19 de maio de 2021

SEBENTA – 70

SEBENTA – 70

UM MANUAL PARA A ASCENSÃO

PRIMEIRA PARTE

CAPÍTULO VI

TRÊS GRANDES MITOS: AMOR, VERDADE, PODER

Uma das limitações causadas pelo facto de negarmos a nossa essência espiritual é perdermos os benefícios de possuir o ponto de vista mais amplo proporcionado por essa verdade.

Como resultado, temos de lidar com imensas distorções nos assuntos do quotidiano.

Há milhares de anos que é assim e, como seria de esperar dada tamanha experiência, é claro que estamos perfeitamente habilitados para interpretar erradamente alguns dos aspectos chaves da nossa vida.

Viver na ignorância foi algo apropriado no passado, porque, se tivéssemos sabido mais, teríamos frustrado o jogo e invalidado parte da experiência que tínhamos decidido fazer neste planeta.

Chegou, porém, o momento de abrir o saco e propor a resolução de três grandes mitos: o amor, a verdade e o poder.

VI.1 - O MITO DO AMOR

O grande mito do amor consiste em que estamos convencidos de que podemos amar alguém, alguma coisa, ou pelo menos, a nós mesmos.

Ninguém pode amar outro; nós não podemos amarmos-mos a nós mesmo, nem amar outras pessoas!

Sabemos porquê?

- Porque o amor não é um «fazer» mas um «permitir ser»!

A energia a partir da qual o Universo está construído possui, em si mesma, uma qualidade: um deleite de ser.

Trata-se da aceitação do direito de todas as coisas serem o que são, da alegria da expressão de todas as coisas, à medida que desfrutamos do nosso direito de ser.

Todos os seres provêm da Fonte e, por isso, têm o direito divino de expressar a sua divindade, tal como todos os seres têm o direito de desfrutar das expressões dos demais.

Assim é porque, na verdade, todos são um só ainda que engenhosamente disfarçados para darem a sensação de estarem separados.

Aceitarmos esta satisfação de nos exprimirmos, assim como o deleite de ver os outros a fazerem o mesmo, é uma experiência maravilhosa, e que constitui aquilo a que chamamos «amor».

No entanto, não se pode «fazer» satisfação ou deleite; só se pode permitir que assim seja e deixar que isso inunde o ser completamente, como qualquer outra emoção.

E, de facto, esta emoção não está condicionada por aquilo que o outro ser possa fazer; baseia-se em conhecer e experimentar a divindade que há nele.

Se alguém que conhecemos está, por exemplo, irritado e agressivo, ainda assim, ele está a expressar a sua divindade ainda que tal forma de expressão possa não nos cativar muito!

Portanto, o amor não é algo que se possa «fazer»; é, sim, a resposta, vinda de dentro, a uma frequência particular de energia que flui para dentro de nós, que vibra através de nós e ressoa à nossa volta, constantemente.

Porém, muitas coisas podem fazer com que nos contraiamos perante o amor.

O medo, evidentemente, impedirá que o sintamos e distorcerá aquele pouco que ainda sejamos capazes de sentir.

O medo não é o oposto do amor; é o guardião vigilante do portão que, muito simplesmente, impede que sintamos, nos nossos campos, altas frequências de energia.

O medo encontra-se enraizado nos sistemas de crenças ou nas opiniões acerca da realidade, embora não tenham qualquer relação com a realidade em si mesma.

O amor consiste em nos permitirmos sentir esta energia em relação a nós mesmos, em relação aos outros e ao Universo em geral.

O amor começa com a aceitação do direito de ser, pessoal e alheio, uma aceitação que vai crescendo até se converter num apreço por nós mesmos e pelos outros, pelas suas qualidades, dons e bondade básica.

E continua a crescer até se transformar numa alegria e numa fascinação que envolve tudo e todos.

Muito bem.

Mas então, o que fazer para que isto te aconteça?

Antes do mais, livramo-nos do medo de estaremos separados do ESPÍRITO, de sermos incapazes de manejar a nossa vida, de sermos melhor ou pior do que os outros.

Quando formos capazes de nos ver a nós, e aos outros, como seres imensos e multidimensionais «embutidos» em insignificantes corpos, esses medos desvanecer-se-ão.

Isto não é nada fácil porque em todos os momentos estamos mergulhados, nadamos, numa espessa sopa de medo, denominada realidade de consenso.

Mas, tal como veremos adiante, isso não passa da opinião generalizada das pessoas acerca do que é a realidade o que não tem qualquer semelhança com a verdade.

Mas também é verdade que essa realidade de consenso fomos nós todos que a construímos ao longo de milhares de anos o que foi de extrema utilidade para o jogo da separação!

Devido aos medos profundamente enraizados que a maioria das pessoas transporta nos seus campos, tornam-se incapazes de distinguir entre o amor e o medo.

Por conseguinte, aquilo a que essas pessoas chamam amor, na verdade, não passa de um intercâmbio manipulador de atenção e afectos.

