Por um longo tempo nós olhamos para
Jeshua de baixo para cima, como um mestre e professor que mostra o caminho, mas
Ele está aqui para nos passar a tocha.
É bom estarmos entre pessoas que pensam
de forma semelhante, entre amigos.
Jeshua, nos ama.
Nós vivemos numa realidade que se tornou
desconectada da Realidade.
A conexão com o que há de mais elevado
em nós, com a nossa essência, com a nossa alma, se perdeu.
Esta desconexão acabou sendo
institucionalizada na sociedade, na educação, no aconselhamento e na medicina.
A falta de conexão com a própria alma é
o que nos fere mais profundamente e nos torna infelizes.
Mas, Jeshua está aqui para ajudar cada um
de nós a recuperar essa conexão, a voltar a reconhecer a nossa verdadeira
identidade e a experimentar a alegria de assumi-la.
Conectemos-nos novamente com a intensa
fonte de luz que está viva em nós, que se encontra no nosso corpo terreno – no nosso
corpo físico, na nossa mente, no nosso coração.
Unimos-nos a Jeshua neste sentimento.
Em primeiro lugar, sintamos a terra sob os
nossos pés, sintamos a energia da Mãe Terra.
Sintamos a nossa riqueza pura, a beleza
da natureza e dos seres que nela vivem.
Eles fazem parte de nós.
Os Reinos Animal, Vegetal e Humano
precisam ser um todo, e valorizar e cuidar uns dos outros.
Façamos esta conexão agora com a Terra,
com o nosso Lar.
Sintamos a energia sob os nossos pés
fluir da Terra viva para nós.
A Terra nos dá as boas-vindas e nos
saúda como a alguém que ela conhece.
Ela deseja acolher-nos e sustentar o
nosso corpo e o nosso espírito; deseja que percebamos que somos um filho da
Terra.
Como exemplo da inocência da natureza,
temos os animais e as plantas; eles vivem numa consciência atemporal e, devido
a isto, podem aproveitar o momento, a vibração e o fluxo da vida que corre
através deles.
Este atributo simples não é mais natural
para nós, mas pode voltar a sê-lo, se o permitirmos.
Sintamos no fundo do nosso ser: “Eu
vivo! O que quer que isto signifique, seja qual for o propósito disto… eu
vivo!”
Sintamos o quanto a vida é naturalmente
livre e animada.
Ela não procura nada; simplesmente é; e,
ao mesmo tempo, está sempre mudando, sempre fluindo.
Permitamos que esta energia vivaz se
mova até a nossa pelve e abdome.
Vejamos se conseguimos inspirar para
dentro dessa área do nosso corpo, de modo a nos conectarmos conscientemente com
o fluxo de energia da Terra.
Nós somos um filho da Terra.
Sem esta percepção, não conseguiremos
mudar nada e nem sequer viver verdadeiramente.
A partir da nossa cabeça e da nossa
mente, conseguimos teorizar, analisar e aplicar conceitos, mas isto não terá
nenhum poder real ou vida longa em nosso interior, se não cooperarmos com o
fluxo dinâmico da vida da própria natureza.
Então acolhamos o nosso próprio abdome;
acolhamos a vida em nós – esta vida que é tão imprevisível e às vezes parece
ter vontade própria.
A essa vida também pertencem as nossas
emoções e sentimentos, portanto conectemos-nos agora com eles a partir do nosso
coração, de modo que sejam bem-vindos.
Nós temos medo dos nossos sentimentos
porque fomos ensinados a controlá-los com a nossa mente.
No entanto, existe um desejo dentro de nós,
uma certa impetuosidade, ansiedade, um desejo de nos libertarmos, de sermos
realmente livres.
Quando este desejo é baseado na Terra
viva, ele é o mais natural do mundo.
Mas, quando baseados nas limitações
estabelecidas pelo desconectado mundo humano, desconfiamos do nosso próprio
desejo de liberdade e da nossa própria sensibilidade; nós não acreditamos mais
neles, então dificilmente nos atrevemos a estar presentes em nosso abdome, e,
inclusive, muitas vezes nos tornamos estranhos ao nosso próprio coração.
