Ele nos conhece tão bem que lhe parece ter-nos
conhecido ontem.
Nos reinos onde Ele mora, o tempo não é tão
importante.
Reconhece-nos muito bem, embora a nossa
manifestação, a nossa aparência física, seja diferente das épocas em que Ele nos
conheceu.
Jeshua viveu na Terra em um corpo humano, como
Jesus.
Foi um ser humano entre pessoas exactamente iguais
a nós.
Nada do que é humano lhe é estranho.
É a partir dessa experiência com a existência
humana, que Ele nos vem apoiar no nosso desenvolvimento, no nosso nascimento na
Nova Era.
Uma Nova Era está a caminho.
Nestes dias está havendo uma transformação, com a
qual todos nós sentimos uma forte ligação.
Na Terra, Jeshua foi um ser humano de carne e osso
e formava um canal com a energia do Cristo.
A energia Crística fluía de si e essa foi a sua
contribuição essencial para a Terra naquela época.
Mas a energia Crística não é só dele; ela pertence
a todos nós.
Todos nós estamos plantando uma semente, trazendo
uma parte dessa energia para a Terra hoje, e nisso está a nossa maior
realização.
No entanto, essa transformação da Velha para a Nova
Era muda radicalmente e movimenta muitas coisas.
A área do trabalho e dinheiro está muito envolvida
nessa “desestruturação”, pois essa é justamente uma área onde as velhas
energias estão particularmente activas.
Poderíamos caracterizá-las como as energias do ego
e do poder.
As velhas energias estiveram tão intensamente activas
nesse campo, que podemos achar difícil ter uma atitude equilibrada em relação
às questões de trabalho e dinheiro.
No nosso emprego, na empresa para a qual trabalhamos,
ou entre as pessoas que são nossos colegas, somos confrontados com a sociedade.
Muitas vezes nos perguntamos: “Como eu posso lidar
com energias com as quais eu não tenho afinidade e, no entanto, estão ao meu
redor todos os dias?”
Nesse choque do antigo com o novo, gostaríamos de
saber como lidar com este conflito.
Elucidamos esta questão um pouco mais, com base nos
centros de energia do nosso corpo.
A aura, que pertence a cada ser humano, contém sete
chakras ou centros de energia.
No plexo solar, o terceiro chakra (perto do
diafragma ou do estômago), está localizada a vontade.
É neste centro de vontade pessoal que se situam o
poder e a ambição.
Na era da velha energia, do ser humano de
antigamente, as pessoas viveram excessivamente a partir desse centro.
Isto teve a ver com ser esperto para ganhar,
colocar os próprios interesses em primeiro lugar e lucrar às custas dos outros.
Uma atitude destas geralmente nasce do medo e do
sentimento de estar perdido.
Não é nossa intenção julgar essas energias.
Só queremos mencionar que geralmente elas agem a
partir do plexo solar, o terceiro chakra.
No chakra acima deste, encontramos o centro do
coração.
O coração conecta-nos com nossa origem mais
elevada, com esferas de energia onde vivemos anteriormente, e de onde trazemos
ideais que contrastam profundamente com as energias do poder e do ego.
Agora, o que acontece na actual transformação da
consciência é que o comando está passando do plexo solar para o coração.
Isto não significa que o plexo solar tenha que ser
abandonado ou posto de lado.
Não é verdade que nos deveríamos “livrar do ego”.
É mais uma questão de passar a direcção para um
outro nível de ser e, assim fazendo, fundamentar a nossa vida na energia do
coração.
De uma forma ou de outra, todos nós estamos
procurando conseguir isto, seja em nossa vida pessoal ou especificamente no
campo do trabalho e da criatividade.
Todos nós sentimos uma afinidade com a mudança para
a energia do coração.
Todos sentimos que, desse modo, podemos viver com
muito mais alegria e tranquilidade.
Quanto à pergunta “como eu posso lidar com as
energias baseadas no ego (em si mesmo e nos outros)”, o passo essencial é que nos
conectemos com as energias do plexo solar (a vontade e o ego) a partir do
coração e que as orientemos de uma forma amorosa e afectuosa.
