Nós viemos à Terra a fim de contribuir
com alguma coisa neste momento de transição.
Todos nós carregamos uma dádiva preciosa
dentro de nós – a dádiva que nós mesmos somos – e queremos oferecê-la à Terra,
porque a amamos.
Todos já estivemos neste planeta muitas
vezes e uma parte de cada um de nós pertence a ele.
Nós somos portadores da luz e desejamos
trazer a luz para a realidade que foi imersa na escuridão, onde a escuridão
representa o medo, a ignorância e o desejo de poder.
Nós mesmos nos perdemos nessa escuridão,
por isto uma parte da nossa missão é nos familiarizarmos com ela, para que
possamos encontrar a força interior para superá-la.
Nós mergulhamos na escuridão para
descobrirmos como é a luz e experimentarmos a sensação de nos redescobrirmos na
Terra como um anjo de luz.
A descoberta original ocorreu muito
naturalmente, porque quando se está numa atmosfera de luz, amor e segurança,
quase não existem fronteiras entre o ser individual e o todo.
Mas o que nós fizemos agora, o que a
nossa missão foi e continua sendo, é contribuir para que esta luz – este
sentido de unidade e completa segurança – seja trazida à Terra, para que possa
encarnar nesta atmosfera terrena.
Ao fazermos isto nós poderemos vacilar,
pois às vezes duvidamos que podemos realmente estabelecer uma base desta
energia na Terra.
Existem dúvidas e medos, e por isto temos
que nos lembra de quem realmente somos.
Precisamos ir de volta à atmosfera de
luz e amor da qual nos originamos e, para isto, imaginemos que estamos lá
agora; desta forma, ancoramos uma porção dessa atmosfera aqui e agora na Terra.
Pode-se dizer que essa é a atmosfera do
Paraíso, ou daquilo que imaginamos como Paraíso.
Permitamos que surjam quaisquer imagens
que satisfaçam a nossa ideia de Paraíso.
Escondida no fundo do nosso coração,
está a saudade desse lugar, desse amor e dessa luz.
Visualizemos algo concreto.
Talvez vejamos uma linda paisagem diante
de nós, onde tudo floresce e cresce em profusão.
Vejamos-nos caminhando através dela e
encontremos um lar para nós mesmos.
Criemos uma paisagem, um lugar, onde nos
sintamos confortáveis, onde estejamos conectados com a natureza e todo o seu
entorno.
Venhamos descansar aí, e simplesmente
fiquemos nesse lugar e ouçamos os sons da natureza.
Vejamos a luz ao nosso redor, as plantas
e árvores que desabrocham.
Sintamos a nossa própria abundância,
porque isto somos nós.
Esse ambiente expressa aquilo que nós realmente
somos.
Inspiremos as energias curativas da
natureza; tragamos-las para dentro de nós.
Sintamos a magia do anjo que somos
verdadeiramente nas profundezas do nosso ser.
Os poderes divinos da criação pertencem
à nossa natureza.
Nós somos a fonte de todas as nossas
criações; nós podemos manifestar tudo o que desejamos, e atrair tudo o que
necessitamos.
Se estivermos nesse lugar, na nossa
parte do Paraíso, então será fácil e nós veremos que este modo de ser é natural
para nós.
Sintamos a paz desse lugar em todas as
células do nosso corpo.
E percebamos que, partindo desse lugar,
viajamos muitas vezes para a Terra, bem como para outros reinos, talvez menos
densos e materiais do que a Terra, ou talvez para outros planetas.
O facto importante é que fizemos muitas
jornadas: nós, a alma, aquela essência, aquela centelha divina que se encontra
no âmago do nosso ser.
Imaginemos, por um momento, que somos um
sol e consistimos de uma luz quente e confortadora que nos preenche e, a partir
do centro desse sol, enviamos raios para todos os tipos de realidade.
Um desses raios está encarnado na Terra agora,
e esse somos nós.
Nós estamos aqui para procurar
oportunidades e maneiras de estabelecer a nossa luz; formas de irradiar o nosso
poder solar tanto quanto possível, de modo que ele possa brilhar na Terra.
Entretanto, pode ser que nos percamos de
vez em quando, que nos sintamos presos num beco sem saída e fiquemos
impossibilitados de realmente vivenciarmos a nossa própria luz.
Abandonemos essa ideia – a ideia de que
algo seja impossível, que estamos presos, que somos impotentes.
Tentemos libertar essa sensação de
retraimento por um instante.
Imaginemos que realmente conseguimos sair
desse beco sem saída e, usando aquele raio de sol que somos, voltamos para o
centro do sol.
Libertemos, por um momento, tudo na nossa
vida que nos esforçamos tanto para alcançar, que nos desgasta tanto, e tudo o
que preocupa a nossa mente.
Deixemos que tudo isso se vá e, usando o
feixe de luz que somos, naveguemos com aquele raio para o centro daquele sol,
no âmago do nosso próprio ser.
Vejamos-nos de volta àquele lugar na
natureza, no Paraíso, onde sentimos que tudo é possível, onde não estamos presos
pelo tempo nem por limitações materiais.
Então imaginemos que, nesse ponto,
encontramos uma actividade criativa que realmente combine connosco.
