Somente o verdadeiro amor, aliado ao tempo, pode levar a humanidade à compreensão.
Este arcano (mistério, segredo) não é um mistério total na Terra.
Como já dissemos, vários iniciados ainda preservam esse conhecimento.
Só não tem coragem de passá-lo adiante e se o fazem é tão-somente para alguém que se tornará um novo iniciado.
No princípio da habitação da Terra existiram, como sabemos, deuses e semideuses e os seres normais chamados de mortais.
Além desses também existiram os seres celestiais, que na verdade terminavam por coordenar tudo sem que ninguém soubesse.
Algumas pessoas chamam esses seres de anjos caídos, mas isso não é bem verdade, pois não eram anjos caídos, mas professores voluntários.
Eles também não eram muitos.
Na verdade, só existiram 9 anjos caídos ou seres celestiais, isso já incluindo o mais famoso anjo caído, aquele que alguns chamam de Estrela Flamejante e outros preferem chamar de Lucifer.
Na verdade, já explicamos o nome deste anjo e já explicamos sua verdadeira função na Terra, mas vamos dar uma pequena relembrada para que tudo que vamos dizer daqui por diante seja compreendido.
A palavra Lúcifer significa “aquele que dá luz!” ou “aquele que faz a luz”.
O nome de Estrela Flamejante se dá ao planeta Vénus, que é considerada pelos iniciados uma estrela de grande poder, pois Vénus é considerado o planeta do amor e da beleza, vulgarmente também conhecido como o planeta das paixões e da luxúria.
Cada ser celestial que aqui vamos descrever representa um planeta e foi dessa maneira que os alquimistas aprenderam a utilizar a magia sagrada, pois descobriram esses segredos que agora vamos revelar mais uma vez.
Tanto os grandes iniciados como várias filosofias conhecem o segredo de Lúcifer.
Sabem que o mal não estava nele como afirma a maioria das doutrinas religiosas.
Ele veio à Terra somente para trazer a luz aos olhos dos homens, para que eles enxergassem seus erros, seus pudores, seus pecados, suas vontades, etc.
A analogia da serpente que manda Eva comer do fruto proibido é tão-somente o primeiro passo para a evolução.
A sabedoria de facto é um fruto proibido para aquele que não tem consciência, porém quem não a tem deve adquiri-la ao longo das muitas experiências vividas nas diversas encarnações.
Os nove seres celestiais (ou anjos caídos) desceram à Terra para dar sabedoria à humanidade.
O anjo Lucífero era aquele que tinha a responsabilidade de ensinar a humanidade a conhecer o amor, mas como tudo tem duas faces a primeira parte que a humanidade conheceu foi a face do Génio de Vénus e não o Anjo de Vénus.
Lucífero aceitou ser o anjo mais odiado pela humanidade e o motivo de tudo isso foi muito simples.
A humanidade vivia com os deuses, que acreditavam ter o controlo de tudo.
As três grandes civilizações perfeitas (Lemúria, Shangrillá e Atlântida) tinham uma sabedoria hoje completamente impossível de se imaginar.
Eles tinham tudo para tornar a vida fácil, mas terminaram por torná-la mais difícil, mas esta é uma história já contada, porém estamos voltando a ela para resgatar Enoch, este ser especial que escreveu o primeiro livro dos mistérios divinos.
Ele foi muito mais que um simples profeta.
Na verdade, ele foi o primeiro anjo caído, que por Deus foi abduzido (levado embora) várias vezes para receber instruções de como escrever esta Verdade e de como deixá-la pro mundo.
A Verdade que Enoch escreveu não agradou aos seres de sua época, pois eles não queriam abandonar a vida que tinham, mas nem todos agiam ou pensavam da mesma maneira, afinal os favorecidos não faziam parte da maioria.
Bem, mas vamos directo ao assunto que interessa.
Por que a humanidade odeia tanto a Estrela Flamejante ou Lucífero?
Muito simples.
Ele mostrou a ela a única maneira de evoluir e essa maneira era deixar o paraíso em que alguns julgavam viver.
Em outras palavras significava abandonar Atlântida, Lemúria e Shangrillá, as civilizações corrompidas por uma sabedoria desgovernada.
