27 de julho de 2020

NOVAS ENERGIAS EM UM MUNDO VELHO

Maria Madalena, esteve aqui na Terra em uma época de mudanças, uma época em que muitas pessoas estavam procurando uma saída de uma situação limitadora.
A Terra estava, então, envolvida por uma energia que reprimia e desvalorizava as pessoas e lhes dava uma sensação de desmerecimento, de indignidade.
Esse véu está se afinando agora, mais luz está vindo do alto, e essa luz vem da alma de cada um de nós, a qual se mantêm fora do véu.
Ao encarnar na Terra, nós nos despedimos do nosso eu maior, daquele que nós realmente somos.
Nós mergulhamos num mundo com estruturas de pensamentos e sentimentos que não são os da nossa alma.
A partir do mais profundo do nosso ser, procuremos sentir de onde nós viemos, e como esse reino é infinito e abrangente.
Sintamos a nossa energia e puxemos-la através do véu, porque nós podemos fazer isso.
Nós temos a capacidade de nos lembrar de quem éramos e ainda somos, dessa simplicidade e felicidade completa.
Nós não precisamos nos adaptar às estruturas que não são nossas; nós podemos vivenciar a liberdade.
Imaginemos, simbolicamente, que nós abrimos as nossas asas, como um grande pássaro, ou, talvez, um anjo.
Como são essas asas?
Que cores brilham e cintilam?
Sintamos o poder dessas asas!
Nós podemos voar e muitas vezes fazemos isto em nossa imaginação.
Nós não estamos sempre aqui na Terra, nestas estruturas feitas pelo homem; nós viajamos frequentemente.
Nós somos sensíveis e sentimos as energias que não se encaixam nestas estruturas mundanas.
Nós somos visionários e videntes.
Sintamos, por um momento, o que estas palavras evocam em nós, porque existe um velho tabu em relação a ser assim.
Entretanto, saibamos que existem duas razões para se ver através do véu, para observar o que é essencial e falar connosco.
O primeiro motivo de nos sentirmos compelidos a fazer isto é o nosso desejo de lembrarmos-nos de quem nós realmente somos enquanto estamos nesta vida.
Nós não queremos viver encobertos pela névoa espessa, nós desejamos ser autênticos connosco mesmos, experimentar a verdade, e dar passos decisivos no nosso caminho interior como alma.
Portanto, existe em nós esse grande desejo de atravessar a neblina e avançar em direcção ao que é parte da essência. 
O segundo motivo desse impulso interior é o facto de sermos um precursor, um pioneiro em consciência.
Nós também estamos aqui para doar algo para os outros, para permitir que a nossa luz se irradie para o exterior, para superar as confusões, as dores e os medos nos quais a humanidade vive.
Ainda existe um véu sobre a Terra e, embora ele esteja começando a tornar-se mais fino, existe uma necessidade de pessoas fortes como nós, que deixem sua luz brilhar, para servirem de exemplo para os outros, a fim de que a névoa se dissolva.
É isto que nós somos e – como um precursor para outros – é isto o que a nossa alma queria alcançar nesta vida na Terra.
Nós experimentamos o caminho para os outros seguirem, e com isto queremos dizer que nós não nos encontramos acima dos outros, mas próximo a eles.
Nós somos o caminho, e então somos intensamente desafiados a remover os obstáculos em nossa vida, para penetrar profundamente na essência da vida e, assim fazendo, iluminar também o caminho para os outros, porque somos um exemplo para eles.
Sintamos a verdade destas palavras por um instante, e percebamos como elas se aplicam a nós. 
Maria Madalena pode penetrar profundamente em nosso ser, porque nós estamos abertos para o que está do outro lado do véu.
Nós somos um portador da luz; nós estamos introduzindo uma nova era, e o que chamamos de canalização cria aberturas na névoa espessa que envolve a Terra e que está preenchida por pensamentos amedrontadores e sombrios.
Cada vez que ocorre uma abertura e mais luz consegue fluir por essa névoa, mais alegria preenche a atmosfera da Terra, e há mais esperança e encorajamento.
