16 de maio de 2021

SEBENTA – 67

UM MANUAL PARA A ASCENSÃO

PRIMEIRA PARTE

CAPÍTULO III

CAMPOS DE ENERGIA

Observemos cuidadosamente qualquer livro que estivermos a ler.

Vários tipos de energia concorrem para a construção deste objecto: em primeiro lugar, é necessário um invólucro de espaço-tempo, o qual é definido por uma onda estacionária que, literalmente, o define e faz com que esse espaço possa receber a manifestação da energia; no outro extremo da escala, a onda estacionária de cada átomo é um campo com, aproximadamente, a centésima milionésima parte de centímetro.

Milhões de estes átomos constituem as moléculas do papel e da tinta, também elas formando ondas estacionárias.

Algumas delas estão organizadas sob a forma de cadeias de celulose e de outras substâncias químicas, orgânicas e inorgânicas.

Os seus campos, na verdade, estendem-se para fora até ao infinito, mas o invólucro em forma de livro é uma área de espaço de maior condutividade, enquanto que o espaço fora do campo do livro é menos adequado a esta energia.

Esta é a razão pela qual, ainda que a energia decaia verticalmente no limite do campo, não cessa por completo.

Dentro do invólucro do campo gerado para o livro, a energia irrompe através da barreira para formar as partículas subatómicas e semi-físicas que se tornam mais densas a fim de configurar os átomos do papel e da tinta.

Finalmente, biliões de unidades de energia conscientes colaboram manifestando-se fisicamente, de acordo com o que foi visualizado pelo autor, pela pessoa que canalizou a informação, pelo editor e, finalmente, por nós, o leitor.

Portanto, a nossa função é tão vital quanto a do autor para co-criar e manter este livro.

Então, os nossos olhos e o nosso cérebro descodificam os vibrantes padrões da energia contidos nos diversos invólucros e, no meio de um milagre de organização... damos connosco a ler este livro.

Tudo isto, evidentemente, ocorre bem longe da nossa mente consciente.

Como poderíamos concentrarmos-mos o suficiente para ler o que está escrito aqui, ou em qualquer outro livro, se, simultaneamente, tivéssemos de continuar a pensar no que está por detrás da sua existência?

Por conseguinte, o livro que temos na mão é feito de energia, composta por uma variedade de frequências que vai desde aquelas que constituem as partículas subatómicas, até às ondas maiores que definem o tamanho do papel.

Este livro, porém, contêm, ainda, outra frequência: a do autor!

Por fim, a tinta organiza-se nos símbolos (as letras e as palavras) que usou para nos fazer chegar o que desejou dizer-nos, sendo que estes símbolos possuem uma frequência característica, a qual está muito para além da própria tinta.

Os processos através dos quais o significado do que o autor deseja comunicar está codificado nestes símbolos, bem como os processos que nós utilizamos para os descodificar e extrair, são extremamente complexos.

Para nós, a coisa pode resumir-se a «ler» o que está escrito; no entanto, seria preciso escrever um outro livro só para explicar as bases deste processo...  Além disto, a elevadíssima frequência associada à função do autor usa a oportunidade de estarmos a ler este livro para «injectar» muito mais informação para dentro dos nossos campos do que aquela que, conscientemente, absorvemos através da simples leitura.

III.1 - CAMPOS FÍSICOS

Já vimos que o nosso corpo físico é feito de energia consciente, que sabe estar a fabricar as células de um corpo físico; também vimos que esta energia consciente possui um campo que se estende até ao infinito, embora a sua intensidade «quebre» no limite do campo da onda estacionária que o contém.

Assim, apesar de o nível energético ser muito forte dentro da área limitada pelo invólucro físico, o campo pessoal estende-se muito para além do invólucro definido pela pele.

Este campo estendido é, simultaneamente, um transmissor e um receptor, através do qual podemos identificar um perigo potencial que esteja por perto, antes que ocorra.

Aquilo a que se dá o nome de «instintos», na realidade, é o nosso campo estendido que detecta outro campo, quer se trate de um tigre com fome ou de um camião descontrolado.

Igualmente, nós transmitimos sinais energéticos através do nosso campo estendido para que outros os recebam.

Daqui nasceu o ditado: o medo é contagioso.

Algumas pessoas são transmissoras mais poderosos e receptores mais sensíveis do que outras, mas a verdade é que todos os humanos funcionam desta forma, sem excepção.

