UM MANUAL PARA A ASCENSÃO
PRIMEIRA
PARTE
CAPÍTULO IV
ORIGEM DAS
ESPÉCIES
Já tínhamos
dito antes - e esta é, provavelmente, a declaração mais importante que fazemos
- que o ESPÍRITO é a nossa verdadeira natureza.
Aquilo que
cremos ser é, apenas, um dos muitos «eu» projectados ao longo do tempo e em
vários lugares deste e de outros planetas, em universos que nós ainda não
descobrimos.
No entanto,
nada disto minimiza aquilo que percebemos como «Eu»; pelo contrário, nós
somos um ser imenso, multidimensional, uma magnífica expressão da Fonte, a
qual, brilhante e amorosamente, trabalhamos, juntamente com outros, para que
realizasse a função do ESPÍRITO.
Em nenhum
outro lugar, em nenhum planeta de qualquer universo, existiu uma criação como a
nossa!
O simples
facto de sabermos que somos parte integrante dessa façanha tão grandiosa deveria
incrementar, incomensuravelmente, o significado da nossa vida.
Na nossa
qualidade deste verdadeiro e surpreendente ser, decidimos que, devido a um
propósito muito especial, encarnaríamos neste planeta e neste emocionante
momento da história.
O resultado
de tal decisão é, evidentemente, o «Eu» do qual estamos conscientes.
Porém, não
dêmos muita credibilidade a esse maravilhoso ponto singular de consciência,
focalizado no aqui e agora que é este «Eu».
Se
tivéssemos a mais simples noção do processo através do qual existimos,
ficaríamos assombrados do poder que detemos.
Portanto, tratemos
de nos vermos a nós mesmos como o ESPÍRITO gozando de uma experiência humana, e
não o contrário.
Mas, então,
poderíamos perguntar:
- Se,
realmente, somos este imenso ser, por que não sabemos que o somos, nem o
sentimos seja de que forma for?
Bom,
deixemos de ler por um momento e tratemos de sentir o nosso ser maior como
uma força suprema e imparável que a si mesma se infiltrou dentro da realidade
da 3ª dimensão como uma gigantesca cunha de energia, da qual, cada ser
humano, é a própria ponta dela.
Aqui,
exactamente onde nos encontramos sentados neste momento, procuremos sentir a
intensa força energética que está por atrás de nós – uma coisa algo confusa
para a nossa mente, é certo, mas que está cristalizada, com nitidez, no
conjunto corpo, emoção e mente.
Se formos
incapazes de a sentir, imaginemo-la; o nosso eu-espírito completará essa
imaginação com esquemas, sentimentos ou, somente, com o simples saber que assim
é.… tal como faz a cada momento, aliás!
E, por
favor, se cremos nisto, não nos fiquemos por aqui.
A crença é a
morte súbita da nossa pesquisa da verdade: a partir do momento em
que cremos, deixamos de procurar.
Se não
cremos… não há problema!
Mantemo-nos
na procura por outros caminhos até nos encontrarmos com o nosso verdadeiro ser.
Nó estamos
lá, à nossa espera!
Mas
retomemos a pergunta: Por que não conhecemos o eu-espírito que se supõe que
sejamos?
Isto requer
que façamos um pouco de História.
Há
muitíssimo tempo,
antes da existência da História tal como a entendemos agora, um certo número
de seres não-físicos - cada um dos quais é uma entidade imensa por natureza
própria - decidiu colonizar um planeta para realizar uma investigação em
nome da Fonte.
Um deles
concordou em oferecer-se como voluntário para representar a consciência do
planeta
e alguns outros ajudaram-no a densificar a sua energia por forma a que fosse
descendo através das dimensões.
Entretanto, outros
seres desse grupo dedicaram-se a conceber as matrizes das prováveis formas
distintas de vida que povoariam o planeta – as matrizes que permaneceriam
codificadas, quimicamente, naquilo a que chamamos ADN.
E, mediante
sucessivos abaixamentos de frequência, durante milhões de milhões de anos, a
consciência planetária foi progressivamente irrompendo através da barreira de
energia, na forma sólida que se chama agora Planeta Terra.