A pessoa que não se ama a si mesma, ou que não pode fazê-lo (quer dizer, que não pode ver ou não dá permissão à sua própria divindade), irá desesperadamente em busca de alguém que a faça sentir segura.

E, quando vê esta segurança ameaçada, volta a cair na chantagem e no controlo emocionais através da retenção do afecto em nome do amor!

Quando se ouve alguém dizer a outra pessoa: «Amo-te», o que, frequentemente, quer dizer é: «Tenho medo e preciso de ti para seres o meu escudo de protecção».

Conseguir levar a separação até este ponto requisitou a nossa máxima engenhosidade a qual se transformou num êxito inaudito!

O amor é relaxarmos-mos dentro da nossa própria natureza.

De facto, não podemos sair prejudicados por nos abrirmos a esta energia.

Evidentemente, uma pessoa que ainda esteja a operar a partir do medo, poderá fazer com que passemos um mau bocado; todavia, encaremos esse comportamento como uma réplica baseada no medo, uma resposta que não nos é dirigida especificamente, mas sim ao que nós representamos para ela.

É por essa razão que ela age a partir dos seus próprios medos.

Assim sendo, o comportamento dessa pessoa não tem nada a ver connosco!

Este ponto de vista é essencial para que possamos tornarmos-mos «impessoais»..., mas isso é um outro tema.

Desta forma, sentimos-mos infinitamente amados pelas nossas dimensões mais elevadas, especialmente pelo eu-espírito.

Descartamo-nos do medo de estarmos sozinhos.

Não estamos sós, nem nunca poderemos vir a estar.

Tratemos de aceitar e apreciar a nossa natureza; se nos deleitarmos com quem verdadeiramente somos começaremos a sentir o amor do ESPÍRITO a fluir dentro de nós.

E lembramos-mos: o amor não precisa de ser dirigido para ninguém em particular; o amor não é mais do que a Fonte amando-se a si mesma.

Desde que nos permitamos sentir o fluxo desta energia, perceberemos que ela cresce nos nossos campos e, desde aí, inevitavelmente, projecta-se na direcção dos outros.

Um dia, quando a represa se romper, veremos os nossos campos inundados de uma aceitação incondicional em relação a tudo e todos.

Tudo é feito de uma «coisa boa»; portanto, quem não está submetido ao amor?

«Espera aí! – poderemos dizer – todos os dias estamos rodeados de pessoas com espíritos malévolos. Como poderemos amá-los?»

É muito simples: não ofereçamos resistência às suas caprichosas personalidades ou elas, simplesmente, assanhar-se-ão ainda mais.

Limitamos-mos a abrir o chakra do coração e sentir a energia do amor nos nossos campos; se abrirmos o nosso chakra cardíaco, essas pessoas terão que se esforçar bastante para manter os delas fechados.

E agradecemos-lhes por nos terem dado a oportunidade para praticarmos este simples estratagema!

O ódio, os ciúmes, etc., são os sinais de uma personalidade baseada no medo, que não pode sentir a energia do amor no interior dos seus campos.

Então, canalizamos amor para ela projectando sobre ela uma golfada energética de iniciação.

Se o medo for demasiado grande, talvez a coisa não funcione, mas, pelo menos, esse fluxo de amor projectado impedirá que o medo dela contamine os nossos campos.

Livre da necessidade de sermos condescendentes, sejamos amorosamente compassivos.

Jamais nos esqueçamos disto: estar exilado do ESPÍRITO significa morar onde domina o medo.

Nunca antes, na história deste planeta, as energias favoreceram tanto a abertura a esta vibração.

Por isso, permitamos-mos ressoar com ela à medida em que se for apropriando dos nossos campos; permitimos que impregne todas as nossas relações, indistintamente.

Nós, Trabalhadores da Luz, estamos no princípio da fila, à frente do resto da população; além disto - permitamos que nos recordemos - concordamos em dar início a esta brincadeira!

Portanto, quando sentirmos a ressonância do amor, ganharemos a segurança suficiente para permitirmos que as amizades alcancem novos níveis de intimidade.

Ter medo da intimidade significa, muito simplesmente, ter medo de perder a identidade.

Podemos garantir, no entanto, que, aderindo a tal abertura do coração, sairemos a ganhar, não a perder.

Quando as pessoas se permitem vibrar com a energia do amor, sem se verem obrigadas a ceder ante a imposição de condições ou expectativas futuras, começam a operar de espírito para espírito.

Nesta expressão plena de quem são, torna-se fácil e natural compartilhar, mental, emocional e fisicamente.

O sexo, portanto, converte-se na união do espírito com a carne, em vez de ser uma mercadoria passível de ser transaccionada por um pouco de segurança.

O nosso corpo físico é uma gloriosa expressão do Espírito; compartilhar esta expressão de forma livre, aberta e satisfatória com outras pessoas, é, apenas, mais um aspecto da nossa divindade.

Bom, lembremos-mos de que decidimos participar no jogo tendo em vista os objectivos a que nos propusemos.

