é o centro do ego.
Nós ainda temos uma certa dificuldade com este conceito de ego.
Especialmente entre os Trabalhadores da Luz, existe uma tendência a considerar as energias de doação e auto-transcendência, no ser humano, como “mais elevadas”. Mas não é assim.
Nós vivemos num mundo em que duas energias trabalham juntas e formam os tijolos da construção da Criação.
Uma tende a ligar e busca a unidade, a outra cria a separação e a individualidade.
E esta última é tão valiosa e viável quanto a primeira.
É importante fazer as pazes com a energia masculina, abraçar a nossa individualidade, a nossa singularidade, o nosso Eu.
Existe uma “solitude” essencial na vida, que não tem nada a ver com solidão, mas que tem tudo a ver com o fato de cada um de nós ser um “Eu”, um indivíduo singular, único.
Abraçar essa solitude não impede que experimentamos ligações profundas com outros.
Se realmente abraçarmos a nossa individualidade, nós poderemos ser verdadeiramente criativos.
A energia masculina do plexo solar ajuda-nos a sermos verdadeiramente criativos.
É aí que a energia feminina, que temos dentro de nós, está esperando.
As inspirações que vêm do mais profundo do nosso ser querem se fazer conhecidas no nível material, elas querem vir à luz de uma forma terrena e trazer ondas de amor e harmonia para a Terra.
A energia feminina é a portadora da Nova Era, mas ela precisa da energia masculina equilibrada para se manifestar e criar raízes na realidade material.
É por isso que é tão importante que as energias do primeiro e terceiro chakras sejam curadas.
A energia de um ego saudável, do plexo solar curado, é a autoconfiança.
No primeiro chakra é a autoconsciência, no terceiro chakra é a autoconfiança.
Esta não é o tipo de arrogância que podemos ver num ego inflamado, mas é simplesmente confiança em nós mesmos: “Eu sinto que posso fazer isto!”
É estarmos conscientes da nossa inspiração mais profunda, das nossas próprias capacidades criativas, e então, agir de acordo com elas.
Deixemos as energias fluírem para fora de nós, confiemos nos nossos talentos e dons naturais, confiemos em quem somos, e mostremos-nos para o mundo!
Principalmente para nós, Trabalhadores da Luz, que carregamos tanto conhecimento interior e sabedoria, agora é hora de nos mostrarmos e não nos escondermos mais. É hora.
Este é o nosso objectivo e nisto nós encontraremos a nossa maior realização.
Façamos as pazes com a energia masculina em nosso interior.
Não hesitemos em manter a nós mesmos, em receber abundância e em tomar conta de nós mesmos.
Sejamos egotistas, no sentido puro e neutro desta palavra.
Nós somos um ego, nós somos um indivíduo.
Nós não podemos e não precisamos ser tolerantes e compreensivos o tempo todo.
Não é espiritual tolerar tudo e qualquer coisa.
Existem claramente momentos nos quais nós temos que dizer “não”, ou até “adeus”, e não comprometer quem somos.
Façamos isto sem culpa ou medo, e sintamos como as energias masculinas de autoconsciência e autoconfiança nos fortalecem para permitir que a flor delicada da nossa energia feminina floresça e brilhe.
É tudo uma questão da cooperação entre as energias.
As energias masculina e feminina desceram juntas, num esforço longo e doloroso.
Elas também vão ascender juntas, pois uma não pode se equilibrar sem a outra.
Agora que a energia feminina está pronta para se elevar das cinzas da humilhação e repressão, há uma necessidade urgente de um renascimento da energia masculina.
Este renascimento da energia masculina, finalmente vai se tornar visível em escala colectiva, mas ele primeiro terá que se manifestar em cada um de nós separadamente, homem e mulher.
Nós todos somos os Guardiões destas antigas energias dentro de nós, e é nosso direito de nascença fazer com que a parceria delas seja justa e alegre.

Gratidão,
Luís Barros