A humanidade estava fora de controlo.
Havia criado quimeras e outros seres que causariam, no futuro, a destruição do próprio planeta, mas não só isso.
A humanidade ainda tinha relembranças de seus planetas anteriores e preservava também alguns poderes.
Tudo isso fez das três grandes civilizações uma bomba prestes a explodir.
Enoch tentou fazê-los mudar avisando-os de seus abusos, mas eles não lhe deram ouvidos.
Foi então que os nove seres celestiais tomaram a grande decisão de destruir tudo para recomeçar do início, só que sem tanta facilidade.
É aí que se revela o mistério de Enoch.
Ele foi abduzido (levado embora) antes da destruição das três civilizações e voltou após a destruição (obs.: as três civilizações seriam destruídas de qualquer maneira, pois a humanidade estava causando esta destruição e ela seria ainda maior se os 9 seres celestiais não tivessem interferido a tempo).
Ao chegar na Terra novamente Enoch encontrou um planeta devastado e em fase de transformação.
Um povo espalhado por vários cantos, perdido, sem lembranças e sem sabedoria ou conhecimento algum e que recomeçava a sentir os instintos.
Enoch tinha sua sabedoria preservada e agora tinha a missão de passá-la adiante, porém agora Enoch não estava sozinho.
Ele tinha mais oito seres celestiais para ajudá-lo nesta árdua tarefa.
Naquela época de transformação, em que a humanidade estava frágil como uma criança que nada sabe da vida, esses seres celestiais foram chamados de anjos caídos.
Ganharam esse nome porque os seres humanos os chamaram de anjos que sacrificaram suas condições de anjo para ajudar no processo de evolução da humanidade.
Esses anjos se espalharam pela Terra e passaram um longo período ensinando os sobreviventes e seus descendentes.
O génio de Saturno ensinava a arte do saber, o conhecimento, a leitura e a escrita.
Seu lado anjo revelava os caminhos da sabedoria divina e as várias formas de alcançar essa sabedoria.
Quando dizemos génio e anjo é porque esses seres celestiais tinham que mostrar os dois lados da virtude que eles pregavam na Terra.
Assim o ser humano, logo que alcançasse a evolução, encontraria o Caminho do Meio.
O génio de Marte ensinou as artes da guerra ensinando como a humanidade deveria se proteger de sua própria intolerância.
O anjo ensinou a força e a coragem para vencer os medos e os obstáculos.
O génio de Mercúrio ensinou a arte da comunicação dando o conhecimento de outras línguas, despertando assim a curiosidade.
O anjo tornou possível as longas viagens, que antes eram difíceis por falta de meios de transporte, coisa que o anjo ensinou a construir.
Assim génio e anjo tornaram possível o encontro e o diálogo entre seres desconhecidos.
O génio da Lua ensinou aos seres humanos a magia da natureza, dos elementais, etc.
O anjo ensinou os mistérios das fases da Lua e a utilizar cada fase, isto é, para que cada uma servia.
Ensinou como a Lua actua sobre o homem e a natureza e como se aproveitar desse poder.
O génio do Sol ensinou o poder destrutivo do fogo e seus limites.
O anjo ensinou como aproveitar esse calor em benefício próprio, seja para cozinhar, derreter metais, etc.
Enfim, ambos ensinaram tudo sobre o fogo e o ferro e o fogo divino.
O génio de Vénus ensinou aos homens a necessidade de cuidar da aparência confeccionando roupas e outros utensílios para o corpo como sapatos para proteger os pés, chapéus e gorros, etc.
O anjo ensinou a fazer trocas, confeccionar objectos para trocar por outros, mas também ensinou a arte da pintura, do bordado e a arte de presentear, de aprender a doar, etc.
O génio de Júpiter ensinou a arte da caça e de abater a caça, etc.
O anjo ensinou a arte do conhecimento das ervas e suas propriedades de cura, como cultivá-las e utilizá-las, etc. e revelou os segredos da vida e da morte.
O génio de Neptuno ensinou o uso da água, como transformá-la em tinta, remédio, etc.
O anjo ensinou sobre as marés, os grandes mares e seus habitantes.
