Conectemos o nosso corpo com a Terra sob
os nossos pés, imaginando que existem raízes brotando dos nossos pés e se
aprofundando no solo.
Sintamos a nossa consciência
completamente presente neste espaço e percebamos como ela penetra a Terra
através dessas raízes.
Sintamos o poder da nossa energia
conjunta, de modo que juntos criemos um campo de consciência com uma intenção
profunda e pura.
Falamos sobre o plano da nossa alma e
como podemos reconhecê-lo no nosso dia-a-dia.
Muitos têm dificuldade para perceber a
direcção e o objectivo do propósito de nossa alma, porque geralmente nos sentimos
perdidos neste mundo.
O importante é sermos capazes de nos voltarmos
para dentro de nós mesmos e nos reconhecermos como a alma que somos, fazendo
uma conexão com a nossa essência infinita e, a partir daí, olharmos para o
mundo ao nosso redor.
Só estando ligados à nossa essência, à nossa
alma, podemos sentirmos-nos verdadeiramente livres e seguros… livres para abrir as
nossas asas, e seguros porque o poder da alma não está preso à Terra – ele é
ilimitado.
Sintamos esta força nas profundezas do nosso
corpo.
Esta força é a nossa alma, aqui e agora.
Conectemos-nos com os nossos pés, com as
nossas pernas, com todo o nosso corpo.
Concentremos-nos em nós mesmos; não nas
impressões e sons que vêm de fora, mas apenas em nós.
Sintamos o nosso corpo por dentro.
Percebamos como podemos caminhar
silenciosamente, com a nossa consciência, através do nosso corpo, sem sermos
interrompidos por ruídos externos; e que vamos conseguir vivenciar o silêncio
em meio ao barulho.
Este silêncio é independente do que está
acontecendo connosco externamente.
Uma nova consciência deseja nascer na
Terra.
Agora, mais do que nunca, esta é a nova
ordem das coisas e nós percebemos isto em nossa vida.
Há um impulso interior que muitos estão
sentindo, e o que está intensificando este impulso é a nossa alma, essa
essência da qual estamos falando.
Esta essência deseja seguir o fluxo
deste momento; ela quer ser útil, e deseja provocar uma transição do passado –
das velhas energias baseadas no medo – para uma nova era, para uma consciência
baseada no amor.
Nós não estamos sozinhos no caminho da nossa
alma, pois ela está ligada ao todo.
Nós não estamos aqui apenas para nós
mesmos, mas fazemos parte de uma corrente maior de mudança que agora está
atingindo a Terra.
Conectamos-nos com esse fluxo e sentimos
a nossa grandiosidade.
Nós somos uma alma.
Nós não temos uma alma – Nós Somos a Nossa
Alma.
E essa alma está aqui com uma missão,
algo que ela quer completar nesta vida.
Desçamos, agora, ao nível do nosso
abdome… inspiremos e relaxemos.
Façamos a conexão com a Terra, porque é
muito importante termos conhecimento da alma no nível material, prático e
terreno.
Percebamos completamente esse
conhecimento da alma e dêmos-lhe uma forma.
Neste momento, a questão não é
simplesmente sentir e vivenciar os nossos sonhos e desejos mais profundos, mas
também dar-lhes forma no nosso dia-a-dia, porque agora a realidade terrena está
pronta para mudar.
Sintamos a conexão do nosso abdome com o
coração da Terra, e sintamos-nos acolhidos aqui neste planeta.
Nós somos muito desejados e queridos
aqui.
Percebamos como a própria Terra está
envolvida numa grande onda de mudança.
Sintamos-nos flutuando nessa grande
correnteza, enquanto estamos firmemente abraçados pela Mãe Terra.
Nós estamos seguros, nós fomos chamados
para estar aqui.
Qual é a nossa contribuição?
Desçamos ao nosso abdome.
Deixemos a nossa imaginação, nossos
sonhos e desejos voarem alto, livremente, sem limites nem restrições.
Para nós, qual seria o futuro mais belo?
Com quem gostaríamos de compartilhá-lo?
Imaginemos que estamos verdadeiramente
livres, que não temos nenhum medo, e que ousamos seguir a nossa inspiração mais
profunda.
Deixemos-la fluir livremente pela nossa
cabeça, coração, abdome e pernas, até o interior da Terra.
Como nos vemos?
