1 de julho de 2020

A CRUZ DA VIDA – UMA LEMBRANÇA DO LAR

Jeshua, vem a nós de um reino de luz e amor que está além da nossa imaginação.
Ao mesmo tempo, está muito perto de nós.
Fala connosco a partir do nosso próprio coração e somos tocados por ele porque o reino em que vive, assim como o amor e a luz que pertencem a ele, são nossos também.
Nós fazemos parte desse reino.
Nós nascemos dele e a ele voltaremos, pois é o nosso Lar.
Sintamos a presença dele aqui e agora, junto a nós.
Foi para isto que veio hoje até nós – para nos trazer uma lembrança do Lar.
Nós estamos aqui para trazer a energia do Lar e institui-la entre as pessoas da Terra.
Nós estamos aqui para enterrar as nossas raízes profundamente na Terra, para sentirmos-nos bem e seguros aqui e, a partir desta condição de conexão, sermos um farol de luz para todas as pessoas que se sentem “fora de casa” e estão procurando amor e luz.
Esta é uma época de extremos na Terra.
Há tanta escuridão, negatividade e medo no campo energético colectivo ao redor deste planeta, que as pessoas se tornam tensas, e nós podemos senti-lo.
Sintamos essa negatividade de modo muito objectivo, sem julgá-la nem nos deixarmos levar por ela.
As pessoas estão sendo forçadas a escolher entre desespero, depressão, ansiedade, ou luz, esperança e amor.
Simplesmente sintamos, por um lado, a onda poderosa da sensação de crise e de estarmos dominados pelos medos que a acompanham.
E, por outro lado, o potencial para a luz e a possibilidade de uma consciência desperta, que permitirá que as pessoas necessitadas se tornem muito poderosas e levantem-se para falar de um modo que esteja de acordo com a sua vida e a sua verdade.
Há outra coisa que também pode surgir da crise, algo que podemos conhecer em nossa própria vida.
Em momentos de crise, podem surgir linhas de energia extraordinariamente penetrantes, que vão directamente ao nosso centro, ao âmago de quem somos.
Pode-se dizer que a energia que flui através de nós passa a se parecer com uma cruz.
Há uma energia horizontal que nos conecta com o mundo ao nosso redor, às pessoas e ao nosso ambiente físico e, ao mesmo tempo, há uma energia vertical, que nos conecta com o Céu acima e a Terra abaixo.
Nesta linha ou eixo vertical, nós estamos sós, num certo sentido… mas somente no sentido terreno.
Nesse eixo vertical, o que é mais importante para nós é o nosso relacionamento com o nosso Eu-Superior – nossa Alma, nosso Ser Cósmico – e com a terra sob os nossos pés – o planeta Terra, Gaia.
Sintamos este eixo vertical e como este fluxo de conexão corre através de nós, do topo da nossa cabeça até os dedos dos nossos pés, onde o Céu e a Terra se fundem.
Nestes tempos de crise, as pessoas são levadas de volta a esse eixo vertical.
E quando não encontramos nada lá que nos seja familiar, quando descobrimos que não sabemos fazer essa conexão, cria-se uma profunda carência interior.
Entretanto, à medida que as certezas externas vão se desmoronando, esta conexão interna vertical torna-se a única coisa que oferece um porto seguro para as pessoas.
Nós estamos entre aqueles que conheceram essa necessidade por muito tempo.
Durante muitas vidas, nós nos concentramos em manter o foco nesse eixo vertical que nos conecta com o Céu e a Terra.
Muitos, como nós, em vidas espirituais que tivemos na Terra, renunciamos voluntariamente ao mundo, de modo a cultivarmos essa conexão.
Nesta época, há muita necessidade de pessoas como nós – pessoas que conseguem se conectar com sua essência divina e com o coração de Gaia e, a partir destas conexões, encontrar um porto seguro, que lhes permita viver, amar e ser feliz.
Quando todas as certezas externas desaparecem, ainda lhes resta aquela linha de conexão.
Concentremos-nos nessa linha, neste momento.
Concentremos-nos no chacra da coroa, no topo da nossa cabeça, e sintamos a conexão com Jeshua.
Ele é um representante do reino do amor, que reconhecemos e chamamos de Lar porque é também o nosso próprio reino – não se trata da sua pessoa, mas é através da sua energia que podemos sentir essa presença.
É por isto que temos o nosso coração voltado para Jeshua e somos sensibilizados por ele – porque nos traz a lembrança da nossa própria e mais profunda essência divina.
Sintamos-nos conectados com Ele e com o sol que somos: uma estrela brilhante no céu, livre de tempo e espaço – ilimitada!