E então as pessoas ficam mais dispostas a fitar os olhos umas das outras, a se darem as mãos, e a se reconhecerem umas nas outras – e este é o propósito desta canalização.
Nós somos um canal terreno e podemos criar uma senda ao trilhar o caminho que leva à lembrança de nós mesmos.
Quando estamos abertos e entregues a esse caminho, energias externas à atmosfera terrestre vêm para sustentar-nos e fortalecer-nos.
Estas energias, ou guias, podem ajudar-nos em nosso próprio processo pessoal e, além disto, algumas delas querem transmitir alguma coisa para outras pessoas.
Quando nos reunirmos com outros, sintonizemos-nos com essa corrente que transcende as nossas ideias pessoais e nosso intelecto, de modo que novas ideias possam tomar uma forma mais universal.
Este é um passo muito importante em direcção à nova realidade.
Sentir essa conexão com a nossa alma, com o nosso Eu-Superior, que transcende a Terra e que sobrevive ao nosso corpo, é um sinal de ser mentalmente saudável.
No mundo da alma, que é o nosso lar natural, vivem muitos outros seres, inclusive guias e mestres, cuja missão sincera é ajudar a humanidade na Terra.
Portanto, é natural e belo quando nós, em colaboração com tais luzes orientadoras, transmitimos informações, calor e compaixão na Terra.
Mas descobriremos que, uma vez que demos os primeiros passos nesse caminho, muito medo surgirá em nós.
Uma coisa é buscar a nossa própria libertação interior, o nosso próprio caminho pessoal; mas apresentar para outras pessoas a nossa sabedoria e conhecimento, relativos à energia etérea e à transformação interior, pode-nos causar profundo medo e resistência.
Nós, então, colidimos com opiniões e pontos de vista modernos sobre a vida.
Existem muitas razões profundas para estes trabalhos de energia – canalização, sensitividade, clarividência – terem sido vistos com suspeitas e terem encontrado resistência e rejeição no passado.
No momento actual, essas suspeitas tomam a forma de uma ciência racional e autoritária, que afirma ter adquirido conhecimento objectivo do mundo e, portanto, rejeita o âmbito do sentimento e intuição como ilusório e subjectivo demais.
Mas existe uma tensão mais profunda na raiz dessa rejeição.
Existe nas pessoas – e certamente naquelas em posição de poder – um grande medo de abandonar o controlo.
Muitas estruturas e hierarquias na Terra são baseadas no poder e controlo, e aqueles que possuem o poder querem mantê-lo assim.
Quando as pessoas começam a pensar por si mesmas – com base no que elas sentem ou desejam – isto é percebido como um perigo para a ordem existente.
Há um certo apego ao poder no mundo humano, uma força reaccionária que se opõe à mudança.
Nós colidimos com esses poderes quando nos levantamos como indivíduos, quando seguimos o nosso próprio caminho e espalhamos a nossa mensagem no mundo.
Na sociedade de hoje, pode não ser mais o caso de haver um ditador, ou um poder militar ou eclesiástico que nos retenham, mas os padrões de medo, controlo e poder acabam se interiorizando nas pessoas, e assim nós podemos ser um alvo de rejeição da família, vizinhos ou patrão.
E esta rejeição é amplamente baseada no medo, do qual brota a necessidade de controlo, que tenta sufocar ou dissipar essa energia emocional.
O que se pode fazer a respeito da rejeição?
Como encontrar um caminho através dessa rejeição em nossa própria vida?
Primeiro, compreendamos quem somos, que somos um pioneiro no campo da consciência, que somos importantes, destemidos e corajosos, e que nós já mostramos muita resistência às velhas energias que desejam atrair-nos de volta aos padrões antigos.
Consciencializemos-nos da nossa própria coragem e perseverança.
Agarremos-nos firmemente à nossa inspiração, ao nosso desejo, que são o motivo de estarmos aqui e de estarmos vivendo a nossa vida como vimos vivendo.
Ao reconhecermos a nossa própria grandiosidade e coragem, nós já estamos dando um importante passo adiante.
Não nos permitamos ser modificados pelos ditames da sociedade; mantenhamos-nos firmes!