Talvez tenha sido, por exemplo, para desbaratar o velho padrão de insistir em olhar para fora em busca de aprovação, ou para assimilar novos dados acerca da natureza do amor, ou para nos deslocarmos para um estado transpessoal.

Não importa a razão; observemos o quadro completo e vejamos se nos serve.

Se calhar sentiremos necessidade de ficar sozinhos para ultrapassar certas mudanças ou para nos libertarmos e começar uma nova relação ou para viver noutro lugar.

Nós somos Trabalhadores da Luz, estamos aqui com uma missão e propusemo-nos certas experiências para pudermos melhorar o desempenho.

Este não é um Universo ao acaso; nada ocorre sem que exista um propósito superior.

Portanto, tentemos ver o quadro completo.

Mas, acima de tudo, tratemos de não pensar que alguém nos pregou uma rasteira.

Não faz mal sentir um pouco da energia de «vítima» para, depois, a retirar dos campos.

Porém, não serve para nada permitir que a instrução «ser vítima» se converta em parte da identidade.

Além disso, por negar a maestria, acaba por se transformar num obstáculo.

Finalmente, lembremo-nos de que a «Anedota Cósmica» está escondida algures, à espera de que sejamos capazes de nos lembrar, dela com.… engenho e arte!

VI.2 - O MITO DA VERDADE

Outro grande mito do plano físico é que existe algo denominado «A Verdade»!

Este mito, em particular, tem causado mais guerras e conflitos que todos os outros mitos juntos.

A noção de que é possível expressar conceitos multidimensionais em inglês, alemão, ou qualquer outro idioma, é ultrajante (embora o hebreu seja o que mais se presta a isso!).

Não, amigos, no plano físico, tudo o que ouvimos não passa de opiniões, frequentemente baseadas em outras opiniões recebidas de terceiros, e com as quais acabamos por contactar em algum ponto do nosso caminho.

Portanto, procuremos tratar o que ouvimos, vemos ou lemos como uma opinião incluindo as ideias aqui retractadas.

Só existe uma forma capaz de julgar o que é verdadeiro para nós: nós mesmos!

Se cremos que o mundo é um lugar inóspito, regido por um deus iracundo e vingativo, assim será.

Queremos dizer, assim será para nós!

Mas se acreditamos que o Universo é benévolo e que o Espírito nos guia a cada passo, será isso o que experimentaremos.

A realidade é infinitamente complexa e maleável, porque está concebida para ser assim.

O Universo não é um mecanismo estático dentro do qual cada um tem de encontrar o seu caminho.

O Universo foi criado para apoiar especificamente todos os seres através de uma infinita variedade de expressões emanadas da Fonte.

Esta criatividade é a forma que a Fonte dispõe para se autoconhecer e criar, na qual está incluído o apoio aos «conceitos» que cada um acredita serem os verdadeiros.

«O Universo reformula-se a si mesmo de acordo com a imagem que cada um tem da realidade».

Na verdade, o Universo é um parque de diversões tendo em vista a criação da realidade.

Portanto, aquilo em que acreditamos - consciente ou inconscientemente – depende do que cremos ser real, por exemplo... os nossos próprios conceitos pessoais acerca do que é a realidade!

Ora, nós armazenamos e guardamos esses «conceitos de realidade» (o que pensamos sobre nós mesmos e sobre tudo o resto: o Espírito, as outras pessoas, a profissão, a parceria, o Universo em geral) nos nossos próprios campos.

De facto, os acontecimentos da vida quotidiana são fabricados, digamos assim, na moldura holográfica de uma dimensão mais elevada.

É como uma fábrica de realidades; e nós, juntamente com todos os outros com quem trabalhamos, nos divertimos ou, simplesmente, nos encontramos de vez em quando, reunimo-nos nesta fábrica não-física de realidades para criar as circunstâncias e os acontecimentos das respectivas vidas no plano físico.

Talvez venhamos a dar-nos conta de que fazemos isso, por exemplo, enquanto estamos a dormir.

Dois factores principais determinam o tipo de acontecimentos que atraímos para o plano físico:

1) O plano do ESPÍRITO.

Este é sempre positivo e benéfico para o nosso crescimento, instante a instante, ainda que, à primeira vista, nos possa parecer que não é assim.

Analisamos isto detidamente e veremos porque é que batemos com o carro ou nos roubaram a carteira!

À medida em que nos aproximamos da ascensão, aperceber-nos-emos de que as experiências se vão intensificando.

O ritmo de vida acelera–se como resultado do nosso envolvimento com o processo de desagregação da casca dos antigos «conceitos de realidade», para que possam ser substituídos por outros novos.

Cada vez mais rapidamente!

2) Os nossos próprios «conceitos de realidade».

Os que estão baseados na limitação e no medo dificultam que o eu-espírito nos cure plenamente e nos traga encontros amorosos, quer connosco mesmo, quer com os demais.

Vivendo no medo impedimos o eu-espírito de nos proporcionar experiências amorosas.