Permitamos que a eternidade nos penetre neste momento e sintamos sua liberdade absoluta.
Nós não estamos presos a uma forma, a um corpo, entretanto escolhemos livremente experimentar esta encarnação terrena.
Absorvamos essa energia.
Sintamos nossas asas como um anjo de luz e abramos-las em liberdade.
Permitamos que elas sejam vistas em toda a sua glória, com o brilho dourado que adquirimos através de muitas e muitas vidas de testes, descobertas e experiências.
Elas agora estão emergindo na luz da energia Crística, dourada em sua essência; o ouro da compaixão, da conexão, da percepção da unidade entre todos os extremos.
Sintamos o calor e a força destas nossas asas douradas.
Sintamos que somos recebidos por elas e que as merecemos.
Sintamos que podemos entregar-lhes o processo que se apresenta agora em nossa vida e na Terra, e confiar nessas asas.
Libertemos-nos do nosso medo, que é o medo da nossa própria grandiosidade, e permitamos que a nossa luz seja vista.
Imaginemos que estamos irradiando, estamos espalhando uma luz maravilhosa, e que as pessoas são sensibilizadas por ela.
Vejamos as lágrimas de emoção que provocamos nelas!
Elas se sentem em casa connosco, porque nós expressamos a energia do Lar.
Nossa grandiosidade conecta, ela não separa.
Nossa grandiosidade aumenta o amor e não priva os outros.
Pensar que nos devemos reprimir para que outros possam receber é um erro.
A espiritualidade funciona exactamente ao contrário: semelhante atrai semelhante.
Não nos preocupemos pensando que algumas pessoas não vão receber sua justa parcela de amor.
Semelhante atrai semelhante, portanto amor atrai amor.
Lá no fundo do nosso ser, onde nós sabemos que o amor existe, permitamos que o “ouro” da energia Crística entre.
Assim, o amor – “ouro” – aumentará por si mesmo e atrairá outros que sentem o turbilhão do amor dentro de si mesmos.
Como um imã, nós atrairemos pessoas que desejam aprender connosco, porque nós temos muito a compartilhar com os outros – nós somos professores.
Jeshua foi um professor para muitas pessoas.
O que elas viam nele era amor, compaixão e o perdão que não conseguiam oferecer a si mesmas.
Ele lhes dava isso porque via a luz em seus olhos, a fonte da qual todos nós originamos.
É isto que nós devemos dar aos outros agora.
Vejamos a luz nos olhos deles, vejamos sua conexão com a fonte de toda a vida.
Esta é a essência de ser um trabalhador da Luz.
Conectemos-nos com aquela outra força do eixo vertical, que nos sustenta e ajuda: o poder de Gaia, o poder daquele anjo que chamamos de Terra.
Sintamos-lo sob nossos pés.
Deixemos de lado toda a ideia de que este planeta é simplesmente um pedaço de matéria no qual as coisas crescem.
Sintamos o âmago e a nobre essência de Gaia, seu poder radiante, sua luz indestrutível e sua capacidade de renovação e renascimento.
A Terra está nascendo de novo.
Ela está passando para uma nova fase do seu desenvolvimento e nós estamos indo com ela.
Sintamos isto por um momento!
Vejamos, em nossos pensamentos, como a Primavera começa na Terra, vejamos a nova vegetação desabrochando.
Imaginemos que somos uma folha nova brotando num galho.
Sintamos as forças presentes aí, o impulso para nos expandirmos para fora.
Através do Sol, nós somos levados a revelar mais da nossa beleza.
Vejamos a Terra como um anjo e abracemos-la.
Nós somos iguais.
Deixemos a nossa cabeça repousar suavemente nos ombros desse anjo e perguntemos-lhe o que podemos fazer para ancorar a nossa energia mais ainda, para fazer uma conexão mais profunda com a Terra, de modo que possamos sentirmos-nos felizes, seguros e relaxados aqui.
A Terra deseja ajudar-nos a fazer isso; ela precisa da energia cósmica do Lar que viemos compartilhar aqui.
A Terra precisa da inspiração que nós trazemos.
É por isto que ela quer fazer tudo o que está em seu poder para nos dar raízes; ela deseja receber-nos.
Sintamos como ela está aberta para nós como uma flor radiante.
Nós somos como as abelhas que a polinizam e, assim, espalhamos as sementes mais longe.
Deixemos a Terra cuidar de nós e ela nos levará ao Lar, do mesmo modo que a energia de Jeshua o faz.
A vida na Terra tem a ver com equilíbrio.
Equilíbrio entre as diversas energias que estão aqui.