O passo seguinte é sentir onde a nossa energia é verdadeiramente bem-vinda, e então nos deixarmos guiar por esse sentimento.
Existem inúmeras pessoas neste mundo que precisam do que nós temos para oferecer, que precisam exactamente daquilo que nos tornam únicos.
Existem aberturas no campo de energia da Terra, e movimento e mudança no pensamento colectivo.
Deixemos-nos guiar, pois a intenção não é nós lutarmos contra a ordem existente, mas mantermos-nos fortes em nosso próprio campo energético, guiados pelo que é bom e seguro para nós; onde possamos prosperar e nos desenvolver, e não mais sentir necessidade de nos escondermos.
Tais possibilidades e lugares existem agora aqui na Terra; essas pessoas estão aqui.
Usemos a nossa intuição e abandonemos a ideia de desmerecimento, de indignidade.
Não se trata de “termos que fazer o nosso melhor” e “termos que provar a nós mesmos”; trata-se de sentir onde nós somos bem-vindos, onde nós não só doamos e compartilhamos, mas também recebemos inspiração e abundância em troca.
Sintamos o equilíbrio!
Vejamos-nos, por exemplo, em pé, num campo ou numa cidade, no meio de pessoas.
Mantenhamos os nossos pés pisando firmemente o solo; permaneçamos erectos neste mundo!
Sintamos como somos diferentes e como é certo divergir do que é velho, e seguir um caminho novo, o caminho do nosso coração e dos nossos sentimentos.
Façamos-nos grandiosos e sintamos, sob os nossos pés, o poder do planeta que nos sustenta. 
Ao fazermos isto, irradiamos a nossa luz sobre a Terra como uma transferência energética, e fazemos isto com tranquilidade.
Não retermos mais a nossa energia, o nosso brilho natural, é um enorme passo à frente!
Nós podemos despender muita energia restringindo o nosso próprio brilho e força – mas agora nós os libertamos!
Sintamos quanta paz nos envolve quando nós não temos mais que nos posicionar de maneira restritiva, e precisamos simplesmente estar aqui e mantermos-nos firmes e erectos.
Deixemos que toda essa onda de energia se espalhe pela Terra.
A Terra pode se conectar com a nossa alma aqui; este é o nosso propósito de vida.
Agora concentremos-nos no tipo de energia que gostaríamos de fluir através do nosso coração para o mundo.
Sintamos essa energia por um instante e tentemos colocá-la cuidadosamente em palavras.
É uma energia de bondade e cura?
Ou uma de clareza e determinação?
É uma energia mais do tipo feminino?
Ou mais do masculino?
Talvez possamos, inclusive, perceber se essa energia é mais do que apenas a nossa própria, ou se existe algo ou alguém ao nosso lado que fortalece esse processo.
Aproveite essa energia, porque agora nós estamos conectados com a nossa essência e com os nossos mestres, guias ou energias com as quais trabalhamos e que estão alinhadas connosco.
É uma verdadeira colaboração, quando nós não nos sentimos separados deles e quando sentimos que todos são parte essencial deste canal.
Finalmente, perguntamos: o que o mundo deseja nos dar, como uma bela e boa resposta positiva, em troca do que nós temos a oferecer?
Do mundo, da atmosfera da Terra e da humanidade, retornam para nós energias que falam de validação, reconhecimento e gratidão.
Vejamos se conseguimos receber isto. 
Desta forma, completamos o círculo.
Nós formamos um canal através da espessa névoa, através do véu, e nos expomos totalmente.
Nós percorremos o caminho interior para a libertação para além do medo e então irradiamos a nossa luz para fora.
Nós formamos um canal com outros, tocamos-los com a nossa energia, e recebemos energia em troca.
Nós somos um ser humano que participa de dois mundos: o da Terra e o do Céu, onde a nossa alma reside e de onde ela vem.
Como ser humano terreno, nós temos a necessidade de receber, para que nos sintamos bem aqui; receber em troca do que somos e doamos.
Abandonemos quaisquer ideias de desmerecimento e sejamos o centro radiante de doação e recebimento deste círculo. 

Gratidão,
Luís Barros