III.2 - CAMPOS EMOCIONAIS

Vimos, anteriormente, que o eu-espírito manifesta três campos: o físico, o emocional e o mental.

O campo emocional é composto de um tipo de energia que não penetra através da barreira física à maneira das partículas subatómicas, tal como o faz a energia do campo físico.

Não penetra, mas, obviamente, interage com o campo físico uma vez que é no corpo físico que sentimos as emoções!

Assim, as emoções afectam directamente o estado do corpo físico, para o bem ou para o mal.

No entanto, o corpo emocional é um campo completamente separado, com um invólucro maior – digamos entre 60 a 180 cm para além do perímetro do corpo físico - embora, em algumas pessoas, possa ser bastante maior.

Trata-se de um campo percorrido por energias de frequências especiais, algumas das quais são geradas por nós mesmos; outras, captamo-las usando os campos como se fossem antenas.

E é assim que nos relacionamos com uma certa emoção.

Por conseguinte, é fundamental:

- Sabermos quais as energias que nós próprios geramos e quais as que captamos do exterior;

- Sabermos que temos controlo sobre umas e sobre outras!

Suponhamos que, de repente, ficamos furiosos.

Bom, donde proveio essa fúria?

Evidentemente que algo dentro de nós a gerou.

Talvez tenha sido a) a expectativa de que outra pessoa iria comportar-se de determinada maneira e não o fez; b) preparávamos-mos para fazer algo de certa forma e a coisa deu para o torto; c) esperávamos que determinada experiência ocorresse sob um padrão definido e ocorreu diversamente, etc.

O facto de os nossos planos falharem faz com que nos sintamos imprestáveis, e a energia do entusiasmo, que antes nos preenchia, dissolve-se no campo emocional.

Ao sentimento que daí resulta, damos o nome de fúria.

A fúria, porém, pode provir, aparentemente, do nada; neste caso, podemos estar a captá-la de outra pessoa que está dentro dos nossos campos.

Como essa fúria não é nossa, podemos livrarmo-nos dela muito facilmente fazendo girar o nosso campo emocional como se fosse uma centrifugadora, enquanto declaramos que desejamos devolver essa energia ao Universo.

Experimentemos e sentimos como essa energia sai de nós.

Descarregar as próprias fúrias interiores é igualmente fácil: devemos começar por compreender que se trata, simplesmente, de energia... que adora estar em movimento, que se aborrece quando está parada.

Compreendemos, também, que esta energia não é nossa; simplesmente tomamo-la por empréstimo, durante algum tempo.

Então, façamos rodopiar rapidamente os nossos campos e declaremos a nós mesmos:

Esta fúria (medo, ciúmes, etc.) não é minha nem eu sou dela.

Liberto-a de retorno ao Universo.

A energia emocional não é boa, nem é má; simplesmente é.

No entanto, talvez não queiramos livrarmo-nos de outras frequências, por exemplo, as do amor e do bem-estar.

Se sentimos uma emoção como agradável, é porque está a ser captada desde outra fonte: o ESPÍRITO.

III.3 - CAMPOS MENTAIS

O terceiro campo é a morada do intelecto, o qual opera numa banda de frequências ainda mais elevada do que a do emocional, através de uma relação de rotação mais alta.

Qualquer um dos nossos pensamentos é constituído de energia organizada, e é real em função dessa energia.

Os pensamentos, portanto, são estruturas energéticas dentro do nosso campo mental, constituindo, assim, o chamado corpo mental.

Também este corpo deriva de uma matriz oculta - a fonte dessas grandiosas ideias que “nos ocorrem”!

Um pensamento é uma coisa real; a verdade, porém, é que os cientistas da Terra ainda não foram capazes de o medir, embora haja vários projectos que se aproximam bastante.

Muitas experiências já detectaram variações na condutividade das folhas de uma planta, quando o experimentador se aproxima dela com más intenções empunhando uma tesoura de podar!

Um pensamento é uma energia de alta frequência, organizada sob uma estrutura coerente.

Nós transmitimos pensamentos a partir do campo mental tal como quando operamos a partir dos outros campos.

No entanto, só raras pessoas conseguem ler os pensamentos alheios embora sejam capazes de captar as energias físicas e emocionais de quem as rodeia.

A clareza da estrutura e da forma de um pensamento depende completamente da claridade da sua concepção.

Uma estação de rádio que esteja a tocar um disco velho e riscado, irá transmitir música «velha e riscada».

Isto é muito importante, porque as formas de pensamento que transmitimos vão afectar directamente os campos de quem está por perto.