Isto significa, evidentemente, que até o amor pode ser interpretado com os olhos do medo e, assim, ser distorcido.

Por conseguinte, se não existe uma só «verdade galáctica», isso quer dizer que podemos reunir qualquer conjunto de verdades que nos agrade e, com elas, construir os nossos próprios «conceitos de realidade».

Portanto, faz sentido que escolhamos aquelas que nos tragam alegria e permitam estar feliz.

Mas, por favor, não pensemos que vamos passar a viver num paraíso de idiotas; de facto iremos viver num paraíso de pessoas sensatas.

Mas, mesmo assim, sempre disporemos de alternativas.

Por exemplo, podemos dedicarmo-nos a trabalhar diligentemente no sentido de averiguar o que devemos acreditar que é verdadeiro.

A humanidade inteira tem trabalhado muito neste sentido desde o primeiro momento da separação; portanto, estamos em muito boa companhia!

Porém, sempre que seleccionarmos algo que acreditamos ser verdade, automaticamente deixamos de procurar e excluímos tudo o resto que poderia ser verdade.

Por exemplo: limitar a Fonte à definição cristã de «Deus» exclui todas as qualidades de Alá, de Yahweh, do Grande Espírito e das inumeráveis outras deidades, descritas através dos tempos.

Por que não escolhemos a saída mais fácil e perguntamos, a nós mesmos, enquanto ESPÍRITO, qual é a verdade?

Obteríamos todas as respostas pretendidas pelo menos para o resto do tempo que permanecêssemos nesse plano físico!

Conseguir o autocontacto, enquanto ESPÍRITO, nunca foi tão fácil como agora.

Algumas pessoas passam a vida a saltitar, freneticamente, de um «canal» para outro, numa procura desesperada da «Verdade»; e não falta, também, quem esteja desejoso de se converter numa autoridade máxima sobre a matéria.

No entanto, cada um tem todas as respostas no seu próprio interior.

Assim sendo, paremos, relaxemos, escutemos e confiemos.

De início, talvez tenhamos alguma dificuldade em distinguir entre a «voz» do Espírito e a de um corpo mental hiperactivo que deseja controlar a experiência.

Nesse caso, limitamos-mos a agradecer-lhe e pedir-lhe que saia do caminho para que, também ele possa conhecer a outra «voz» mais aprazível!

Isto, geralmente, resulta!

Portanto, não há só uma «realidade», assim como não há uma «verdade» única; o que há são os nossos «conceitos de realidade» herdados dos pais, professores, parcerias, etc.

Mas também existe o ponto de vista do eu-espírito (desde que ele consiga fluir através dos nossos campos!), o qual, normalmente, está distorcido pelos tais «conceitos» que limitam a realidade.

Devido a tais distorções, um contacto com o eu-espírito é frequentemente interpretado como um encontro alienígena, com o demónio, com um deus projectado para fora do «eu» ou, simplesmente, como «um produto da imaginação».

Porém, tal como nunca aconteceu antes, nós, enquanto ESPÍRITO, estamos a abandonar progressivamente os «conceitos de realidade» do eu-ego e a tentar discernir aqueles que o nosso eu-espírito sustenta.

A ascensão é, de facto, um conceito tão imenso que devemos descartarmos-mos desses pequenos «conceitos de realidade» do eu-ego... isto se quisermos aprender, pelo menos, uma fracção do seu significado total.

Por conseguinte, desfazemo-nos de todas as opiniões acerca de quem somos, acerca do que os outros são e acerca do que o ESPÍRITO é.

Mantemos os sistemas de crenças plenamente abertos à mudança, e o discernimento vivo e são.

Como a crença mata o entendimento, poderemos perguntar: «Então, o que é que sobra?»

A crença parte do desejo de que algo seja verdade; é construída sobre ideias preconcebidas e julgamentos; a crença permite que a mente se abra somente ao que «encaixa» no seu modelo.

A fé, por outro lado, é um mergulho no desconhecido, com a mente aberta, sabendo que a atitude correcta é deixar-se ir.

A fé sabe que pode não ser seguro, nem cómodo, mas, mesmo assim, sabe que está certo.

A crença prende; a fé liberta.

A verdade jamais poderá ser encontrada através da crença, mas sim, unicamente, através da simplicidade da fé.

A fé é o ponto de partida; muitos buscadores, porém, abandonam-na ao longo do caminho, em troca da adesão férrea a uma ou outra crença.

Mas é impossível desvendar o mistério somente através das crenças, porque só se pode crer naquilo que já se conhece.

A verdade, vai mais além da imaginação.

Nada do que possamos imaginar será capaz de captar a enormidade e a glória do que está prestes a acontecer.

Concluindo: o único caminho é a fé, uma mente aberta e um coração igualmente aberto.

VI.3 - O MITO DO PODER

Quando observamos o mundo actual, vemos exemplos de grupos e de nações que usam a força para invadir e atacar outros grupos e nações.