Falamos sobre o equilíbrio entre o Céu e a Terra dentro de nós e, num sentido mais amplo, também sobre o equilíbrio entre os eixos vertical e horizontal: voltarmos-nos para dentro em direcção à conexão vertical no nosso âmago, e também voltarmos-nos para fora em direcção à conexão horizontal com o mundo e permitindo-nos sermos vistos aí.
Falamos um pouco sobre o equilíbrio entre o interior e o exterior.
Neste contexto, falamos sobre as energias masculina e feminina dentro de nós.
Nós, que estamos em um caminho pessoal, estamos aqui para ancorar a nossa luz na Terra.
A ânsia que sentimos de ajudar outras pessoas em nossas próprias jornadas exige que mantenhamos um equilíbrio interno, uma condição que nos faça questionarmos-nos constantemente: “Onde me encontro internamente? Qual é o meu próximo passo? O que devo assumir agora para tornar-me mais visível, para tomar posse da minha força enquanto me conecto com o mundo?”
Existe uma ambiguidade em nós, relacionada com estar no mundo.
Por um lado, nós temos medo do mundo, porque ele é opressivo, nos parece hostil e não nos parece pronto para a energia que trazemos.
Por outro lado, há em nós uma criatividade que deseja se expressar.
Nós temos o desejo de sermos vistos, pois, do contrário, sentiríamos uma inquietação e insatisfação interna.
Com frequência nós nos movemos por este campo de energias conflituantes, desejando exteriorizar-nos, mas sendo desencorajados pelo medo – ou reprimindo-nos demais e ficando insatisfeitos e frustrados.
A solução está em encontrarmos o equilíbrio entre as energias masculina e feminina dentro de nós.
Colocando de uma forma muito ampla, a energia feminina tem a ver com o nosso mundo interior, o nosso lado sensível.
Nós somos uma pessoa que sente demais e geralmente recebemos inspiração, mas não sabemos como lhe dar uma forma terrena.
Nossa energia masculina interior é que pode ajudar-nos a construir a ponte para o mundo externo.
Mas, geralmente, a nossa energia feminina recebe muito pouca sustentação da masculina.
Nós somos muito sensíveis às energias externas e podemos ficar oprimidos pelas energias de pessoas que acompanhamos em nossas jornadas em busca da cura.
Então é muito importante estabelecermos limites ao redor da nossa própria energia e sermos bondosos connosco mesmo.
Por outro lado, também pode acontecer que a energia masculina se desequilibre em relação à feminina e tenhamos a sensação de termos que acomodar expectativas que vêm de fora.
Quando isto acontece, é preciso perguntarmos-nos como percebemos a nós mesmos: “O mundo não exige que eu dê forma à minha luz de um modo que seja aceitável, racional e claro?”
A energia masculina no seu interior, quando sai do equilíbrio com a energia feminina, pode levar-nos a uma forma de actividade, pensamento e preocupação excessivos que não nos ajudam em nosso caminho.
Em tal situação, é necessário permitir que uma sensação de calma e tranquilidade despertem em nosso interior, e então determinar o que devemos oferecer ao mundo; qual é a nossa ligação com o mundo; quais são os relacionamentos que nos deixam felizes e nos trazem alegria.
Assim saberemos qual é o nosso caminho, pois são estes os elementos que o definem.
A energia masculina está aí para dar forma à nossa direcção, sem ter que se distrair com exigências externas ou estereótipos estabelecidos pela sociedade.
Entendamos que as energias masculina e feminina existem para apoiar uma à outra, se permitirmos que o façam.
Olhemos para dentro de nós mesmos e observemos como as energias masculina e feminina se relacionam neste momento.
Nós estamos aqui na Terra para fazer a ligação Céu-Terra interna, para sentir o eixo vertical poderosamente e manifestá-lo.
A energia masculina, que cria a conexão horizontal, a ponte para o mundo exterior, está aqui para servir-nos – usemos-la!
Sejamos gratos por sermos diferentes e não nos escondamos dessa diferença.
Deixemos o poder masculino em nosso interior criar espaço para nós como formos!
Sintamos a energia de Jeshua e sintamos o aspecto masculino agora: a energia da clareza e discernimento; uma autoconsciência forte, que não se assusta com negatividade nem julgamentos que vêm de fora.
Como trabalhador da Luz, precisamos desta energia neste momento, de modo a não nos deixarmos levar pelos preconceitos e medos de outros, mas calmamente construirmos o nosso próprio caminho.
Jeshua nos ama – nós somos um.
Na fonte da energia Crística existe unidade.
Sintamos novamente essa unidade em nosso coração e percebamos como todos estamos conectados.
Jeshua nos saúda e nos oferece o seu amor e encorajamento.

Gratidão,
Luís Barros