- Lembre-se, meu querido, agora vamos descrever a evolução universal, planetária, Terra, microcosmo e homem animal.
- O primeiro caminho, Hermes = Kether é a coroa do Universo, os princípios.
Quero deixar bem claro que nesse caminho existem na verdade três caminhos dentro de um só e que começamos pela Génesis universal, porém essa Génesis vale apenas para o Universo, mas é reflexo para a Génesis da Terra.
Seria mais fácil dizer que ao terminarmos o corpo do Universo é que começa a Génesis humana.
Logo que os 72 anjos estiverem cada um em seu lugar é que começa a Génesis humana e sua natureza terrena.
- O número 0 é o imanifesto, que vai se tornar manifesto.
O Zero é o viajante cósmico.
Está sempre iniciando a Grande Obra, mas quando esta termina ele nunca fica para dela desfrutar.
Está sempre com sua mochila pronta para continuar sua jornada.
Ele é o bobo ou tolo inocente, porém devemos observá-lo por vários ângulos.
O nosso Louco sob a visão universal representa o caos, o abismo, o Verbo que se faz sem imaginar as consequências.
A primeira acção que desconhece as reacções é como um ser que vai se transformando na medida de seus passos, mas o Louco também é um paradigma que diz: “O início está no fim e o fim está no início. Tudo que começa termina e tudo que termina um dia recomeça.”
É o tal círculo da eternidade evolutiva das espécies.
Sabemos também que o Caminho Zero do Louco simboliza o Universo, o cosmo infinito, o nada, Senhor Absoluto do Tudo por deixar a herança genética espalhada por todos os caminhos.
Usando a longa história sagrada e lendária vamos nos deparar com Adão e Eva quando o Pai os expulsou do paraíso (Gn 3,10-23), também igual a Jacó quando deixa a casa de seus pais para não morrer pelas mãos de Esaú (Gn 28,1-4), Abraão, Sara e Ló (Gn 12), a venda de José, filho de Jacó (Gn 37,23-36), a fuga de Moisés (Ex 2,11-15), a fuga de José e Maria para o Egipto (Mt 2,13-15) e vários outros.
É muito interessante ver o quanto nossos personagens têm em comum, mas vamos adentrar no primeiro zero de todos os contos, aquele de que não conhecemos seu próprio princípio, o nascido sem dores de parto e que deu nome a si mesmo chamando-se de Princípio.
Esse primeiro passo da divindade chamamos de perfeição inominável, intangível e incompreensível, pois tudo que fez era bom Gn 1,1-31 e 2,1-4.
Nesse primeiro capítulo da Génesis tudo que Deus fez era bom, nada Ele reprovou e não viu erro em nada.
Uma pequena observação pode deixar as coisas mais claras.
As escrituras sagradas pressupõem Deus como o arquitecto colocando em prática sua obra somente depois da primeira explosão que originou o Universo.
Antes disso não se fala de Deus no seu estado invisível.
Os primeiros 7 dias da Génesis são dedicados às sagradas criaturas vivas, os serafins ou sapiências do Pai.
O primeiro ser é Vehuiah, a luz, o nascimento da luz, é o primeiro passo.
E disse Deus: “Exista a luz” e a luz existiu (Gn 1,1-4) ou, traduzindo melhor, “Que se faça a luz” e a luz se fez, unindo as palavras Luxifer, Fiat, Lux, Faet.
Aqui temos o anjo mais amado e mais brilhante do Senhor, que mais à frente vai se rebelar, segundo os relatos das sagradas escrituras.
Esses 7 princípios cabalísticos são transformados em 8, vendo que o zero (0) não pode ser incluído nos arcanos maiores, mas por lei não pode ser excluído por ser o Inominável, aquele que chegou antes de tudo e de todos.
Assim os 7 princípios e o Criador somam 8.
Esse número vai coroar a cabeça no nosso Mago, o arcano nº 1.
Mas voltando à história observem que ao fazer o homem em Gn 1,26-29 Deus diz: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele domine os peixes do mar, aves do céu e animais domésticos.”
Deus os abençoou e disse: “Crescei e multiplicai-vos.”
