21 de maio de 2021

SEBENTA – 72

UM MANUAL PARA A ASCENSÃO

SEGUNDA PARTE

CAPÍTULO VII

RESSONÂNCIA I

VII.1 – ROMPENDO VELHOS PADRÕES

A ressonância ocorre quando um campo responde, por simpatia, a outro campo e trocam energia entre si.

Imaginemos duas cordas de guitarra, igualmente afinadas, uma ao lado da outra.

Pulsamos uma delas para criar uma onda estacionária e veremos que a outra vibrará exactamente na mesma frequência.

Da mesma forma, colocamos o «senhor Irritado» numa sala com outras pessoas e, em pouco tempo, também elas começarão a sentir-se irritadas.

Isto deve-se a que os campos energéticos do «senhor Irritado» estão empestados com raiva, a qual entra em ressonância com os campos dos outros.

Eles podem não se sentir irritados imediatamente, mas, como a raiva é uma energia, não tarda que o corpo emocional de cada um dos presentes detecte a energia que o «senhor Irritado» está a transmitir na frequência «raiva».

As pessoas que a sentirem começarão a ressoá-la, por simpatia, porque os seus campos também possuem energia «raiva», de frequência igual ou similar à que o «senhor Irritado» está a emitir.

Até certo ponto, essas pessoas começam a construir uma onda estacionária de raiva nos seus campos e, de repente, verificam que estão irritadas.

Mas, de facto, elas apenas estão em ressonância com a energia «raiva» do «senhor Irritado» ... que foi quem desencadeou o processo.

Por outro lado, as pessoas que não entraram em ressonância, não terão qualquer ideia por que o ambiente daquela sala se tornou intolerável.

Nós, agora que já sabemos como estas coisas funcionam, o que faremos?

Felizmente, o conhecimento de como funcionam os campos energéticos, propicia uma série de técnicas que podemos usar, tanto para alterar a forma como a energia vibra nos nossos campos, como para enfrentar a energia da realidade de consenso e, assim, recuperar o controlo sobre a forma como eles vibram.

VII.2 - O CHAKRA UNIFICADO

Estamos muito agradecidos a Ariel e a Kwan Yin por terem dado ao planeta a informação sobre o Chakra Unificado.

Trabalhar com Chakra Unificado é o que de mais vital podemos fazer, pois esta técnica reflecte conscientemente uma alteração recente na forma como a espécie humana faz funcionar os seus corpos energéticos.

Tradicionalmente, os chakras tinham forma cónica e estavam localizados em sete pontos do campo do corpo físico; eram os meios através dos quais os vários campos humanos trocavam energia.

No entanto, os chakras estão a deixar de ser cones separados para se tornarem num Chakra Unificado, localizado no coração.

Isto é fundamental porque permite o alinhamento dos corpos físico, emocional, mental e espiritual, e a harmonização das suas energias.

Quando a espécie humana, enquanto ESPÍRITO, estava ainda na fase de densificação energética e a criar o sistema principal de chakras, levantou uma barreira de energia para separar o coração – o quarto chakra - dos outros centros energéticos.

Isto era necessário para assegurar que o jogo do karma funcionasse eficientemente.

Desta forma, os três chakras inferiores poderiam actuar como rodas soltas, dado que o efeito moderador do chakra do coração sobre eles se tornara mínimo ou nulo.

Desta forma, o chakra do coração não interferia na interacção entre os campos da energia básica.

Como resultado, as principais respostas às situações da vida estavam fadadas, necessariamente, ao desequilíbrio e à desarmonia:

- o sexto chakra fornecia respostas intelectuais,

- o quinto chakra proporcionava formas de comunicação vazias e cheias de julgamento,

- (o quarto chakra, por princípio, não interferia),

- o terceiro chakra incentivava as respostas do eu-ego baseadas no poder,

- o segundo chakra induzia impulsos sexuais descompassados,

- o primeiro chakra convidava a um comportamento baseado na sobrevivência e no medo.

Evidentemente, estas respostas eram perfeitas para gerar karma, dado que as soluções mais equilibradas do quarto chakra, baseadas no amor e na compaixão, estavam inacessíveis.

Agora, porém, ao trabalharmos com o Chakra Unificado, reunimos os chakras mais elevados (acima da cabeça) com os sete «tradicionais», conseguindo que todos passem a funcionar de acordo com a frequência da energia que flui através do chakra do coração.