Ao longo de
enormes períodos do nosso tempo linear, estes seres criaram projecções de si
mesmos com energia de baixa frequência, ainda que nessa altura em nada se
parecessem com algo físico.
Gradualmente
experimentaram formas de frequência cada vez mais baixa, até
produzirem o que aqueles que possuem visão psíquica denominam formas astrais da
5º e da 4ª, dimensões.
Milhões de
anos se passaram e nós, na qualidade de um desses seres, levamos ainda mais
longe as experiências com o ADN, fazendo com que a energia se
tornasse ainda mais densa dentro de ondas estacionárias de energia, até
conformar corpos quase-visíveis.
Por fim, num
extraordinário acto de criatividade, irrompemos através da barreira
dimensional e criamos estruturas físicas de partículas subatómicas, os
átomos e as moléculas, cobertas pelas ondas estacionárias que também tínhamos
concebido.
Nessa
altura, ainda podíamos dissolver essas formas livremente, bem como criar outras
novas.
Assim nos
divertimos durante períodos incomensuráveis, sem que em qualquer momento nos
identificássemos com essas projecções físicas, cujo número ia aumentando.
Nós sabíamos
que esses corpos etéricos eram os campos de energia que tínhamos criado e
para dentro dos quais irradiávamos energia... somente para nos divertirmos!
À medida que
pretendíamos ir mais longe, estas formas projectadas tornaram-se mais
visíveis (no sentido que hoje daríamos a este termo), mas ainda não havia
consenso sobre a nossa forma definitiva.
Uma pausa
para apreciar convenientemente a natureza brincalhona da Fonte, tratando sempre
de ser mais criativa e, assim, autoconhecer-se através do que pode fazer!
A fim de
desenvolver a experiência, decidimos então dar um passo muito atrevido: projectamos
as consciências para dentro dessas formas!
Isto
proporcionou as condições para que pudéssemos interagir connosco mesmo de uma
forma totalmente nova
- uma forma impossível de alcançar dentro das frequências mais elevadas donde
provínhamos e nas quais nos reconhecíamos como sendo parte da Unidade.
De seguida, permitimos
que as consciências não só se projectassem, mas também passassem a residir
dentro dessas formas físicas, as quais cada vez se tornavam mais densas,
durante lapsos de tempo cada vez maiores.
A
consciência, agora, gozava de duas vantagens: a da 5ª dimensão (donde provinha)
e a da 3ª dimensão, a do físico.
Embora
tivéssemos a capacidade de vibrar em cada uma destas formas, nós mantínhamo-nos
totalmente ao corrente da nossa origem, pelo que não existia qualquer
percepção de superactividade entre elas.
Esta
grandiosa festa de auto-exploração era muito divertida!
E novos
campos de energia foram tentados.
Por exemplo:
nós estabelecemos campos distintos para explorar separadamente os
pensamentos das emoções.
E, – mais
importante ainda - proporcionamos às nossas projecções uma autonomia quase
total, demos-lhes a liberdade para serem entidades por si mesmas, por direito
próprio.
Esta divisão
em dois «planos»
proveitosos e simultâneos converteu-se num ponto crucial da História - o que equivale
a cerca de uns cem mil anos.
O estado de
consciência de cada uma destas formas autónomas ainda tinha conhecimento da sua
natureza espiritual e a separatividade não era, sequer, uma forma de pensamento
conceptível.
Tal
construção mental não existia nesse tempo, (o planeta era, então, o
bíblico Jardim do Éden), nem sequer era possível porque se nos aborrecíamos de
estar em determinada forma física na 3ª dimensão, limitávamo-nos a
desmantelá-la, fazíamos regressar as nossas consciências à 5ª dimensão e
projectávamos outra forma nova!
Então, em
determinado momento da experiência, trocamos a projecção de energia pelo
processo do nascimento físico e determinamos uma forma básica do corpo para a
espécie... a qual estava a densificar rapidamente rumo à sua forma física.
