8 de setembro de 2020

RECLAMEMOS A NOSSA HERANÇA

O Arcanjo Miguel, traz-nos, desta vez, um desafio.
Ele nos desafia a colocarmos os Anjos à prova, a testarmos o Exército Celeste e os reinos do espírito, e nos desafia também a pormos à prova a nossa condição de mestres.
Nós temos lido, ponderado, ouvido e tentado absorver e viver tudo aquilo que vimos recebendo das muitas e variadas fontes.
Mas, muito de nós ainda não perceberam que o período actual é, de facto, um tempo de mudanças rápidas: perigosas, traumáticas e desconcertantes.
O tempo e os acontecimentos testam a fé, a firmeza e a nossa própria alma.
Já sabemos que nós não precisamos passar sozinhos, sem auxílio, pela transformação e pela transição; pelos tempos de aparente escuridão e os turbilhões do conflito que precisam acontecer a fim de abrirmos caminho para o surgimento das frequências mais leves e superiores da nova consciência.
Então é este o desafio que o Arcanjo Miguel nos faz: “Eu os desafio a nos pôr à prova; a aceitar o chocante conceito de que vocês são co-criadores do novo Céu na Terra; de que vocês são de facto Mestres, Mestres com todas as suas aparentes Imperfeições, mas assim mesmo senhores poderosos de todas as forças criativas da Mente Divina.”
Dito isto, comecemos agora a criar a nossa nova e perfeita realidade pentadimensional; mas como fazer isso (ou como nos devemos consciencializar do facto de que nós já estamos criando a nossa realidade a cada momento)?
Primeiro, comecemos por nós mesmos.
Durante uma semana, só uma semana, concentremos-mos totalmente em nós mesmos.
Acaso isso nos soa estranho, egoísta, individualista?
Mas, como é que nós podemos construir um mundo perfeito para nós mesmos e para os outros se não temos um Eu perfeito para habitar esse lugar celestial? 
Imaginemos, com a maior riqueza de detalhes, exactamente como nós gostaríamos de parecer, de nos sentir, de nos movimentar e de pensar.
Tornemos essa visualização o mais real possível. 
Sintamos essa visão com todos os sentidos.
Sintamos a alegria, a empolgação.
Imaginemos na tela da mente o nosso eu perfeito, e, com a acção mental, ouçamos como soaríamos.
Sempre que a nossa mente se desviar para outras coisas, ou der espaço à dúvida, delicadamente tragamos-la de volta com afirmações como: "Agora estou manifestando o meu perfeito Eu Divino", ou, "Eu Sou a Poderosa, a Perfeita Presença do EU SOU", ou, “EU SOU um Cristo de Deus".
Vivamos e respiremos com toda a nossa essência essa entidade perfeita na qual nós estamos nos transformando.
Acordemos de manhã com essa imagem na mente, e passemos cada momento ociosos do dia, concentrados ponderadamente (em vez de nos entregarmos às desnecessárias divagações da mente) no nosso EU perfeito em corpo, mente e Espírito.
Antes de dormir, peçamos que o nosso perfeito duplo etérico se una aos nossos eus físico, mental e emocional na manifestação dessa perfeição, para que assim a tarefa continue durante todo o sono (com força e eficácia ainda maiores, pois o cérebro consciente hesitante estará em repouso).
Ao final da semana, afirmemos a nossa perfeição e depois deixemos que ela repouse dentro de nós.
Deixemos que ela cresça em força no éter, unindo-se a vibrações semelhantes, para que comece a manifestar-se no físico.
Nesse momento nós daremos início à fase seguinte do aperfeiçoamento do nosso domínio e, portanto, da co-criação do céu na Terra.
Concentremos-nos na nossa prosperidade, ou nos nossos relacionamentos ou na nossa criatividade - naquilo, enfim, que esteja mais em desarmonia na nossa vida. 
Comecemos a construir o paraíso em que nós queremos morar.
Imaginemos esse paraíso em toda a nossa beleza, serenidade e perfeição.
