27 de junho de 2020

HABITANTE DE DOIS MUNDOS: A MISSÃO DO TRABALHADOR DA LUZ

Jeshua, ama-nos a todos profundamente e respeita-nos como somos – respeita tanto o lado luz quanto o lado sombrio de cada um de nós.
Invoca todos nós, os portadores da nova consciência de hoje.
Na sua vida, carregou uma tocha de luz e quis compartilhá-la com a humanidade.
Ele era um ser muito humano, exactamente como nós.
Sentia raiva e desespero, exactamente como nós, mas também vivia momentos de conexão profunda com a sua alma.
Estava-se desenvolvendo no nível interno, exactamente como nós.
É importante que paremos de o ver como um ser perfeito, um mestre que está acima de nós.
Ele é nosso irmão, nosso amigo e não está aqui para nos julgar nem fazer sermão.
Jeshua deseja compartilhar os seus sentimentos de companheirismo connosco, portanto, por favor, sintamos o seu respeito por nós.
Jeshua gostaria de dizer “Olá” para cada um de nós individualmente, por isto pede que cada um de nós sinta a sua presença em nosso coração…
Nós estamos prontos para mudar, prontos para aceitar quem realmente somos – um ser eterno, que viajou através do universo por muitas e muitas vidas – entretanto, se acostumou a se fazer pequeno e a se avaliar pelos padrões da sociedade.
Nós pensamos em nós mesmos como mulher ou homem, como rico ou pobre, saudável ou doente, e nos definimos nesses termos, mas é muito mais do que isso!
Nós somos tão livres!
Mas a maior tragédia de se tornar humano na sociedade actual é que nós perdemos o senso de liberdade.
Há muitos séculos a Terra está envolvida numa atmosfera de medo e as pessoas se desconectaram do seu poder e criatividade originais.
Quando nos sentimos separado da nossa própria essência, começamos a nos comportar de acordo com a maneira “aceite” e então saímos do nosso equilíbrio.
Quando nos desconectamos da nossa alma, nós nos sentimos básica e constantemente perdidos, e forma-se um vazio, um buraco em nosso coração, que nós, então, começamos a tentar preencher com coisas que estão fora de nós.
Tentamos preenchê-lo com posses ou poder, ou nos perdemos em visões de um relacionamento perfeito e romântico.
Assim, nos tornamos viciados em tipos específicos de comportamento ou coisas.
Mas o problema básico é que nos sentimos desconectados da nossa própria essência, da nossa alma.
O Trabalhador da Luz é um indivíduo que não consegue mais suportar a vida separada de sua alma – Ele sente uma espécie de anseio, uma espécie de saudade em seu coração, e à medida que fica mais maduro, começa a perceber que nada que vem do exterior pode preencher aquele buraco.
E é por isto que os Trabalhadores da Luz passam a se interessar tanto pela espiritualidade; eles se tornam buscadores na senda espiritual – começam sua busca porque se sentem feridos internamente, mas seus ferimentos não são apenas deles; a dor da separação é compartilhada por toda a humanidade, embora uma grande parte dela ainda esteja buscando soluções fora de si própria.
As almas dos Trabalhadores da Luz estão cientes de que a resposta se encontra no interior de si mesmos e, devido a esta percepção, eles estão destinados a ser professores e curadores.
Mas muitos deles estão lutando com uma auto-imagem muito baixa.
Quando criança, o Trabalhador da Luz assimila muitos dos julgamentos de sua família e da sociedade em que é criado e pode sentir, por exemplo, que não consegue ser tão ambicioso quanto seus pais gostariam que ele fosse.
Ele geralmente é muito sensível, possui talentos artísticos, é idealista, e precisa de momentos a sós consigo mesmo, para vivenciar o silêncio e a tranquilidade, de modo a se manter centrado.
Parte da missão da alma do Trabalhador da Luz é introduzir um novo tipo de consciência na Terra, mas para ser capaz de fazer isto, precisa acreditar firmemente em si mesmo – precisa confiar na voz da sua própria intuição e nos seus sentimentos; não de modo egoísta, do tipo “estou muito à frente de outras pessoas”, mas de um modo baseado no coração, valorizando e respeitando a si mesmo, porque é assim que seu coração consegue falar com os outros.
