Sintamos o amor de Jeshua – ele é
totalmente aberto a quem nós somos.
Não precisamos esconder nada dele.
Nós somos anjos feridos, e Jeshua está
aqui hoje para estender a sua mão a cada um de nós, porque este é um tempo de
cura.
As coisas finalmente estão começando a
mudar, mas para mudá-las em um nível profundo, é preciso dar um mergulho na
escuridão.
É preciso dirigirmos-nos às feridas que nos
foram infligidas.
Façamos isto agora.
Imaginemos que estamos segurando uma
tocha de luz.
Conseguimos segurá-la?
Conseguimos aceitar que somos um portador
da luz?
Uma das maiores tragédias que vemos
acontecer na nossa vida é não reconhecermos mais a nossa própria luz.
Nós olhamos para fora de nós mesmos,
procuramos autoridades, pessoas que saibam, procuramos orientação fora de nós
mesmos.
Mas não estamos aqui para oferecer este
tipo de orientação.
Estamos aqui para nos guiarmos a partir
do nosso próprio interior.
Nós precisamos voltar a familiarizarmos-nos
com a nossa própria luz.
Nós nos acostumamos tanto a nos diminuirmos,
a nos fazer insignificantes...
Mas agora, em nossa imaginação, seguramos
novamente aquela tocha de luz e observemos as qualidades dessa luz.
Sintamos como essa luz tem um efeito
curador sobre nós.
De todas as ferramentas de cura que podemos
receber, esta é a mais poderosa para nos voltarmos a conectar com a nossa própria luz
interior.
As tragédias na Terra, as histórias de
violência e guerra que este planeta conheceu, todas se devem ao facto de as
pessoas terem-se desconectado da sua própria luz, do seu próprio sentido de
certo e errado, da sua própria intuição.
As pessoas deixaram-se abater pelo medo, sempre
olhando para fora de si mesmas em busca de segurança.
Isto tem que acabar agora!
Se uma nova era deve se introduzir neste
planeta, tem que ser através de pessoas que possam aceitar sua própria luz e
viver por meio dela.
Então, como podemos nos livrar do medo,
das vozes de falsa autoridade que vêm de fora de nós mesmos?
Ao assumir este processo de libertação, nós
estamos indo contra as energias de uma longa história, portanto somos pioneiros
e revolucionários.
Quando Jeshua esteve na Terra, plantou
as sementes desta revolução, e cada um de nós é um portador destas sementes,
que devem germinar neste momento.
Banhemos-nos na luz da nossa tocha.
Imaginemos que essa luz penetra todo o
nosso corpo.
Essa luz vem da nossa alma e vai relembrar-nos
de que nós não somos simplesmente um ser de carne e osso, mas que descemos à
Terra vindos de outro reino.
Sintamos esse reino agora, pois ele é o nosso
Lar.
E recebamos a energia do Lar.
Sintamos a energia dos nossos guias e
dos anjos junto a nós, pois eles realmente estão a apenas um sopro de
distância.
Eles desejam elevar-nos para além do
peso, da densidade da Terra e, mais do que tudo, desejam elevar-nos para fora
do abismo do medo.
Imaginemos que esta sala se preenche com
nossas luzes combinadas.
E sintamos o quanto a Terra deseja
receber esta luz, porque esta luz – a luz de todos nós – é necessária na Terra.
Mas para sermos o Trabalhador da Luz que somos,
é preciso, primeiro, voltarmos-nos para as nossas feridas internas e permitir que o
nosso corpo fale.
O próprio corpo, embora contenha
energias tanto masculinas quanto femininas, possui uma energia geral, em
relação à alma, que é feminina.
O corpo é receptivo – ele recebe as
energias da nossa alma e da nossa personalidade, e reflecte de volta para nós,
não só as qualidades da nossa alma, mas também quaisquer distorções que possam
ocorrer como resultado da nossa personalidade.
Assim como a Terra é uma energia
feminina, em comparação com a energia masculina do Sol, o corpo carrega uma
energia mais feminina, relativa à energia da nossa alma, que está mais próxima
do princípio masculino.
Mas ambas são igualmente valiosas, e o
corpo anseia pela atenção da alma, que é seu verdadeiro guia e aquilo que o
inspira.
Na nossa sociedade, nós nos acostumamos
a abordar e tratar o nosso corpo por meio da nossa mente.
E acostumamos-nos também a abordar a
doença com a mente e com a ajuda da medicina, de modo que o nosso corpo acabou
sendo negligenciado.
Para recuperar o relacionamento natural
entre alma e corpo, é preciso, em primeiro lugar, aceitar o nosso corpo,
independentemente de nossa aparência ou de quaisquer enfermidades que ele possa
ter.
Sintamos como a luz da nossa alma aceita
totalmente o nosso corpo.
A nossa alma anseia por unificar-se com o
nosso corpo; e a luz da nossa alma anseia por penetrar em todas as células do nosso
corpo.
É nesta fusão de alma e corpo que nós
nos tornamos um ser humano inspirado – um anjo humano.
Nosso corpo é verdadeiramente um
instrumento divino.
Sintamos o devido respeito por ele.
Quando conectarmos a alma ao corpo desta
forma, outras possibilidades de cura surgirão.
É verdade que é preciso nutrir o corpo
no nível físico, e também pode ser sábio aceitar tratamento da medicina
convencional para curá-lo, mas existe um nível mais profundo para se lidar com
a dor ou os problemas.
O primeiro passo é aceitarmos o corpo
como uma expressão da alma.
E depois, é preciso abrirmos-nos e
esperar a mensagem que o nosso corpo está tentando nos trazer.
Como nos acostumamos a pensar demais,
provavelmente esperamos que a resposta à causa do nosso problema nos chegue
verbalmente, através da mente.
Mas o processo de descoberta do
verdadeiro motivo e significado de uma doença é muito mais profundo e subtil do
que isso.
É preciso tratar a doença como um amigo
com quem nós nos familiarizamos pouco a pouco e que, graduadamente, vai-nos
contando como se sente e que mensagem nos traz.
Entrar no caminho da doença é sempre
entrar em território desconhecido – algo novo deseja penetrar a nossa
consciência, e geralmente é um nível mais profundo de auto-estima.
Através da dor e do sofrimento, esse
nível de auto-estima acabará crescendo dentro de nós, e nos exigirá um grau
maior de entrega, para que possamos receber a mensagem ou resposta da doença.
Portanto, carregar a tocha da nossa luz
implica em duas coisas: a primeira é o reconhecimento da nossa própria
grandeza, da nossa própria divindade, e de que nós somos o nosso próprio
mestre, não dependendo de nenhuma autoridade de fora.
E a segunda é sabermos ajoelharmos-nos e
tornarmos-nos humildes diante das coisas que acontecem na nossa vida,
abandonando a ideia de que conhecemos todas as respostas com a nossa mente, ou
que precisamos procurar as respostas com a nossa mente.
Neste processo de auto-cura e auto-conhecimento,
é preciso aceitar que existe algo mais vasto do que nós, e que essa vastidão
que deseja revelar-se a nós, na realidade, é o espírito.
Então assumamos a nossa luz, mas, ao
mesmo tempo, estejamos abertos à energia maior que deseja guiar-nos.
Este poder maior não é uma autoridade, ela
é plena de alegria e leveza.
E o espírito deseja estar connosco;
deseja fluir através de nós, enquanto estamos sendo um ser humano na
Terra.
Gratidão,
Luís Barros