Em primeiro lugar aqui Deus não está sozinho.
Com certeza ele tem a companhia de outro ou outros seres, que por sinal devem ser semelhantes ao Deus Criador, caso contrário Ele não afirmaria essa frase no plural “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança.”
De facto, Deus não está sozinho.
Ele está acompanhado dos seus primeiros princípios, que realmente são semelhantes a Ele.
Esse primeiro capítulo da Génesis se vela (esconde) entre Deus e seus filhos, que mais à frente se revelará, mudando apenas os nomes do Pai e dos filhos, filisteus e judeus ou judeus e Israel, romanos e judeus, etc.
Após criarem o homem à sua imagem e semelhança também o abençoaram com a bênção dos mares.
Primeiro seria uma forte indicação de que Deus já concluiu os 12 trabalhos, afinal dominar os peixes do mar já é o sal da vida e o último signo do zodíaco, mas é claro que aquele que escreveu o primeiro capítulo da Génesis não escreveu os demais.
Os homens unificaram as cartas e as transformaram em livros que de certa forma tem uma sequência.
Essa Génesis primordial é a obra perfeita da construção do Universo.
Deus constrói aqui a casa e seus habitantes, mas as regras e a manutenção ficam nas mãos do homem e da natureza.
Não se deve deixar de perceber que Deus criou o homem no 6º dia.
Jesus morre na sexta-feira da Paixão.
Dois pólos contrários? Não!
Isso não está errado se observarmos pela óptica divina, que só no decorrer da história será possível ver.
O Pai arquitecto fez o homem no 6º dia e descansou no 7º.
Jesus morre no 6º dia e repousa na mansão dos mortos.
No 7º dia Deus também repousa e volta à vida no dominus dei = o domínio de Deus, dia do domínio, simplesmente dia do homo = homem.
Esse Deus que dorme também é o Deus que se levanta mais tarde e já é homem em meio ao homem (imortal, assexuado).
O descanso de Deus é a morte de Jesus, por isso o respeito pelo 7º dia.
No segundo capítulo da Génesis as coisas mudam de aparência totalmente.
Surge o homem feito de barro, animais também feitos de barro e o homem, que aparentemente era dois em um, terá que ser dividido, separado e assim cometerá o seu primeiro pecado capital, mas antes disso cabe a observação primordial.
Bereshit bara Elohim et hashamarim ve’et ha’arets (no princípio Elohim criou o céu e a terra).
Bereshit bara é uma composição de 12 tribos = 3 x 4 = 12 e 1 + 2 = 3, que é a santíssima trindade perfeita: Pai, mãe e filho, não no sentido de criação da Terra, mas no sentido de criação universal, onde Deus separa dois mundos, céu e terra.
Dentro do macrocosmo Deus separa os planetas (terras) e o céu (universo).
Dentro do planeta é o solo (terra) e o infinito (céu).
Esse é o mundo dos serafins = literalmente os ‘consumidos pela luz’, chamados de ardentes.
Eu prefiro chamá-los de sabedoria forjada pela luz primeira.
Isso seria o Big Bang da ciência.
Essa trindade formada pela união de quatro, a unificação do solo dos 12 planetas para dar vida humana.
Explicando melhor seria como se Deus tivesse usado os componentes desses planetas para dar origem à vida na Terra.
Ele pegou tudo que havia nos planetas e misturou, criando uma simbiose e fez a biodiversidade das formas vivas, seja vegetal, animal ou mineral.
O homem tem duas grandes biodiversidades dentro dele.
A composição animal é a união de um todo, assim como o vegetal também se torna um todo.
- Em uma lenda antiga e pagã Eva não estava disposta a se sujeitar a Adão, pois o achava pesado como uma rocha, mas o Adão não queria ceder sua posição de primogénito de Deus e dizia: “Eu nasci primeiro, estou no meu direito.”
Essa primeira Eva não suportou a indelicadeza de Adão e foi reclamar ao Criador, dizendo que Adão não a amava, pois não a respeitava.
Assim o Pai nomeou Eva de vida e Adão de rocha da vida.
