25 de agosto de 2021

O LIVRO DA LUZ - REVELAÇÕES (3)

- Bom, agora vamos dar de facto início à história de nossos ilustres anjos caídos, os pastores guias da humanidade.

Após o Pai ter chamado Samiazy, Krysnasvary e Agkrüpymallaya conversou com eles, acalentando seus espíritos, e passou as orientações que precisavam.

Então eles voltaram à Terra e mais uma vez recomeçaram.

Juntos construíram aquilo que em muitas filosofias é chamado de Jardim do Éden.

Esse jardim futuramente seria chamado de Babilónia ou Porta do Céu.

Ficava numa terra que hoje é chamada de Mesopotâmia, dentro de um território ainda maior conhecido por Arcádia ou Arca de Noé.

Esse local é o chamado “berço da raça ariana” (os filhos dos deuses, primeira raça sem misturas, raça pura).

Esse jardim se estendia por várias planícies da Terra, que obviamente não tinha nome.

Era uma terra nova, sem donos e sem fronteiras.

Da mesma forma que criaram esse Éden eles também criaram outros, porém em menor dimensão, pois a maior quantidade de seres humanos sobreviventes se localizava no primeiro Éden.

A criação de tais jardins não se deu da noite para o dia como num passe de mágica.

Os três seres celestiais juntos faziam tais criações de maneira que pudessem ensinar os seres humanos a fazerem o mesmo.

Aos poucos a raça humana foi se desenvolvendo e passando a mostrar os primeiros sinais de aprendizado e com o tempo a escola tomava seu curso natural.

Não podemos deixar de lado o facto de vários seres humanos terem sido preservados com a genética misturada.

Esse factor os tornava diferentes dos outros.

A transformação dada pelos seres celestiais ajudou muito, pois assim todos pareciam, de uma certa forma, iguais, mas apenas de uma certa forma.

Deus é justo em sua infinita sabedoria e permitiu que de tudo fosse preservado um pouco, pois só assim se faz o equilíbrio das coisas.

Se dependesse da vontade do homem a Terra teria sido extinta, pois os elementos fundamentais já se encontravam em desequilíbrio total.

- O avanço da sabedoria nesse novo recomeço trouxe obviamente problemas, porém o maior deles veio quando os seres humanos descobriram que na mistura de algumas raças nasciam seres extremamente fortes, sábios, belos, com qualidades muito acima dos outros.

Tais seres se desenvolviam com maior facilidade e acumulavam o conhecimento de maneira rápida demais.

Por isso vários desses seres terminavam por serem instruídos por aqueles que ficaram com as memórias intactas.

Os seres que tiveram a memória preservada foram escolhidos para orientar e ensinar aqueles que a perderam.

Esse foi um desafio que nem todos suportaram.

Vários foram os homens que perderam o controlo e em algum momento de frustração terminaram falando demais.

Isso quer dizer que terminaram revelando a alguém a existência de uma Atlântida, Lemúria e Shangrillá.

É óbvio que, por falta de memória, nem todos acreditaram num passado tão trágico, porém esse passado não era o maior segredo, nem mesmo os deuses e seus poderes, tampouco o facto de todos os seres humanos serem extraterrestres.

Tudo isso ainda era pequeno demais diante do mistério da criação.

E por que esse mistério era assim tão grande e temível?

Tal segredo não era nada que a humanidade não pudesse saber, porém era necessário o tempo certo para que ela pudesse absorver essa informação sem prejudicar a si mesma.

Como revelar à humanidade sua verdadeira origem era, de imediato, o maior de todos os problemas de Samiazy, Krysnasvary e Agkrüpymallaya.

Revelar à humanidade todos os segredos da criação implicaria em falar toda a verdade.

Eles teriam que dizer que fizeram tudo exactamente como o Pai também o fez.

Isso implicaria em dizer que numa época a Suprema Consciência produziu sementes e de tudo fez com essas sementes.

Tanto coisas conhecidas como barbaridades como aquelas conhecidas como bondades.

De uma extremidade a outra todas as emoções Ele sentiu.