A conexão entre o coração e o plexo solar (ou, mais
genericamente, entre os chakras localizados nas partes superior e inferior do
corpo) é o que nos proporciona abundância no campo do trabalho, criatividade e
dinheiro.
Agora, como sabemos se estamos agindo a partir do nosso
coração ou a partir do medo ou do ego?
Damos algumas pistas para reconhecer a energia do
coração em um ambiente onde essa energia não é dominante.
Nós estamos acostumados a nos esforçarmos e a lutar
pelas coisas que queremos.
Principalmente na área do trabalho, há muita
competição e batalha entre egos.
Frequentemente nós temos que ser alguém que nós não
somos, para que consigamos reconhecimento, enquanto que os nossos corações
dizem que não deveria ser assim.
O coração anseia por um tipo de presença muito mais
natural.
Este desejo está fortemente presente em todos nós.
Portanto, explicamos como a energia do coração
trabalha e como podemos reconhecê-la.
A energia do coração não exerce pressão e é muito
suave e delicada por natureza.
Ela fala connosco através da intuição.
O coração dá-nos suaves cotoveladas e sugestões e
nunca nos dirá nada que esteja emocionalmente carregado com medo ou pressão.
Portanto, chamamos o primeiro fluxo de energia do
coração de “fluxo da naturalidade”.
Na nossa vida quotidiana, nós podemos perceber
claramente se as coisas fluem suavemente e encontram o seu caminho natural, ou
se encontramos sempre resistência para algo que estamos querendo alcançar.
O último caso significa que não estamos – ou não
estamos completamente – em harmonia com a energia do nosso coração.
O segredo da energia do coração é que ela faz
milagres, não com a força, mas com naturalidade e suavidade.
Ousar seguir a nossa intuição é uma das formas mais
importantes de se harmonizar com o fluxo de energia do coração que chamamos de
“fluxo da naturalidade”.
Seguir a nossa intuição no contexto do trabalho e
criatividade, onde esta energia não é evidente, cria possibilidades e
oportunidades inesperadas.
Quando houver problemas, como um conflito no
trabalho, por exemplo, e se sentirmos que não estamos no lugar certo nesse
ambiente de trabalho, fiquemos em silêncio por um momento.
Voltemos-mos totalmente para dentro de nós mesmos,
façamos contacto com o coração, a fonte da nossa maior criatividade, e
perguntemos à nossa intuição qual é a melhor coisa a fazer nesse momento.
Não tentemos basear as nossas acções em opiniões
externas, em padrões sociais de comportamento que, especialmente no campo do
trabalho, podem ser esmagadores.
A consciência social ou colectiva que dita os
comportamentos nesta área é fortemente baseada no medo: medo de ser
menosprezado, medo do fracasso, e medo da falta de dinheiro ou da falta de
abundância material.
Todos esses medos obscurecem a nossa intuição, mas,
mesmo assim, existe uma voz interior que nos diz o que pode ser bom para nós nesse
momento.
A chave é ousar ouvir essa voz e veremos que ela
virá com respostas genuínas.
Nesse ponto, podemos ser bloqueados por sentimentos
de desconfiança de nós mesmos, que podem impedir-nos de confiarmos
completamente no caminho espiritual que se abre à nossa frente.
Por “caminho espiritual”, queremos dizer a
trajectória de experiências que nos coloca em contacto com a nossa fonte
criativa mais elevada, as energias criativas que desejam fluir para fora
através de nós.
Estas energias já estão presentes.
A chave é realmente ouvir nossos próprios
pensamentos e desejos e seguir os conselhos do coração sobre como podemos
concretizá-los da melhor forma.
Nós alcançamos o ponto final do medo na área do
plexo solar.
Nós estamos decididos a nos libertarmos dessa forma
de ser e todos nós estamos altamente motivados a conduzir nossa criatividade do
coração.
Confiemos em nós mesmos nesta etapa e que continuemos
por este caminho, porque já trazemos connosco uma nova energia a este mundo, a
qual é de grande valor.
Esta energia frequentemente realiza mudanças sem
que saibamos: nós fazemos o bem mais do que percebemos.