O génio de Úrano trouxe a escuridão, as trevas, para que a humanidade descobrisse que isso não era ruim.
O anjo trouxe ou mostrou a luz.
Em suma, este é apenas um breve resumo de tudo que os nove seres celestiais ensinaram à humanidade.
Na verdade, o que cada um ensinou dá mais de um livro de 400 páginas, pois a parte génio e a parte anjo desses seres celestiais ensinaram tudo que a humanidade hoje conhece e um pouco mais, o que a humanidade, graças a Deus, já esqueceu.
Vamos dar um exemplo maior.
O génio de Marte ensinou a arte da guerra e dessa forma também ensinou a forjar as armas para as guerras, ensinou todas as artes marciais, os tipos de lutas, a fazer lanças, facas, espadas, escudos, etc.
O anjo ensinou que a virtude da força e da coragem poderiam ser a mais poderosa arma e esta deveria ser conquistada com o tempo e forjada no fogo interior.
Em suma, o mesmo ser celestial que ensinou a forjar uma espada também ensinou a encontrar a espada interior.
Outro exemplo é o génio de Vénus, que ensinou a necessidade de se cuidar.
Ensinando como fazer roupas também ensinou a lapidar pedras preciosas e a colocá-las em anéis, brincos, colares, etc.
O anjo ensinou o homem a enxergar a beleza natural em tudo e que esta é muito mais importante do que a beleza criada pelo homem, pois na beleza artificial mora a mentira e na beleza natural habita a verdade.
Em suma, este ser celestial ensinou ao homem que na vida ele encontraria paixões, luxo, vaidade e mentiras, mas que tudo isso passa como o tempo e o que realmente fica é o amor, o único sentimento capaz de enxergar a beleza natural e a verdade de tudo e de todos.
Ensinou o que era o verdadeiro amor à humanidade.
Enfim, meu anjinho do Amor, os anjos caídos foram à Terra para ensinar a humanidade, mas tudo que fizeram foi apenas ensinar algo que os seres humanos já sabiam, mas que no momento não podiam lembrar, justamente para não cometerem danos que viessem a atentar contra eles mesmos.
Por isso os anjos foram ensiná-los para que desta vez eles pudessem aprender os dois lados do Caminho da Sabedoria.
Assim poderiam escolher como evoluir.
Como eu já disse, foi dado ao homem apenas a ciência de algo que sua alma já conhecia há muito tempo.
A prática de tudo isso foi deixado ao livre-arbítrio de cada um.
De nada os seres celestiais têm culpa como afirmam alguns dogmas ou filosofias religiosas.
Apenas em uma coisa os seres celestiais têm culpa e este segredo a humanidade já tentou decifrar por diversas vezes, mas agora não vemos mais motivo algum para não o revelar na íntegra.
Lembramo-nos quando contamos como Deus criou Jesus?
- Jesus e os outros Amorazins, filhos primigénios de Deus.
Primigénio significa “os primeiros génios de Deus”.
Jesus é o primo umgênio (o 1º génio).
Como já explicamos anteriormente, toda criatura criada pelo Criador tem o dever de criar.
Jesus e outros Amorazins desceram à Terra para isso, para criar seus filhos.
No total são 9 anjos caídos, que são os pais dos habitantes da Terra.
Antes desses seres virem para a Terra eles estavam morando em seus respectivos planetas natais, onde desabrocharam de sementes a frutos.
Jesus e os outros 8 Amorazins ainda não sabiam que todas as suas emoções haviam criado vida, pois estávamos passando por um processo disciplinar de evolução, isto é, Deus estava os preparando para serem pais.
Acontece que seus filhos jamais haviam saído de seus planetas natais, jamais haviam conhecido outros seres, jamais haviam imaginado existir outra aparência.
Exemplo: os filhos de Marte eram determinados, briguentos, fortes, etc.
Os filhos de Júpiter eram sombrios, viviam distantes do Sol, mas eram calmos e tolerantes.
Os filhos da Lua eram sensíveis demais, inconstantes, etc.
Os filhos de Vénus eram apegados demais a tudo, principalmente a si mesmos e assim por diante.
Cada anjo determinava as características de seus filhos.