Depois disso Eva passou a ter dificuldades para penetrar no duro coração de Adão, mas Deus ofereceu a Eva o dom da paciência e aos poucos, usando a sabedoria, Eva voltou a fazer a nobre rocha Adão tornar-se seu lar, onde juntos passaram a render frutos da criação.
Adão aceitou a condição de que o amor era o único ser que estava para todo o sempre em primeiro lugar e Eva aprendeu a duras penas a esculpir o homem que ela amava.
Assim as águas podem até cobrir a terra e ser 70% do principal elemento universal (hidrogénio), mas isso Eva deve ao próprio Adão, terra mineral, e a Hélios e outros minerais do Universo, pois é o Adão que chora para dar vida à sua Eva, mas suas lágrimas são doces e não salgadas e das gotas lacrimais desse Adão foram se formando rios, mares e continentes.
Essa primeira Eva que nega Adão é muito semelhante a Caim negando Abel, a Jacó que rouba Esaú, a Judá que vende José ou até mesmo Judas que vende Jesus, etc.
Essas colocações não estão erradas, apenas vou explicá-las melhor quando estivermos adentrando o pescoço do nosso gigante.
Basta dizer que esses seres são o preto e o branco ou a luz e as trevas que Deus separa logo no início da Génese (Gn 1;4). Caim nasceu.
Primeira tradução de seu nome: Shain = fogo temporário, uma vida curta.
Digamos que Caim é a tocha que Prometeu acendeu no carro de Hélios ou Hiperion e essa tocha em dado momento se apaga como a vida dos mortais.
Assim o homem deve ascender a Deus e pegar o fogo da vida por si mesmo.
Esaú era o primeiro (primogénito), mas vende seu direito pelo prato de lentilhas (os pés que carregam o signo de Peixes se tornam símbolo de fartura e abundância para Esaú, mas nesse caso lembramos que o peixe que Esaú acabou de virar fazendo a troca morre pela boca, ou seja, pela matéria).
Mais tarde encontraremos Esaú na pele de Labão, que significa ‘branco’, o tio (irmão) de Jacó, que o faz de escravo, quando foi Jacó que recebeu do pai a bênção de submeter seus irmãos, mas o preto tem muito a ensinar ao branco quando esses podem se unir, e acredite, o tudo e o nada é uma perfeição, aprendiz e professor, pai e filho, etc.
Os Elohins, deuses da criação, são os 10 magos que modelaram o Universo e sempre mantiveram esse equilíbrio entre os pólos, os opostos.
- Essa guerra de irmãos seria como Deus e seu primogénito, o Aïn Soph = Ser luz, Luxifer (luz, força, pensar; toda forma de pensamento é uma luz), “brigando” para seduzir o filho mais novo de Adão.
Deus dá preferência a Abel, Abraão dá preferência a Isaac, Jacó dá preferência primeiro a José e depois, pelas circunstâncias, a Benjamim, Davi dá preferência a Salomão, etc.
Adão no caso é o primeiro alvo.
Para não permitir a profanação de sua criação Deus Elohim o levou para o Éden, uma esfera inferior chamada de Mundo da Formação (Yetsirah) onde habitavam os Elohins.
Lá Adam Kadmon ou Hockmah migrou ou transformou-se no Adam Eva (She heva = Jehovah).
Esse mundo está bem abaixo do Mundo da Criação (Briah) e Emanação (Atziluth).
Assim o mundo de Adão ficou conhecido como Jehovah, o Adão Eva, chamados de máscara de Deus ou a Lua e sua face que não se mostra para os terráqueos.
O castigo do belo anjo, primogénito de Deus, foi ser escravo eterno dos filhos de Adão (está no Corão, na pg. 754, não exactamente neste contexto).
Ele se recusou.
Segundo algumas lendas ele dizia que Adão era de barro e ele era de fogo e não iria se rebaixar.
Deus perguntou: “Ó Iblis, o que te impede de reverenciar aquele que eu criei com as próprias mãos?”
Iblis diz: “Sou melhor que ele. Criaste-me do fogo e o criaste do barro.”
Deus então diz: “Sairás do paraíso e voltarei a vê-lo apenas no dia do Juízo.”