Nós ajudamos no nascimento da Nova Era, ao confiarmos
no fluxo de nosso coração e ao nos atrevermos a seguir o fluxo da naturalidade.
Portanto, não tenhamos dúvidas e continuemos por
este caminho.
A energia do coração é muito mais tranquila e suave
do que as energias duras ou turbulentas que frequentemente dominam o campo do
trabalho.
Por esta razão, é preciso ter coragem e força para
permanecer centrado no coração, quando se está rodeado por essas energias
baseadas no ego.
Mas dizemos: seguir o fluxo do coração finalmente nos
conduzirá a possibilidades criativas que são totalmente reais e práticas e nos
trará abundância no nível material.
Entregarmos-mos a este fluxo é um acto de fé e de
coragem.
Agora falamos algumas coisas sobre o dinheiro.
Em nossa sociedade, as pessoas espirituais ou
idealistas fazem do dinheiro um problema.
O dinheiro é considerado pecaminoso, uma energia
inferior.
Este é o resultado que chegamos ao associarmos o
dinheiro com o poder e a riqueza conseguida às custas dos outros.
O dinheiro praticamente chegou a ser sinónimo de
poder.
Esta associação é uma das razões pelas quais o
fluxo da abundância material foi bloqueado em seu campo de energia.
Mas o dinheiro é inocente.
O dinheiro é um fluxo de energia que realmente
implica em pura potencialidade.
O dinheiro oferece oportunidades, o dinheiro é
potencialidade; não há nada de mau nisto.
E também não é verdade que, ao recebermos dinheiro,
vivemos às custas dos outros.
Com o dinheiro somos capazes de criar coisas que
beneficiam os outros.
Neste sentido, receber mais é criar mais.
Inclusive, esta espiral criativa sempre gera um
fluxo de doação, de modo que dar e receber estejam equilibrados. Este é o modo
do coração.
Portanto, não tenhamos medo de receber dinheiro.
Nós podemos não estar conscientes do facto de que
estamos bloqueando o fluxo do dinheiro, de que temos uma tácita aversão pelo
dinheiro.
Passemos alguns instantes examinando os nossos
pensamentos e emoções a respeito do dinheiro e poderemos ver facilmente como
eles estão obstruindo o fluxo da abundância em nossa vida.
Frequentemente existe o aspecto de não nos permitirmos
tê-lo.
Além disso, nós temos ideias negativas a respeito
do que é o dinheiro e do que ele representa.
Especialmente os Trabalhadores da Luz, almas com um
grande gosto pelo espiritual, associam o dinheiro com o desprezível, o vulgar,
aquilo que tem que ser transcendido.
Aqui estão em acção muitas crenças que vêm de vidas
passadas onde imperava a austeridade e a abstinência do mundo material.
Vidas que frequentemente foram passadas em solidão,
direccionadas somente à libertação espiritual.
A energia destas vidas passadas ainda ressoa por
todo nosso campo de energia.
Isto dá como resultado um tipo de “rigor” que nos
está limitando.
A abundância material é algo natural: nós estamos
destinados a desfrutar da vida na Terra! É natural amar a Terra e tudo o que
ela oferece, e sentir prazer com as coisas lindas e encantadoras. Amar a Terra
e a realidade material cria um fluxo de abundância.
A Terra quer nos prover de tudo o que necessitamos,
não só crescer e evoluir como um ser espiritual, mas também simplesmente
desfrutar da vida como um ser humano.
Portanto, por favor, consideremos a nossa atitude
para com a abundância material num nível mais profundo, e sintamos como este
fluxo nos oferece a possibilidade de construir uma Nova Terra, de realizar os
nossos sonhos no plano mais denso da realidade.
Este não é o momento de nos separarmos da
sociedade, de meditarmos sozinhos no topo de uma montanha.
É o momento de participar.
É o momento de permitir que a nossa energia flua
neste mundo e de recebermos livremente tudo o que volte para nós em recompensa.
Não tenhamos medo de receber abundância.
Honrar a nossa própria entrada de dinheiro, receber
o suficiente em troca dos nossos esforços, é parte de ser um ser humano
espiritual bem equilibrado.