Imaginemos que vivemos e trabalhamos lá
e tudo que precisamos está à nossa disposição.
Nós temos, inclusive, amigos que nos
apoiam e estimulam, e com os quais estamos conectados de uma forma amorosa.
Imaginemos que vivemos nessa parte do
Paraíso, numa comunidade à qual pertencemos, e vejamos o que adoraríamos fazer
lá.
Qual a tarefa criativa que viria
facilmente à nossa mente?
Não nos limitemos em nossa imaginação.
O que gostaríamos de fazer?
Gostamos de trabalhar na natureza?
Gostamos de fazer ou construir coisas?
Gostamos de cozinhar?
Criamos algum tipo de arte?
Fazemos alguma coisa com música ou
dança?
Ou ajudamos outras pessoas de alguma
forma?
E, lembremos-nos, não existe nenhuma
restrição – existe abundância.
Nossa contribuição é valorizada.
Procuremos aquilo para o qual somos
naturalmente atraídos, e então nos imaginemos fazendo essa actividade.
E observemos em que ritmo - quanto e com
que frequência – gostaríamos de estar envolvidos na prática dessa actividade.
O que nos parece bom?
O que nos deixa feliz e satisfeito?
Procuremos aquele momento no qual nos sentimos
completamente conectados com o mundo ao nosso redor e no qual sentimos
profundamente: “Este sou eu; este é o meu modo de me expressar!”
Sintamos a aceitação calorosa das
pessoas à nossa volta e como a natureza nos agradece e nos aprecia pela nossa
contribuição.
Vamos adicionar algo ao todo, porque somos
uno com todos os outros e, ao mesmo tempo, fazemos uma contribuição única,
exclusiva, para o todo.
Sintamos como isso acontece com
facilidade, como podemos contar com as inúmeras encarnações nas quais acumulamos
experiência relacionadas a essa actividade, a esse talento.
Essa actividade criativa acontece por si
mesma, por vontade própria, naturalmente, porque já sabemos muito sobre ela.
Imaginemos, então, que pegamos essa
actividade criativa e levamos-la do Paraíso para o raio de luz da nossa actual
encarnação e deixamos a energia do nosso eu-sol interior entrar lentamente no nosso
corpo – aqui e agora.
Mantenhamos essa imagem em mente: a
facilidade, o amor, o carinho com que essa incorporação ocorre.
Confiemos que esses talentos se
manifestarão facilmente e permitamos que eles entrem no nosso coração físico,
aqui e agora.
Sintamos novamente a magia daquele que somos.
Permitamos que a luz flua através da nossa
coluna vertebral até o cóccix.
Vejamos essa luz dourada fluindo
lentamente para baixo pelo cóccix, pernas e pés e enraizando-se na Terra.
E sintamos como a Terra diz “sim”
entusiasticamente para esse fluxo dourado que somos, porque a Terra quer ajudar-nos
a nos manifestarmos.
A partir desse fluxo de luz dourada,
olhemos para o nosso interior, para os nossos medos e dúvidas, para a parte de nós
que se sente impotente e incapaz de mudar as nossas circunstâncias externas.
Imaginemos um beco sem saída onde uma
parte de nós sempre esbarra numa parede.
Então imaginemos como a luz dourada do nosso
eu-sol – aquela luz cheia de amor e compaixão – flui para dentro desse beco de
um modo completamente acolhedor e nos convida a sair de lá, simplesmente libertando
a luta.
Existem oportunidades e possibilidades
esperando por nós.
As coisas nem sempre são o que parecem
ser, e às vezes, novas oportunidades vêm de uma fonte inesperada que nós não
conseguimos antecipar com a nossa mente racional.
Agora nos envolvamos completamente nessa
energia dourada.
Saibamos que a segurança e o amor dessa
atmosfera de luz, provindos do lugar de onde nós viemos, também estão
disponíveis agora, se assim o permitirmos.
Nós só precisamos dizer “sim” e confiar!
Muitas vezes nós lutamos contra nós
mesmos.
Existe em nós um conhecimento, um
desejo, uma saudade de estabelecer essa luz dourada na Terra e de nos banharmos
nela.
Entretanto, ao mesmo tempo, vacilamos
porque somos apanhados em medos e dúvidas.
Apelamos à nossa determinação e à nossa
fé para que possamos continuar persistindo, pois nós realizamos uma longa
jornada através de muitas vidas e muitos séculos.
Nós viemos com uma linda flor na nossa
mão, uma flor que queremos plantar aqui na Terra.
E saibamos que estamos sendo ajudados e
apoiados por energias de fora da Terra – por energias espirituais.
Confiemos que, mesmo que isto aconteça
lentamente, nós estamos chegando cada vez mais perto da nossa própria essência.
E assim, estamos fazendo o que pretendíamos
ao virmos para cá, ou seja, trazendo o Paraíso para a Terra.
Esta é a nossa missão e este é o advento
da Nova Era.
A Nova Terra somos nós trazendo o
Paraíso para a Terra.
Cada um de nós traz à Terra a sua
parcela de luz e amor e a sensação de segurança associada ao Reino Celeste.
Isto é o advento da Nova Era.
Gratidão,
Luís Barros