Umas vezes, fazem-no para se apoderarem de recursos naturais, tais como terras ou petróleo, outras vezes para destruir uma cultura, um sistema de crenças ou, simplesmente porque o ADN concedeu uma aparência física distinta a um determinado grupo humano!

No próprio coração do mito do poder existe uma confusão fortemente enraizada entre o que é o «poder sobre» e o «poder com.…»

VI.3.1 - O PODER SOBRE

Quando o mundo refere um homem ou uma mulher, poderosos, a que tipo de poder se está a referir concretamente?

Se definirmos o mundo somente através dos cinco sentidos físicos, então o poder fica definido por aquilo que somos capazes de ver, tocar, sentir, escutar e provar.

Vemos o poder como dominação ou como «poder sobre» os outros, sobre o meio ambiente ou, inclusive, sobre nós mesmos.

E, face à forma como as sociedades definem o poder e o concentram em uns poucos indivíduos, torna-se fundamental estabelecer organizações para prevenir o mau uso dele.

Por isso, é necessário ter vigilantes que averigúem aqueles que detêm o poder.

Assim, quando uma sociedade ou um grupo define o poder em termos da habilidade para administrar o uso de recursos tais como dinheiro, vidas humanas, exércitos, armamento, alimentos e matérias-primas, o medo fundamental reside na possibilidade de que esse poder venha a cair nas mãos de outra pessoa ou de outro grupo.

Este «poder sobre» os demais evidentemente, reforça e aprofunda a separação, dado que é impossível exercer o «poder sobre» as pessoas sem as converter em «os outros», quer seja baseando-se na sua religião ou ideologia, quer seja na cor de pele ou no género.

Quando a personalidade procura o poder fora de si mesma, centra-se nas coisas materiais e nas outras personalidades, uma atitude que está contaminada pelo conceito de que algo é «mais poderoso do que eu» ou «menos poderoso do que eu».

Mas há uma alternativa para este falso tipo de poder.

Quando nos voltamos para o ESPÍRITO revela-se um poder baseado na criatividade, na cooperação amorosa, na reverência, na harmonia e na colaboração heróica.

VI.3.2 - O PODER COM...

Este poder alternativo está baseado no «poder com» o ESPÍRITO e com os demais seres humanos; ironicamente, porém, o primeiro passo para chegar ao «poder com.…» é a rendição.

Mas a rendição perante o ESPÍRITO poderá parecer a submissão ante algo que é «mais poderoso do que eu», tal como no caso do «poder sobre»

Ora, não será isto o mesmo cão com uma coleira diferente?

Bom, o «poder sobre» requer, de facto, a submissão de um perante outro porque ambos se sentem separados.

Portanto, só se verifica quando esse sentimento de separação existe.

Enquanto nos sentirmos separados do ESPÍRITO veremos na rendição uma sujeição ante uma força superior, como se fossemos uma cidade sitiada que, finalmente, abre as portas ao saque e à violação por parte do exército conquistador.

Mas se, pelo contrário, sentimos uma união perfeita com o ESPÍRITO, a rendição converte-se na ampliação dos nossos insignificantes planos, cuja existência está limitada pelo medo; a rendição irá substituí-los por outros grandiosos, de ascensão planetária e pessoal, nos quais o individualismo do «tenho de fazer tudo sozinho» é trocado pelo alinhamento com as forças inimaginavelmente poderosas que, hoje, concentram o seu trabalho sobre o planeta.

O nosso problema, enquanto alguém que usa o poder baseado na personalidade, isto é, separado do ESPÍRITO, é que podemos vir a perdê-lo: outros podem roubar os nossos recursos, a idade pode roubar-nos o vigor, a doença pode roubar-nos a saúde.

Mas se basearmos o poder naquilo que somos, nada, nem ninguém nos poderá roubar.

O facto de nos vermos a nós mesmos como um ser multidimensional que está a passar por uma experiência humana, em vez de um humano que está a viver uma experiência espiritual, põe-nos em contacto com o verdadeiro poder, com a sua ilimitada criatividade e potencial.

Ironicamente, porém, a coisa mais poderosa que fizemos foi termos desenvolvido a habilidade para nos transformarmos num ser humano!

Conseguimos fazer com que os nossos corpos crescessem dentro de uma matriz feminina e/ou masculina; conseguimos que, no momento do nascimento, ou pouco antes, uma parte da nossa identidade fosse incorporada nesse pequenino corpo; conseguimos que o «pano» descesse sobre a consciência para que nos fosse possível esquecer o que tínhamos feito; por fim, conseguimos esquecermo-nos do nosso verdadeiro poder e identidade só para que a brincadeira fosse mais convincente!

Este é um dos actos mais poderosos jamais realizados em qualquer ponto de qualquer Universo!

Cada um de nós disse: «Sou suficientemente forte e imenso para cumprir esta vida. Posso vendar os meus próprios olhos perante o meu ser colossal e triunfar entre os biliões de outros que fizeram a mesma coisa. Talvez nos combatamos, talvez haja disputas; mas conseguiremos transcendê-las e conseguiremos recordar a nossa verdadeira natureza

E, de facto, quando não estamos conscientes do verdadeiro poder que detemos, tratamos de nos guerrear para açambarcar o mais possível, antes que outro o faça.

