O
Arcanjo Miguel, traz-nos, desta vez, um desafio.
Ele
nos desafia a colocarmos os Anjos à prova, a testarmos o Exército Celeste e
os reinos do espírito, e nos desafia também a pormos à prova a nossa condição
de mestres.
Nós
temos lido, ponderado, ouvido e tentado absorver e viver tudo aquilo que vimos
recebendo das muitas e variadas fontes.
Mas,
muito de nós ainda não perceberam que o período actual é, de facto, um tempo de
mudanças rápidas: perigosas, traumáticas e desconcertantes.
O
tempo e os acontecimentos testam a fé, a firmeza e a nossa própria alma.
Já
sabemos que nós não precisamos passar sozinhos, sem auxílio, pela
transformação e pela transição; pelos tempos de aparente escuridão e os
turbilhões do conflito que precisam acontecer a fim de abrirmos caminho para o
surgimento das frequências mais leves e superiores da nova consciência.
Então
é este o desafio que o Arcanjo Miguel nos faz: “Eu os desafio a nos pôr à
prova; a aceitar o chocante conceito de que vocês são co-criadores do novo Céu
na Terra; de que vocês são de facto Mestres, Mestres com todas as suas aparentes
Imperfeições, mas assim mesmo senhores poderosos de todas as forças criativas
da Mente Divina.”
Dito
isto, comecemos agora a criar a nossa nova e perfeita realidade
pentadimensional; mas como fazer isso (ou como nos devemos consciencializar do
facto de que nós já estamos criando a nossa realidade a cada momento)?
Primeiro,
comecemos por nós mesmos.
Durante
uma semana, só uma semana, concentremos-mos totalmente em nós mesmos.
Acaso
isso nos soa estranho, egoísta, individualista?
Mas,
como é que nós podemos construir um mundo perfeito para nós mesmos e para os
outros se não temos um Eu perfeito para habitar esse lugar celestial?
Imaginemos,
com a maior riqueza de detalhes, exactamente como nós gostaríamos de parecer,
de nos sentir, de nos movimentar e de pensar.
Tornemos
essa visualização o mais real possível.
Sintamos
essa visão com todos os sentidos.
Sintamos
a alegria, a empolgação.
Imaginemos
na tela da mente o nosso eu perfeito, e, com a acção mental, ouçamos como soaríamos.
Sempre
que a nossa mente se desviar para outras coisas, ou der espaço à dúvida,
delicadamente tragamos-la de volta com afirmações como: "Agora
estou manifestando o meu perfeito Eu Divino", ou, "Eu Sou a
Poderosa, a Perfeita Presença do EU SOU", ou, “EU SOU um Cristo de
Deus".
Vivamos
e respiremos com toda a nossa essência essa entidade perfeita na qual nós estamos
nos transformando.
Acordemos
de manhã com essa imagem na mente, e passemos cada momento ociosos do dia, concentrados ponderadamente (em vez de nos entregarmos às desnecessárias
divagações da mente) no nosso EU perfeito em corpo, mente e Espírito.
Antes
de dormir, peçamos que o nosso perfeito duplo etérico se una aos nossos eus
físico, mental e emocional na manifestação dessa perfeição, para que assim a
tarefa continue durante todo o sono (com força e eficácia ainda maiores, pois o
cérebro consciente hesitante estará em repouso).
Ao
final da semana, afirmemos a nossa perfeição e depois deixemos que ela repouse
dentro de nós.
Deixemos
que ela cresça em força no éter, unindo-se a vibrações semelhantes, para que
comece a manifestar-se no físico.
Nesse
momento nós daremos início à fase seguinte do aperfeiçoamento do nosso domínio
e, portanto, da co-criação do céu na Terra.
Concentremos-nos
na nossa prosperidade, ou nos nossos relacionamentos ou na nossa criatividade -
naquilo, enfim, que esteja mais em desarmonia na nossa vida.
Comecemos
a construir o paraíso em que nós queremos morar.
Imaginemos
esse paraíso em toda a nossa beleza, serenidade e perfeição.
Construamos-lo
peça a peça, tijolo a tijolo ou pedra a pedra.