Construamos-lo peça a peça, tijolo a tijolo ou pedra a pedra.
Acaso fica no cume de uma montanha?
Ou na praia tranquila de um lago plácido, ou num local de onde se vêem as águas sempre mutantes do mar?
Estaremos nós numa comunidade de irmãos e irmãs vividos e iluminados, relacionando-se, trocando energias, amor e inspiração, crescendo e criando juntos; ou em isolamento sereno e pacífico, comungando com o mundo animal e o espiritual?
Construamos esse mundo, esse paraíso sob medida, em toda a sua perfeição.
Nele coloquemos (ou abramos espaço para) as pessoas com quem nós queremos partilhar o nosso mundo, senti-lo, perceber os seus aromas, sons e solidez, até ser real, ou mais real ainda do que a realidade na qual nós existimos hoje. 
Lembremos-nos: quando a mente começar a divagar, delicadamente tragamos-la de volta a esse novo mundo que nós estamos criando.
Quando nos sentirmos stressados, entremos num recanto silencioso do nosso paraíso e sintamos a mudança – ali não existe stress nem negatividade (não esqueçamos que é o paraíso).
Criemos-lo nos mínimos detalhes, e vejamos o nosso eu aperfeiçoado caminhando, vivendo, amando, existindo nesse céu na Terra. 
Como o nosso eu perfeito, passemos cada momento ocioso concentrados na nossa criação: ao acordar de manhã, o mais frequentemente possível durante todo o dia e especialmente antes de dormir. 
Novamente, depois de uma semana, afirmemos a nossa criação e entreguemos-la ao nosso Eu Superior.
Passemos então a concentrar-nos no item seguinte da escala de importância desse mundo perfeito.
Se são os relacionamentos, imaginemos na nossa consciência cada pessoa segundo a sua importância, concebendo o vínculo perfeito entre nós.
Como nós agiríamos ou nos relacionaríamos com essa pessoa, e como ela reagiria?
Vejamos-nos em perfeita harmonia com as pessoas que nos cercam: dando incondicionalmente, aceitando a singularidade delas e complementando os talentos e os dons que elas têm com os seus talentos e dons, em vez de competir e lutar pela superioridade e pela supremacia.
Sintamos o amor harmonioso e o espírito criativo fluindo de uns para os outros, aumentando, fortalecendo-se até que todos nós sejamos uma força espiritual unificada de amor, equilíbrio e coexistência pacífica.
Coloquemos a nossa família espiritual no paraíso que nós construímos e vejamos-lo expandir-se, crescer e envolver a Terra até tudo ficar perfeito.
Nós não podemos construir o mundo perfeito sem ter sob o nosso domínio a abundância do universo, e portanto, precisamos afirmar a verdade de que temos direito a toda a generosidade e a toda a riqueza criadas pela Mente Divina, sabendo que elas são ilimitadas e acessíveis – basta pedir.
Nós precisamos criar dentro de nós o conhecimento seguro e absoluto de que gozar de toda a perfeição e toda a abundância é nossa herança e um direito concedido por Deus.
Assim, durante a semana seguinte nós precisamos criar e afirmar essa realidade, condicionando o nosso ser para isso.
Quais seriam as sensações?
O que nós teríamos?
Levemos em conta não só as necessidades, mas também os desejos.
Criemos essas coisas para nós e também para os nossos.
Lembremos-nos de que existe bastante para todos.
Brinquemos com essas ideias e busquemos realmente descobrir lá no fundo o que é importante para nós.
Talvez nos surpreendamos ao descobrir no nosso mundo aquilo que nós realmente queremos.
Talvez descubramos que tudo o que queremos são alimentos simples, nutritivos, integrais, que saciem a fome; alimentos leves que criam e conservam o equilíbrio e a harmonia no nosso novo ser aperfeiçoado.
A nossa própria noção de abundância pode mudar quando nós já não acharmos que precisamos acumular, poupar e juntar, cercando-nos de barreiras que impedem a entrada de intrusos que possam tentar roubar-nos a prosperidade.