Assim a evolução de toda partícula divina segue o mesmo destino, toda partícula se reproduz de acordo com as emoções sentidas e logo que avança no caminho evolutivo da consciência divina terá que exercer o papel de pai daquilo que criou.

É só aí que vem a parte mais difícil, onde o ser se torna consciência plena do Criador, podendo então evoluir e, porque não dizer, criar suas próprias criaturas.

Essa responsabilidade agora era definitivamente passada às mãos da trindade, que se tornara responsável pelos seres humanos, que cuidava do bem-estar de seus filhos sem que eles imaginassem quem de facto eram, mas isso não ficaria assim tão escondido por muito tempo.

Como eu estava contando, os seres que iam nascendo eram diferentes em atitudes e comportamento.

Eram a mistura que surgiu dos filhos dos semi-deuses com os filhos dos seres celestiais.

Os filhos de semi-deuses e de seres celestiais agora estavam camuflados pela aparência e até mesmo pela falta de memória, porém quando essas duas raças se juntaram uma nova raça começou a nascer.

A prata e o bronze criaram o aço, uma matéria nobre e mais resistente.

A Terra voltou a uma época de conflito, pois a sabedoria sem consciência gerou seus pecados capitais: ganância, sede de poder, confrontos, rivalidades, preconceitos, enfim “falta de conhecimento”.

Se for contar pelo tempo do homem isso aconteceu em menos de 200 anos após a primeira transformação.

Não demorou muito tempo para as pessoas passarem a adorar e cultuar os novos deuses.

Também não demorou para outros serem convencidos de que eram filhos de seres supremos e assim criaram-se cultos, lendas, estórias e a verdade foi se perdendo.

Os pais dessa humanidade observavam tudo isso, mas nada podiam fazer, afinal tinham que permitir a seus filhos o mesmo direito que eles tiveram de errar para aprender, aprender para sentir, sentir para evoluir, evoluir para a consciência universal alcançar.

As três esferas divinas se viam agora diante de um novo grande conflito, criado pela supremacia dos seres mais fortes que habitavam a Terra e, de uma maneira ou de outra, algo teria que ser feito.

Eles não desejavam que a Terra fosse mais uma vez transformada por pura ignorância de seus habitantes.

Era preciso ajudar os filhos e a melhor maneira seria instruí-los no caminho da luz e da verdade, mas para fazer isso os seres celestiais tinham apenas que fazer a mais difícil escolha de suas vidas.

Como seres celestiais eles não precisavam necessariamente ser visíveis.

Podiam se transformar em qualquer coisa, assumir qualquer aparência, desde que a ajuda se limitasse apenas à reconstrução da natureza.

Como essa já estava se recuperando eles agora também tinham que se limitar a observar sem interferir na evolução dos seus filhos.

Mas havia uma oportunidade de mudar a situação.

Bastava eles fazerem a escolha, talvez uma escolha que raros seres humanos fariam.

Essa escolha era renunciar à vida, ou melhor, renunciar à posição de seres celestiais e se tornarem humanos mortais como os demais que na Terra habitavam, incluindo até mesmo o esquecimento temporário.

Mal tendo saído de uma transformação a Terra era como “bebé novo”, cheia de belas matas, povoada por muitas espécies animais e vegetais, mas esse paraíso de apenas duzentos anos agora estava novamente ameaçado.

No entanto a ameaça agora não eram os deuses, mas a herança que eles haviam deixado.

A nova raça de seres criada a partir da união dos filhos de semi-deuses e de filhos dos seres celestiais a princípio não parecia ser tão ameaçadora e de facto não seria se não tivesse a intervenção de alguns seres que, utilizando-se do privilégio de ter lembranças do passado, resolveram ressuscitar esse passado fazendo culto à memória de deuses que eles julgavam criadores dessa humanidade.

É facto que a história deve sempre ser preservada para que tenhamos uma referência, mas também é facto que a história era uma ameaça para mentes ainda pouco evoluídas.

- Logo que se descobriu que alguns homens eram demasiado superiores aos demais endeusaram também esses tais homens, colocando-os em uma posição de representantes de determinados clãs, que com o passar dos anos terminaram surgindo.