Isto também significa que os três campos mais densos podem ser alinhados, trocar energia e ressoar entre si, tendo o amor como a componente principal dessas interacções.

Expandindo o Chakra Unificado para fora do corpo físico senti-lo-emos como uma onda estacionária carnal; expandindo-o para dentro, senti-lo-emos como um complexo campo de energia onde só uma parte é visível.

Os campos emocional e mental também são energia, evidentemente, embora menos visíveis para a maioria das pessoas.

Assim, finalmente, todos os três campos se podem alinhar num só campo unificado porque encontraram uma gama de frequências do amor – a qual todos podem absorver.

Desta forma, o Chakra Unificado elimina completamente o processamento emocional a que estamos tão habituados, permitindo um alinhamento rápido e fácil dos corpos e a unificação dos campos de energia.

Outra grande vantagem da utilização do Chakra Unificado é que poderemos trazer muito mais energia para o nosso campo unificado.

Estávamos acostumados a usar os sete chakras separados para canalizar e absorver energia para o interior dos campos, também separados; digamos que, de alguma forma, dávamos um aspecto intelectual ou de poder à energia assim canalizada.

Agora, porém, poderemos integrar um espectro energético muito mais amplo, especialmente o que é fundamentado no amor, cuja frequência é mais elevada.

Quando canalizávamos ou realizávamos trabalhos de autocura, talvez tenhamos ouvido zumbidos sempre que a energia deparava com pontos de resistência nos nossos campos.

Não voltaremos a sentir isso, porque os campos e os chakras unificados deixarão de oferecer resistência à energia.

Isto também significa que iremos actuar com propriedade em todas as circunstâncias, uma vez que, automática e naturalmente, seremos capazes de mobilizar a quantidade exacta de, digamos, amor e energia sexual, amor e energia de poder, etc., necessária a cada situação.

Com um Chakra Unificado já não precisaremos de nos preocuparmos se estamos a ser ou a fazer o que é mais apropriado; saberemos que sim!

Finalmente – e isto é o mais importante – o Chakra Unificado permite que vamos incorporando, gradualmente, o nosso eu-espírito, pois o campo mental deixará de filtrar a energia do amor e os campos emocionais deixarão de opor resistência à nossa mais elevada sabedoria.

O Chakra Unificado proverá tudo o que necessitamos e fará com que isso chegue ao interior do campo unificado, no momento e nas proporções exactas.

O TRABALHO COM O CHAKRA UNIFICADO

Basicamente, o processo implica estar numa posição cómoda e descansada, respirando profundamente, absorvendo Luz para dentro do chakra do coração.

Em cada expiração, visualizamos o chakra do coração a expandir-se em todas as direcções, como se fosse uma esfera.

À medida que inspiramos e expiramos, expandimo-lo por forma a que vá abarcando, sucessivamente, os pares de chakras:

o terceiro com o quinto,

o segundo com o sexto,

o primeiro com o sétimo,

o ómega com o alfa,

o oitavo com os joelhos,

o nono com os tornozelos,

o décimo com os pés.

Os chakras alfa e ómega têm estado latentes até agora, mas acabam de ser reactivados.

O chakra ómega, a cerca de 24 cm abaixo da base da coluna vertebral, liga-nos à consciência planetária.

Assim, a ligação à terra que realizávamos através do chakra raiz, deve passar a ser feita, através do chakra ómega; por sua vez, o chakra alfa, a cerca de 24 cm acima da cabeça, favorece o contacto com o nosso Corpo de Luz da 5ª dimensão.

Assim, o nosso Chakra Unificado passará a ser uma esfera de luz dourada, de 6 a 15 metros de diâmetro, a qual será o centro do nosso campo unificado que poderá vir a atingir vários quilómetros de diâmetro.

Dado que o campo espiritual coexiste com este campo unificado, o passo seguinte é pedirmos ao nível apropriado do nosso eu-espírito que funda a sua energia com a do campo unificado, a partir do chakra do coração.

Depois disto, podemos continuar e experimentarmos-mos a nós mesmos como um ser verdadeiramente multidimensional, expandindo a esfera do Chakra Unificado até que ele abranja:

o chakra onze – o nível da nossa alma grupal,

o chakra doze – o nível crístico e do nosso eu-espírito,

o chakra treze - a presença do EU SOU,

o chakra catorze - a Fonte.