As nossas
lendas estão repletas de memórias antigas de algumas das variedades de formas
que precederam esta estandardização.
Durante
milhares de anos, nós, como ESPÍRITO, gradualmente fomos ficando cada vez mais
fascinados com a intensidade das sensações possíveis nestas formas físicas, pelo que
os campos emocionais e mentais se foram centrando progressivamente nos planos mais
baixos, em vez de no plano do espírito!
A
intensidade e a riqueza da experiência emocional foram totalmente avassaladoras.
E as
sensações, que derivavam do facto de estarmos numa forma densa, passaram a ser
extremamente sedutoras.
A partir
daqui
- nós já conhecemos a história: o nascimento do ego!
Inicialmente,
ainda tentamos que o eu-ego exterior actuasse como uma interface colectora de
informação entre o plano físico e o plano dos eu-espírito... os quais
continuariam a tomar as decisões sobre o que era real e do que tinha de ser
feito a cada momento.
Mas, à
medida que a experiência foi prosseguindo ao longo dos milhares de
anos, o eu-ego, orientado para fora, começou a ter as suas próprias
ideias acerca da realidade e a recorrer cada vez menos… cada vez menos… ao
eu-espírito, orientado para o interior.
O eu-ego
exterior foi-se fortalecendo e a sua identidade começou a mudar desde os
estados interiores do ser para os estados exteriores.
Como
resultado desta mudança, o eu-ego começou a «colorir» o que ia apercebendo e a
julgá-lo como bom ou mau, de acordo com a sensação física.
E foi assim
que o eu-espírito, orientado para o interior, começou a ser alimentado com
informação «pré-digerida» pelo eu-ego!
A
sensibilidade emocional e mental do eu-ego, dirigida para o campo do
eu-espírito, começou a murchar à medida que a energia do campo
físico se convertia, cada vez mais, no ponto focal.
Aqueles dois
«pontos de vantagem» de estarmos simultaneamente na 5ª e na 3ª, dimensões,
converteram-se em pontos separados de consciência e o «ponto de vantagem» da
frequência mais baixa, orientado para o físico, perdeu de vista o «ponto de
vantagem» espiritual.
Durante
alguns milhares de anos, esta brecha de percepção foi-se ampliando até que a
forma do plano mais baixo começou a duvidar da existência do plano mais
elevado, ou a projectá-lo como se estivesse fora de si mesmo, como se fosse um
ser externo.
Ou seja, nós
fraccionamos a percepção acerca de quem eramos e, em decorrência, surgiu o
conceito de deuses, uma vez que os seres que agora compunham a humanidade se
haviam tornado incapazes de se relacionarem com os imensos e multidimensionais
seres… que eram eles mesmos na dimensão superior!
De facto, continuávamos
a receber mensagens e a sentir amor a partir do eu-espírito internos…, mas
interpretávamo-las como se isso viesse dos deuses externos!
Por fim,
para cravar de vez a cunha da separação entre o Espírito e a personalidade,
concebemos um brilhante véu: a vergonha.
Construímos
as vibrações da vergonha dentro das células dos nossos corpos e assim,
finalmente, conseguimos o total sentimento de separação!
O ESPÍRITO
que sabíamos ser converteu-se, pois, numa memória fantasma, facilmente apagada
pela luz rude das novas realidades.
Então,
passamos a reconhecermo-nos como uma personalidade, sem nos apercebermos que
nos tínhamos «amputado» do ESPÍRITO por termos perdido a consciência que
fazíamos parte Dele.
Assim,
pegamos nessa parte heróica e grandiosa de nós mesmos e, através das deidades
fabricadas, convertermo-la em algo externo.
E a vergonha
tratou de assegurar que, aos olhos dessa deidade fabricada, todos víssemos a
nós mesmos como seres «não merecedores».
E, assim, ao
longo do tempo, convertemo-nos em algo separado, exilados num invólucro de
pele, procurando externamente por um Universo que não podíamos entender, presos
no tempo e no espaço, e com uma só saída: a morte.
Toda a ajuda
de que podíamos dispor para resolver a questão limitava-se a um conjunto de
respostas aprendidas, denominado «personalidade»!