Lembremo-nos que os anjos caídos representavam os nove planetas que já explicamos e cada planeta representa os dois lados do anjo: o lado génio (sabedoria e prática) e o lado anjo (evolução e compreensão).
Os filhos dos anjos caídos estavam separados em 12 diferentes planetas, porém já havia chegado o momento de saberem quem eram, quem eram seus pais (além de Deus, é óbvio), como haviam nascido, quais eram suas raízes e como deveriam continuar evoluindo, etc.
Jesus e os outros oito anjos caídos (Amorazins) foram chamados à presença do Divino Pai Celeste e Ele lhes disse que estava na hora de serem responsáveis por suas criaturas e assim Ele passava para eles o dever de fazer seus filhos evoluírem.
Jesus confessou que muito o assustou a ideia de ter a responsabilidade por tantas vidas nas mãos, mas não foi o único.
Criaram a Terra como a primeira escola para seus filhos, com características dos seus planetas natais, e assim a Terra ficou uma esfera linda, com beleza rara, pois tudo de mais belo que havia nos planetas natais, Eles copiaram para colocar na Terra, pois queríamos dar aos seus filhos um habitat perfeito, onde pudessem aprender como se estivessem em casa.
Seus filhos estavam em três níveis diferentes de evolução, como já explicamos anteriormente: atlantes, shangrillês e lemurianos.
A princípio, Eles permitiram que aqueles que mais se destacavam (deuses) fossem responsáveis pelos demais.
Revelaram sabedoria e deram poderes a esses seres para que eles cuidassem dos outros, mas este foi seu primeiro erro.
Esses seres se intitularam “deuses” e quase devastaram a Terra e tudo era culpa dos Anjos caídos, afinal Eles foram os responsáveis pela irresponsabilidade deles.
Tudo que hoje existe na Terra com a marca desses seres são imagens, gravuras em paredes ou templos em ruínas e até mesmo países que ainda os cultuam.
A aparência desses deuses é apenas uma vaga lembrança da aparência original dos seres que habitam a Terra hoje.
Explicando melhor Eles, os anjos caídos (que ainda não tinham caído), permitiram que os seres que escolheram para comandar a Terra tivessem sua aparência original preservada e suas lembranças também, o que resultou em mais um grande erro, pois eles se tornaram ‘deuses’ e comandavam os outros às custas do medo e da dor, além de trazerem para a Terra os credos primitivos que cultuavam em seus planetas natais.
É bem verdade que nem todos os intitulados ‘deuses’ foram ruins.
Uma boa parte conseguia compreender e até realizar o propósito a que foram designados pelos Anjos Caídos, ensinaram aos outros que havia um ser supremo superior a eles e que este ser era o criador de tudo.
Durante muitas centenas de anos observaram o comportamento de seus filhos e de seus dirigentes, que também eram seus filhos.
Perceberam que não tinham experiência alguma e que erravam demais.
Enviaram várias mensagens através dos deuses bons avisando que se os outros não mudassem o comportamento Eles teriam que interferir, porém nada mudou, apenas piorou.
Seu erro foi esquecer que um planeta com tanta coisa desconhecida, com tantos mistérios, com tantos seres diferentes em pensamento, formas e costumes jamais poderia ser presidido por seres completamente inexperientes.
Eles acreditavam que esses seres seriam como pastores que guiariam seu rebanho sem interferir no rebanho do outro, mas enfim, se estes erraram, Eles erraram primeiro, pois esqueceram o maior de todos os detalhes da evolução.
Esqueceram que toda evolução é semelhante à evolução divina.
Deus gerou seus filhos de suas emoções e os deixou vivos para conhecê-los melhor, pois Ele ainda não tinha nem teoria nem prática.
Muitas vezes Deus os destruiu, outras os protegeu e assim Deus foi aprendendo a lidar com seus filhos e consigo mesmo, mas quando os primigénios de Deus lhe tiraram a razão e os sentidos, Deus os absorveu e meditou por um longo tempo até compreendê-los e só os devolveu à vida quando se completou por inteiro.
Os Anjos Caídos, em sua incessante luta para corrigir os erros, terminaram por fazer com seus filhos basicamente tudo que Deus fez com Eles.