O Chakra Unificado evita o tradicional sistema de chakras separados que lidava com a energia selectivamente.

Aqui, quando recebíamos energias de ira ou poder do exterior, respondíamos inconscientemente, por exemplo, com o primeiro chakra (medo) ou com o terceiro (contraposição de poder), isto é, ou desatávamos a fugir ou fortificávamos-mos para defender o nosso território!

Agora, porém, com o Chakra Unificado, surge um padrão completamente novo: responderemos com o nosso ser completo, incluindo o ESPÍRITO, de tal forma que poderemos agregar uma poderosa dose de amor ao nosso espectro energético.

Ao nível do eu-ego, podemos continuar a fazer como fazíamos antes; só que, agora, os campos das outras pessoas passarão a receber de nós energia de amor embora, no início, isso as possa deixar um pouco confundidas por não estarem habituadas!

Portanto, como dispomos da energia de amor nos nossos campos, continuaremos a sentir a calidez dela dentro de nós mesmo se alguém nos «atacar»!

Em algum momento desse episódio, ou nós ou o «atacante», ou ambos, começarão a sorrir e, de repente, a tensão desaparecerá.

É por isso que o Chakra Unificado é a panaceia perfeita para tudo o que nos apoquenta.

Recomenda-se a unificação dos chakras várias vezes ao dia.

Com um pouco de prática, seremos capazes de decretar para nós mesmos: «unifiquem-se!» e, instantaneamente, converteremos todos os chakras em um só, unificado.

E que tal se usarmos este «remédio» com fins construtivos, em vez de para destruir?

Apesar da energia do ESPÍRITO ser de alta frequência, ela gera ondas estacionárias cujas frequências – as sub-harmónicas dela mesma - «empatizam» perfeitamente com as bandas de frequência dos nossos campos físico, emocional e mental.

Quando trabalhávamos com o sistema de chakras separados, estávamos habituados a que, por exemplo, o terceiro chakra manejasse as frequências do poder, o quinto e o sexto lidasse com as formas de pensamento, etc.…, mas nenhum deles administrava tudo simultaneamente; mais: somente os chakras abertos permitiam que certas facetas do nosso eu-espírito chegassem aos campos mais baixos.

O Chakra Unificado, porém, permite a articulação completa de todos os aspectos do ser.

As nossas respostas passam a proceder integralmente do eu-espírito, o que significa que passaremos a estar activos em vez de reactivos, a viver ancorados no amor e não no medo; seremos transpessoais em vez de estarmos ancorados na personalidade.

Será então que nos aperceberemos de que até a raiva é uma energia divina!

VII.3 - DESLIGAMENTO DA REALIDADE DE CONSENSO

Existe uma outra técnica que realmente elimina a ressonância com as «transmissões» das outras pessoas e estabelece novas ressonâncias com o eu-espírito.

Nós fazemos parte da enorme consciência colectiva do planeta: E, pelo simples facto de estarmos dentro dela, não só tiramos energia dela, como também lhe acrescentamos a nossa.

Este acto de a nossa energia ser acrescentada a qualquer uma das inumeráveis frequências da rede energética consciente deste planeta, nada mais faz do que aumentar a energia dessa frequência.

A verdade, porém, é que sintonizar com algumas dessas frequências não é nada divertido!

Por exemplo: se estamos preocupados com questões financeiras, entramos em ressonância e intercâmbio com a energia de escassez de todo o planeta.

Isto é, não só lhe acrescentamos energia através da nossa preocupação, como também extraímos dela a vibração «preocupação financeira» que já lá está.

Isto significa que a nossa energia emocional e mental entra em ressonância com a energia de escassez dos outros.

À medida que a taxa de vibração do planeta (e dos nossos campos de energia!) for aumentando, qualquer pessoa que vibre na frequência «medo» começará a sentir-se cada vez mais incomodada; de igual forma, à medida que formos desenvolvendo a capacidade de manifestação a partir dos nossos campos, começaremos a dar-nos conta de que qualquer energia que desejemos experimentar manifestar-se-á muito mais rapidamente no quotidiano.

Assim sendo, o que podemos fazer para nos desligares das energias da personalidade, baseadas no medo, e lograr a ligação com as do ESPÍRITO?

