Jeshua, está muito feliz de estar connosco
e poder juntar a sua energia à nossa.
Nós somos um ser radiante de luz e não
temos ideia da força e beleza que demonstramos diariamente em nossa vida.
Mesmo que às vezes o panorama seja
sombrio e nos sintamos exaustos por tentarmos progredir na vida, nós somos
sempre corajosos.
Nós precisamos estar conscientes da
incrível coragem e poder que demonstramos dia após dia, e sabermos que estamos
constantemente trazendo mais e mais luz para a Terra, pelo simples facto de
estarmos aqui.
Ao nos ancorarmos em nosso corpo,
espalhamos a nossa luz pela Terra.
Nós somos a Luz vivendo na Terra, e o
nosso corpo faz parte dessa incorporação.
Nós encarnamos aqui com um propósito,
com uma intenção profunda.
Estamos aqui com um propósito pessoal,
para desabrochar internamente, para experimentar e conhecer profundamente cada
parte do nosso ser.
Mas também estamos aqui na Terra por
este planeta, para inspirá-lo e nutri-lo com a nossa luz angelical.
O nosso corpo é composto dos mesmos
elementos que compõem a Terra e os reinos vegetal e animal.
Isto é o que nós compartilhamos com
eles; nós não estamos separados da vida à nossa volta.
O corpo é uma maravilha em si mesmo.
Pensemos em todas aquelas células
minúsculas que o compõem e em como elas conhecem suas funções distintas e, ao
mesmo tempo, sabem como trabalhar em conjunto, como um todo unificado.
Elas expressam um poder superior, e esse
poder superior somos nós, a alma que vive em nosso corpo.
A nossa alma é a inspiradora e doadora
da nossa vida.
Graças à escolha da nossa alma, o corpo
que ela escolheu para esta vida tomou forma, a forma deste corpo em particular,
com tudo que lhe dá prazer e tudo que lhe é doloroso e penoso.
Observemos, então, este corpo e percebermos a maravilha de estarmos encarnados, embora vivenciar essa incorporação nem sempre
seja fácil para nós.
Um dos motivos da dificuldade de
vivenciar a maravilha e a beleza do corpo é que a nossa cultura é o resultado
de uma tradição que se tornou alienada do corpo.
Na nossa cultura, não é comum ver o
corpo como uma inteligência viva, como um campo de consciência com o qual a
alma individual está intimamente conectada.
Há várias razões para este modo de perceber
o corpo não nos ter sido ensinado, e uma delas remonta a uma época anterior a
Cristo.
Começou no tempo dos gregos, quando
surgiu um tipo de pensamento que hoje chamaríamos de pensamento racional – uma
forma de ver o mundo na qual o ego tornou-se central… o ego que vê a si mesmo
como algo diferente do que ele percebe.
A natureza – e com ela o corpo – aos
poucos foi sendo coisificada, isto é, começou a ser vista e tratada como algo
puramente material e independente de nós.
Sendo externa a nós pode, então,
tornar-se objecto de estudo, e isto foi o início do desenvolvimento da ciência.
Mais tarde, na tradição ocidental do
século XVII, surgiu a ciência moderna, aumentando ainda mais o dualismo entre a
consciência do ego e o mundo do corpo e da natureza.
Surgiu um dualismo no qual a matéria foi
sendo cada vez mais vista como algo sem vida, e o corpo como um pedaço de
argila, por assim dizer, algo que não possui uma consciência viva.
O aparecimento da medicina só foi possível
através do estudo objectivo.
A alma, ou individualidade da pessoa,
era considerada irrelevante.
Pensava-se que ela não era importante,
porque o corpo era visto como uma entidade material que era igual em todas as
pessoas.
Esta visão objectiva da vida
possibilitou a classificação de tipos de doenças e a invenção de remédios.
Uma ciência completa pode se desenvolver
com base em tal visão dualista do mundo.
Não estamos dizendo que este ponto de
vista seja errado, mas que se tornou uma tradição em nossa cultura, e ainda
existe.
Nos tempos modernos, também podemos
encontrar essa tradição, de uma forma bem diferente, na indústria de
cosméticos.
Vejamos como a beleza é vivenciada em nossa
cultura; ela tornou-se uma coisa objectiva.
Existe uma certa imagem de beleza que
pode ser medida; tais e tais dimensões são ideais para um corpo feminino ou
para um corpo masculino.
A aparência e textura da pele, as
características faciais, mesmo que mudem com o tempo, estão sempre sujeitas a
uma avaliação objectiva, algo externo a nós, do qual dependemos para ser
avaliado.