Nossa maior tarefa nesta vida é aceitarmos-nos
como um ser humano que faz parte da natureza, e habitar completamente o nosso
próprio coração e abdome.
Isto traz luz à Terra.
Quando um número suficiente de pessoas
manifestar sua luz deste modo – como um ser humano vivo, com um coração aberto,
e que está profundamente enraizado em seu próprio abdome – mais facilmente as
velhas estruturas de poder, medo e corrupção desmoronarão.
Haverá muito pouco para sustentar esses
sistemas.
Haverá luz demais, e isto provocará o
colapso dessas estruturas.
Mas a mudança vem do interior de todo o nosso
corpo; ela não pode ser imposta apenas pela cabeça.
A mudança só pode ocorrer
verdadeiramente a partir de uma conexão viva com nosso eu terreno.
Curamos mais directamente a conexão com o
nosso próprio eu vivente.
E o melhor exemplo de vitalidade,
naturalidade e inocência é uma criança que ainda não foi moldada pela sociedade
nem pela educação.
Um dia nós fomos uma criança na Terra,
uma criança sensível, uma criança com uma consciência particular.
Nós nascemos com um certo conhecimento
interior e sensibilidade em nosso coração, que eram naturais para nós.
Mas não eram naturais para as pessoas à nossa
volta.
Nossos pais estavam carregados de medos,
com ideias restritivas adquiridas no passado e, como criança pequena, nós fomos
influenciados por tudo isso enquanto crescíamos.
Este foi o nosso primeiro encontro com o
mundo humano… o mundo de medo, confusão, escuridão; um mundo com uma conexão
muito pobre com a singularidade da alma.
Vamos até essa criança que existe dentro
de nós.
Vejamos esse primeiro momento de
confusão no rosto da nossa própria criança interior.
Sintamos como éramos quando essa criança
era pura, quando ela ainda estava conectada com seu próprio coração e abdome,
quando éramos um filho da Terra e sentíamos isto.
Observemos quais as energias do nosso
ambiente – talvez do nosso pai ou da nossa mãe – que mais nos afectaram, no
sentido de termos perdido a conexão com a nossa própria alma.
Aqui não existe nenhuma questão de culpa
ou reprovação; apenas observemos isto como um facto.
“Onde e por que eu fiquei
confuso… o que me fez ficar confuso, o que me despojou da minha força?”
A família de nascimento é uma das
maiores causas de perplexidade em nossa vida; um véu que cai entre nós e a
nossa própria alma, nosso eu autêntico.
Quando criancinha, nós estamos
profundamente ligados aos nossos pais, nem sequer percebemos a diferença entre nós
e eles.
Há uma falta de fronteiras, que nos
torna especialmente vulneráveis às influências dos medos da nossa família de
nascimento; medos inconscientes, talvez, mas que, mesmo assim, nos afectam
profundamente porque nós ainda não temos nenhuma fronteira bem definida.
Ao manter claramente em nossa visão a nossa
criança interior e os danos que ela sofreu, nós conseguimos conservá-la junto a
nós, sob o nosso próprio controlo, por assim dizer, trazendo essa criança
perdida de volta ao Lar.
Vejamos se conseguimos vê-la diante de nós;
vejamos se conseguimos encontrar uma criança perdida em nosso interior, que
precisa de nós, do nosso coração, da nossa sabedoria interior e das nossas
raízes firmes.
Convidemos essa criança para assumir o
lugar dela no nosso abdome, para encontrar repouso aí, e percebamos-la.
Venhamos para Casa, para nós mesmos,
acolhamos as nossas partes sombrias, pois a sombra não é real.
Nós estamos confusos, começamos a
duvidar de nós mesmos e da fonte de luz que somos.
Mas está na hora de despertar, para que
a luz possa fluir novamente.
A alma da Terra nos chama - ela quer
trabalhar connosco para criar uma nova energia, uma onda de renovação neste
planeta.
