22 de junho de 2020

O PARAÍSO NA TERRA

Nós viemos à Terra a fim de contribuir com alguma coisa neste momento de transição.
Todos nós carregamos uma dádiva preciosa dentro de nós – a dádiva que nós mesmos somos – e queremos oferecê-la à Terra, porque a amamos.
Todos já estivemos neste planeta muitas vezes e uma parte de cada um de nós pertence a ele.
Nós somos portadores da luz e desejamos trazer a luz para a realidade que foi imersa na escuridão, onde a escuridão representa o medo, a ignorância e o desejo de poder.
Nós mesmos nos perdemos nessa escuridão, por isto uma parte da nossa missão é nos familiarizarmos com ela, para que possamos encontrar a força interior para superá-la.
Nós mergulhamos na escuridão para descobrirmos como é a luz e experimentarmos a sensação de nos redescobrirmos na Terra como um anjo de luz.
A descoberta original ocorreu muito naturalmente, porque quando se está numa atmosfera de luz, amor e segurança, quase não existem fronteiras entre o ser individual e o todo.
Mas o que nós fizemos agora, o que a nossa missão foi e continua sendo, é contribuir para que esta luz – este sentido de unidade e completa segurança – seja trazida à Terra, para que possa encarnar nesta atmosfera terrena.
Ao fazermos isto nós poderemos vacilar, pois às vezes duvidamos que podemos realmente estabelecer uma base desta energia na Terra.
Existem dúvidas e medos, e por isto temos que nos lembra de quem realmente somos.
Precisamos ir de volta à atmosfera de luz e amor da qual nos originamos e, para isto, imaginemos que estamos lá agora; desta forma, ancoramos uma porção dessa atmosfera aqui e agora na Terra.
Pode-se dizer que essa é a atmosfera do Paraíso, ou daquilo que imaginamos como Paraíso.
Permitamos que surjam quaisquer imagens que satisfaçam a nossa ideia de Paraíso.
Escondida no fundo do nosso coração, está a saudade desse lugar, desse amor e dessa luz.
Visualizemos algo concreto.
Talvez vejamos uma linda paisagem diante de nós, onde tudo floresce e cresce em profusão.
Vejamos-nos caminhando através dela e encontremos um lar para nós mesmos.
Criemos uma paisagem, um lugar, onde nos sintamos confortáveis, onde estejamos conectados com a natureza e todo o seu entorno.
Venhamos descansar aí, e simplesmente fiquemos nesse lugar e ouçamos os sons da natureza.
Vejamos a luz ao nosso redor, as plantas e árvores que desabrocham.
Sintamos a nossa própria abundância, porque isto somos nós.
Esse ambiente expressa aquilo que nós realmente somos.
Inspiremos as energias curativas da natureza; tragamos-las para dentro de nós.
Sintamos a magia do anjo que somos verdadeiramente nas profundezas do nosso ser.
Os poderes divinos da criação pertencem à nossa natureza.
Nós somos a fonte de todas as nossas criações; nós podemos manifestar tudo o que desejamos, e atrair tudo o que necessitamos.
Se estivermos nesse lugar, na nossa parte do Paraíso, então será fácil e nós veremos que este modo de ser é natural para nós.
Sintamos a paz desse lugar em todas as células do nosso corpo.
E percebamos que, partindo desse lugar, viajamos muitas vezes para a Terra, bem como para outros reinos, talvez menos densos e materiais do que a Terra, ou talvez para outros planetas.
O facto importante é que fizemos muitas jornadas: nós, a alma, aquela essência, aquela centelha divina que se encontra no âmago do nosso ser.
Imaginemos, por um momento, que somos um sol e consistimos de uma luz quente e confortadora que nos preenche e, a partir do centro desse sol, enviamos raios para todos os tipos de realidade.
Um desses raios está encarnado na Terra agora, e esse somos nós.
Nós estamos aqui para procurar oportunidades e maneiras de estabelecer a nossa luz; formas de irradiar o nosso poder solar tanto quanto possível, de modo que ele possa brilhar na Terra.
Entretanto, pode ser que nos percamos de vez em quando, que nos sintamos presos num beco sem saída e fiquemos impossibilitados de realmente vivenciarmos a nossa própria luz.
Abandonemos essa ideia – a ideia de que algo seja impossível, que estamos presos, que somos impotentes.
Tentemos libertar essa sensação de retraimento por um instante.
Imaginemos que realmente conseguimos sair desse beco sem saída e, usando aquele raio de sol que somos, voltamos para o centro do sol.
Libertemos, por um momento, tudo na nossa vida que nos esforçamos tanto para alcançar, que nos desgasta tanto, e tudo o que preocupa a nossa mente.
Deixemos que tudo isso se vá e, usando o feixe de luz que somos, naveguemos com aquele raio para o centro daquele sol, no âmago do nosso próprio ser.
Vejamos-nos de volta àquele lugar na natureza, no Paraíso, onde sentimos que tudo é possível, onde não estamos presos pelo tempo nem por limitações materiais.