Assim, se tivermos pensamentos claros mas repletos de medo, estamos a transmitir um sinal claríssimo de que esperamos que algo de mal nos aconteça o que é alimentado pelo combustível proveniente das poderosas emoções que acompanham o processo.

E, dado que o Universo se adapta muito facilmente, não tardará a «gerar» o que pensamos.

Afinal, o que se passa, quando isto ocorre?

Quando transmitimos formas de pensamento de medo para dentro dos campos das pessoas que nos rodeiam alteramos, de facto, a sua «disposição».

Quando captam os nossos pensamentos de medo, essas pessoas começam (normalmente, sem se aperceberem) a ver-nos como «uma vítima que espera que ‘aquilo’ lhe aconteça».

Assim, o que estamos a fazer, realmente, é a convidá-las para reforçar a nossa própria mentalidade de vítima o que elas poderão sentir-se compelidas a fazer!

Bem ao contrário, se sabemos estar protegidos pela divindade, não chamaremos a atenção de alguém que ande por perto à caça de vítimas do medo para o reforçar.

Isso não acontecerá simplesmente porque não há ressonância entre nós e esse «caçador»; seremos apercebidos, sim, pelas pessoas que entrem em ressonância com os nossos campos repletos de pensamentos inspirados pela divindade.

É desta forma que criamos a nossa realidade.

Tudo ocorre através da ressonância, a qual é imparcial em face de energia «boa» ou «má».

Assim, tal como dissemos que sucedia com as cordas da guitarra quando trocam, entre si, a energia das ondas estacionárias, as pessoas que captam o nosso medo amplificam-no e devolvem-no à procedência!

Se levarmos o nosso medo para dentro de um grupo, poderemos «amplificar» o medo de todos os membros do grupo a tal ponto que muito rapidamente nos veremos obrigados a ter de enfrentar aquilo que nos mete medo!

Felizmente, a energia emocional do amor e as formas de pensamento cheias de amor são transmitas e ressoam exactamente da mesma maneira embora mais fortemente, dado que estão em harmonia com a natureza do Universo.

Por isso, todas as coisas fluem muito mais facilmente quando possuem essa vibração!

Injectando energia de amor nos pensamentos, não só aumentamos o nosso poder de transmissão, como o Universo se torna cada vez mais maleável e sensível às nossas formas de pensamento.

Uma das vantagens disto é que a concretização desses pensamentos se torna cada vez mais rápida.

Até aqui, deveríamos sustentar uma crença durante anos até que ela se manifestasse na nossa vida; hoje, porém - e cada vez mais - alguns dias são suficientes.

Felizmente, as crenças que são coerentes com a fluência da verdade universal manifestam-se mais facilmente do que aquelas que a contrariam!

III.4 - A NOSSA MENTE NÃO É O NOSSO CÉREBRO

Há muitos cientistas que procuram dentro do cérebro as funções da mente humana.

Isto é o mesmo que investigar o interior de um aparelho de rádio em busca da voz que se ouve, e perguntar como é que os circuitos electrónicos são suficientemente inteligentes para saberem quais as taxas da bolsa de valores, onde estão a ocorrer os engarrafamentos de trânsito, qual a previsão do tempo, e as outras informações que a rádio costuma fornecer!

Obviamente o aparelho de rádio não sabe de todas estas coisas; o que faz com muita eficiência é detectar o campo electromagnético, codificado com toda aquela informação, ou seja, o sinal de transmissão em que se encontra sintonizado!

De igual forma, também o cérebro detecta o que ocorre no campo mental.

Embora o nosso cérebro esteja um tanto limitado pelo hábito do que costuma sintonizar, nós podemos ampliá-lo um pouco.

Nós possuímos uma «estação favorita» à qual dedicamos quase todo o nosso tempo de audição; mas, com um pouco de prática facilmente poderemos deslocar, para cima e para baixo, o nosso «sintonizador de frequências».

Aqueles que fazem isto sem se aperceberem ficam muito confundidos com todas as «estranhas emissões» e os «ruídos de estática» emitidos pelas outras pessoas!

O cérebro, em si mesmo, não sabe nada, evidentemente.

Ele é um milagroso descodificador e tradutor, uma antena surpreendentemente complexa em relação aos campos mental e físico, processando os sinais provenientes dos sentidos externos e correlacionando-os, por forma a oferecer um quadro completo da realidade física.