TÉCNICA DE DESLIGAMENTO DO EU-EGO/LIGAÇÃO COM O EU-ESPÍRITO

Imaginemos o painel de uma antiga central telefónica, cheio de fios e de entradas para as cavilhas que podiam ser introduzidas em qualquer uma delas para estabelecer as ligações.

Imaginemos que as entradas da zona inferior do painel estabelecem ligação com a realidade de consenso: «Medos», «Crenças», «Vícios» ou qualquer outra coisa desagradável ou pouco divertida.

Imaginemos que, ao invés, as entradas da parte superior do painel estabelecem ligação com energias divertidas e envolventes do ESPÍRITO: «Alegria», «Riso», Abundância», «Viver o presente», «Criatividade», «Expressão Divina» e outras posturas saudáveis.

Se é certo que, quando não estamos envolvidos com o ESPÍRITO estamos a ressoar uma das frequências desagradáveis da realidade de consenso, também é certo que podemos escolher com quem, ou com o que queremos entrar em ressonância.

Ora, se sentimos ou pensamos de forma negativa é bem provável que esse isso resulte de estarmos ligado nos buracos inferiores do painel, aqueles que ligam directamente ao medo e seus derivados.

Então, sempre que duvidarmos que somos um ser imenso e multidimensional, imaginemos que retiramos as «cavilhas» das entradas da zona inferior do painel que estabelecem ligação com a realidade de consenso e mudamo-las para as que acedem às energias divertidas do ESPÍRITO e à realidade que isso nos proporcionará à medida em que a formos incorporando.

A realidade de consenso é muito sedutora, porque passamos uma vida inteira imersos nela; e, como a conhecemos muito bem, ela já não nos prega surpresas: temos sempre a certeza de que «o pior acontece» e suspiramos de alívio quando «o pior acontece» primeiro ao vizinho do que a nós.

Notemos quantos engarrafamentos ocorrem nas auto-estradas, não pelos acidentes em si mesmos, mas por causa dos mirones que querem constatar e aperceber-se da gravidade do desastre.

Existe, evidentemente, quem tenha interesse em que nos mantenhamos emaranhados nessa realidade.

No entanto, cada vez mais frequentemente encontraremos pessoas empenhadas em construir uma realidade alternativa à do consenso, baseada na alegria e no amor, em vez de no medo - essa emoção que lhes serve de bitola para avaliar até que ponto uma coisa é boa ou má.

Esta realidade alternativa também está à nossa volta.

Trata-se de um novo conjunto de energias - de frequências muito mais elevadas – com as quais, depois de assimiladas, podemos entrar em ressonância.

Antes, porém, temos de deixar de contactar, por empatia e telepatia, com quem está atascado na energia «medo», porque a energia dessas pessoas vai tentar entrar em ressonância com os nossos campos de uma forma muito natural e imparcial, não porque elas queiram «contaminarmo-nos»..., mas porque é assim que a energia funciona!

Existem muitas razões que podem levar os nossos campos a ressoar com a realidade de consenso do status quo.

A primeira é que nascemos nela; enquanto bebé, possuíamos campos limpos (excepto no que toca àquilo que o nosso eu-espírito lá tinha posto. Notemos como os bebés estão sempre entusiasmados pelo ESPÍRITO, ainda que estejam a chorar!).

Nessa altura da nossa vida éramos como uma esponja, pronta para absorver tudo o que aparecesse no caminho.

E, a verdade seja dita! – fizemos isso muitíssimo bem!

Através dessa absorção podemos ter recolhido, por exemplo, as seguintes «impressões»:

«Devo trabalhar duramente para conseguir vencer na vida.»

«Sou um macho provedor; sou uma mulher dependente.»

«O amor é caprichoso; não caias nas suas armadilhas.»

«Se não fores o primeiro, não serás nada.»

«Isto é demasiado bom para ser duradouro.»

A lista é interminável.

Trata-se de uma colecção de formas de pensamento completamente ultrapassadas que repescamos no «agora» e projectamos sobre os acontecimentos futuros.

Aprendemos isto com os nossos pais, parentes e amigos, nas escolas todos eles infectados, evidentemente.

Portanto, sempre que contactamos com o campo de alguém que esteja a transmitir numa frequência – seja ela positiva ou negativa - que poderemos ressoar, captamos essa vibração, amplificamo-la e devolvemo-la à pessoa que a emite como uma espécie de retroalimentação; logo depois recebemos de retorno uma dose ainda mais poderosa, voltamos a amplificar e a devolver e assim sucessivamente.