Por favor, lembremos-mos
de que planeamos tudo isto desde o início!
Nós, sendo
um dos grupos de seres que empreendemos esta experiência, tínhamos decidido ver
quão longe poderíamos chegar na capacidade de separar as percepções da nossa
natureza, do ESPÍRITO puro.
Foi precisa
uma enorme engenhosidade para conceber e criar os véus que haveriam de separar
as duas dimensões,
de tal maneira que encarnaríamos sem qualquer memória de quem éramos.
Um destes
véus surgiu quando o nosso espírito colectivo tomou uma decisão que haveríamos
de afectar cada uma das encarnações ao longo dos seguintes duzentos mil anos, e
que alterou completamente a natureza, o propósito e o conteúdo da vida humana
neste planeta: nós inventamos o karma!
IV.1 - O
KARMA
O
impulso natural da Fonte é descobrir cada vez mais acerca de Si Mesma.
É
por isso que tudo existe em todo o lado!
A
Fonte sabe que a sua natureza é estar em harmonia plena em Si Mesma.
Por
outras palavras, a Fonte ama-se a Si Mesma.
Para
explorar este amor, todavia, precisa de uma posição fora de Si Mesma; precisa
de ser capaz de se sentir separada e, então, voltar a olhar para Si Mesma e
experimentar esse amor por Si Mesma.
A máxima
eficiência é conseguida quando a parte que está a observar tem a sensação de
estar separada da Fonte, mas, apesar disso, ama a Fonte como se não estivesse
separada.
Assim, nós
concluímos que o cúmulo da satisfação viria quando uma parte de nós mesmos -
aquela que a si mesma se percebia como separada - chegasse a amar a Fonte a
partir da sua própria vontade.
Portanto,
decidimos continuar a fazermo-nos encarnar neste planeta, aceitando o risco
potencial que isso significava para a espécie.
Como
entidade grupal tentamos, então, uma experiência surpreendente, algo muito
atrevido e único no Universo: decidimos apagar, das nossas projecções que já se
tinham tornado autónomas, qualquer conhecimento e qualquer sentimento da
unicidade essencial com a Fonte.
Decidimos
que, no momento do nascimento, se levantaria um véu entre a consciência e o
ESPÍRITO, de tal forma que o recém-nascido esqueceria a sua verdadeira
natureza.
Nós, que estamos
agora a ler estas palavras, aceitamos voluntariamente essa amnésia, ao nascer!
E, assim,
apagamos toda, ou grande parte, da memória acerca da natureza dos nossos
espíritos, nos eu-ego encarnados.
Seriam essas
projecções de nós mesmos – que, entretanto, se tinham autonomizado e surgiam no
planeta como seres humanos – seriam elas capazes de se aperceber das suas
verdadeiras naturezas, durante as passagens pelo plano físico?
Ou
desencarnariam na ignorância para se sentirem surpreendidos quando se reunissem
com o eu-espírito?
E como
tratariam os outros que estavam no mesmo plano, nas mesmas condições?
Reverenciariam
respeitosamente a evidência do espírito neles e no planeta ou, pelo contrário,
sentir-se-iam tão separados das suas próprias naturezas que negariam essa evidência?
Se assim
fosse, acabariam por vê-los como uma ameaça e decidiriam combatê-los?
Certas
regras foram inventadas para servir de guia a estas interacções dentro do jogo.
Assim,
qualquer intercâmbio entre dois seres encarnados – com base na amabilidade ou
na crueldade - deveria acabar sempre equilibrado, quer entre eles mesmos, quer
entre os outros seres do mesmo eu-espírito que estejam encarnados.
Este
equilíbrio é aquilo a que chamamos a Lei do Karma.
Recordemos,
por favor, que a Fonte não nos impôs esta Lei que diz que toda a gente tem
de saldar as suas contas; fomos nós, e os outros co-criadores da
experiência, que acrescentamos esta pequena variação ao jogo!
O karma
acabou por ganhar uma péssima reputação devido a este mal-entendido.