Doença e saúde também são julgadas
nesses termos.
Se um corpo está doente, é porque deve
haver algo de errado com ele e, portanto, deve-se fazer com que volte a ficar
bem.
O corpo, visto desta forma, é como uma
argila morta, ou algum tipo de mecanismo.
Assim, nós estamos vivendo numa tradição
dualista, e aquilo que está mais próximo a nós – o nosso corpo, no qual residimos
dia após dia – deixou de ser algo com o qual estamos natural e intimamente
conectados.
Nós nos alienamos dele.
Houve um tempo, muito anterior a este,
em que o modo de perceber as coisas na Terra era bem diferente.
Sob o ponto de vista moderno, diríamos
que as pessoas viviam numa espécie de era mítica, na qual acreditavam que tudo
era conectado a tudo.
Podia-se conversar com as árvores, os
animais, as plantas, e todas essas criaturas não-humanas eram portadoras de
alguma coisa significativa.
A própria natureza era cheia de
significado.
Havia um fluxo de vida que percorria os
animais, as árvores e as plantas, e todos eles eram interligados.
Entretanto, havia também desvantagens
nessa visão naturalista, porque as pessoas que acreditavam nela podiam vir a
tornar-se vítimas daquilo que hoje chamamos de superstição e do medo; medo das
forças da natureza e dos deuses que estavam escondidos por trás e dentro dela.
Esta foi uma tradição antiga.
A ciência e o pensamento racional, na
qual ela se baseia, puseram um fim a essa tradição.
Infelizmente, a visão objectiva,
científica levou a uma cisão esquizofrénica e nada natural na nossa cultura e
percepção de nós mesmos.
Pensemos em como é diferente a visão na
qual somos capazes de vivenciar continuamente o nosso corpo a partir de dentro.
Como ele está por dentro?
Está com fome ou sede?
Está se sentindo bem ou está tenso?
Está sentindo prazer ou dor?
Há uma sensação constante de como o
corpo está se sentindo.
Do ponto de vista oposto, olhamos para o
nosso corpo e julgamos-lo a partir de fora, do que ele deveria ser de acordo com
uma imagem de corpo percebida externamente.
O que o corpo deveria ser capaz de
realizar?
Em que ponto do seu desenvolvimento ele
deveria estar?
Qual deveria ser sua aparência?
Ele satisfaz todos esses padrões
externos que lhe são impostos?
Normalmente, quando estamos com alguma
doença ou indisposição, nós vamos a um médico, que representa a tradição
científica, objectiva do dualismo.
Um médico pode-nos dizer o que há de
errado em nós, que remédios estão disponíveis para isso, e qual é o
prognóstico, baseado no tipo de queixas que apresentamos.
No entanto, tudo isto é feito sem que nos
tenhamos conectado, de alguma forma, com o campo de energia que é o nosso
corpo.
O médico também não presta atenção a
esse campo energético e nem se conecta com ele.
Simplesmente vê os sintomas,
diagnostica-os, classifica-os e então determina onde eles se encaixam no quadro
geral dos conhecimentos que ele adquiriu, de modo a poder tomar as medidas
necessárias, baseadas nesse conhecimento.
Ao mesmo tempo, o nosso corpo oferece
sinais constantes, que são exclusivamente para nós, e que nem sempre se
enquadram nas regras e ideias gerais que recebemos de fora, como de um médico,
por exemplo.
É extremamente importante que despertemos
novamente para a percepção do nosso corpo a partir de dentro, e permitamos que
ele seja o parâmetro para as medidas que tomemos em relação a ele.
Quando estivermos doentes, ou indispostos,
precisamos voltarmos-nos para o nosso interior e, a partir daí, encontrar as
bases de como lidar com essa indisposição e sintomas.
Só depois disso é que devemos olhar para
o mundo exterior, em busca de algo que nos possa ser útil, como um médico, uma
opinião ou algum artigo que leiamos.
Entretanto, essas contribuições só vêm
em segundo lugar.
O que vem inicialmente é a conexão
interna com o nosso corpo e, para isto, primeiro precisamos acreditar
diferentemente daquilo que a nossa cultura nos diz.
Precisamos abandonar toda a
ideia de que o corpo é como um mecanismo, como matéria inconsciente.
Precisamos chegar a acreditar realmente
que o nosso corpo pode ser nosso guia; que ele pode-nos dar respostas; que ele
possui uma inteligência natural e quer ser-nos útil; que ele é divinamente
inspirado.
Dediquemos uns instantes para nos
conectarmos intimamente com o nosso corpo.