Iblis então diz: “Senhor, concede-me dilatação e perdoa-me por tê-lo matado (Na verdade o homem ainda não estava completo quando Luxifer ou Iblis acreditou tê-lo matado. Era apenas uma parte do homem.)
Faltava ainda a vida mortal, que justamente o anjo Luxifer se encarregaria de fazer mesmo sem saber, pois, a estrela Vénus, também chamada de Luxifer, é a estrela que cabalisticamente deu ao homem a vitória pela eternidade das vidas.
Nas rodas da reencarnação ela está segurando os pés de Cristo e ao seu lado está João, ou seja, Maria Magdalena (Vénus) segura os pés do amado e seu filho (Lua) fica ao seu lado.
Maria ganhou o destaque na Binah, a casa de Deus (Saturno e Juno que sofrem a morte do bem-amado).
Iblis tenta expiar seu erro, mas pega para si a mais difícil missão: doutrinar as ovelhas negras do Senhor.
“Então, por teu poder, eu os farei incorrer no mal, excepto os teus servos predilectos.”
Deus aceitou a proposta de Iblis e disse: “A verdade emanará todo o sempre de mim e a verdade somente eu digo. Com certeza enchei a Geena (Terra) de ti e dos outros que a ti seguirem.”
Isso nos leva a Jacó, que após trabalhar 14 anos para Labão tem que fazer um acordo para se ver livre da escravidão do sogro (irmão).
Ele pede apenas as ovelhas negras e pintadas.
Labão fica apenas com as ovelhas brancas.
- O caos e as trevas (Gn 1,1-5) representam o não-ser, assim como a luz representa o ser.
Mas agora vamos navegar com bastante calma pelas palavras da Gn 1,2.
O capítulo 1 foi criado por Deus unido à sua sabedoria e assim sendo o homem é perfeito como toda a criação até o seu término.
Não havia pecado nem absolutamente nada reconhecido como mal, pois a origem de tudo era boa.
Já no capítulo 2 Deus muda o aspecto de sua obra, mas eu diria que o 1º capítulo é a planta original do projecto e o 2º cap. é a cópia dessa planta original e que de alguma forma não saiu tão perfeita como ela.
O que teria acontecido para não estar tão perfeita como a primeira?
O ponto de partida vamos encontrar nos nomes de Adão e Eva (Gn 5,2).
“Criou-os homem e mulher, os abençoou e os chamou Adão (= Homem) ao criá-los.”
Os primeiros seres da criação carregam na origem um só nome, independente de se Ele ou Ela.
Ambos são chamados de Homem.
Esse Homem Adão Eva ou Jehovah é um ser perfeito e está muito longe do Adam Kadmon.
Esse ser é a vontade (imaginada, a sabedoria) de Deus (Soph), que andava sempre ao seu lado (Provérbios 8,22-30) “O Senhor me criou como primeira de suas tarefas, antes de suas obras; desde outrora, desde sempre fui formada...eu estava junto dele, como artesão, eu estava desfrutando cada dia, brincando todo o tempo em sua presença, brincando com o orbe de sua terra, desfrutando com os homens.”
Deus aqui é o Ser (Aïn).
Esse ser faz o 1º cap. da Génesis inteiro, onde tudo é bom.
Observe que nesse 1º capítulo Deus é chamado apenas de Deus e quando começa o 2º cap. Ele é chamado de Senhor Deus (Gn 2;4,5,7,8, etc.).
Daqui pra frente Deus tem dois nomes: Senhor e Criador.
Ele agora é o ser que pensa, que deu à luz, pois toda forma de pensamento é luz.
Assim o Cordeiro, Carneiro, Áries e rato (no horóscopo chinês) está pronto.
O Ser divinal acordou, despertou a semente germinada.
Entre o horóscopo chinês e ocidental existem claras semelhanças que formulam a criação.
O rato chinês, por exemplo, é a vida que tudo anima, autoproclamado matriz da criação, a unidade completa.
Seu poder dá vida a tudo, pois compreende que tudo é vida, que tudo deve sair do não-ser para o ser.
Assim também é o Carneiro/Áries.