É como o som de um alto-falante que se retroalimenta do som do microfone, e assim sucessivamente.

Bom, e tudo isto ocorre antes que nos apercebamos, sequer, se a retroalimentação é positiva ou negativa.

Se nos for útil, permitimo-la; mas se a sentirmos como perniciosa, recusamo-la prontamente, pois poderá arruinar a harmonia desse dia, sem que nada tenhamos feito para que tal sucedesse excepto mantermos-mos dentro dessa parcela da realidade de consenso planetária.

Portanto, livramo-nos dessa vibração pesada que impede que nos sintonizemos com a «estação» favorita chamada ESPÍRITO.

COMO CONSEGUIR A SINTONIA COM O ESPÍRITO?

Começamos por prestar atenção e tornamo-nos perfeitamente conscientes do que os outros estão a dizer, a pensar ou a sentir.

Mais importante ainda: tentamos perceber de que forma isso nos afecta.

E, se sentirmos que alguma energia de baixa vibração «infectou» os nossos campos, purgamo-los imediatamente; afinal, trata-se somente de energia.

Expulsamo-la através da expiração intencional ou por centrifugação.

Quando olhamos para as pessoas na rua, somos capazes de as ver como gloriosas projecções do ESPÍRITO?

Temos pensamentos ou emoções que nos levam a julgar: «eu sou melhor do que; ele é pior do que»?

Talvez não gostemos de determinada pessoa, mas será que respeitamos o ESPÍRITO nela, sem nos importarmos de quão oculto esteja?

Somos capazes de aceitar um comportamento cheio de erros como sendo perfeito para quem o tem?

Desviamos o olhar perante uma cara desfigurada?

Sentimos-mos melhor do que um vagabundo ou um sem-abrigo que vive de esmolas?

Se assim for, ainda nos sobram algumas «impressões» para deitar fora!

Bom, mas não nos sintamos como se tivéssemos acabado de chumbar num exame de espiritualidade, pois todos estes itens não passam de conceitos.

Olhemos para eles, amamo-los e deixamo-los partir; serviram-nos ao longo de todos estes anos, mas, agora, já deixaram de ser necessários.

E no que toca às circunstâncias da nossa vida?

Aceitamos ser responsáveis por tudo o que nos acontece de desagradável:

o acidente de automóvel,

o despedimento,

o tecto que deixa entrar água,

a discussão lá em casa,

a falta de uma parceria?

Nós criamos os acontecimentos de cada minuto da nossa vida a partir de algum dos níveis do nosso ser.

E, - quer saibamos disso, quer não! - os conteúdos dos corpos emocional e mental desempenham um papel preponderante.

Não existe nenhum elemento de acaso no Universo.

Em algum nível, seja do ESPÍRITO, seja da personalidade, nós criamos o que experimentamos a cada minuto.

Se o Universo não funcionasse assim, isso significaria que os outros seriam capazes de colocar «coisas» nos nossos campos, sem a nossa permissão; significaria que as nossas experiências nada teriam a ver com os conteúdos dos nossos campos.

Permite que nos asseguremos que o Universo não funciona assim!

Não estamos a dizer que, conscientemente, desejemos tudo o que ocorre na nossa vida; o que estamos a dizer é que provocamos e fizemos com que tal acontecesse.

Portanto, em algum momento, alguma parte de nós desejou tais coisas.

Por exemplo: se elegemos uma «impressão» que nos faz ver a vida como um trabalho duro, só para «peritos»... talvez nos confrontemos com uma série de provas duras que, evidentemente, comprovam que essa «impressão» estava certa.

Aceitamos, porém, que isso poderá ter sido o que era apropriado para esse momento, ou fase, da nossa vida!

Nós criamos as nossas próprias realidades porque o Universo se reajusta a si mesmo, fielmente, para poder reproduzir o «padrão» que concebemos.

A nossa vida é, pois, um reflexo perfeito dos «padrões» que vamos criando a partir das nossas crenças.

A realidade que experimentamos, hoje, reflecte a nossa noção acerca do que é a realidade.

Se pararmos para pensar verificaremos que, se não fosse assim, o Universo estaria à mercê do acaso.

