A Mãe Terra nos ama; nós somos seus
filhos.
Nós nos movimentamos sobre a sua
superfície, enquanto estamos ocupados com as pressões da vida quotidiana, e Gaia
nos acompanha e anseia que retornemos logo à nossa essência; deseja despertar-nos
para aquilo que nós somos em essência.
Cada um de nós está numa jornada em
direcção ao interior de si mesmo; nossa alma deseja descer totalmente à Terra,
fundir-se com o nosso corpo humano, viver e manifestar-se aqui.
Enquanto procuramos meios de transcender
a nossa humanidade, a nossa alma busca acolher a corporificação; ela quer ser
humana, descer totalmente à Terra e criar uma fusão entre a alma e o ser humano
– este é o seu propósito na Terra.
Falamos sobre o chacra raiz, o centro de
energia situado na parte inferior da nossa coluna vertebral, o chacra mais
próximo da Terra, e aquele que é mais afectado por ela.
Em muitas pessoas, existe medo alojado
nesse chacra.
Se pudéssemos ver o chacra raiz da
maioria das pessoas da Terra, perceberíamos que ele não é inteiro, é
fragmentado ou – em certos casos – é um vazio.
Como resultado disso, muitas pessoas
duvidam de que estejam realmente em casa aqui na Terra, de que possam realmente
sentir-se seguras e bem-vindas aqui.
A Terra é um lugar com potencial para
muita abundância e riqueza, e com isto queremos dizer uma riqueza de
experiências para nós como almas.
Muita alegria e inspiração podem ser
experimentadas aqui, mas actualmente existe muita escuridão na Terra.
Por muitos séculos, a humanidade vem
sendo prisioneira de ilusões e medos que podem transformar a vida na Terra num
inferno; assim um véu desceu sobre a sabedoria natural do ser humano.
Há um estranhamento que atinge o âmago
do nosso ser.
A capacidade de viver, no verdadeiro
sentido da palavra – viver em alegria e com inspiração – só pode vir da
natureza, mas o ser humano se colocou em oposição à natureza, tentou passar por
cima da natureza e impor, de forma voluntarista e obstinada, uma estrutura e
ordem à realidade do mundo que o cerca.
Mas isto não funciona.
Nós estamos vivendo no meio dos
fragmentos de uma imagem antiga do mundo, a qual está perdendo sua validade
rapidamente.
É uma visão na qual o ser humano é o
organizador e manipulador do mundo à nossa volta.
O ser humano procurou controlar a
natureza a partir de sua mente e sua lógica, e, com isto, tornou-se alienado de
si mesmo, perdendo a ligação com o que lhe é mais natural: seus sentimentos e a
unidade com a realidade viva da natureza que o envolve.
Uma vez que perdemos a conexão com a
nossa vida interior, perdemos também a conexão com a vida exterior.
Desenvolvemos, então, uma frieza, um
endurecimento que pode ser observado em muitos corações humanos.
No chacra raiz de muitas pessoas, é bem
evidente que elas não se percebem conectadas à Terra de uma forma viva, vital,
devido ao medo e à repressão que se alojaram ali.
A alma desce à Terra.
Ela deseja muito encarnar aqui e descer
ao nível mais profundo da matéria, de modo a trazer luz à Terra e possibilitar
que a matéria se torne viva a partir de dentro.
Falamos sobre a jornada através dos
chacras inferiores, uma jornada que se inicia no coração e se estende pelo
abdome para o plexo solar, para o chacra umbilical e finalmente para o chacra
raiz na parte inferior da coluna vertebral.
É sobre este chacra que falamos.
Como curar essa parte?
Como curar o medo e a dúvida que estão
lá?
Como encontrar uma resposta às perguntas:
“Tenho permissão para estar aqui? Sou bem-vindo aqui? Posso deixar que a minha
luz ilumine meu nível mais profundo, o âmago da minha vida?”
Nós estamos muito acostumados a nos adaptar
ao mundo exterior, o que inclui as expectativas da sociedade, mas agora a
humanidade precisa de pessoas que queiram seguir um novo caminho, de modo a
permitir que a natureza reviva.
Estamos falando da natureza da Terra – nossa
mãe, – e especialmente, e antes de tudo, da natureza em nós mesmos.