Cada acção não amável ou daninha que este planeta viu ocorrer, sempre foi cometida por alguém que, de alguma forma, se sentia impotente; e quanto mais forte for o sentimento de impotência, maior será a falta de amabilidade ou o dano da acção.

Só podemos exercer «poder sobre» os outros se os nossos «conceitos de realidade» nos informarem que «eles» estão separados de nós, mas também alterar estes «conceitos de realidade» no que toca à «separação»!

No entanto, o que dificulta o acesso ao nosso verdadeiro poder e natureza é o facto de, na espécie humana, a pedra angular da separação estar edificada no nível celular.

Realmente, raros são aqueles que sentem uma verdadeira unicidade num nível físico profundo; a maioria sente algo muito diferente, algo que está armazenado a nível celular: a vergonha.

VI.3.3 - A VERGONHA

A personalidade, inicialmente, serviu como os «olhos e os ouvidos» do ESPÍRITO sobre este planeta.

Mas, há muitíssimo tempo, quando decidiram brincar ao jogo da separação, a personalidade assumiu uma identidade separada do ESPÍRITO.

Então, nós moldamos um ego externo que assumisse o papel do ESPÍRITO e determinasse o que era real, e o que fazer tendo por base essa percepção de «real».

Então, para que o eu-ego se mantivesse inconsciente da separação do ESPÍRITO (a chamada «queda do homem»), resolvemos depositar uma energia muito especial na estrutura genética da espécie humana.

Trata-se da vibração da vergonha, a qual opera de forma diferente em cada pessoa: uns sentem-se como «anjos caídos», outros como se tivessem sido apanhados a cometer uma terrível ofensa, outros, ainda, como se estivessem sujos e enlameados.

Porém, todos fazem grandes esforços para evitar este sentimento de não serem merecedoras.

Tentemos observar alguns acontecimentos da nossa vida desde este ponto de vista e perceberemos o que queremos dizer?

A compensação por sentir esta vergonha também é demonstrada de maneiras diferentes: elitismo, competência, etc.

Por exemplo, quando alguém se sente separado dos outros e nem sequer está seguro da existência de algo chamado ESPÍRITO, é inevitável que o eu-ego procure a segurança comparando-se com os demais e tratando de instalar o mais alto possível na escala social.

A razão pela qual as notícias de TV se centram em mortes e acidentes é para permitir que sintamos que outra pessoa está em pior situação do que nós; assim, pelo menos temporariamente, sentimos-mos um pouco mais protegidos apenas porque, hoje, não nos tocou a nós!

Sentindo-se exilada do ESPÍRITO, a personalidade vê a vida quase como um castigo, em vez de como uma dádiva ou de como uma oportunidade para se expressar.

Daí que a expressão «prisão perpétua» passe a ter todo o significado.

O que interessa saber sobre esta vergonha, é que ela é uma herança dos nossos genes, pois faz parte do programa de vivência no Planeta Terra; está, no entanto, tão enraizada no nosso corpo físico que nunca a examinamos como aquilo que é: uma condição inerente ao facto de estarmos encarnados.

Por isso, cada vez que ouvimos alguém dizer algo como: «Deverias era ter vergonha de ti mesmo!», a faca remexe-se na ferida.

É que, num nível muito profundo, concordamos com tais palavras!

É claro que todos colaboraram para que o jogo da separação fosse assim.

Não era possível que nos limitássemos a simular que estávamos separados do ESPÍRITO; a coisa tinha de ser feita com muito realismo para que o jogo funcionasse.

E não há dúvida que, como facilmente se pode verificar, funciona perfeitamente!

Portanto, a vergonha reside no centro de cada célula do corpo físico.

Normalmente, ao desencarnar deixamos essa vergonha «celular» para trás; todavia, se queremos ascender com o corpo, temos de a libertar das nossas células.

VI.3.4 - A LIBERTAÇÃO CELULAR

Muitos Trabalhadores da Luz estão a iluminar um caminho para que outros irmãos o possam vir a percorrer.

Em fases extremas deste processo, alguns poderão sentir-se repentinamente forçados a uma posição de impotência, o que pode causar uma rápida e maciça libertação da vergonha das células para os seus campos de energia, de onde, então, poderá ser removida.

É claro nem todos os Trabalhadores da Luz tomarão a decisão de seguir este procedimento; muitos preferirão uma libertação mais suave e a mais longo prazo.

De qualquer forma, quando sentirmos qualquer tipo de vergonha, ficamos sabendo que não se trata de algo nosso, mas sim de outra energia que devemos retirar do nosso campo energético.

Portanto, não consideremos a vergonha como parte da nossa identidade, e não nos sintamos culpados de sermos quem somos.