E o que faríamos?
Percebamos que, ao nos deixarmos levar
por esse fluxo, nós não estamos apenas fazendo alguma coisa para nós mesmos,
mas estamos também nos conectando com este quadro maior, isto é, com a dinâmica
da renovação que agora está despertando na Terra e progredindo mais
rapidamente.
E nós somos muito amparados por algo
maior do que nós mesmos.
Sintamos este fluxo maior e perguntemos
a nós mesmos: “Que tipo de estímulo este fluxo me dá? Que mensagem, que impulso
vem a mim?”
Esta mensagem pode se referir a algo
externo, como por exemplo, uma indicação da necessidade de nos desapegarmos de
alguma coisa da nossa vida, como um emprego, um ambiente onde vivemos,
relacionamentos…
E pode também se referir a uma atitude interna que adoptamos,
como resistência e auto-julgamento, ou crença de que nós não podemos ter
sucesso, sentimentos de inferioridade…
Qual é a coisa mais importante que devemos
abandonar agora?
Nós somos levados por uma correnteza
maior do que apenas nós mesmos.
Este fluxo origina-se na Terra, do
desejo que ela tem de mudar, de evoluir.
Imaginemos que somos levados em
segurança por esta correnteza e que ela nos dá um impulso agora, uma urgência
de fazer isto ou abandonar aquilo.
Ousemos seguir este impulso, atrevamos-nos
a dar este passo.
Quanto mais indivíduos derem este passo
e ousarem começar a viver de acordo com os seus desejos mais profundos, mais
facilidade outros encontrarão para os seguirem, porque os primeiros se tornarão
exemplos de que isto pode ser feito, de que isto não é impossível.
Há tanta necessidade de esperança e
inspiração neste mundo, há tanta necessidade de líderes!
Não de líderes que ditem as regras e
dêem as ordens, mas daqueles que liderem pelo exemplo, incluindo sua própria
vulnerabilidade e humanidade.
Esta é a nova liderança.
Ao falar sobre como encontrar e
reconhecer o propósito da nossa própria alma, enfatizamos que existe uma
ligação entre o propósito da nossa alma e o de muitas outras almas que também
desejam seguir o movimento de mudança e renovação.
Então, sintamos-nos amparados por isto.
Mas ousemos tomar as atitudes
necessárias em nossa vida pessoal, mesmo estando sozinhos nesta acção, no
sentido de termos que decidir por nós mesmos, de termos que escolher por nós
mesmos a opção de termos mais liberdade e mais felicidade.
Sejamos um líder deste novo tempo,
sejamos um exemplo, embora talvez duvidemos que possamos consegui-lo.
Na verdade, isto significa simplesmente
sermos fiéis a nós mesmos e permitir que a nossa verdade flua livremente.
Quando velhos medos se erguerem na
cabeça, olhemos para eles e acolhamos-los, pois, eles também nos pertencem.
No momento em que fizermos uma conexão
consciente com estes medos, a luz começará a se irradiar graduadamente através
deles, e isto fará de nós um trabalhador da Luz, e nós daremos o exemplo.
Dar o exemplo significa ser humano
aceitando as trevas e a luz em todos os seus aspectos; significa ter carinho e
compaixão, tanto pelos outros quanto por nós mesmos.
Isto é ser um precursor da nova
era.
Nós não temos que esperar até que todas
as nossas questões estejam em ordem, até que tenhamos atingido uma espécie de
perfeição, que na realidade não existe.
Trata-se de nos levantarmos todos os
dias e darmos um passo à frente, ou nos desapegarmos de alguma coisa, como de
um julgamento, um medo, uma exigência em relação a nós mesmos que não tem nada
a ver com o que realmente somos.
Acreditemos na nossa vocação.
O plano da nossa alma é algo que está
constantemente se desdobrando.
Novos caminhos e oportunidades surgem
continuamente.
Ele não é uma coisa fixa, estabelecida,
mas sim um todo dinâmico.
Sempre que somos um portal para mais
amor, que confiamos em nós mesmos, que fazemos uma conexão com a nossa
essência, aparecem novas oportunidades que nós, então, activamos com a nossa
alegria e entusiasmo.
É isto que significa estarmos conectados
com o propósito da nossa alma.
Atrevamos-nos a dar o passo e acreditemos
em nós mesmos.
Gratidão,
Luís Barros