A armadilha para o Trabalhador da Luz é ele se perder em sentimentos de inferioridade, descartando suas próprias necessidades e desejos – e é  preciso ter uma personalidade forte para ser capaz de se desconectar das ideias da sociedade e ser ele próprio.
E é isto que enfatizamos: a importância de sermos fortes e auto-conscientes.
E isto tem a ver com a energia masculina em nós.
Quando Jeshua viveu na Terra, há mais de dois mil anos atrás, muitas vezes precisava de se isolar para se lembrar quem era.
Havia muitas energias confusas ao seu redor, especialmente das expectativas das pessoas próximas a si.
Ele precisava proteger-se disso para se permanecer conectado com o seu Eu Superior.
Muitas vezes Ele ia sozinho ao deserto, para se sentir realmente perto de Deus, do Espírito, e manter a sua confiança.
O mesmo acontece connosco.
Nós somos um habitante de dois mundos: temos um pé na sociedade humana de hoje, e o outro pé na dimensão da alma, o reino de onde nós viemos.
É preciso mantermos o nosso pé firmemente nessa dimensão, do contrário ficamos paralisados e com medo devido à pressão da sociedade.
Nós precisamos da nossa energia masculina para dizer “não” firmemente às exigências e expectativas que não parecem apropriadas a nós.
Portanto, neste sentido, nós devemos ser um guerreiro, mas não um guerreiro que briga e luta com outras pessoas.
Ser um guerreiro significa sermos fiéis a nós mesmos, desconectarmos-nos com frequência do mundo ao nosso redor e ouvirmos os nossos sentimentos, perceber as nossas sensações e confiarmos na nossa orientação interior.
Viajemos agora com Jeshua, em nossa imaginação, para o deserto, e que vá lá durante a noite.
A temperatura caiu e vemos o céu cheio de estrelas brilhantes.
Imaginemos que estamos lá com Jeshua, e sintamos o mistério do imenso espaço à nossa volta – sintamos o mistério da vida.
Encontremos um lugar para nos sentarmos, relaxemos e voltemos-mos para dentro de nós mesmos.
O deserto é como uma passagem externa para o nosso próprio templo interior, no qual entramos agora.
Dentro desse templo, nos sentimos conectados com a totalidade da Terra e com todas as estrelas do Céu.
Cada um de nós é um ser muito grande e vasto, e dizemos para nós mesmo: “Eu aceito a minha grandiosidade; eu sou diferente; eu estou aqui para trazer uma nova consciência.
Lembremos-nos de onde viemos: um lugar de sabedoria silenciosa, de onde fomos chamados para descer à Terra nesta época.
Nós estamos aqui para curar os nossos ferimentos internos e também para oferecer um exemplo às outras pessoas.
Levemos isto a sério.
Quando estamos dentro do nosso templo interior, há um guia ali que deseja oferecer-nos alguma ajuda ou conselho.
Lembremos-nos que os guias são nossos amigos – realmente!
Nós somos almas muito afins, mas como eles estão do outro lado, percebem as coisas com mais clareza do que nós com os nossos olhos humanos.
Quando permitirmos que os nossos guias se aproximem, reconheçamos-los como nossos amigos e sintamos uma sensação de familiaridade.
Agora perguntemos aos nossos guias o que precisamos saber neste momento.
Se estivermos aborrecidos ou tristes com alguma coisa da nossa vida, contemos-lhes.
Sintamos que há muita ajuda e orientação neste lado, nesta dimensão. 
Nós somos muito apreciados pelo que fazemos, e os nossos guias estão aí só para relembrar-nos de coisas que nós já sabemos.
Antes de descermos à Terra e encarnarmos neste corpo, nós éramos um ser muito consciente, então sintamos-nos conectados com os nossos guias, pois eles são os representantes da dimensão da nossa alma.
Agora imaginemos que saímos do templo e trazemos a energia dele connosco para a Terra.
Permitamos que a energia do nosso Eu Maior, da nossa Alma, esteja totalmente connosco, dentro do nosso corpo, e estejamos cientes de que o mundo precisa de nós, o mundo precisa da energia particular da nossa alma.
Jeshua deseja agradecer-nos pela nossa coragem e perseverança.
Respeita-nos profundamente e, mesmo se estivermos confusos ou sofrendo, Ele ainda pode ver a nossa luz brilhando intensamente.
Jeshua está aqui para lembrar-nos dessa luz e convencer-nos da sua confiança em nós.

Gratidão,
Luís Barros