E que nós façamos isto levando um novo
ânimo às nossas partes endurecidas e congeladas, para que elas se dissolvam,
tornem-se quentes e maleáveis, e possam fluir naturalmente outra vez.
Como realizar esse processo dentro de nós
mesmos?
Como observar, acolher e libertar o medo
primordial que está trancado no nosso chacra raiz?
Falamos sobre três maneiras de fazer
isto.
A primeira é vivenciando a beleza da
natureza.
A fim de tranquilizar suavemente o nosso
primeiro chacra, ou chacra raiz, ou períneo (nomes relativos ao mesmo centro
energético) e induzi-lo a se abrir e sentir-se à vontade na Terra, precisamos
procurar um lugar em meio à natureza, no qual nos sintamos em paz; um lugar
onde assimilemos a beleza da natureza: das árvores, plantas, flores, animais,
pássaros, das nuvens, do céu, do ritmo das estações; um lugar onde consigamos
sentir admiração pela atmosfera e beleza da natureza.
Se não conseguirmos encontrar um lugar
como esse do lado de fora, observemos uma planta ou um vaso de flores dentro da
nossa casa.
Há sempre alguma coisa da natureza que
pode ser encontrada nos arredores.
Assimilemos a nossa beleza natural, mas
tentemos também perceber em que consiste essa beleza.
Esta não é uma beleza superficial, não é
uma beleza ideal que foi determinada por outros de acordo com os padrões
humanos de belo e feio.
Ao contrário, é uma beleza que vem da nossa
natureza intrínseca; é a própria vida que vivenciamos como beleza: a
simplicidade e a entrega que flui através de uma planta, ou de uma árvore, que
está em harmonia com as estações; um pássaro que canta; a inocências dos
animais que seguem o curso de suas vidas descontraidamente.
Tudo isto é que nos toca.
O que nos é pedido é que nos reconheçamos
na natureza.
Geralmente nós pensamos que estamos fora
da natureza, da harmonia e equilíbrio que se encontra lá, mas nós fazemos parte
dela.
Tentemos sentir isto agora, enquanto
assimilamos a beleza, o equilíbrio, o ritmo da natureza, porque essas
qualidades querem fluir através de nós também.
Nossa actividade mental pode construir
barreiras contra esse sentimento e dizer-nos que nós não fazemos parte disso,
mas nós fazemos, sim, porque vivemos num corpo.
Admiremos o nosso corpo do mesmo modo
que admiramos alguma coisa da natureza.
Para fazer isto, precisamos começar a
vivenciar o nosso corpo a partir de dentro e não de fora, não nos concentrando
na aparência externa dele e em certos padrões que ele deveria satisfazer.
Todas essas imagens de beleza
estabelecidas pela sociedade são uma carga muito pesada que nos fazem sofrer e
que são inventadas e falsas.
Elas são tão frias e artificiais quanto
a mentalidade que as cria e prescreve – elas não são reais!
Simplesmente observemos os pássaros e as
folhas das árvores.
Nenhum é exactamente igual ao outro,
cada um é único.
Nós não os comparamos um com o outro,
mas simplesmente observamos a harmonia e equilíbrio naturais que emanam da
natureza, quando caminhamos por um bosque ou uma praia.
A simplicidade da natureza – como
revelada em toda a sua complexidade – é o que aquieta o ser humano enquanto ele
caminha por ela.
Agora, sintamos como nós mesmos fazemos
parte desse fluxo, assim como fazemos parte da inocência.
Nós podemos ser quem somos – uma parte
da natureza.
A natureza, inclusive, quer se revelar
por nosso intermédio, de maneira alegre e equilibrada.
Em seguida, dêmos um passo adiante…
concentremos toda a nossa atenção no nosso próprio corpo.
Nós podemos fazer este exercício (se
quisermos chama-lo assim) quando estivermos em casa ou quando estivermos num
belo espaço da natureza, o que, talvez, seja até melhor.
Dirijamos a nossa atenção para dentro de
nós e então imaginemos que nós somos tão parte da natureza quanto uma bela
árvore.
Energias fluem através de nós, e fluidos
fluem em nós, que sabemos exactamente para onde devemos ir.
Nosso coração está batendo, nosso sangue
está correndo, e cada qual sabe o que precisa fazer.
