Maria, mãe de Jesus na Terra, deseja envolver-nos
num manto de amor muito doce, leve e suave – sintamos-lo agora.
Nossos corações estão precisando de Luz.
Este é um lugar pesado para estarmos.
Nosso estado natural de ser é de
alegria, descontracção, criatividade.
Muitas vezes nos sentimos sufocados
pelas energias pesadas da Terra, e desconectados do Lar.
Maria, quer trazer-nos as energias do
Lar, da fonte original.
Então, inspiremos-la, lembremos-mos quem
somos.
Deseja que nos banhemos na Luz de nossas
almas e na conexão que existe entre as nossas almas.
Pede a cada um de nós que imaginemos a
Luz da reconexão e unidade fluindo através de todo o nosso corpo.
Certifiquemos-mos de que esse fluxo passe
por todas as partes do nosso corpo, especialmente aquelas que precisam de cura.
Permitamos que essa Luz percorra todo o
nosso corpo, da cabeça aos pés.
Agora vejamos um halo de Luz em volta de
nós.
Sintamos como podemos relaxar e estarmos
em segurança dentro desse halo, mesmo que algumas partes do nosso corpo pareçam
cansadas e pesadas.
Está tudo bem assim – deixemos tudo ser
como é.
Nós carregamos uma Luz muito preciosa na
nossa alma.
Quando estamos conectados com essa Luz, nos
sentimos unos com todo o universo.
Esta é a experiência divina que temos
procurado.
Quando éramos uma alma jovem iniciando
nossas jornadas na Terra, ainda não tínhamos consciência dessa Luz interior,
por isso procurávamos-la do lado de fora de nós mesmos, no mundo exterior.
Nós éramos como uma criança em busca de
orientação.
Mas a nossa verdadeira missão é encontrar
essa orientação no nosso próprio interior.
E isto se torna o nascimento da nossa
Divindade.
Muitas almas passam várias encarnações,
muitas eras, tentando encontrar a Luz fora de si mesmas.
Isto faz parte do processo de
crescimento.
Mas agora cada um de nós está se
tornando uma alma madura; estamos conscientes da necessidade de nos voltarmos
para dentro de nós mesmos, porque já tentamos todas as outras opções.
Já tentamos encontrar a Luz adquirindo
poder ou posses mundanas; já tentamos encontrar a Luz criando um grande ego e
ganhando o reconhecimento do mundo; e já tentamos encontrar a Luz perdendo-nos
em relacionamentos românticos, tentando fundirmos-nos com outra alma.
Estes são realmente os estágios que toda
alma atravessa em sua jornada evolutiva.
Mas, em algum ponto, a alma descobre que
essas coisas não funcionam, e então passa por uma crise profunda.
Conforme vai amadurecendo, ela
experimenta emoções profundas de solidão, separação e medo, e aos poucos vai
percebendo que nada externo a ela pode preencher o vazio.
Este estágio de nossa jornada pode ser
chamado de “a noite escura da alma”.
Ela não pode mais se perder em nada
externo a si mesma e, ao mesmo tempo, ainda não sabe como se nutrir, como
voltar-se para dentro de si.
É nesse momento que a solidão pode
atingi-la mais duramente.
Quando nos encontramos nesse ponto – e
isto acontece em muitos relacionamentos – percebemos que não é possível
encontrar do lado de fora o que estamos procurando realmente.
Portanto não existe nenhuma outra
estrada a seguir a não ser aquela que leva ao nosso próprio coração.
Nós somos a única pessoa que o pode reconhecer
e, portanto, acender o nosso próprio fogo.
E muitas vezes nos perguntamos: “Como
faço isso?”
Esta é a nossa pergunta eterna: “Como
posso me tornar iluminado? Como posso-me iluminar?”
E a resposta é: “Não sou Eu que faz
isso.”
O “Eu” que tem buscado, que tem-se
sentido solitário, que se desespera, não é aquele que está tornando-se
iluminado.
Essencialmente, a iluminação ocorre
quando nos desapegamos dessa nossa parte “Eu” e a libertamos; quando nos
ajoelhamos completamente dentro de nós mesmos e desistimos.
Nosso ego se curva porque reconhece que
não conhece uma saída – ele não tem as respostas.
Portanto, não saber as respostas e estar
na “noite escura da alma” geralmente são o prenúncio da iluminação.
No momento em que desistimos, nós nos
abrimos para algo novo, algo que nós não somos capazes de controlar.
Este “algo” – a energia da nossa alma –
está batendo à nossa porta há muito tempo.
Na verdade, nós temos tido medo do nosso
próprio Amor divino, da nossa própria Luz divina, porque, do ponto de vista
humano, nós não conseguimos controlá-los, e então resistimos à nossa própria
Luz e fonte de alegria.
Isto é muito paradoxal, porque a coisa
mais preciosa que buscamos já está presente no nosso interior!
E aí está a resposta às nossas emoções
de desespero e solidão.