Quando os nossos olhos vêm um padrão de energia, o cérebro converte esse emaranhado de sinais em imagens de mesas, cadeiras, árvores, etc.

No entanto, as funções da mente - o pensamento, por exemplo - estão ancoradas no campo mental, não no cérebro.

Não pensemos que estamos a minimizar as funções do nosso cérebro.

Na sua qualidade de «bio transdutor» ele é um dos transmissores/receptores de energia electroquímica mais complexos que existem em qualquer plano físico, em qualquer parte do Universo.

E fomos nós, enquanto ESPÍRITO, que o concebemos e desenvolvemos como resposta à necessidade da espécie humana se focalizar totalmente no plano físico.

O nosso cérebro é único no Universo!

Portanto, aquilo que nos parece ser o «Eu», na verdade, não passa de um certo número de campos, cada um dos quais sustenta uma banda de energias surpreendentemente complexas, compostas por um enorme número de frequências interactivas.

Esta combinação de energias, ou marca energética, define a nossa personalidade e é única no Universo!

Estes padrões indescritivelmente complexos que constituem o «Eu» que conhecemos, variam constantemente de acordo com as alterações que, a cada momento, ocorrem nas intenções e nas funções do nosso eu-espiritual.

Assim sendo, torna-se urgente que aprendamos a ser sensível às nossas energias.

Por exemplo, se estamos ocupados e, de repente, a coisa deixou de nos interessar, é bom que paremos e vamos fazer outra coisa... ou não fazer nada.

Esta mudança de estado significa que ocorreu uma deslocação dimensional mais elevada, pelo que a energia, simplesmente, se escapou do que estávamos a fazer.

Também é possível que estejamos num determinado lugar e, de repente, sentimos que temos de sair dali.

Demos-mos a honra de respeitar esse sentimento e saímos.

Não nos desculpemos; dizei-mos simplesmente: «É tempo de me ir embora.»

Embora as frequências energéticas dos campos físico, emocional e mental não se sobreponham, ocorrem ressonâncias extremamente complexas entre elas; por exemplo, a energia do medo do corpo emocional afogará os pensamentos de optimismo do corpo mental.

Distintos tipos de energia também interagem dentro de um mesmo corpo; por exemplo, uma frequência de medo cobrirá, e muito provavelmente excluirá, a frequência do amor.

Isto ocorre devido à forma como estas duas frequências interagem entre si: o medo – quer esteja a ser manifestado como suspeita, ciúmes, arrogância, menosprezo por si mesmo, etc.– é uma energia de baixa frequência que bloqueia a energias de frequências mais elevadas.

Bom, não julguemos o medo como algo «mau» (ele é, de facto, um excelente professor no que toca a determinadas lições), mas encaramo-lo – e isto é urgente – como aquilo que, na verdade, ele é: simplesmente energia!

No entanto, é sempre o medo que está na base dos sentimentos de inadequação, de incapacidade de lidar com a vida ou com algum aspecto específico dela; e, lá bem no fundo, é nele que assenta a sensação de estarmos separados do ESPÍRITO.

Reparemos, no entanto, que não passa de uma sensação de separação, dado que nós, na verdade, jamais estamos, estivemos ou estaremos separados.

Não é assim que o Universo funciona!

O medo pode ter uma magnitude tal que invada completamente os nossos campos e distorça, por completo, todas as emoções e pensamentos.

Isto levar-nos-á, é claro, a interpretar o acto mais gentil como um mero interesse egoísta.

Felizmente, tal como veremos, a emoção do amor actua exactamente da mesma maneira e pode inundar todos os nossos campos.

Provavelmente, aquilo que melhor determina a forma como nos sentimos e até que ponto estamos «em forma», é o grau de alinhamento dos corpos emocional e mental.

Relembramos que um corpo é a combinação de um campo e dos seus conteúdos; assim, quando estão equilibrados, eles posicionam-se simetricamente à volta do corpo físico e vibram na proporção mais adequada.

Todavia, após uma violenta discussão com alguém, o emocional poderá ficar literalmente «torcido», ao passo que o mental, após um trabalho cerebral intenso, poderá dar a sensação de estar localizado exclusivamente à volta da cabeça e de vibrar de forma errática.

Mais adiante veremos algumas técnicas que nos ajudarão a realinhar os corpos, mas, por agora, é suficiente que saibamos que os temos!

III.5 - O SISTEMA DE CHAKRAS

Como é que a energia pode vibrar verdadeiramente se estes três campos funcionam em distintas bandas de frequência e giram em proporções igualmente diferentes?