Seu verbo é Ser pronunciado como o indivíduo, o ardor, o inflamado (Ser)aphim (Aphis = boi, touro), o Eu que se fez por si mesmo para dar continuidade à sua obra.
Digo continuidade porque o Ser em si é a marca da obra, só que essa marca é particular como um Éden que jamais será profanado, aliás jamais foi.
É o habitat do Ser.
Aqui acabamos o primeiro capítulo da Génesis e a primeira das três cabeças do nosso gigante.
Vamos tecer suavemente o labirinto do Minotauro e fazer o cérebro do nosso gigante, onde ele vai encontrar sustento, força para projectar suas ideias, ou melhor, para começar a acumular seu mais precioso tesouro: a sabedoria.
- Esse Éden matriz do cap. 1 da Génesis é a planta original de onde o anátema (ser água, não nascido) tirou o exemplo para as filiais planetárias.
A matriz não pertence aos filhos, mas ao Ser.
É o vaso sagrado por onde transbordam os raios de luzes holográficas do retroprojector inicial.
Nele tudo é a perfeição, mas quando as imagens chegam a nós nem sempre a observamos com a mesma perfeição por um motivo bem claro: não temos a mesma evolução que a imagem perfeita tem.
Então observamos a imagem como se ela e não nós, fosse imperfeita, ou seja, julgamos apenas o que vemos e esquecemos de sentir antes de ver o imperfeito.
Só existe na nossa mente e pela nossa própria vontade, mas se somos hologramas do Ser perfeito obviamente já temos um bom motivo para termos certeza da nossa própria evolução, afinal não seremos hologramas pelo infinito eterno.
Fomos agraciados com a herança da sabedoria e essa não é apenas um holograma, mas um bem comum que cria seus próprios hologramas e também os desfaz conforme sua vontade e necessidade de crescimento, compreensão e consciência.
Na segunda fase da construção desse cérebro vamos entrar no meio das emanações projectadas ou literalmente no labirinto da massa cefálica universal.
Isso vai do 2º capítulo da Génesis até o dilúvio.
Matusalém, Lamec, Noé, Henoc (Enoch) e seus filhos caídos e elementos ajudam a construir a Terra nossa e universal, e a Terra, que começa compacta, se quebra após o dilúvio, dividindo-se entre os filhos de Enoch ou Noé.
Antes da queda da torre eles já falam outra língua, que originou nova raça.
A beleza desse 2º capítulo da Génesis nos revela o Senhor Deus múltiplo, tal qual Deus do 1º capítulo.
É necessário observar essa particularidade da Divindade.
Em nenhum momento Ele está sozinho, pois basta observar que Ele, ao fazer o Homem, sempre usa o verbo no plural (façamos).
- Senhor Rabi, quem está junto com Deus ajudando-O a fazer as coisas?
- Essa é uma pergunta muito inteligente, mas posso-lhe dizer que em nenhum momento é Deus que está aqui na nossa história.
- O que? Como?
Eu não entendi nada.
Agora tudo ficou confuso.
É bem verdade que já estava bem confuso, mas com certeza agora ficou mais.
- Não se desespere.
Eu explico.
Os construtores desse Universo que conhecemos são a presença daquele que É, mas aquele que É não se limita a um só Universo.
Para isso Ele delega funções a seres iguais a Ele e a criação do Universo que a Terra conhece foi delegada a seres que são como Deus, o que na íntegra todos são.
O que separa o homem dessa realidade é tão-somente o estágio de evolução.
Até o dilúvio as três primeiras trindades (Deus trino, Senhor Deus trino e Senhor trino) constituem o Universo planetário que conhecemos e logo que anunciam o fim do dilúvio (Gn 8) retornam ao princípio, o novo mundo, com o primeiro Ser como Deus.
Então “Deus” se lembrou de Noé, ou seja, o primeiro mago absoluto assume comando para desembarcar Noé nesse Novo Mundo.
Na verdade, o que eu quero dizer com isso é que a cada conclusão, mudança, transformação, Deus entra em cena e o Senhor sai para dar lugar ao antigo (Urizim).