Esses clãs começaram uma luta de poder pela posse dos primeiros reinos estabelecidos e é nessa confusão que os seres celestiais dariam seus primeiros passos na Terra como pais mortais da humanidade.

Seus nomes agora entrariam para a história, inclusive como “anjos caídos”.

Suas histórias se transformariam em lendas e contos que cada nação contaria a seu modo, mas sempre preservando algumas linhas de realidade misturadas a páginas de ilusão.

Samiazy agora fazia jus ao seu nome traduzido (= vida renunciada. Alguns povos traduzem erroneamente o nome de Samiazy para vida renunciada no aspecto de vida física, aqueles que renunciam aos confortos da vida material para avançar na espiritualidade, também conhecidos como “Samniazy”, quando o correcto é renunciar à divindade para se tornar mortal. Quando digo renunciar à divindade estou me referindo à imortalidade e não à renúncia do Ser Divino).

Os primeiros seres a experimentar a imortalidade seriam os verdadeiros pais da raça humana da Terra.

Após tomarem a decisão de nascerem os seres celestiais escolheram onde e como nasceriam.

Samiazy, assim como os outros, havia sido sentinela antes da primeira destruição da Terra e resolveu armar uma estranha façanha para voltar a ser uma espécie de sentinela.

Com a transformação os sentinelas que desceram para proteger e ajudar a Terra tiveram que abandonar os seus corpos gigantes para voltar ao domínio celeste, pois os corpos que assumiram naquela época haviam sido “profanados”.

Eles se misturaram geneticamente com os seres desse planeta, mas na hora da transformação seus corpos seriam consumidos, vindo a desaparecer juntamente com todo o resto.

Mas Samiazy havia deixado seu corpo dentro de uma caverna soterrada por muitas pedras.

Ele mesmo induziu alguns feiticeiros a procurarem por aquele que seria o único sentinela possível de ser achado.

Ele tinha seus propósitos.

Após ter sido reanimado e, a princípio, servir a feiticeiros sem escrúpulos, ele passou a viver entre uma raça de seres naquela época considerada gigante e passou a servir os magos da luz, que trabalharam contra os magos das trevas.

Esses magos das trevas buscavam a imortalidade dos deuses, desejavam ser imperadores, senhores supremos da raça humana e ao reanimarem o corpo do sentinela submeteram-no a um transe hipnótico para forçá-lo a revelar o segredo da imortalidade.

Essa revelação foi considerada a primeira Caixa de Pandora pós-transformação, pois para alcançar a imortalidade os magos das trevas ou feiticeiros reabriram as portas do umbral universal.

Vamos esclarecer que esse sentinela era um dos que no passado presidiria uma das tribos, porém sua má influência levou-o a ser substituído por outro deus.

Seu nome era Caos e ele estava predestinado a vir para a Terra, mas não no mesmo período dos deuses, pois o estrago com certeza seria ainda maior.

Caos era o deus supremo da destruição.

Alguns o chamavam de Loki, o deus da travessura e da confusão.

O facto é que, mesmo que involuntariamente, Samiazy ajudou a abrir a porta para Caos, Loki ou até mesmo Caim, o ser bíblico.

Os nomes variam de acordo com o povo que conta a história.

Samiazy ganhou mais nomes também.

Para o grupo de gigantes ele era conhecido por Garivarah ou Garivaram.

Para os magos da luz seu nome permaneceu o original, Samiazy, aquele que renuncia à divindade pela humanidade.

Para a mitologia grega e alguns historiadores ele se transformou em um ser duplo ou dois irmãos: Prometeu, o que pensa antes, e Epimeteu, o que pensa depois, seres que na verdade são uma só pessoa.

- Vamos agora contar a história desse ser como um mortal.

Os magos da luz tomaram o sentinela Garivaram dos magos das trevas e o trouxeram de volta do transe hipnótico e, sabedores de que um sentinela era de facto um ser celestial, eles pediram a ajuda de Samiazy para afastar Caos da Terra, pois ele estabeleceria seu domínio juntamente com os magos negros.