Nós podemos fazer isto prestando atenção
à nossa respiração, sentindo como ela flui através do nosso peito e abdome, e
em seguida, dirigindo a nossa atenção aos nossos pés.
Levemos a nossa consciência para as
solas dos nossos pés e sintamos como eles tocam o solo.
Sintamos, não apenas os ossos e pele dos
nossos pés, mas também o campo energético ao redor deles.
Este campo não é perceptível
imediatamente, mas logo poderá senti-lo.
Talvez percebamos um pequeno
formigamento, ou alguma outra sensação.
Mas seja o que for que consigamos sentir
será útil.
Em seguida, observemos as nossas mãos
com a mesma atenção.
Imaginemos que as nossas mãos estão
cheias de consciência, que se torna perceptível graças à nossa atenção.
Deixemos a nossa percepção se estender
para as pontas dos nossos dedos, e sintamos que há algo mais em nossas mãos,
além da simples forma material.
Sintamos uma presença vital, energética
dentro e ao redor de nossas mãos, e poderemos inclusive ver ou sentir um leve
brilho.
Deixemos a nossa atenção e consciência
se estenderem por todo o nosso corpo.
Mas não transformemos isto em um grande
esforço – isto não é um exercício mental; é apenas o direccionamento da nossa
atenção para algo que já está aí.
Um corpo vivo não é uma coisa que tenhamos
que adquirir, nem é algo que tenhamos que merecer.
Simplesmente sintamos, da cabeça ao
dedo do pé, o campo vivo que já nos envolve.
Tentemos perceber e sentir a totalidade
do nosso campo energético e corpo como uma entidade viva.
Imaginemos que esse fluxo silencioso de
energia, que está sempre percorrendo todo o nosso corpo, nos quer dizer alguma
coisa.
A primeira coisa que o nosso corpo quer nos
contar é que ele é consciência, a luz vivente que deseja servir-nos.
Nosso corpo está à nossa disposição.
Ele nos dá a capacidade de se expressar,
e gostaria de estar ao nosso serviço.
E, caso estejamos sofrendo de dor ou
doença, vamos ver como isto surgiu.
O próprio corpo está sempre se
esforçando para manter o equilíbrio.
Todas as células do nosso corpo são
orientadas para esta finalidade; elas trabalham e constroem visando o
equilíbrio.
Mesmo quando ficamos mais velhos e o
nosso corpo perde a vitalidade, todas as células continuam concentradas em
criar equilíbrio.
É possível envelhecer de uma forma muito
agradável, sem dor e esforço.
Isto é possível graças ao próprio corpo,
mesmo quando ele é geneticamente sobrecarregado.
Existe uma energia vital tão
incrivelmente poderosa em nosso corpo, que nos permite curarmos-nos e voltarmos
ao equilíbrio, mesmo que o desequilíbrio tenha sido extremo.
Tenhamos fé na capacidade que o nosso
corpo tem de se equilibrar e curar a si mesmo; as forças da natureza são muito
fortes!
Basta olhar para o mar e o sol.
Saibamos que o nosso corpo é feito da
mesma matéria viva e da mesma consciência que compõem esses elementos naturais.
Pensemos no oceano, sintamos o eterno
rolar das ondas e a renovação inesgotável em cada movimento – o poder de
auto-limpeza.
Ou pensemos em um grande e velho
carvalho que já aguentou de tudo: vento, chuva, sol…. Nosso corpo também é
muito forte, pois é feito dos mesmos elementos.
No entanto, é verdade que o ser humano é
um ser muito complicado.
Nós, como alma, temos uma vasta
experiência na realidade terrena, algumas das quais resultam em emoções
negativas… ansiedade, tristeza, dor, raiva… assim nós as chamamos.
Estas emoções podem agir no corpo e, com
o tempo, o corpo se desequilibra.
Emoções também são forças muito
poderosas.
A energia delas é muito forte e pode
agir sobre o corpo, criando bloqueios em um nível energético.
Entretanto, a consciência do nosso corpo,
que mencionamos anteriormente, é útil para nós nesse caso, porque ela vê a alma
como seu mestre.
Quando a alma está vivenciando raiva
constante, ou algum tipo de emoção depressiva, o corpo acaba absorvendo-a em
sua consciência e rendendo-se a ela, por assim dizer.
As emoções podem, então, apoderar-se do
corpo e tomar a forma de indisposição ou doenças.
O corpo continua fazendo o máximo para
restaurar o estado natural de equilíbrio, mas se as emoções forem muito
penetrantes e a pessoa não tiver capacidade de senti-las completamente e
transformá-las, então o resultado poderá ser uma doença.