A lei que defende
que um acto de crueldade deve ser compensado por outro do mesmo tipo, não passa
de uma limitada interpretação do karma da 3ª dimensão.
A verdade é
que um acto de crueldade pode ser facilmente compensado através de subsequentes
actos de amabilidade ou de perdão por parte da «vítima» dessa crueldade.
No entanto, nós
esperávamos que, através destas pistas, os nossos eu-ego encarnados,
acabariam por se aperceber, ao longo das encarnações, do que estava a
acontecer, sairiam da amnésia... e passariam a aceitar incondicionalmente
aqueles que ainda estavam sob o efeito da tal amnésia!
Um detalhe:
como os eu-espírito operam no tempo simultâneo, uma situação cármica entre X e
Y, durante uma determinada vida, poderia já ter sido equilibrada entre X e Y
naquilo que percebem como uma vida passada.
Portanto, o
verdadeiro objectivo de termos adoptado um sistema baseado no karma, foi criar
situações intensamente emocionais só para vermos como é que os eu-ego do plano
físico seriam capazes de responder.
Assassinariam?
Roubariam? Lutariam devido ao medo?
Ou, pelo
contrário, actuariam a partir do amor para se ajudarem, para se perdoarem e
reconhecer o ESPÍRITO nos outros?
Para que
isto resultasse, a amnésia tinha de ser, evidentemente, total na maioria dos
seres encarnados... embora cada vida específica que experimentássemos detivesse
o potencial de reconhecimento da nossa verdadeira natureza.
A
compreensão
não forçada desta natureza e a onda de amor incondicional que
automaticamente se lhe segue, permite que nós – os jogadores deste «jogo
das escondidas» cósmico – de repente, encontremos aquele que se «escondeu» e
nos apercebamos de que, afinal, sempre fomos nós mesmos!
IV.2 - A LEI
DA GRAÇA
O que
acabamos de descrever é a forma como a brincadeira tem decorrido até agora.
Todavia,
através de um consenso, os eu-espírito decidiram que a aprendizagem através do
karma terminou.
O planeta já
entrou na via rápida da ascensão e nós devemos fazer com que essa
viagem acabe rapidamente.
Não se podem
criar mais desequilíbrios cármicos; e, em relação às «dívidas» que
sobram, nós somos livres de escolher entre apagá-las ou saldá-las até ao fim.
É possível
que, ao longo dos próximos anos, venhamos a testemunhar um notável aumento da
violência, como consequência do trabalho de «limpeza» dos desequilíbrios
remanescentes.
Temos a
esperança de que, agora, já possamos reconhecer as razões pelas quais os
eu-espírito mantiveram os eu-ego na escuridão: isso foi feito
deliberadamente para se proporcionar a oportunidade de, a partir de todas as
pistas disponíveis, reconhecermos as nossas verdadeiras naturezas, assim como a
dos outros, e sermos capazes de ver a Fonte em todas as coisas.
Para ajudar
a acelerar este processo, nós e a consciência planetária, conjuntamente,
solicitamos aos Elohim que derramassem a sua Graça sobre a Terra - uma
energia que permite sacudir a velha energia dos campos energéticos e romper com
todos os laços cármicos que ainda se mantenham com outras encarnações e com
outros eu-espírito.
A energia da
Graça apaga todos os tipos de karma!
E, no meio
disto tudo, onde fica Darwin?
De facto,
muito do que este capítulo contém passa por cima da Teoria da Evolução, que
explica como é que o homem, e outros seres, evoluiriam a partir da matéria
primogénita.
Bom, isso
foi há pouco mais de 100 anos!
De qualquer
forma, não passou de uma hipótese baseada em evidências muito débeis.
Os
paleontólogos trataram de imaginar o quadro completo do quebra-cabeças da
Criação a partir de uns quantos bocados de osso.
A história
da origem das espécies não é uma progressão linear, de baixo para cima, mas sim
uma densificação não linear de cima para baixo.
Os nossos
eu-espírito tinham coisas mais interessantes para fazer do que se porem a
supervisionar coisas saindo do mar, desenvolvendo pulmões, braços,
pernas e, finalmente, consciência suficiente para poderem relacionar-se com os
seus criadores.