Assim Samiazy pediu aos magos da luz para reanimar mais dois corpos, que somente ele sabia onde encontrar (Pequena observação: Samiazy, quando resolveu reencarnar no corpo do sentinela que já havia sido seu, recebeu a memória que estava preservada nele. Por isso ele não teve uma perda total de memória, o que aconteceria se ele tivesse encarnado por meios convencionais.).

O mesmo aconteceu com Krisnasvary e Agkrüpymallaya.

Eles receberam nomes diferentes ao desceram para a Terra.

Krisnasvary recebeu o nome de Krisna, Apolo, Ozeires, Osíris, Herkubes ou Hercules.

Algumas pessoas o confundiram com Aquiles.

Agkrüpymallaya recebeu o nome de Hebe, Febe, Diana, Ísis, Ifigênia, Arsayalalyur, mas jamais o nome que de facto tinha na época em que fez a renúncia.

Jamais foi chamado de Agkrüpymalaya ou de Ayrimael.

Seu nome angélico era apenas Ayrimael.

Essa foi apenas a primeira encarnação desses seres, mas muitas outras ainda teriam que vir para que eles trouxessem luz à consciência da humanidade.

O mais importante em tudo isso é que durante muito tempo esses seres jamais reencarnaram separados.

Quando digo não separados me refiro apenas ao facto deles terem sempre reencarnado na mesma época.

Muitas vezes chegaram a encarnar de facto juntos, mas nos últimos dois mil anos eles têm encarnado em países diferentes e nem se encontraram mais.

Na época em que Samiazy encarnou como sentinela gigante ele ganhou o nome de Prometeu e Epimeteu.

Nas lendas tradicionais ele roubou o fogo dos deuses para dar luz à humanidade.

A parte de dar luz à humanidade é a única parte verdadeira dessa lenda.

Assim ele também ficou conhecido como Portador da Luz ou Lúcifer.

Como Prometeu ou Lúcifer ele trouxe para a Terra o conhecimento das coisas universais e abriu caminho para a infindável sabedoria diante da mente limitada do homem.

Caos (Gabriel), o príncipe do Érebro e das trevas tratou de ser a Caixa de Pandora de Prometeu.

Ele libertou os instintos da humanidade, ensinou a ela as inúmeras maneiras de utilizarem a sabedoria que Prometeu havia lhes fornecido e assim a humanidade passou a aplicar nas suas vidas as mais variadas fórmulas e maneiras de evoluir.

Prometeu sabia que conhecimento não se pode negar e é claro que para isso ele não roubou nenhum fogo divino, afinal ele era o próprio.

Sendo ele um ser celestial, estabelecido como parte da consciência divina, isso já o tornava fogo divino.

Caos e Prometeu eram como vulgarmente algumas pessoas repetem: Deus e o diabo.

Digo vulgarmente, porque poucos são os que têm consciência para compreender que Deus e o diabo são a mesma pessoa, afinal tudo é parte da consciência una, divina, universal.

Então por que o diabo não faria o que fez?

O lado Prometeu de Samiazy, pensando na evolução de seus filhos, deu a eles esclarecimento, levou luz e conhecimento, mas o lado Epimeteu só surgiu como consequência desse acto.

A grande águia negra que come o fígado de Prometeu ainda vivo e acorrentado é uma expiação imposta pelo próprio Prometeu, que resolvera renunciar à divindade para encarnar na Terra no intuito de ensinar seus filhos.

Caos mostrava apenas o quanto esse aprendizado pode ser doloroso, porque todo aprendizado, quando sai da teoria para a prática, tem dores, pois sem elas se torna impossível aprender.

Assim é possível também ver os males da Caixa de Pandora.

As dores, enfermidades, guerras e conflitos nada mais são que um estágio necessário para a evolução de todos os seres.

Acredito já ter esclarecido que alguns mitos criados pela humanidade nada mais são que formas de evolução e que dentro dessa história não existe mal ou bem, apenas consciência divina.

Com amor e profunda gratidão,

Luís Barros