É importante notar que a origem de uma
doença é quase sempre emocional.
O que cria o maior estrago no corpo são
as emoções que experimentamos na vida, a dor espiritual que acumulamos.
E há razões para isto.
Não que haja algum julgamento externo
sobre a emoção e a nossa reacção a ela, mas é importante que conheçamos as
nossas emoções a partir do nosso interior, para que o nosso corpo possa ajudar-nos
a lidar com elas.
Ao nos conectarmos novamente com a
consciência natural do nosso corpo, que está sempre buscando o equilíbrio, detectamos
quais as emoções que nos estão deprimindo ou bloqueando.
Fazemos exactamente isto agora.
Primeiro nós nos conectamos com o campo
energético vivo do próprio corpo – a força subjacente que está sempre presente
– e com a inteligência natural do corpo.
E agora, imaginemos que nós temos também
um corpo emocional.
Na tradição esotérica, a consciência
corporal tem sido chamada de corpo etérico, enquanto o corpo emocional tem sido
chamado de aura, ou corpo astral, e é algo que se estende para além do corpo
físico.
Imaginemos agora, por um instante, que
existe um campo de energia ao nosso redor, e que ele é composto das energias do
nosso humor e emoções, que estão sempre mudando.
Imaginemos que esse campo energético se
estende uns 3 pés [90 cm] para fora do nosso corpo.
Fazemos algumas perguntas sobre esse
campo e nos atenhamos à primeira impressão que nos vier à mente sem pensar a
respeito dela.
Nós estamos no meio desse campo de
energia.
Ele é pacífico ou há tensão dentro dele?
Caso haja tensão, onde sentimos que ela
se localiza no nosso campo de energia?
À sua frente ou atrás?
Permitamos que a nossa atenção se dirija
a esse ponto do nosso corpo emocional, onde sentimos tensão devido às pressões
dos eventos externos da nossa vida, e simplesmente deixemos-la ser o que é.
Não precisamos tentar corrigi-la,
simplesmente saibamos que ela está aí.
Vamos, então, para um lugar no nosso
corpo onde haja quietude e calma.
Encontremos esse lugar no nosso campo de
energia, onde estamos em paz.
Talvez algumas lembranças felizes surjam
espontaneamente, de um momento em que nos sentíamos relaxados, ou de uma
situação em que nos sentimos felizes.
Sintamos essa energia por uns instantes.
Finalmente, imaginemos que somos um anjo
magnífico.
Esse anjo que somos está atrás de nós e,
com sua luz e suas asas, envolve a nossa aura, nosso corpo emocional, nosso
corpo físico e o campo etérico que ele contém.
Com respeito amoroso, nós-anjo abraçamos
o nosso ser inteiro.
E como este anjo magnífico que somos
está cheio de sabedoria, compaixão e força, nós nos sentimos compreendidos,
amados e sustentados.
A personificação da nossa alma – o nosso
corpo – quer que as coisas estejam bem connosco.
Ele se esforça para manter o equilíbrio
e harmonia e, em certo sentido, nos orienta também.
E, do outro lado, há o nós-anjo, que cuida
de nós e que está incondicionalmente disponível para nós sempre.
Este ser angélico é o nosso Eu-Superior
– este somos nós.
E, no meio dos dois, está o nosso corpo
astral, no qual as emoções podem ficar presas ou bloqueadas.
Tentemos aceitar este momento como ele
é; simplesmente permitamos que seja como é.
E tenhamos respeito por quem somos,
porque somos o corajoso dentre os anjos, pois empreendemos esta jornada por nós
mesmos, embora não apenas para nós mesmos.
Nós viemos aqui e descemos à mais
profunda escuridão, tão convencidos estávamos da luz que sustenta tudo no
Cosmos; da luz que tudo permeia.
O menor ramo e folha de uma árvore, o
menor besouro e folha de relva, estão todos imbuídos da luz viva.
Sintamos que tanto as forças da natureza
quanto os poderes espirituais do céu estão connosco para apoiar-nos nesta
jornada, no caminho da transformação dos estados emocionais pesados em luz,
conhecimento e entendimento.
Nós não estamos sozinhos.
E lembremos-nos que o nosso corpo é nosso
amigo, nosso aliado e, junto com o nós-anjo, deseja ajudar-nos a desabrochar.
Aceitemos a verdade… que nós somos
corajosos, que somos maduros, que somos um ser belo.
Acredite na nossa própria riqueza e os
tesouros disponíveis para nós, e vivenciaremos mais descontracção e relaxamento
em nosso corpo.
Há cura para nós, acreditemos nisto!
Gratidão,
Luís Barros