É aqui que os chakras entram na história.

Os chakras são, não só transformadores da frequência energética, mas também – e por direito próprio – locais de armazenamento.

Existem muitas versões dos chakras, mas poucas explicam qual é, verdadeiramente, a sua função.

Suponhamos que algo de grandioso está a ocorrer num dos nossos campos, por exemplo: um poderoso influxo de energia sexual porque nos preparamos para fazer amor.

Neste caso, o segundo chakra, que está especialmente sintonizado com esta frequência, transforma a energia do campo que se encontra excitado (espiritual, mental ou emocional) em frequências capazes de activar as dos outros campos, em consequência disto, às tantas, todos os três campos entram em vibração com essa energia sexual.

Outro exemplo: suponhamos que alguém surge para ameaçar a nossa sobrevivência.

Este é um «caso» para o primeiro chakra, o qual irá sintonizar-se:

- com o pensamento de perigo (do corpo mental) que está relacionado com a situação;

- com o sentimento de raiva (do corpo emocional) em relação a quem está a ameaçar-nos.

Então, perante este quadro desatamos a enviar mensagens de perigo para os outros campos, se estiverem alinhados, responderão prontamente e actuarão no sentido de nos livrar do apuro; se estiverem desalinhados ficaremos confusos e atordoados: o nosso corpo mental pensará «Vou convencer o assaltante a não me agredir»; o corpo emocional sentirá: «Isto faz-me lembrar quando o meu pai me ameaçava»; e o corpo físico gritará: «Desanda daqui e salva a tua vida!»

Estamos muito agradecidos a Ariel por ter trazido ao planeta a técnica do «Chakra Unificado», uma vez que, mediante este processo, todos nós seremos capazes de, literalmente, expandir o chakra do coração até que envolva todos os outros.

O Chakra Unificado e os campos de energia alinhados são de crucial importância, não só para a sobrevivência, mas também – o que é o mais importante – como ferramentas vitais para poder ascender.

Assim, em certo nível, nós somos constituídos por três campos cada um dos quais consiste em energia vibrando sob inumeráveis frequências diferentes.

Cada campo comporta ou apoia certas frequências das ondas estacionárias e, simultaneamente, actua como antena transmissora e receptora.

A combinação de frequências e amplitudes relativas é única para cada pessoa e, desde um ponto de vista mais amplo, define quem somos como corpo e como personalidade.

Esta combinação ou «assinatura energética» caracteriza-nos individualmente, tal como o timbre de um instrumento musical o distingue de todos os outros, ainda que sejam do mesmo tipo.

As energias dos três corpos interagem entre si sob formas indescritivelmente complexas: os pensamentos afectam o campo físico e emocional; as emoções interferem com os pensamentos e o corpo físico, etc.

Vimos atrás que o conjunto dos nossos campos energéticos pessoais podia entrar em ressonância com outros dois tipos de campos:

1) o das outras pessoas que se encontram por perto;

2) o da realidade de consenso de todo o planeta.

Vejamos o primeiro caso.

Cada pessoa que encontramos apresenta o seu próprio show energético.

Imaginemos que, um dia, resolvemos dar um passeio pelas redondezas.

Sentimo-nos bem-dispostos, positivos, confiantes, sem medo e apetece-nos ser gentis para toda a gente.

Então, de repente, encontramos um velho amigo que se sente muitíssimo preocupado e furioso porque acaba de ser despedido.

O que é que acontece quando os nossos campos energéticos se misturam?

O que acontece é que o corpo emocional do nosso amigo está a transmitir medo e o corpo mental dele está entretido a disparar formas de pensamento negativas.

Entretanto, os nossos campos, é claro, estão a captar tudo isso.

Ora, qualquer frequência «medo» que entre nos nossos campos começa a zunir, sendo provável que comece a formar-se uma onda estacionária.

Todavia, nós também transmitimos vibrações para os campos do nosso amigo; e, como estamos bem-dispostos, é bem provável que uma energia de elevada frequência ressoe nele e faça com que, passado um bocado, comece a sentir-se melhor.

O resultado real de uma interacção deste tipo seria impossível de determinar até hoje, porque desconhecíamos muitas destas coisas de que temos estado a abordar; todavia, a partir de agora é bem diferente.

Vejamos: nós não somos responsáveis pelo que acontece dentro dos campos energéticos do nosso amigo, ainda que possamos saber o que está a ocorrer neles, mas somos totalmente responsáveis pelo que acontece dentro dos nossos próprios campos!