A verdade é que, enquanto Trabalhadores da Luz, nós estamos a transformar a vergonha inerente à espécie humana, em uma expressão mais elevada de unicidade e de serviço com o ESPÍRITO.

Assim, a energia da vergonha, tendo o ESPÍRITO por guia, está a ser removida das nossas células para os campos energéticos - uma experiência que, muito frequentemente, é encarada como preocupante, em vez de como uma condição inerente ao ser humano.

A melhor forma de lidar com esta situação é passar através dela.

Pretender evitar ou tentar suprimir o sentimento de vergonha equivale a reconhecer a sua realidade e a nossa impotência para resolver a questão.

Por conseguinte, muito simplesmente, encaramo-la como uma herança celular, algo impresso pela cultura terrena, e não como uma parte da nossa identidade divina.

E, uma vez que iremos sentir os efeitos da «cremação» da vergonha retirada das nossas células, permitimos-mos reconhecer que tal operação não concerne à nossa essência, mas que é algo com que viemos lidar a este planeta.

Se, acaso, nos sentirmos desamparados e impotentes, procuremos outros Trabalhadores da Luz, alguns dos quais, certamente, estarão a passar pela mesma experiência.

E não nos inibimos em aceitar ajuda deles; o tempo do individualismo já passou.

A Humanidade tem vindo a deslocar-se para uma era de co-criação, pelo que se torna importante permitir a interajuda.

Os Trabalhadores da Luz têm estado a cumprir a sua missão neste planeta, mas, até ao presente e em muitos casos, isso tem ocorrido solitariamente.

Agora, porém, estão a ser chamados para que trabalhem com outros Trabalhadores da Luz na co-criação do seguinte nível de evolução da espécie humana, à medida que os antigos padrões, baseados na separação, vão sendo extraídos da herança genética da espécie.

Todavia, os Trabalhadores da Luz não podem fazer isto sozinhos!

Outro recurso que podemos utilizar sempre que a vergonha aflorar, é sentirmos o nosso verdadeiro poder.

Neste sentido:

pedimos ao ESPÍRITO «uma capacidade cada vez maior para fazer o que seja necessário»;

invocamos os anjos da Força Destruidora para que centrifuguem essa energia para fora dos nossos campos energéticos;

pedimos a Saint Germain que aplique a Chama Violeta nos nossos campos.

Após uns poucos segundos, ou minutos, sentir-nos-emos mais calmos e subtilmente mais poderosos.

Permitimos que este novo sentimento de poder flua nos nossos corpos e visualizemos como ele enche e inunda o espaço deixado vazio pela vergonha que foi removida das células.

VI.3.5 - CONTROLO

Outra parte do mito do poder é a ilusão do controlo.

Qualquer controlo que julgamos ter sobre nós mesmo pertence ao ESPÍRITO.

Quando as coisas correm bem na nossa vida, significa que o nosso eu-espírito está a trabalhar através dos nossos campos de energia; quando correm mal, continua a ser o trabalho do eu-espírito só que, neste caso, ele tenta chamar a atenção consciente da personalidade ou procura pô-la ao corrente de algo importante.

Portanto, se as coisas não estão a decorrer de feição, procuremos sinais de limitação ou de controlo nos nossos «conceitos de realidade».

Pretender controlar ou manipular os acontecimentos, de acordo com as ideias da personalidade e com a forma como as coisas deveriam ser, é uma actividade escusada que pode gerar desilusão, frustração e raiva.

Assim sendo que podemos fazer?

Quando nos alinharmos com a intenção do ESPÍRITO no que concerne às nossas funções, converter-nos-emos numa força que não pode ser detida porque, a partir desse momento, seguimos o fluxo do Universo.

E, com isto, voltamos à velha pergunta: Como se sabe qual é a intenção do ESPÍRITO?

Uma resposta possível é: Qualquer coisa que faça cantar o nosso coração!

Ariel oferece-nos um teste triplo para decidir neste sentido:

Dá-nos satisfação?

É divertido?

Serve aos propósitos da Luz?

Se as três respostas forem afirmativas estaremos a seguir os propósitos do ESPÍRITO; se uma ou duas forem negativas é provável que o curso da acção não esteja alinhado com esses propósitos.

Se fizermos estas três perguntas em relação, por exemplo, ao nosso trabalho ou profissão, e se obtivermos um «não» para todas as três perguntas, é melhor começarmos a pensar seriamente em mudar de trabalho ou até mesmo de carreira, pois não estamos em sintonia com o nosso verdadeiro poder.

Ir «contra a corrente» dá imenso trabalho, ao passo que «fluir com a corrente» não pede grande esforço e é muito mais divertido!

Fluir com a corrente ajuda as coisas a crescer em vez de a desmoronarem-se, e as pessoas que vão surgindo ajudam, em vez de estorvar.

Assim, o controlo é uma ilusão; o fluir com o ESPÍRITO é uma realidade.

Tudo o que somos e tudo o que possuímos é o resultado da forma como o nosso eu-espírito dispõe as coisas.

O que podemos fazer, ao nível da personalidade, é estar conscientes destas informações e adicioná-las à «linha de produção».