As pessoas que nos rodeiam não só fazem parte do nosso holograma, como também reflectem, sobre nós, a noção que elas têm acerca da sua própria realidade.

Se não interagíssemos vibratoriamente com as outras pessoas não disporíamos de base para estabelecer as relações, quer de atracção, quer de repulsão.

As coisas funcionam assim: cada vez que algo significativo nos acontece, a memória e as emoções dessa experiência são armazenadas como formas geométricas de alta frequência (mais especificamente como tetraedros), nos campos mental, emocional e físico as quais, eventualmente, poderão reforçar outras que já lá existam!

Por exemplo: se o «quadro de realidade» acerca de nós mesmo for: «não passo de um insignificante ser humano, sem qualquer valia», e alguém nos menospreza, nós assimilaremos experiência como um reforço mental e emocional do «quadro de realidade» que guardamos acerca de nós mesmos.

O pior de tudo é que esta baixa energia tende a ficar presa nos nossos campos vibratórios.

Pelo contrário, se o «quadro de realidade» acerca de nós mesmos for positivo, perceberemos que a outra pessoa não está a ofender-nos, mas a reagir a alguma «ameaça» que representamos para ela: foi algo que fizemos ou dissemos, algo que tem a ver com a forma como a vemos, que lhe despertou certas memórias que nada têm a ver connosco.

Neste caso, guardaremos a energia negativa deste episódio de «menosprezo» apenas como uma recordação, sem qualquer carga emocional.

Se duas pessoas se encontram dispondo de quadros de realidade similares, as formas geométricas deles podem interagir e misturar-se porque «o similar atrai o similar».

Assim, se um homem e uma mulher crêem que os homens são poderosos e as mulheres fracas, as suas geometrias irão encaixar-se, misturar-se e permanecer juntas, o que significa que se encerraram numa relação «pegajosa».

Por outro lado, se duas pessoas se encontram e ambas crêem na sua própria maestria, as suas geometrias também irão encaixar-se, mas não ficarão atascadas porque os seus sistemas de crenças estão abertos.

Devido ao facto de as suas geometrias girarem muito mais depressa, a energia fluirá constantemente, para fora e para dentro, dos seus campos.

Por conseguinte, consideramos o que gostamos ou detestamos nos nossos campos, nas nossas emoções e pensamentos, nas circunstâncias da nossa vida e da dos nossos amigos.

Desejaríamos fazer alguma alteração?

Qualquer coisa que nos desgoste informa-nos acerca da composição e organização dos nossos campos; caso contrário a energia limitar-se-ia a passar sem dar sinal, e não teríamos dado por nada.

Mas não foi isso que aconteceu: ela atingiu algum dos nossos «nós» energéticos e, ao reforçá-lo, apercebemo-nos dele.

É claro que fomos nós quem lá pôs esse «nó», mas… será que ainda precisamos dele?

Se não precisamos, declaramos-mos senhor dos nossos próprios domínios e eliminamo-lo dizendo o seguinte:

Eu sou um mestre da expressão divina.

Reconheço que sinto mas isto já não serve ao meu caminho rumo à Luz.

Com a ajuda da força da Graça, liberto essa energia.

Que, em nome do Pai, retorne ao Universo e seja transmutada na mais bela forma de Luz.

De uma forma sistemática, desfazemo-nos de todo o equipamento velho que fomos coleccionando ao longo dos anos.

Não precisamos dele onde temos de ir; antes pelo contrário, apenas atrasará o processo.

Já tratámos do caso da vergonha, mas existe outra carga especialmente pesada: a culpabilidade.

Também isso é energia velha, da qual nos podemos livrar da seguinte forma:

VISUALIZAÇÃO PARA ACABAR COM A CULPABILIDADE

Uma após outra, juntamos no nosso campo visual interno todas aquelas pessoas com quem tenhamos tido relações perturbadoras ao longo da vida: pais, parcerias, filhos, chefes, senhorios, etc.

Sabendo que o acto de visualizarmos uma pessoa nos põe em contacto com o nosso eu-espírito, convocamos essas pessoas para este tipo de reunião (se preferirmos, visualizamos uma de cada vez) e dizemos-lhes, interiormente ou em voz alta:

Perdoo-vos qualquer dor que me tenham provocado,

pois tudo o que se passou entre nós foi feito em cumprimento de um acordo prévio.

Amo-vos a todos incondicionalmente.