Embora o nosso corpo seja um organismo
complexo, todos os órgãos sabem o que fazer e, assim, eles naturalmente tendem
à saúde e à vitalidade.
Sintamos que estamos incluídos no poder
renovador e curador que é próprio da natureza.
Existem tantas correntes curativas
presentes na natureza e todas elas estão disponíveis para o nosso corpo.
Nossas células vivas sabem do que
precisamos, porque o nosso corpo é um organismo muito sábio.
Agora consideremos que o nosso corpo tem
uma linguagem própria.
Nossa alma se revela através dele e
dentro dele, e é isto que a alma realmente deseja fazer!
O corpo não é uma coisa inferior, o
corpo é um livro maravilhoso, um manual da alma.
Agora, imaginemos que este nosso corpo nos
foi dado como um belíssimo presente da Criação.
Sintamos o respeito da Criação pelo nosso
corpo, e como a vida quer cuidar carinhosamente de nós.
Nós estamos tão acostumados a ver o
nosso corpo a partir de fora e criticá-lo; sintamos-lo agora a partir de dentro.
Sintamos como ele surge de uma fonte
infinita de vitalidade e alegria, e como podemos dar-lhe forma e alimentá-lo
com a força que vem da parte mais profunda da nossa alma.
Percebamos a força vital intensa que emerge
do nosso chacra raiz.
Vejamos a cor vermelha ao redor dele –
ou qualquer outra cor que surja espontaneamente.
Sintamos como, a partir desse “fogo”,
dessa intensa força vital, uma corrente quente e curativa flui através do nosso
corpo… das nossas pernas, nossa coluna, nossa cintura… permitamos que ela flua
para os nossos ombros, braços e mãos.
Sintamos-nos ancorados na Terra, sintamos
os nossos pés por dentro e como eles se apoiam na Terra, e sintamos a força
vital que está disponível no solo também.
Perguntemos ao nosso corpo: “Você se
sente bem? Há algo que eu possa fazer por você? Precisa de alguma coisa de
mim?”
Perguntemos apenas, e esperemos
pacientemente.
Pode ser que o nosso corpo não nos responda
imediatamente.
Talvez nós ainda tenhamos que aprender a
conversar com o nosso corpo desta maneira, mas saibamos que é possível fazer
isto.
O corpo está nos ouvindo – nós somos a sua
força motriz, então é lógico que ele quer entrar em contacto connosco – basta
perguntar-lhe.
Levemos a nossa atenção a caminhar
gentilmente por todo o nosso corpo.
Comecemos pela nossa cabeça.
Deixemos a nossa atenção circular como
um sussurro suave, um fluxo delicado, ao redor da nossa cabeça.
Imagine que a nossa atenção seja como
uma brisa leve, que pergunta carinhosamente ao nosso corpo: “Está tudo bem contigo?
Posso ajudar-te? Tu és uma dádiva maravilhosa! Posso envolver-te com algo que
precises?”
O simples fluxo da brisa suave da nossa
atenção já estimula as nossas células e as torna felizes.
Elas dançam num círculo de alegria,
quando a nossa atenção as toca com nosso amor.
Permitamos que a nossa atenção circule o
nosso pescoço e os nossos ombros.
Deixemos-la fluir através do nosso
coração, plexo solar, chacra umbilical e, finalmente, de volta ao nosso chacra
raiz, localizado no cóccix, no final da nossa coluna vertebral.
Observemos-lo bem.
É possível que percebamos alguma imagem
ou sensação no nosso chacra raiz… talvez sintamos um antigo medo, um
congestionamento ou bloqueio, mas não precisamos fazer nada a respeito disso.
Só precisamos estar presentes enquanto
essa brisa suave nos acaricia delicadamente.
E mesmo que não sintamos nada e não vejamos
nada, está tudo bem.
Simplesmente estejamos presentes com a
nossa atenção, porque ela cura: ela é libertadora para o nosso corpo.
Nosso corpo quer ser visto e ouvido, não
apenas como um mecanismo que nos permite fazer as coisas; ele deseja ser
apreciado por nossa própria beleza; não só a beleza que vemos como imagens nos
jornais e revistas, mas o tipo de beleza de um pássaro sobre uma árvore, ou
mesmo de um sapo à beira de uma lagoa.