Falamos mais um pouco a respeito da palavra
“suficiente”.
Dissemos que a energia do coração se caracteriza
pelo “fluxo da naturalidade”.
Quando as coisas dão certo e aparecem
espontaneamente no nosso caminho, isto é sinal de que nos movemos com o fluxo
de nosso coração.
Outro fluxo de energia que pertence ao coração é o
“fluxo do suficiente”.
“Suficiente” significa: tudo o que necessitamos
aqui e agora está disponível para nós e o desfrutamos.
Viver no fluxo do suficiente significa que com
frequência nos sentimos satisfeitos e agradecidos com tudo o que temos.
Sentimos-mos alimentados por aquilo que nos rodeia
no nível material, emocional, mental e espiritual.
Isto é abundância. Isto é ter o suficiente.
A questão da abundância material é que a quantidade
(o muito ou o pouco que tenhamos) não está necessariamente relacionada com a
quantidade de prazer que experimentamos.
O ponto chave é descobrirmos o tipo de abundância
material que nos faz sentir satisfeitos e completos.
Para algumas pessoas, isto pode significar viver
sozinhos em uma cabana afastada, onde possam desfrutar da natureza ao máximo.
Para outros, isto pode implicar um luxuoso
apartamento em um local onde possam desfrutar da actividade e do movimento da
cidade.
Não há nenhum julgamento sobre isto da nossa parte,
nem da parte de Deus ou do Espírito.
A chave é encontrar o fluxo que nos faz felizes,
que nos dá a sensação de que vivemos a vida ao máximo.
Esse é o fluxo do suficiente. O “suficiente” é um
sentimento, não é uma coisa.
Se nos sentirmos fora deste fluxo, olhemos para
todas as coisas que nos rodeiam agora e interpretemos isto como uma mensagem
energética para nós mesmos.
“É assim que eu crio a realidade agora”.
Não nos julguemos. Em seguida, sintamos a energia
de nosso ambiente actual – seja nossa casa, nossa vida social ou nosso trabalho
– e comparemos isto com os desejos do nosso coração.
Ao fazermos isto, nos consciencializamos da “falta”,
daquilo que não está aí.
Não nos estendamos na insatisfação.
Este não é um exercício para fazer com que nos
sintamos mal.
O propósito é que nos permitamos sentir, no fundo
de nós mesmos, que há coisas que gostaríamos de trazer para a nossa vida. Esta
compreensão silenciosa é o maior imã para a mudança.
Nós não temos que fazer nada em relação a isso.
A conscientização do que desejamos é suficiente.
Não é necessário forçar a mudança no nível
material.
A chave é sentirmos profundamente (mas não
emocionalmente) o que desejamos e logo deixarmos isto nas mãos do nosso
coração.
Simplesmente libertemos-lo e confiemos.
As coisas começarão a mudar em nossas vidas.
Talvez os velhos padrões, empregos, e
relacionamentos desapareçam primeiro.
Nós podemos confiar que aquilo de que estamos a
sentir falta aparecerá espontaneamente em nosso caminho; entrará em nossa vida
com naturalidade e elegância.
A nossa honestidade e coragem de “permanecer leal
aos desejos do nosso coração” é que nos trará a “realidade do suficiente”.
Há o suficiente para todos nós.
“Suficiente” é o estado natural do ser.
Todos nós estamos aqui para experimentar o
suficiente; o fluxo do suficiente está disponível para todos nós.
Não tem nenhum sentido conformarmos-mos com menos.
Não é verdade que nos tornaremos melhores
(mentalmente ou espiritualmente) por meio da abstinência ou da pobreza
auto-imposta.
Poderíamos inclusive desenvolver sentimentos de
amargura ou de hostilidade devido a isto.
Por favor não tentemos encontrar algum tipo de
justificação espiritual para a nossa falta de abundância.
Todos nós estamos aqui para desfrutar da vida ao
máximo, para permitir que a nossa energia criativa flua no mundo e para recebermos
a prosperidade em troca.
Gratidão,
Luís Barros