É irrelevante se eles crêem que nos provocaram ou não a dor que referimos; o importante é o que sentimos, isso que está encravado nos nossos campos.

Agora, pomos-mos em frente do espelho e fazemos o mesmo com a nossa própria pessoa:

Perdoo-me por todas as vezes que me pareceu ter cometido erros,

que falhei ou desperdicei uma oportunidade.

Agi assim com base num acordo prévio e tenho plena consciência do que aprendi com a experiência.

Lembramo-nos de que um Mestre nunca falha; tudo se passa da forma como ele pretendeu; a única coisa que um Mestre tem de fazer é servir a Luz.

Agora, estamos perto do fim: já dissolvemos as «impressões», os julgamentos, o medo e - o mais importante de tudo – o autojulgamento.

O que é que ainda sobra?

Talvez algumas coisas relacionadas com as encarnações.

Se assim for, repetimos a rotina do perdão nestes termos:

Perdoo a qualquer um que me tenha magoado nesta encarnação ou em qualquer outra,

em qualquer lugar ou em qualquer plano.

Perdoo todas as dívidas e apago todos os karmas.

Elejo a Luz para mim e para todos os meus eu-mesmo.

Dizei-mos isto com sinceridade e com intenção.

No início, talvez nos sintamos pouco convencidos acerca dos resultados; chegará um momento, porém, em que sentiremos, plenamente, que fomos bem-sucedidos.

É impossível enganarmo-nos se, realmente, perdoamos a nós e aos outros.

Nem sequer é necessário que forcemos o processo intelectualmente só porque «é uma coisa espiritual que tem de ser feita».

Para sabermos se perdoamos ou não, observamos o grau de gratidão: ter-nos-emos libertado quando nos sentirmos agradecidos à «impressão» ou à experiência mesmo que seja bastante desafiadora como, por exemplo, um incesto, uma violação, etc.!

Ao nível da alma, sentiremos um apreço profundo por nós mesmo e pelos demais por nos terem sido úteis em condições tão desafiadoras.

Semelhante serviço exige um amor e uma compaixão grandiosos.

E lembramos: não existem vítimas, mas apenas co-criadores: nós concebemos a natureza das nossas «impressões» e pedimos aos demais que «participassem no jogo»!

Ao encarnarmos, construímos vários bloqueios e registamos alguns votos quer na personalidade, quer nos corpos de energia que nos impedem de saber quem realmente somo.

Mas o nosso eu-espírito pode dispor do momento em que nos libertaremos desses bloqueios e votos, não só individualmente, mas, também, toda a linha de sangue desde o começo da história!

Dado que esta técnica é muito poderosa e afecta cada um dos nossos ancestrais, tivemos de pedir uma licença especial aos vários concílios para poder dispensar esta informação.

Assim, se sentirmos que estamos identificados com ela, dizei-mos o seguinte com toda a intenção - quer seja sozinho, quer em grupo, ainda que em grupo o trabalho seja muito mais potente:

Neste momento,

rescindo qualquer tipo de voto que tenha feito para experimentar a ilusão da inconsciência.

Enquanto portador de Luz para a minha linhagem genética,

quebro esses votos,

em relação a mim e a todos os meus ancestrais.

Declaro nulos todos estes votos e cancelo-os em relação a esta encarnação e a todas as outras ao longo do tempo e do espaço,

em relação às realidades paralelas e aos universos paralelos,

assim como às realidades alternativas e aos universos alternativos de todos os sistemas planetários,

de todos os sistemas da Fonte,

de todas as dimensões.

Peço a libertação de todos os cristais sombrios,

«impressões»,

formas de pensamento,

emoções,

matrizes,

véus e memórias celulares,

dos quadros de realidade,

das limitações genéticas e da morte

AGORA!

Pela Lei da Graça e pelo Decreto da Vitória

pelo Decreto da Vitória

pelo Decreto da Vitória!

De acordo com a vontade do ESPÍRITO,

peço para Despertar;

de acordo com a vontade do ESPÍRITO,

estou desperto!

No início,

EU SOU O QUE SOU!

Isto limpa tanto a cave como o sótão!

Chegou o momento de gerirmos pessoalmente a assimilação de uma nova energia nos nossos campos.

Ou seja, chegou o momento de estabelecermos contacto com o ESPÍRITO!

 

Com amor e profunda gratidão,

Luís Barros