3 de julho de 2020

SEJAMOS UM FILHO DA TERRA

Jeshua está aqui para ajudar cada um de nós a conectar-se com o nosso Eu mais profundo, nosso Eu-Cristo.
Por um longo tempo nós olhamos para Jeshua de baixo para cima, como um mestre e professor que mostra o caminho, mas Ele está aqui para nos passar a tocha.
É bom estarmos entre pessoas que pensam de forma semelhante, entre amigos. 
Jeshua, nos ama.
Nós vivemos numa realidade que se tornou desconectada da Realidade.
A conexão com o que há de mais elevado em nós, com a nossa essência, com a nossa alma, se perdeu.
Esta desconexão acabou sendo institucionalizada na sociedade, na educação, no aconselhamento e na medicina.
A falta de conexão com a própria alma é o que nos fere mais profundamente e nos torna infelizes.
Mas, Jeshua está aqui para ajudar cada um de nós a recuperar essa conexão, a voltar a reconhecer a nossa verdadeira identidade e a experimentar a alegria de assumi-la.
Conectemos-nos novamente com a intensa fonte de luz que está viva em nós, que se encontra no nosso corpo terreno – no nosso corpo físico, na nossa mente, no nosso coração.
Unimos-nos a Jeshua neste sentimento.
Em primeiro lugar, sintamos a terra sob os nossos pés, sintamos a energia da Mãe Terra.
Sintamos a nossa riqueza pura, a beleza da natureza e dos seres que nela vivem.
Eles fazem parte de nós.
Os Reinos Animal, Vegetal e Humano precisam ser um todo, e valorizar e cuidar uns dos outros.
Façamos esta conexão agora com a Terra, com o nosso Lar.
Sintamos a energia sob os nossos pés fluir da Terra viva para nós.
A Terra nos dá as boas-vindas e nos saúda como a alguém que ela conhece.
Ela deseja acolher-nos e sustentar o nosso corpo e o nosso espírito; deseja que percebamos que somos um filho da Terra.
Como exemplo da inocência da natureza, temos os animais e as plantas; eles vivem numa consciência atemporal e, devido a isto, podem aproveitar o momento, a vibração e o fluxo da vida que corre através deles.
Este atributo simples não é mais natural para nós, mas pode voltar a sê-lo, se o permitirmos.
Sintamos no fundo do nosso ser: “Eu vivo! O que quer que isto signifique, seja qual for o propósito disto… eu vivo!”
Sintamos o quanto a vida é naturalmente livre e animada.
Ela não procura nada; simplesmente é; e, ao mesmo tempo, está sempre mudando, sempre fluindo.
Permitamos que esta energia vivaz se mova até a nossa pelve e abdome.
Vejamos se conseguimos inspirar para dentro dessa área do nosso corpo, de modo a nos conectarmos conscientemente com o fluxo de energia da Terra.
Nós somos um filho da Terra.
Sem esta percepção, não conseguiremos mudar nada e nem sequer viver verdadeiramente.
A partir da nossa cabeça e da nossa mente, conseguimos teorizar, analisar e aplicar conceitos, mas isto não terá nenhum poder real ou vida longa em nosso interior, se não cooperarmos com o fluxo dinâmico da vida da própria natureza.
Então acolhamos o nosso próprio abdome; acolhamos a vida em nós – esta vida que é tão imprevisível e às vezes parece ter vontade própria.
A essa vida também pertencem as nossas emoções e sentimentos, portanto conectemos-nos agora com eles a partir do nosso coração, de modo que sejam bem-vindos.
Nós temos medo dos nossos sentimentos porque fomos ensinados a controlá-los com a nossa mente.
No entanto, existe um desejo dentro de nós, uma certa impetuosidade, ansiedade, um desejo de nos libertarmos, de sermos realmente livres.
Quando este desejo é baseado na Terra viva, ele é o mais natural do mundo.