- Mas vamos voltar a Lamec, aquele que fala para suas mulheres que matará um homem por uma ferida e um jovem por uma cicatriz (Gn 4,23).
As mulheres de Lamec tem nomes sugestivos: Ada e Sela, terra e céu, ou seja, Lamec declara aos céus e terra suas intenções.
E quais são?
Lamec (=Lamed) é braço em hebraico.
Na Bíblia não é tão difícil encontrá-lo.
Moisés e Jesus são as formas mais belas desse braço divino.
Em Números 20,1-11 Miria (seu nome significa água, vida), irmã de Moisés morre e quando isso acontece o povo fica revoltado contra Moisés, pois acabou a água (a Miria =Maria).
Moisés golpeia a rocha com um bastão e brota água.
Em Mateus 27,50-53 a terra tremeu, as pedras reclamaram os sepulcros, se abriram e os santos ressuscitaram, no momento da morte de Jesus.
Em João 19,33-35 o soldado abriu o lado de Cristo com um golpe de lança e jorrou água e sangue.
Se Lamec matou um homem por uma cicatriz e outro por uma ferida eis aí os homens, sem esquecermos, é claro, do homem que o Senhor Deus criou de barro na Gn 2, 21-22.
Ele tira da costela de Adão (terra) e dá a Eva (água).
A cicatriz a que Lamec se refere é a pequena nascente brotando a pequena mancha (= ferida) de água, que a princípio são apenas lagos, mas como Lamec diz que sua vingança seria 70x7, essa pequena mancha vai se transformar no dilúvio universal, que atinge também a Terra e é aí que entra o nosso Eon divinal, o princípio, primórdio, os elementos / substâncias trazidas por Enoch ou Noé e seus filhos planetários.
Na verdade, esse é o mago, fruto sagrado, Num, que deu vida não apenas à Terra, mas aos demais planetas.
Vamos explicar como isso aconteceu.
- Matusalém é a pedra fundamental do nosso Hockmah planetário, cabalístico.
Matsu (solo) = Matsa (chão), Salem (terra) = Matusalém.
Esse nome é composto de dois: solo e terra.
É como se estivéssemos construindo o solo da Terra.
Imagine que do espaço ainda vazio surge o primeiro planeta.
Esse primeiro planeta teria vindo do Ser (Aïn), mas ainda no seu estado não-ser para se tornar ser.
Esse planeta atravessou o mundo invisível para nós e adentrou no que viria a ser o nosso “espaço universal”.
Digamos que Matusalém é um corpo titã, o Senhor dos Titãs.
Biblicamente falando Matusalém não é um planeta em si, mas o espaço ou a mesa onde se sentariam os 12 filhos de Jacó e os 12 apóstolos de Jesus Cristo, ou seja, Matusalém é a casa universal dos planetas titãs.
O solo, corpo, vaso, metaforicamente falando, que recebeu / acolheu os planetas.
A soma da idade de Matusalém é igual a 6, dia em que Deus criou o Homem. 969 = 24 = 6.
Também 24 é a soma de duas vezes 12; (12 + 12 = 24), que seria a perfeição da palavra Bareshet bara 12, o não-ser (12) para o ser (12), o encontro do nada com o tudo primordial, o Deus e o Senhor Deus, o arquitecto e a sabedoria do arquitecto, Mazalot = Matusalém = Matusalém = Hockmah = pedra, água.
O Hockmah é chamado de “sabedoria de Deus” justamente porque se localiza na sephiroth que contém o zodíaco completo.
Do zodíaco surgiriam todos os elementos necessários para a criação da vida universal e humana, macro e microcosmo.
A palavra Hockmah / Hocman é traduzida apenas por sabedoria, a Sophia, mãe que deu vida a todas as coisas, porém seria mais fácil traduzi-la por Via Láctea, terra de leite e mel...e já que é a Via Láctea do Universo podemos também nos ater à tradução da palavra Hockmah / Hocman.
Hockmah também é parte da palavra Binah.
Separadamente Hoc Man Hoc = base, rocha; Man = lago, água, o que nos deixa entre três cartas do tarô ou entre três letras do alfabeto hebraico.
Seriam as cartas 11 Kaph, pedra, 12 Lamed, braço e 13 Mem, água.