Se nos encontramos com um amigo que se sente miserável, decerto não será um acto de maestria permitirmo-nos absorver essa energia até ao ponto de começarmos a ressoar nessa frequência a menos que precisemos de uma boa choradeira para descarregar algum velho desgosto das nossas células!

Nós somos responsáveis pelos resultados de nos permitirmos entrar em ressonância negativa com outros!

Este género de situação é fácil de detectar e de lidar quando comparada com o segundo tipo de campo, isto é, a realidade de consenso do planeta.

É muito mais difícil de lidar com este tipo de situação porque estamos totalmente imersos nela, tal como um peixe dentro do oceano.

Como já devemos ter reparado, só nos apercebemos da presença do ar quando ele está cheio de poluição ou há nevoeiro.

Ora, o campo energético que contêm a energia da realidade de consenso é muito menos evidente do que isso, especialmente se vivemos dentro dele desde sempre.

Trata-se de um campo que forma uma enorme esfera à nossa volta e à volta do planeta, tal como acontece com o ar.… só que é muito menos benéfica!

Assim, da mesma forma que, cada vez que inalamos ou exalamos, compartilhamos um pouco de ar com todos os outros seres deste planeta, cada vez que temos um pensamento ou sentimos uma emoção também compartilhamos essas energias com a realidade de consenso.

E isto ocorre sem que ninguém faça nada de especial.

Até quando estamos em casa, tranquilamente, sentado na sala a ler um livro, estamos imersos nessa coisa tal como, neste momento, as ondas de rádio de todas as estações emissoras estão a inundar os nossos corpos!

Alertamos para o seguinte: o presente vai ser duro; será cada vez mais duro à medida que as pessoas começarem a atarefar-se para aproveitar os últimos anos que lhes restam para se libertarem do lixo dos seus campos energéticos e resolver quer o seu karma pessoal, quer o que as liga aos outros.

Assim sendo, a última coisa que, por certo, quereremos fazer será sintonizar ao «canal do consenso», sabendo que esse canal só passará filmes de terror!

É uma excelente ideia abandonar o hábito de ver as notícias na TV e, também, de aprender a ser selectivo em relação aos jornais.

Quando não virmos diferença nenhuma entre o Telejornal e um filme cheio de crimes e sangue chegou o momento de pormos a televisão de lado!

Mais: as notícias, em vez de se tornarem mais aceitáveis, tornar-se-ão cada vez mais alienantes, à medida em que as pessoas desejam saber o que se passa com aqueles desgraçados que, no mundo lá fora, vivem pior do que elas!

Não estamos a sugerir que nos tornemos insensíveis aos filmes de horror realizados pelo karma, isto é, aquilo a que muito boa gente chama «as suas vidas».

No entanto, elas acreditam ser vítimas de um mundo «louco» e que é só uma questão de tempo até que um avião se esborrache no seu telhado ou que um autocarro desgovernado lhes entre pela casa dentro.

Bom, será melhor que nos apercebamos que tal gente está a criar uma realidade que, de todo, nós não desejamos compartilhar!

Bem pelo contrário, não tardaremos a aperceber-nos de que já não «sintonizamos» com esse tipo de pessoas, e que, muito simplesmente, passamos a gravitar noutra esfera... na companhia de outros professores!

Se aceitamos que o Universo é benigno e que o nosso eu-espiritual nos ajudará no processo da ascensão, decerto recusaremos a energia do «bom, eu posso ser o próximo!» que preside à realidade de consenso.

O Planeta Terra é único, quer no que respeita à sua densidade, quer no que toca à percepção, quase geral, que os seus habitantes têm de estarem separados do ESPÍRITO.

Em nenhum outro lugar, e em nenhum outro planeta, a densificação da energia e a separação do ESPÍRITO foram levadas tão longe como no Planeta Terra.

Assim foi porque, enquanto ESPÍRITO, nós concordamos em realizar uma experiência colectiva para ver até que ponto poderiam afastarmo-nos da Fonte, até onde poderíamos levar a «separação».

A boa notícia é que tal experiência foi um êxito retumbante e terminou.

Chegou o momento de desmontar o laboratório e voltar para casa.

Assim sendo, no próximo capítulo vamos dar uma olhadela à forma como tudo começou.

Como é que tudo isto aconteceu?

 

Com amor e profunda gratidão,

Luís Barros