Então imaginemos que, nesse ponto, encontramos uma actividade criativa que realmente combine connosco.
Imaginemos que vivemos e trabalhamos lá e tudo que precisamos está à nossa disposição.
Nós temos, inclusive, amigos que nos apoiam e estimulam, e com os quais estamos conectados de uma forma amorosa.
Imaginemos que vivemos nessa parte do Paraíso, numa comunidade à qual pertencemos, e vejamos o que adoraríamos fazer lá.
Qual a tarefa criativa que viria facilmente à nossa mente?
Não nos limitemos em nossa imaginação.
O que gostaríamos de fazer?
Gostamos de trabalhar na natureza?
Gostamos de fazer ou construir coisas?
Gostamos de cozinhar?
Criamos algum tipo de arte?
Fazemos alguma coisa com música ou dança?
Ou ajudamos outras pessoas de alguma forma?
E, lembremos-nos, não existe nenhuma restrição – existe abundância.
Nossa contribuição é valorizada.
Procuremos aquilo para o qual somos naturalmente atraídos, e então nos imaginemos fazendo essa actividade.
E observemos em que ritmo - quanto e com que frequência – gostaríamos de estar envolvidos na prática dessa actividade.
O que nos parece bom?
O que nos deixa feliz e satisfeito?
Procuremos aquele momento no qual nos sentimos completamente conectados com o mundo ao nosso redor e no qual sentimos profundamente: “Este sou eu; este é o meu modo de me expressar!”
Sintamos a aceitação calorosa das pessoas à nossa volta e como a natureza nos agradece e nos aprecia pela nossa contribuição.
Vamos adicionar algo ao todo, porque somos uno com todos os outros e, ao mesmo tempo, fazemos uma contribuição única, exclusiva, para o todo.
Sintamos como isso acontece com facilidade, como podemos contar com as inúmeras encarnações nas quais acumulamos experiência relacionadas a essa actividade, a esse talento.
Essa actividade criativa acontece por si mesma, por vontade própria, naturalmente, porque já sabemos muito sobre ela.
Imaginemos, então, que pegamos essa actividade criativa e levamos-la do Paraíso para o raio de luz da nossa actual encarnação e deixamos a energia do nosso eu-sol interior entrar lentamente no nosso corpo – aqui e agora.
Mantenhamos essa imagem em mente: a facilidade, o amor, o carinho com que essa incorporação ocorre.
Confiemos que esses talentos se manifestarão facilmente e permitamos que eles entrem no nosso coração físico, aqui e agora.
Sintamos novamente a magia daquele que somos.
Permitamos que a luz flua através da nossa coluna vertebral até o cóccix.
Vejamos essa luz dourada fluindo lentamente para baixo pelo cóccix, pernas e pés e enraizando-se na Terra.
E sintamos como a Terra diz “sim” entusiasticamente para esse fluxo dourado que somos, porque a Terra quer ajudar-nos a nos manifestarmos.
A partir desse fluxo de luz dourada, olhemos para o nosso interior, para os nossos medos e dúvidas, para a parte de nós que se sente impotente e incapaz de mudar as nossas circunstâncias externas.
Imaginemos um beco sem saída onde uma parte de nós sempre esbarra numa parede.
Então imaginemos como a luz dourada do nosso eu-sol – aquela luz cheia de amor e compaixão – flui para dentro desse beco de um modo completamente acolhedor e nos convida a sair de lá, simplesmente libertando a luta.
Existem oportunidades e possibilidades esperando por nós.
As coisas nem sempre são o que parecem ser, e às vezes, novas oportunidades vêm de uma fonte inesperada que nós não conseguimos antecipar com a nossa mente racional.
Agora nos envolvamos completamente nessa energia dourada.
Saibamos que a segurança e o amor dessa atmosfera de luz, provindos do lugar de onde nós viemos, também estão disponíveis agora, se assim o permitirmos.
Nós só precisamos dizer “sim” e confiar!
Muitas vezes nós lutamos contra nós mesmos.
Existe em nós um conhecimento, um desejo, uma saudade de estabelecer essa luz dourada na Terra e de nos banharmos nela.
Entretanto, ao mesmo tempo, vacilamos porque somos apanhados em medos e dúvidas.
Apelamos à nossa determinação e à nossa fé para que possamos continuar persistindo, pois nós realizamos uma longa jornada através de muitas vidas e muitos séculos.
Nós viemos com uma linda flor na nossa mão, uma flor que queremos plantar aqui na Terra.
E saibamos que estamos sendo ajudados e apoiados por energias de fora da Terra – por energias espirituais.
Confiemos que, mesmo que isto aconteça lentamente, nós estamos chegando cada vez mais perto da nossa própria essência.
E assim, estamos fazendo o que pretendíamos ao virmos para cá, ou seja, trazendo o Paraíso para a Terra.
Esta é a nossa missão e este é o advento da Nova Era.
A Nova Terra somos nós trazendo o Paraíso para a Terra.
Cada um de nós traz à Terra a sua parcela de luz e amor e a sensação de segurança associada ao Reino Celeste.
Isto é o advento da Nova Era.

Gratidão,
Luís Barros