E se, como
alguns acreditam, este desdobramento das espécies é que acabou por «dar origem»
ao eu-espiritual.… porque é que nós pretendemos reencontrar algo que, através
dessa lógica, não existia antes?
Se a
evolução das espécies é que tivesse «dado origem» ao eu-espiritual.… não
haveria nada para reencontrar!
Resumindo: perguntemos-mos
se parece plausível que algo pudesse ter-se arrastado para fora do oceano e
desenvolver uma consciência brilhante, capaz de se auto-introspecção e
explorar a sua própria origem e natureza
Não, meus
amigos, foi a consciência que desenvolveu a humanidade, não o contrário!
Nós somos
ESPÍRITO feito carne;
não saímos do lodo, descemos do ESPÍRITO; tornámo-nos densos até ao ponto de
nos parecer que nos tínhamos desligado, e passamos os últimos milhares de anos
à procura de recuperar essa «ligação».
O ESPÍRITO
nunca desapareceu;
o caminho de retorno sempre esteve aí; só que, agora… dispomos de um elevador
de alta velocidade!
Sintamos a
verdade do que se segue dentro de nós mesmos e vejamos o que nos parece
mais verdadeiro:
1) Somos
algo que evoluiu a partir de uma sopa de proteínas e que, ao longo do caminho,
foi adquirindo os estados de consciência que, agora, nos permitem reconhecer
que a vida não se pode resumir a sermos um descendente dos protozoários?
2) Somos
algo que partiu do ESPÍRITO, que participou de uma experiência de
densificação da energia e abaixamento de frequência, sabendo que, para que essa
experiência resultasse, havíamos de esquecer a nossa verdadeira natureza como
ESPÍRITO?
Imaginemos
que eramos imensamente ricos, vivendo numa mansão grande e bela; imaginemos
que, em dado momento, nos passava pela cabeça saber o que se sente, por
exemplo, quando se vive como um índio amazónico.
É claro que
podemos limitarmo-nos a participar numa viagem de campo e viver uns tempos com
uma tribo, permanecendo sempre consciente de que estávamos apenas a
experimentar ser um índio amazónico.
Todavia, se
optássemos por nos submetermos à hipnose e trocássemos as nossas memórias com
as de um membro da tribo, poderíamos viver um realismo completo: deixando de
estarmos conscientes de nós mesmos, passaríamos a viver, exclusivamente, de
acordo com o padrão de vibração desse índio.
Imaginemos
agora que optamos por esta segunda opção e, anos depois, uma equipa de
sociólogos resgata-nos da Amazónia, devolve-nos a nossa memória original e
reenvia-nos para a nossa bela mansão
Foi apenas
uma experiência, mas, agora, sabemos o que é viver na selva!
Comemos, bebemos,
casamos e vivemos com a tribo.
Talvez até
tenhamos procriado criando réplicas da nossa forma física.
Enquanto
estávamos na selva, talvez tenhamos tido memórias indefinidas de estarmos
«vivendo numa mansão grande e bela», de um estilo de vida onde arranjar comida
não implica matar ou ser morto, enfim, memórias indefinidas de uma forma de
viver um pouco mais civilizada onde a sobrevivência física já tivesse sido
transcendida
Assim, graças
ao nosso eu-ego externo, nós, enquanto eu-espírito, já sabemos – realmente! - o
que se sente quando se vive no plano físico!
A
brincadeira, porém, deixou de fazer sentido!
Se estamos a
receber memórias indefinidas acerca de outro modo de viver ou se, simplesmente,
temos o pressentimento de que a vida é mais do que «isso»; se
sentimos que estamos a perder esse «outro modo de viver» (embora não percebamos
muito bem do que se trata!), então, é porque estamos a despertar para o
facto de que, ao longo de todos estes anos, temos estado no plano físico da
«selva», hipnotizados pelo cenário surpreendentemente realista e por tudo o
que nele ocorre.
Com
amor e profunda gratidão,
Luís
Barros