Mas, quando baseados nas limitações estabelecidas pelo desconectado mundo humano, desconfiamos do nosso próprio desejo de liberdade e da nossa própria sensibilidade; nós não acreditamos mais neles, então dificilmente nos atrevemos a estar presentes em nosso abdome, e, inclusive, muitas vezes nos tornamos estranhos ao nosso próprio coração.
Nossa maior tarefa nesta vida é aceitarmos-nos como um ser humano que faz parte da natureza, e habitar completamente o nosso próprio coração e abdome.
Isto traz luz à Terra.
Quando um número suficiente de pessoas manifestar sua luz deste modo – como um ser humano vivo, com um coração aberto, e que está profundamente enraizado em seu próprio abdome – mais facilmente as velhas estruturas de poder, medo e corrupção desmoronarão.
Haverá muito pouco para sustentar esses sistemas.
Haverá luz demais, e isto provocará o colapso dessas estruturas.
Mas a mudança vem do interior de todo o nosso corpo; ela não pode ser imposta apenas pela cabeça.
A mudança só pode ocorrer verdadeiramente a partir de uma conexão viva com nosso eu terreno.
Curamos mais directamente a conexão com o nosso próprio eu vivente.
E o melhor exemplo de vitalidade, naturalidade e inocência é uma criança que ainda não foi moldada pela sociedade nem pela educação.
Um dia nós fomos uma criança na Terra, uma criança sensível, uma criança com uma consciência particular.
Nós nascemos com um certo conhecimento interior e sensibilidade em nosso coração, que eram naturais para nós.
Mas não eram naturais para as pessoas à nossa volta.
Nossos pais estavam carregados de medos, com ideias restritivas adquiridas no passado e, como criança pequena, nós fomos influenciados por tudo isso enquanto crescíamos.
Este foi o nosso primeiro encontro com o mundo humano… o mundo de medo, confusão, escuridão; um mundo com uma conexão muito pobre com a singularidade da alma.
Vamos até essa criança que existe dentro de nós.
Vejamos esse primeiro momento de confusão no rosto da nossa própria criança interior.
Sintamos como éramos quando essa criança era pura, quando ela ainda estava conectada com seu próprio coração e abdome, quando éramos um filho da Terra e sentíamos isto.
Observemos quais as energias do nosso ambiente – talvez do nosso pai ou da nossa mãe – que mais nos afectaram, no sentido de termos perdido a conexão com a nossa própria alma.
Aqui não existe nenhuma questão de culpa ou reprovação; apenas observemos isto como um facto. 
“Onde e por que eu fiquei confuso… o que me fez ficar confuso, o que me despojou da minha força?”
A família de nascimento é uma das maiores causas de perplexidade em nossa vida; um véu que cai entre nós e a nossa própria alma, nosso eu autêntico.
Quando criancinha, nós estamos profundamente ligados aos nossos pais, nem sequer percebemos a diferença entre nós e eles.
Há uma falta de fronteiras, que nos torna especialmente vulneráveis às influências dos medos da nossa família de nascimento; medos inconscientes, talvez, mas que, mesmo assim, nos afectam profundamente porque nós ainda não temos nenhuma fronteira bem definida.
Ao manter claramente em nossa visão a nossa criança interior e os danos que ela sofreu, nós conseguimos conservá-la junto a nós, sob o nosso próprio controlo, por assim dizer, trazendo essa criança perdida de volta ao Lar.
Vejamos se conseguimos vê-la diante de nós; vejamos se conseguimos encontrar uma criança perdida em nosso interior, que precisa de nós, do nosso coração, da nossa sabedoria interior e das nossas raízes firmes.
Convidemos essa criança para assumir o lugar dela no nosso abdome, para encontrar repouso aí, e percebamos-la.
Venhamos para Casa, para nós mesmos, acolhamos as nossas partes sombrias, pois a sombra não é real.
Nós estamos confusos, começamos a duvidar de nós mesmos e da fonte de luz que somos.
Mas está na hora de despertar, para que a luz possa fluir novamente.