Garantimos que seremos ouvidos!

VI.3.6 - O VERDADEIRO PODER

À primeira vista, a vergonha e o abandono do controlo parecem ter pouca relação com o poder.

Estão, porém, ligados, porque exercer o controlo e o poder sobre os outros é uma reposta directa à vergonha, a nível celular, e uma tentativa de a suprimir.

Nós colocamos a vergonha nas células para impedir que pudessem sentir o verdadeiro poder!

Portanto, o verdadeiro poder é, simultaneamente, a arma para lidar com a vergonha e o resultado obtido depois dela ser removida das células.

O verdadeiro poder é um «estado de ser», não um «estado de fazer».

«Fazer» o poder é o método antigo; «ser» o poder é expressar o ESPÍRITO.

Isto não quer dizer, todavia, que devamos sentarmo-nos numa almofada e passarmos o resto da vida a irradiar energia.

Podemos actuar, mas com uma diferença: agora, as acções provêem desse lugar interno calmo e sereno, que sabe ser uma força imensa e ilimitada trabalhando harmoniosamente com Tudo O Que É.

O verdadeiro poder é forte e humilde ao mesmo tempo, porque conhece a sua força.

A força significa caminhar sem medo, uma vez que temer seja o que for nega a habilidade individual de alguém criar a sua própria realidade.

Caminhamos envoltos em segurança porque já não há estranhos, porque estamos em harmonia com a Natureza e com todas as suas criaturas.

Amemos livremente através do verdadeiro poder, porque já não receamos nem a rejeição, nem a dor.

Demos a partir de nós mesmos, sabendo que a rejeição é um sinal de que os outros são incapazes de receber o que somos!

Deixemos de competir com demais, porque a competição implica vergonha e nega a maestria de uns e outros; reconhecemos que, em última instância, estamos a competir contra nós mesmos.

O verdadeiro poder coopera sem egoísmo, reconhecendo que ninguém o pode explorar.

Perdoemos incondicionalmente sabendo que fluímos através da vida reconhecendo que comparticipamos na criação de cada acontecimento das nossas vidas.

Não atiremos a culpa para cima de ninguém, nem sequer de nós mesmos, porque vivemos permanentemente na esteira do ESPÍRITO.

Não julguemos nada nem ninguém, pois o julgamento está ancorado na vergonha; ao invés, consideremos o ESPÍRITO para saber o que é verdadeiro em cada momento.

A partir desta perspectiva passamos a ver tudo com os olhos do ESPÍRITO que se expressa e passa a trabalhar através da nossa personalidade.

Talvez não vejamos a perfeição na resposta dos outros; saberemos, contudo, que não somos o seu juiz e que lhes damos o espaço de que necessitam, sem nos enredarmos nas situações em que estão envolvidos.

E, se o sofrimento nos visitar, não o evitemos; experimentamo-lo e honremos a nossa criatividade por o termos manifestado.

A marca mais grandiosa da pessoa verdadeiramente poderosa é a sua habilidade de se compartilhar a si mesma com os outros, permitindo que o amor do ESPÍRITO lhes chegue, sem restrição.

Tal como já vimos, o amor não é algo que se «faça», mas sim algo que se permite que seja.

O amor é algo que só ocorre quando alguém se permite vivenciar o seu próprio poder.

Vemos muitos Trabalhadores da Luz escondendo-se sob uma falsa humildade ou modéstia, enquanto tratam de se manipular a si mesmos para parecerem que são «primorosamente primorosos».

Por favor, não nos mentalizemos no sentido de rechaçar o nosso poder.

Muita gente julga que o preço de pertencer à chamada Nova Era é o abandono de todos os tipos de poder, inclusivamente o nosso verdadeiro poder.

Não podem estar mais enganados!

A partir do primeiro empurrão agressivo associado ao nosso nascimento no mundo do plano físico, estamos aqui para servir o planeta e a sua população autóctone.

Não podemos cumprir isso choramingando, escondidos no quarto.

Nós somos o ESPÍRITO encarnado e chegamos aqui com uma missão.

Por conseguinte permitamos-mos assumir o nosso verdadeiro poder e trata de ser quem, de facto, somos.

Qualquer acção que nos apeteça empreender a partir destas premissas estará baseada no verdadeiro poder, no «estado de ser» da nossa imensa magnificência.

Isto não significa que abandonemos a docilidade e a gentileza ainda que, de vez em quando, isso possa acontecer; significa, sim, que actuamos a partir do amor e da compaixão, desse estado onde não há medo, fazendo o que sentimos ser correcto para esse momento.

Algumas vezes agiremos sozinhos; outras vezes, dentro da aura de poder de outros professores.

Portanto, dado que estamos a entrar – todos! - num tempo de gloriosa expressividade, cada uma das nossas facetas é merecedora de tal expressividade.

Concertados com outros Trabalhadores da Luz, podemos co-criar milagres.

 

Com amor e profunda gratidão,

Luís Barros