Quando nós fizermos a descoberta de que existe bastante para todos, aí sim iremos relaxar.
Essa descoberta precisa vir de dentro e começar connosco, para que então se irradie para fora, construindo então o nosso mundo perfeito – entendem?
Lembremos-nos: assim como nas outras realizações, passemos uma semana construindo essa realidade – analisando, mergulhando nela, descartando conceitos antigos e antiquados, meias verdades, ideias e expectativas de outras pessoas como nossas.
Cultivemos a nossa abundância perfeita durante uma semana, afirmando-a dia e noite até que tenhamos arraigado firmemente essa ideia no nosso âmago.
Em outras palavras, afirmemos a abundância até aceitá-la como verdade absoluta.
Lembremos-nos: nós estamos aprendendo a co-criar como uma extensão da Mente Divina; portanto, ouçamos este aviso: ao cultivar e criar essa nova realidade, é fundamental que esse desejo seja sempre, mas sempre mesmo, da maior sabedoria e para o bem mais elevado e melhor de todos – e, ao final, concluamos as nossas afirmações com "Seja feita a tua vontade".
Se os nossos desejos estiverem em harmonia com os da nossa Presença do EU SOU, tudo está óptimo.
Se não estiverem, nós colocamos o desejo de Deus antes do nosso, pois a visão de Deus é perfeita.
Lembremos-nos do ditado: "Tenha cuidado com o que pede, pois você pode acabar sendo atendido."
Novamente, passemos toda uma semana pensando, concentrando-nos, mergulhando no próprio âmago, cultivando essa parte da nossa realidade até que estejamos absolutamente seguros de que sabemos em que queremos investir tempo e energia criativa.
Pelo que nós queremos ficar conhecidos?
Que talentos desejamos afirmar como nossos?
Vivamos, respiremos, sonhemos a cada momento até começarmos a nos sentir envolvidos por essa energia e por essa força criativa.
Depois de uma semana, afirmemos esse desejo como verdade indubitável, e entreguemos-lo ao nosso Eu Superior.
Depois de concluído esse processo, estabelecendo firmemente na consciência tudo o que nós queremos manifestar no nosso mundo, paremos e tomemos nota daquilo que aconteceu, daquilo que mudou.
Acaso o nosso mundo parece um pouco diferente?
Porventura nós não desviamos a atenção de tudo o que está errado no mundo, concentrando-nos nas possibilidades amplas e maravilhosas que estão disponíveis?
Não mudamos as nossas atitudes com relação às pessoas e às posses?
Não gostamos agora um pouco mais de nós mesmos?
Não nos sentimos mais fortalecidos, talvez mais donos do próprio destino?
Pois deveríamos.
Nós estamos de facto nos concentrando naquilo que é certo e que está disponível no universo, naquilo que se pode manifestar se nós nos empenharmos em sermos co-criadores ao lado de Deus para o bem, e não mais vítimas impotentes e incapazes.
Esses milagres não acontecerão da noite para o dia, mas certamente acontecerão, especialmente se um número suficiente de pessoas passar a aceitar o poder que temos e a crença de que podemos construir e manifestar o céu na Terra ainda nesta vida.
Assim o Arcanjo Miguel nos invoca, nos desafia a começarmos a nos unirmos a si e às legiões da luz para manifestar e transformar a nossa amada Terra na reluzente estrela que é o ideal dela: uma entidade cintilante, pronta a unir-se à galáxia e ao universo dos quais é parte integrante na viagem de volta ao grande Sol Central de perfeita unidade e amor.
Nós somos uma estrela brilhante, nós somos um universo dentro de outro universo, nós somos perfeição.
Basta estender as mãos e reclamar a nossa herança.
O Arcanjo Miguel, e todo o Exército Celeste se une a nós e nos dá apoio e protecção para que aceitemos o desafio de sermos co-criadores de uma nova Terra.

Com amor e profunda gratidão,
Luís Barros