Quando pararmos de tentar nos modificarmos,
quando pararmos de tentar fazer com que a nossa vida “funcione”, estaremos nos
abrindo para uma força maior que deseja carregar-nos com leveza e alegria.
No momento em que estivermos nesse fluxo
de leveza, nos conectaremos com outros que estão no mesmo fluxo, e o nosso coração
será preenchido com alegria.
O encontro com a nossa família
espiritual na Terra será uma das mais profundas fontes de felicidade e
satisfação para nós.
Mas antes que isto aconteça, nós precisamos
deixar ir; precisamos entregar-nos ao fluxo do nosso coração.
Não tentemos manipular e controlar tanto
a vida.
Ela se torna muito mais fácil e leve
quando vivida a partir do coração.
O passo mais difícil é reconhecer que
nós não conhecemos o caminho.
O ego de todo ser humano carrega consigo
o orgulho, e este geralmente fecha o indivíduo para o fluxo do amor.
Por isto nós temos que nos desapegar do
nosso orgulho.
É isto que fazemos quando nos conectamos
com a criança ferida e vulnerável que existe no nosso interior.
Isto é uma coisa profundamente
espiritual!
Reconhecendo a essência da nossa vulnerabilidade,
na verdade estamos nos aproximando mais de outras pessoas.
Consciencializando-nos da nossa própria
criança interior ferida, também estamos percebendo-a nos olhos de outras
pessoas.
Ao acolhermos verdadeiramente a nossa
própria sombra, a nossa própria vulnerabilidade, construímos uma ponte entre nós
mesmos e as outras pessoas.
Isto cria naturalmente compaixão e
compreensão em nosso coração.
Quando estamos no ego, tendemos a julgar
e criticar outras pessoas.
Nós precisamos fazer isto para mantermos
a nossa identidade.
Mas quando olhamos para os outros com
olhos que veem a criança interior de cada um deles, reconhecemos que essas
pessoas são seres humanos feridos, exactamente como nós, e assim fica mais fácil
chegar até elas.
E também fica mais fácil receber apoio e
amor de outros seres humanos.
É isto que significa criar um círculo de
Luz; reconhecer a nossa vulnerabilidade, libertar a necessidade de controlar e
libertar o nosso orgulho.
Para o ego, isto parece um preço alto
demais para se pagar, mas na verdade, é muito baixo comparado com a solidão e o
desespero que temos que sofrer quando estamos presos ao ego.
Neste momento, muitas pessoas estão
desejando conectar-se a partir do coração.
Esta mensagem é especialmente dirigida a
essas pessoas, que estão prontas para dar o salto: para se desapegarem de seus
julgamentos, de sua crítica – e especialmente de si mesmas: Estejamos
totalmente abertos para a imensa fonte de Luz disponível para nós.
Nós construímos uma prisão ao nosso
redor, e Maria está convidando-nos a sairmos dela.
Podemos fazer isto agora; estamos prontos!
A única coisa que precisamos fazer é
pedir simplesmente… não precisamos lutar nem nos esforçarmos para sair da
prisão.
Podemos simplesmente pedir ao Espírito
ou a quem quer que consideremos a fonte eterna deste universo.
Ou podemos fazê-lo através da oração: “Liberte-me; quero estar em Casa de novo; quero estar no
Lar outra vez.”
O Lar é dentro de nós, e quando abrirmos
as portas do nosso coração, a Luz brilhará muito intensamente!
Nossa Luz trará alegria para os outros e
nos conectaremos alegremente com outras pessoas, mas também estaremos em paz
quando estivermos só.
Nós não precisaremos de outra pessoa
para nos realizarmos, mas encontrar pessoas – especialmente almas afins – será
uma experiência enriquecedora para nós.
Imaginemos que estamos plantando uma
semente hoje.
Vejamos-la como uma pequena semente de Luz que
estamos segurando.
Imaginemos que estamos colocando essa
semente na Terra e desejemos-lhe todo o bem, de coração.
Nós devemos confiar este raio de Luz à
Terra e, em seguida, libertá-lo.
Libertemos todo o controlo ou desejo de
manipular ou de saber.
Apenas observemos o que acontece.
Um dia a Terra nos devolverá esta
energia sob a forma de um pequeno milagre que entrará na nossa vida.
Nós nos perguntaremos; “Por que isto
está acontecendo para mim?”
E talvez até queiramos consultar um
físico ou um médium sobre isso, mas dizemos: “Não o analisemos com a nossa
cabeça; simplesmente recebamos as dádivas oferecidas pelo universo.”
Então, vamos agora aproveitar, por uns
instantes, este halo de Luz que ainda está à nossa volta e se expande neste
momento.
A Luz agora é quente e dourada.
Por favor, saibamos que estamos sempre
conectados com a nossa família de alma.
Os outros, que estão do outro lado,
estão sempre perto de nós.
Aceitemos seu amor.
Gratidão,
Luís Barros