Sem perceber estavam seguindo o Caminho da Evolução do Divino.
A maior de suas dores foi quando perceberam que não havia mais como manter Atlântida, Lemúria e Shangrillá.
Não havia outro jeito.
A Terra precisava ser purificada ou seria destruída pelos seus filhos.
Os 4 anjos da destruição receberam o aval para destruir as três primeiras civilizações: Atlântida, Lemúria e Shangrillá.
Essa destruição coube aos anjos de Júpiter, Sol, Lua e Marte.
Os outros cinco tratavam de proteger e preservar aquilo que deveria ainda restar na Terra.
Ao final de tudo sua dor era grandiosa demais.
A culpa que os habitava parecia não ter remédio.
Mesmo sabendo que eles reencarnariam e claramente recomeçariam tudo de novo, ainda assim a culpa lhes doía.
Foi então que foram pedir alento ao Pai.
Ele em nada os condenou, pois já estavam envergonhados e condenados pela sua própria consciência.
Eles Amorazins, os Primogénitos de Deus, envaidecidos por isso, ficaram cegos e diante da prova divina (suas criações) perceberam o tamanho da sua ignorância.
O Pai, com sua plenitude absoluta, disse:
- Todos vocês são minhas criaturas e eu os amo exactamente assim como são.
Eu os tive ao meu lado no decorrer da minha e da vossa evolução.
Esta foi a maneira mais eficiente para o meu aprendizado e para o vosso.
A melhor maneira de aprender é ensinando.
Com essas palavras, Eles compreenderam que estava na hora de ensinar os seus filhos sem intermediários.
Essa também seria a melhor maneira de aprenderem a ser pais, porém Deus lhes deu uma única advertência.
Ele disse que Eles iriam à Terra a primeira vez como anjos caídos, que perdem a liberdade, mas mantêm a sabedoria.
Só que depois da sua primeira vida como mortais Eles teríamos suas mentes parcialmente apagadas para voltar à Terra como seres comuns e durante um longo período teriam que estudar o comportamento de seus filhos nascendo, vivendo e aprendendo com eles e somente em determinado período, em que já tivessem aprendido o suficiente, teriam então sua consciência de volta por inteiro.
Desceram à Terra e foi aí que ganharam o nome de ‘anjos caídos’.
A humanidade de nada se lembrava.
Estava começando a reconstruir o planeta.
Alguns sábios, a que permitiram guardar o conhecimento, os auxiliaram no ensinamento da Verdade, mas não devemos esquecer que tudo tem seu ponto de equilíbrio. A desordem do passado ainda resistia em mentes perturbadas, que pareciam ver a antiga aparência ainda viva diante de si (obs.: depois da destruição a forma dos seres humanos foi mudada para aquela de hoje).
Neste período, em que ensinavam suas virtudes e seus defeitos, a humanidade ainda não estava apta a compreender tudo que falavam, mas seu dever era ensinar para o futuro, afinal a alma armazena o que aprende.
Foi também nessa época que Eles, os anjos caídos, ganharam o nome mais temido e odiado pela humanidade actual: Lucífero, “aquele que traz a luz”.
O simples facto de mostrarem à humanidade a verdade do bem e do mal os fez merecedores deste nome.
Eles revelaram os segredos dos caminhos que levam à sabedoria.
Ensinaram a Verdade que hoje vive velada, tudo porque as religiões acreditam ter o controlo da humanidade, porém em verdade afirmamos que nenhum dos anjos caídos ensinou a construir templos ou deu nomes aos credos da humanidade.
Eles ensinaram a Verdade para todos e eles já tinham seus credos primitivos.
Muitos os aboliram, outros os mantiveram, pois cada um compreende a Verdade de acordo com a sabedoria que tem.
O nome Lucífero voltou a surgir 1.000 anos antes de Cristo, só que voltou como um ser ruim, cruel.
Nessa época algumas religiões, através de seus dogmas, o condenaram porque sabiam que um Messias desceria à Terra e traria a Verdade que destruiria a mentira.
Esta mentira eram os rituais, os sacrifícios, o dogma arbitrário construído encima das palavras de homens que diziam falar com Deus e assim amedrontavam o povo com um deus destrutivo, que punia, matava e exigia sacrifícios.