Acaso
fica no cume de uma montanha?
Ou
na praia tranquila de um lago plácido, ou num local de onde se vêem as águas
sempre mutantes do mar?
Estaremos
nós numa comunidade de irmãos e irmãs vividos e iluminados, relacionando-se,
trocando energias, amor e inspiração, crescendo e criando juntos; ou em
isolamento sereno e pacífico, comungando com o mundo animal e o espiritual?
Construamos
esse mundo, esse paraíso sob medida, em toda a sua perfeição.
Nele
coloquemos (ou abramos espaço para) as pessoas com quem nós queremos partilhar
o nosso mundo, senti-lo, perceber os seus aromas, sons e solidez, até ser real,
ou mais real ainda do que a realidade na qual nós existimos hoje.
Lembremos-nos:
quando a mente começar a divagar, delicadamente tragamos-la de volta a esse novo
mundo que nós estamos criando.
Quando
nos sentirmos stressados, entremos num recanto silencioso do nosso paraíso e
sintamos a mudança – ali não existe stress nem negatividade (não esqueçamos que
é o paraíso).
Criemos-lo
nos mínimos detalhes, e vejamos o nosso eu aperfeiçoado caminhando, vivendo,
amando, existindo nesse céu na Terra.
Como
o nosso eu perfeito, passemos cada momento ocioso concentrados na nossa criação:
ao acordar de manhã, o mais frequentemente possível durante todo o dia e
especialmente antes de dormir.
Novamente,
depois de uma semana, afirmemos a nossa criação e entreguemos-la ao nosso Eu
Superior.
Passemos
então a concentrar-nos no item seguinte da escala de importância desse mundo
perfeito.
Se
são os relacionamentos, imaginemos na nossa consciência cada pessoa segundo a
sua importância, concebendo o vínculo perfeito entre nós.
Como
nós agiríamos ou nos relacionaríamos com essa pessoa, e como ela reagiria?
Vejamos-nos
em perfeita harmonia com as pessoas que nos cercam: dando incondicionalmente,
aceitando a singularidade delas e complementando os talentos e os dons que elas
têm com os seus talentos e dons, em vez de competir e lutar pela superioridade
e pela supremacia.
Sintamos
o amor harmonioso e o espírito criativo fluindo de uns para os outros,
aumentando, fortalecendo-se até que todos nós sejamos uma força espiritual
unificada de amor, equilíbrio e coexistência pacífica.
Coloquemos
a nossa família espiritual no paraíso que nós construímos e vejamos-lo expandir-se,
crescer e envolver a Terra até tudo ficar perfeito.
Nós
não podemos construir o mundo perfeito sem ter sob o nosso domínio a abundância
do universo, e portanto, precisamos afirmar a verdade de que temos direito a
toda a generosidade e a toda a riqueza criadas pela Mente Divina, sabendo que
elas são ilimitadas e acessíveis – basta pedir.
Nós
precisamos criar dentro de nós o conhecimento seguro e absoluto de que gozar de
toda a perfeição e toda a abundância é nossa herança e um direito concedido por
Deus.
Assim,
durante a semana seguinte nós precisamos criar e afirmar essa realidade,
condicionando o nosso ser para isso.
Quais
seriam as sensações?
O
que nós teríamos?
Levemos
em conta não só as necessidades, mas também os desejos.
Criemos
essas coisas para nós e também para os nossos.
Lembremos-nos
de que existe bastante para todos.
Brinquemos
com essas ideias e busquemos realmente descobrir lá no fundo o que é importante
para nós.
Talvez
nos surpreendamos ao descobrir no nosso mundo aquilo que nós realmente queremos.
Talvez
descubramos que tudo o que queremos são alimentos simples, nutritivos,
integrais, que saciem a fome; alimentos leves que criam e conservam o
equilíbrio e a harmonia no nosso novo ser aperfeiçoado.
A
nossa própria noção de abundância pode mudar quando nós já não acharmos que
precisamos acumular, poupar e juntar, cercando-nos de barreiras que impedem a
entrada de intrusos que possam tentar roubar-nos a prosperidade.