Esta é a beleza do modo comum de ser,
uma beleza saudável, com suas cores e formas naturais.
Este é o tipo de atenção que o corpo
deseja receber da nossa mente.
Ele quer saber que o apreciamos.
Agora, deixemos a brisa mover-se
suavemente do nosso chacra raiz para a nossas pernas, descendo para os nossos joelhos,
tornozelos e calcanhares, para as solas dos nossos pés, e também para os dez
dedos dos nossos pés.
E sintamos como somos levados pelo fluxo
da vida.
Uma influência curadora se manifesta
devido à atenção que dedicamos ao nosso corpo neste exercício… se quisermos
chamá-lo assim, pois, na verdade, é apenas uma questão de reconhecermos a fonte
da qual viemos.
Assim, começamos com o primeiro passo,
que é vivenciar a beleza da natureza.
E depois damos o segundo passo, que é
reconhecer essa mesma beleza em nós mesmos, no nosso próprio corpo.
Nós fazemos parte da natureza, da
corrente natural da vida, portanto, não precisamos fazer nada para consegui-la,
pois nós somos ela.
O terceiro passo é conectarmos-nos com a
vitalidade e vibração dentro de nós, inclusive deleitando-nos ao experimentar a
solidez, segurança e despreocupação do nosso chacra raiz.
Encontremos a nossa criança interior,
imaginando que somos uma criança de cinco anos de idade.
Tentemos não pensar demais nisto, mas
apenas sentir o corpo dessa criança, sua força vital, sua juventude.
Ela está em pleno desenvolvimento,
portanto é curiosa e quer saber todo tipo de coisas.
Essa criança ainda vive em algum lugar
dentro de nós, conectemos-nos com ela e façamos o que essa criança quiser fazer.
Pode ser que ela se sinta ansiosa, que
tenha sido reprimida, que esteja com medo… portanto é possível que, no início,
ela se apresente a nós através de uma emoção negativa, que parece contradizer a
ideia de “deleitar-se”.
Entretanto, compreendamos é que essa
criança é a nossa parte mais espontânea, a parte que não é feita de sentimentos
refinados e apropriados, de acordo com o que nos foi ensinado pelos que nos criaram
e pela sociedade.
Pelo contrário, esta criança é a nossa
parte primordial, a parte de nós que carrega a nossa originalidade e, portanto,
a nossa parte mais natural e espontânea.
Tornemos essa criança visível.
Visualizemos-la.
Pode ser que não se forme uma imagem
imediatamente, mas tentemos imaginá-la.
Imaginemos que agora somos uma criança
de mais ou menos 5 anos.
Peguemos a primeira imagem que nos vier
à mente e simplesmente observemos-la.
Como é essa criança?
É feliz ou triste?
Está rindo ou parece infeliz?
Ela é alegre ou desanimada?
Está assustada ou se sente segura?
Estendamos a nossa mão para essa criança
e vejamos se ela a toma.
Esperemos pacientemente, porque temos
todo o tempo necessário, para essa criança.
Peçamos-lhe para sentar-se connosco e
tomemos-la em nossos braços.
Pode ser que ela fique feliz e se atire
em nossos braços, ou pode ser que se mantenha distante, porque se sente
desconfiada.
Mas, isto está bem também.
O mais importante é que nos conectemos
com essa criança e tentemos entender melhor o comportamento dela e descobrir as
emoções profundas que nos podem ser reveladas através dela.
Não se trata de curar e melhorar tudo
imediatamente; trata-se de perguntar à criança: “O que desejas de mim agora? O
que gostarias de fazer? Do que precisas mais neste momento?”
Isto é uma coisa que podemos fazer com
frequência no nosso dia-a-dia.
Criemos o hábito de nos voltarmos para
dentro de nós mesmos e perguntar à nossa criança interna do que ela precisa.
É assim que nos conectamos com o fluxo
primordial de vida em nosso interior, o qual se revela com muito mais
facilidade em crianças do que em adultos, cuja vida emocional é tão estruturada
e limitada por regras mentais.
Deixemos que a nossa parte mais
espontânea fale, pois ela realmente deseja expressar-se através de nós e, assim
fazendo, tornar-se novamente uma fonte de beleza.