Imagine que a letra 11 é uma primeira forma, uma base.
Para facilitar as coisas imagine a letra 11 como uma mão fechada que vai saindo do não-ser e adentra o ser (nosso Universo), mas pára no punho fechado.
A letra 12 (Lamed, braço) vai dar continuidade ao movimento da carta anterior, afinal Lamed significa braço e ferida, ou seja, o nascimento planetário dos titãs e da Via Láctea.
A fenda ou ferida feita no Verso criou o Universo e o alimento lácteo mitológico, bíblico e histórico.
A mão de Deus que surge do nada se estende como um braço gigante e libera o Universo em que vivemos.
É muito importante o número de formação das conjunções astrais dos 12 zodíacos principais.
A quantidade de constelações é de 51 = 6. [70 x 7 = 490 = 49 = 13 Mem, 49 verdadeiro]
Esse braço de Lamed estendido que forma a Via Láctea é o marco para o 3º homem e é só a partir desse ponto que poderíamos dizer que a água da vida ou o leite universal alimentara os planetas, inclusive o nosso, afinal não devemos nos limitar apenas ao nosso planeta, pois se temos vida comum o Universo também recebeu essa dádiva.
Na verdade, os 22 caminhos descritos pelas 22 letras hebraicas são a etapa de evolução conjunta e individual, universal e planetária.
Essas etapas servem também para nos lembrar dos primeiros estágios de evolução da Terra e dos seres que aqui habitaram.
Como eram as primeiras raças de aparência e evolução?
Como serão as próximas e quando chegará o fim definitivo do planeta Terra?
Tudo isso sempre esteve ao alcance de todos, pois os segredos não podem ser escondidos nos céus.
As estrelas os revelam, basta olhar, observar com calma, ler os ditos livros sagrados e outros, fazer associações entre nomes, datas, histórias e tudo ficará bem simples.
Na verdade, é isso que eu estou tentando fazer agora.
- Seguindo a “maldição” do Lamed bíblico 70 x 7 = 49 = 13 (= 4), carta e letra do alfabeto (Mem = lago), que tem valor de nº 40.
Ela simboliza as águas da fertilidade, a mulher, a vida universal.
É o dilúvio que destrói Atlântida, Lemúria e Shangrillá.
Antes das águas choveu meteoros e houve inúmeras erupções vulcânicas, abalos terríveis na crosta terrestre, que dizimaram as raças primárias da Pangéia.
Para salvação das raças teve que vir da casa de Beteiguse / Beteigeuze [casa dos Gémeos, signo de Gémeos, na ponta do bastão (maça) ou espada de Órion.
Órion é uma perfeita harmonia celeste, ao mesmo tempo em que mira sua flecha para o signo de Touro (Plêiades) ergue a maça ou espada para Gémeos].
Esse Órion é chamado de Hércules = glória da terra, mas existe outra constelação com o nome de Hércules.
O facto é que ela não tem semelhança com o mito do herói grego, Tamuz dos caldeus, Osíris dos egípcios, Esaú e Sansão dos hebreus, Al Jabar dos sírios e até Jesus Cristo dos cristãos.
Assim justifica-se a história da origem de Jesus Cristo ser da casa de Beteiguse = Beteigeuze = BetHellen = Belém.
Órion é o ser que vai dar início aos 12 trabalhos para manter uma forma de vida na Terra.
Assim vamos descendo do pescoço do gigante universal, que agora vai ser decapitado como João Batista.
Construída a cabeça Kether = Carneiro, Hockmah = o zodíaco (Libra), Daath, Binah = Touro e Gémeos (ponte dos 2 lados = meia divisão, fronteira).
Essa 1ª trindade fechada em 4 esferas = a sephirah Daath (Câncer) é invisível = uma ponte que liga Hockmah a Binah.
Por ser considerada invisível ela não é contada, mas aqui vamos deixar claro que ela é o fundamento central da trindade, a viga mestra, coluna central, pouco abaixo da cervical.
Essa 1ª trindade é separada do resto do corpo do nosso gigante universal.
Com amor e profunda gratidão,
Luís Barros