Quando
nós fizermos a descoberta de que existe bastante para todos, aí sim iremos
relaxar.
Essa
descoberta precisa vir de dentro e começar connosco, para que então se irradie
para fora, construindo então o nosso mundo perfeito – entendem?
Lembremos-nos:
assim como nas outras realizações, passemos uma semana construindo essa
realidade – analisando, mergulhando nela, descartando conceitos antigos e
antiquados, meias verdades, ideias e expectativas de outras pessoas como nossas.
Cultivemos
a nossa abundância perfeita durante uma semana, afirmando-a dia e noite até que
tenhamos arraigado firmemente essa ideia no nosso âmago.
Em
outras palavras, afirmemos a abundância até aceitá-la como verdade absoluta.
Lembremos-nos:
nós estamos aprendendo a co-criar como uma extensão da Mente Divina; portanto,
ouçamos este aviso: ao cultivar e criar essa nova realidade, é fundamental que
esse desejo seja sempre, mas sempre mesmo, da maior sabedoria e para o bem mais
elevado e melhor de todos – e, ao final, concluamos as nossas afirmações com
"Seja feita a tua vontade".
Se
os nossos desejos estiverem em harmonia com os da nossa Presença do EU SOU,
tudo está óptimo.
Se
não estiverem, nós colocamos o desejo de Deus antes do nosso, pois a visão de
Deus é perfeita.
Lembremos-nos
do ditado: "Tenha cuidado com o que pede, pois você pode acabar sendo
atendido."
Novamente,
passemos toda uma semana pensando, concentrando-nos, mergulhando no próprio
âmago, cultivando essa parte da nossa realidade até que estejamos absolutamente
seguros de que sabemos em que queremos investir tempo e energia criativa.
Pelo
que nós queremos ficar conhecidos?
Que
talentos desejamos afirmar como nossos?
Vivamos,
respiremos, sonhemos a cada momento até começarmos a nos sentir envolvidos por
essa energia e por essa força criativa.
Depois
de uma semana, afirmemos esse desejo como verdade indubitável, e entreguemos-lo
ao nosso Eu Superior.
Depois
de concluído esse processo, estabelecendo firmemente na consciência tudo o que nós
queremos manifestar no nosso mundo, paremos e tomemos nota daquilo que aconteceu,
daquilo que mudou.
Acaso
o nosso mundo parece um pouco diferente?
Porventura
nós não desviamos a atenção de tudo o que está errado no mundo, concentrando-nos
nas possibilidades amplas e maravilhosas que estão disponíveis?
Não
mudamos as nossas atitudes com relação às pessoas e às posses?
Não
gostamos agora um pouco mais de nós mesmos?
Não
nos sentimos mais fortalecidos, talvez mais donos do próprio destino?
Pois
deveríamos.
Nós
estamos de facto nos concentrando naquilo que é certo e que está disponível no
universo, naquilo que se pode manifestar se nós nos empenharmos em sermos
co-criadores ao lado de Deus para o bem, e não mais vítimas impotentes e
incapazes.
Esses
milagres não acontecerão da noite para o dia, mas certamente acontecerão,
especialmente se um número suficiente de pessoas passar a aceitar o poder que
temos e a crença de que podemos construir e manifestar o céu na Terra ainda nesta
vida.
Assim
o Arcanjo Miguel nos invoca, nos desafia a começarmos a nos unirmos a si e às
legiões da luz para manifestar e transformar a nossa amada Terra na reluzente
estrela que é o ideal dela: uma entidade cintilante, pronta a unir-se à galáxia
e ao universo dos quais é parte integrante na viagem de volta ao grande Sol
Central de perfeita unidade e amor.
Nós
somos uma estrela brilhante, nós somos um universo dentro de outro universo, nós
somos perfeição.
Basta
estender as mãos e reclamar a nossa herança.
O
Arcanjo Miguel, e todo o Exército Celeste se une a nós e nos dá apoio e
protecção para que aceitemos o desafio de sermos co-criadores de uma nova
Terra.
Com amor e profunda gratidão,
Luís Barros