A alma da Terra nos chama - ela quer trabalhar connosco para criar uma nova energia, uma onda de renovação neste planeta.
Nós somos um Trabalhador da Luz.
Nossa alma ouviu o chamado para a mudança, não apenas em si mesmo, mas também nos reinos da natureza da Terra e no coração da própria humanidade.
Há muita dor e sofrimento no mundo, e nós sabemos que às vezes nos sentimos impotentes para mudar qualquer coisa.
Mas somos um ponto de luz neste mundo – tenhamos certeza disto!
Apreciemos o nosso coração aberto, nosso Eu aberto.
Sintamos isto novamente!
É provável que nós, assim como outros, tenhamos feito muito trabalho interior durante anos, talvez décadas.
E tenhamos passado muito tempo olhando para as nossas partes sombrias, investigando os nossos medos e crenças limitadoras, tendo-nos libertado de muitas coisas.
Entretanto, quando observamos os Trabalhadores da Luz aqui da Terra, vemos que o nosso maior medo ou dilema é expressarmos-nos neste mundo.
Nós nos tornamos livres internamente e demos enormes passos adiante; fomos muito sinceros connosco mesmos.
Mas ainda temos medo de nos desviarmos do caminho, de sermos diferentes; o medo de sermos rejeitados ou punidos pelo que somos.
Estes medos geralmente vêm de tempos antigos, inclusive de outras vidas.
Mas queremos enfatizar que agora há espaço para nós neste mundo.
Agora cada um de nós pode exteriorizar a nossa alma, a nossa luz, pois isto é a única coisa que nos fará realmente felizes.
Nós progredimos em nosso crescimento interior e consciencialização, a tal ponto que não mais nos satisfazemos apenas com isto.
Há um anseio em nós de demonstrar a nossa luz e torná-la visível.
Este, inclusive, é o próximo passo em nosso caminho de consciência, porque evoca o medo em nós.
É preciso coragem e ousadia para sermos completamente nós mesmos neste mundo – mas isto é possível!
Observemos a nossa vida diária e sentamos onde restringimos a nossa própria força e nossa própria luz… se é no trabalho, nos nossos relacionamentos pessoais, na sua família…. Observemos o que vem espontaneamente à nossa mente como um aspecto da nossa vida onde nós não mostramos o nosso eu verdadeiro.
Nós poderemos ter uma sensação de ansiedade ou limitação ao pensar em fazer isto.
Mas não nos esqueçamos que o nosso Eu Verdadeiro é um Eu Terreno; ele é cheio de vida, cheio de alegria, e é criativo.
Sintamos este Eu Verdadeiro em nosso corpo.
Em que ponto ele se sente restringido?
Perguntemos a nós mesmos se conseguimos pensar em um passo a dar, um passo concreto.
E com a palavra “concreto”, queremos dizer um passo visível, tangível, que nos permita criar uma abertura aqui, de modo que possamos deixar que mais de nós mesmos seja visível e se manifeste neste mundo.
Talvez se trate de uma emoção que desejamos expressar mais claramente para outra pessoa.
Talvez seja alguma coisa que queiramos dar a nós mesmos e que nos temos negado por falsa modéstia.
Talvez seja um projecto que guardamos para mais tarde, mas que nunca foi materializado.
Permitamos-nos dar esse passo e sintamos a alegria transbordando diante da ideia de liberdade e vivacidade.
Este é o nosso próximo passo: tenhamos orgulho de quem somos neste mundo.
Sejamos um professor, sejamos um pioneiro, não nos escondamos mais.
Sejamos confrontadores, se for necessário, mas sintamos o quanto fazemos isto a partir do amor e da consciência.
Nós não precisamos transformar o mundo em um lugar melhor.
Não há necessidade de sermos assertivos ou ambiciosos demais quando nos apresentarmos.
A questão é simplesmente deixarmos-nos fluir naturalmente, sem esforço, como um animal ou uma árvore que simplesmente somos.

Gratidão,
Luís Barros