Mas não um tipo artificial de beleza, e
sim uma beleza original e selvagem, como o riacho que em alguns lugares é muito
tranquilo e imóvel, enquanto, em outros, é extremamente violento, cascateando
penhasco abaixo.
A nossa criança interior é a água
vivente que deseja fluir e movimentar-se; então permitamos a nós mesmos sermos
movidos por essa criança.
De vez em quando, façamos esta conexão
no aqui e agora.
Desta forma, nós trazemos a nós mesmos
de volta ao nosso próprio ser fundamental.
É importante que a criança se sinta
segura, ou seja, que vivenciemos segurança em nosso ser, no nosso chacra raiz,
na nossa base.
Isto significa que podemos confiar em
nós mesmos para consultar as nossas profundas emoções internas.
Significa que não precisamos escondermos-nos
de nós mesmos, mas podemos encarar o nosso próprio medo e perdoar e acolher
todo o nosso ser.
Quando a criança interior for bem-vinda
em nós, teremos conquistado o mundo!
Não haverá nada mais que realmente nos
possa acontecer, porque teremos dito “sim” para a vida, para os altos e baixos,
nossos picos e vales; e isto é segurança.
O facto de sabermos que
estamos seguros não se baseia na previsibilidade de como as coisas vão se
desenvolver, nem na certeza de um bom futuro, garantido pelas coisas que
asseguramos com a nossa mente.
Viver verdadeiramente é
entregar-se às mudanças, a todas as voltas inesperadas que a vida dá – como as
que um rio pode encontrar pela frente e, ainda assim, sentir-se seguro.
Isto só é possível se
confiarmos no curso da própria vida.
Não a partir da mente que observa esse
fluxo de fora, mas sendo o próprio fluxo e, ao mesmo tempo, permanecendo
confiante.
Isto é segurança e solidez, esta é a
verdadeira força interior, e isto só podemos encontrar dentro de nós mesmos, no
nosso corpo, na nossa parte criança!
Fazer isto nos exige um grande esforço,
porque nos foi ensinado que devemos controlar a vida através da nossa mente, do
nosso lado mental.
Mas agora está-nos sendo pedido que
voltemos à fonte da própria vida, e isto não pode acontecer por meio da mente,
e sim pela espontaneidade da nossa natureza.
Não nos enganemos, a natureza não é
caótica.
Na natureza são aplicadas leis naturais,
mas estas são muito diferentes daquelas que conseguimos compreender com a nossa
mente racional ou através da lógica.
É uma questão de viver a partir da
percepção de nós mesmos, sentindo para onde o fluxo da vida quer que vamos.
Mantenhamos-nos em contacto com o nosso
corpo e com a natureza.
Mantenhamos-nos em contacto com a nossa
criança interior e veremos que a vida também se desenvolve de acordo com leis,
mas leis de uma espécie completamente diferente – não as da lógica, mas aquelas
sussurradas pelo Todo Maior, se nos dispusermos a escutá-lo.
E saibamos que esse Todo nos inclui e que
o nosso bem-estar está no centro do coração dele.
Nós estamos conectados com esse Todo, e
quando realmente nos entregamos a ele, sentimos que somos guiados e amparados
por algo inominável, algo grande e bom, algo seguro, no qual podemos confiar.
A Terra também faz parte desse Todo
Maior.
Ela mesma, a Terra, forma um todo com
tudo que vive e se desenvolve sobre si.
Mas é apenas uma pequena parte do Cosmos
maior, e através dele tudo flui para algo que chamamos de Deus, e que Ela chama
simplesmente de “Vida” – algo que é infinito e indestrutível.
Nós somos uma pequena centelha nesse
fluxo, mas somos também infinitos e indestrutíveis, independentemente da forma
que assumamos.
E é nisto que reside a verdadeira
segurança que somos capazes de experimentar aqui na Terra.
Sintamos-nos a centelha de uma grande
corrente de energia quente, fluida e amorosa, que permeia o universo.
Gaia está connosco e quer dar testemunho
desse fluxo, da sua veracidade.
Observemos a beleza à nossa volta, que
ainda é visível na Terra: a beleza das plantas, dos animais; e a beleza da
pureza e inocência em nós e também nas pessoas ao nosso redor.
Observemos tudo isso outra vez e retornemos
à vida, e abracemos-la!
Gratidão,
Luís Barros