Nós somos um Trabalhador da Luz.
Nossa alma ouviu o chamado para a
mudança, não apenas em si mesmo, mas também nos reinos da natureza da Terra e
no coração da própria humanidade.
Há muita dor e sofrimento no mundo, e nós
sabemos que às vezes nos sentimos impotentes para mudar qualquer coisa.
Mas somos um ponto de luz neste mundo –
tenhamos certeza disto!
Apreciemos o nosso coração aberto, nosso
Eu aberto.
Sintamos isto novamente!
É provável que nós, assim como outros,
tenhamos feito muito trabalho interior durante anos, talvez décadas.
E tenhamos passado muito tempo olhando
para as nossas partes sombrias, investigando os nossos medos e crenças
limitadoras, tendo-nos libertado de muitas coisas.
Entretanto, quando observamos os
Trabalhadores da Luz aqui da Terra, vemos que o nosso maior medo ou dilema é
expressarmos-nos neste mundo.
Nós nos tornamos livres internamente e
demos enormes passos adiante; fomos muito sinceros connosco mesmos.
Mas ainda temos medo de nos desviarmos
do caminho, de sermos diferentes; o medo de sermos rejeitados ou punidos pelo
que somos.
Estes medos geralmente vêm de tempos
antigos, inclusive de outras vidas.
Mas queremos enfatizar que agora há
espaço para nós neste mundo.
Agora cada um de nós pode exteriorizar a
nossa alma, a nossa luz, pois isto é a única coisa que nos fará realmente felizes.
Nós progredimos em nosso crescimento
interior e consciencialização, a tal ponto que não mais nos satisfazemos apenas
com isto.
Há um anseio em nós de demonstrar a nossa
luz e torná-la visível.
Este, inclusive, é o próximo passo em nosso
caminho de consciência, porque evoca o medo em nós.
É preciso coragem e ousadia para sermos
completamente nós mesmos neste mundo – mas isto é possível!
Observemos a nossa vida diária e sentamos
onde restringimos a nossa própria força e nossa própria luz… se é no trabalho,
nos nossos relacionamentos pessoais, na sua família…. Observemos o que vem
espontaneamente à nossa mente como um aspecto da nossa vida onde nós não mostramos
o nosso eu verdadeiro.
Nós poderemos ter uma sensação de
ansiedade ou limitação ao pensar em fazer isto.
Mas não nos esqueçamos que o nosso Eu
Verdadeiro é um Eu Terreno; ele é cheio de vida, cheio de alegria, e é
criativo.
Sintamos este Eu Verdadeiro em nosso
corpo.
Em que ponto ele se sente restringido?
Perguntemos a nós mesmos se conseguimos
pensar em um passo a dar, um passo concreto.
E com a palavra “concreto”, queremos
dizer um passo visível, tangível, que nos permita criar uma abertura aqui, de
modo que possamos deixar que mais de nós mesmos seja visível e se manifeste
neste mundo.
Talvez se trate de uma emoção que desejamos
expressar mais claramente para outra pessoa.
Talvez seja alguma coisa que queiramos
dar a nós mesmos e que nos temos negado por falsa modéstia.
Talvez seja um projecto que guardamos
para mais tarde, mas que nunca foi materializado.
Permitamos-nos dar esse passo e sintamos
a alegria transbordando diante da ideia de liberdade e vivacidade.
Este é o nosso próximo passo: tenhamos
orgulho de quem somos neste mundo.
Sejamos um professor, sejamos um
pioneiro, não nos escondamos mais.
Sejamos confrontadores, se for
necessário, mas sintamos o quanto fazemos isto a partir do amor e da
consciência.
Nós não precisamos transformar o mundo
em um lugar melhor.
Não há necessidade de sermos assertivos
ou ambiciosos demais quando nos apresentarmos.
A questão é simplesmente deixarmos-nos
fluir naturalmente, sem esforço, como um animal ou uma árvore que simplesmente
somos.
Gratidão,
Luís Barros