Mais uma vez o anjo caído desceu à Terra e mais uma vez ele levou a luz, só que dessa vez ele foi mais directo e claro.
Ele mostrou que a verdadeira maldade estava no próprio homem e nas suas acções.
Ele tirou o homem da ignorância mostrando-lhe seus próprios erros e culpas.
Mais uma vez ele foi a luz que revelou aos homens suas vaidades, suas mentiras, seus apegos, seus medos e sua covardia.
Revelou ao homem toda sua ignorância diante da luz da sabedoria divina e isso incomodou os falsos sábios e seus credos, porém agradou os humildes, sedentos pela Verdade desconhecida, mas ainda aprisionados pela supremacia dos ignorantes sábios.
Os nove anjos caídos revelaram à humanidade o princípio da história, como tudo aconteceu.
Explicaram como foi a evolução de Deus e como foram criados por Deus, porém esta Verdade que eles ensinaram nem sempre foi bem compreendida, pois ao mesmo tempo que esta Verdade ajudava também assustava.
Na verdade, a humanidade condena os nove anjos caídos (Lucífero) porque desconhece o Lucífero que habita dentro de cada ser humano.
Todos nós temos uma luz que um dia nos mostra nossos próprios defeitos e erros.
O difícil é aceitar essa verdade como sendo parte de nós mesmos.
Todos nós somos meio anjo meio génio.
Esta é a herança do Divino em nós, que também teve sua parte anjo e génio, mas com sabedoria usou a compreensão e as uniu, transformando-as em uma só, a absoluta evolução, infinita sabedoria, luz divina do Ser do universo, mas enquanto a humanidade ainda estiver distante desta sabedoria será mais fácil para ela ter um Lucífero ou diabo externo para culpar pelos erros e deslizes que comete.
Para a humanidade é mais fácil se omitir da culpa do que tentar compreender a imagem reflectida no espelho da verdade, que no fundo não passa da simples ignorância implorando pela sabedoria, o próprio ser humano em seu estágio mais ignorante.
Durante milhares de anos a humanidade teve em seu esteio várias encarnações dos anjos caídos, que para trazer compreensão à Terra perderam a condição de anjos.
Se foi um erro ou não dar à humanidade a Verdade só o Divino Pai poderá julgar.
Sabemos que seguimos o Caminho da Evolução e também sabemos que não existe outro caminho certo, mas da última vez que Jesus desceu à Terra resolveu que a melhor maneira de ajudar seus filhos era não dando a eles o que queriam, mas dando a eles o que realmente precisavam e foi condenado à cruz.
Assim Jesus aprendeu e ensinou que a Verdade que nos condena hoje nos redime amanhã.
A Verdade que condenou a Si e os outros anjos caídos no princípio os libertou milhares de anos depois, mas quando desceu como Cristo esta Verdade o condenou mais uma vez, mas o absolveu logo depois da sua morte.
Hoje Jesus acredita que uma percentagem muito pequena da humanidade saiba o significado das palavras que disse nas suas horas finais: “Perdoai-os Pai, pois (são meus filhos, vossas centelhas divinas e ignorantes) não sabem o que fazem”.
“Eles são meus filhos e por mais ignorantes que sejam eu os amo e os perdoo, afinal a culpa da ignorância deles é minha e dos outros oito anjos caídos.”
“Fomos nós que oferecemos a eles a sabedoria e somos nós que devemos ajudá-los a compreendê-la.”
Tentou dizer a eles que era o pai deles dizendo: “Ninguém chega ao Pai senão por mim. Eu estou no Pai como o Pai está em mim”.
Ele estava-se redimindo quando ofereceu seu sofrimento pelo perdão dos pecados deles.
Um dia Ele os condenou abrindo-lhes os olhos e como a sabedoria tem seu preço, recebeu a condenação em troca do que ofereceu.
Ele ofereceu sabedoria e ganhou incompreensão.
Morreu para a compreensão da sabedoria que ensinou.
Assim foi com Ele e com todos os anjos caídos e assim será sempre.
Com amor e profunda gratidão,
Luís Barros