31 de julho de 2021

O LIVRO DA LUZ - DOZE

- Senhor Rabi, como cabem tantas explicações, como cabe um universo inteiro dentro de apenas 22 letras ou 22 lâminas?

Como é possível explicar tudo em tão poucas palavras?

- Este é um segredo divino que Deus ofereceu a alguns seres para eles revelarem aos demais no tempo oportuno.

A maioria das pessoas acredita que jamais chegará aos mistérios divinos.

Outros vivem buscando incansavelmente por esses segredos.

A maioria termina por se confundir ainda mais e não chega a lugar algum.

Deus não é um mistério.

Nós o denominamos mistério por não compreender a linguagem com que Ele nos fala.

Passamos tanto tempo prestando atenção só nas coisas que nos são visíveis que terminamos por desacreditar do invisível, mas Deus não é invisível como pensa a grande parte da humanidade.

Deus está em tudo que tem vida, em tudo que é natureza viva.

A água, o ar, o fogo, a terra, as árvores, animais, homens, etc., tudo isso são as tantas formas de Deus ser visível.

Para evoluir o homem tem que passar por inúmeras encarnações e planetas, processo que torna o homem apto a compreender os 22 caminhos da Verdade e assim desvendar seus próprios segredos, revelando para si o Deus que habita cada ser vivo.

Assim o homem entende que faz parte do Um e que o Um é parte dele.

Sempre foi e sempre será.

- Senhor Rabi, eu posso hoje ter alguma lembrança do planeta onde vivi?

- Sim, meu querido, é possível você vir a ter algumas lembranças da sua última escola estagiária.

- Por que o senhor chama os planetas de escola estagiária?

- Porque é isso que na realidade eles são, meu menino.

- Mas não existe nenhum planeta que tenha habitantes fixos?

- Sim, existe, porém não podemos dizer que seus habitantes são totalmente fixos, pois grande parte desses habitantes vivem viajando a outros planetas para ajudá-los no processo de evolução.

O universo em si é uma grande morada.

Como o Grande Pai disse, o espírito habita onde desejar.

- E como são esses planetas e qual é a diferença deles para os planetas primários?

- Um planeta primário, meu querido, é exactamente como a Terra.

O planeta que hoje habitamos é chamado de primário porque foi construído especialmente para nós, mas para você compreender essa história direito vou-lhe explicar o princípio das coisas.

Existem várias classificações planetárias.

A primeira é o planeta natal, a segunda são os planetas escolas e a terceira são os planetas fixos.

Vamos começar pelo planeta natal.

Para isso é preciso que você se lembre da explicação que lhe dei sobre os seres que ainda vão nascer, mas que por Deus já foram criados.

- Isso tudo é muito confuso, senhor Rabi.

- Eu sei, meu querido, mas não se preocupe.

Vou esclarecê-lo o máximo possível.

No universo existem milhares de espíritos que ainda vão despertar através das emoções daqueles que estão em estágio de evolução.

Para isso esses espíritos precisam de um lar.

Na verdade, eles já têm um lar e isso funciona basicamente assim.

Digamos que Deus criou várias estufas no universo e nelas Ele plantou milhares ou bilhões de sementinhas, que precisam apenas ser regadas com emoções para despertarem.

Ao despertarem passam a habitar o planeta natal.

Ali essas sementes têm suas primeiras experiências, seus primeiros actos e acções e passam por um período de evolução sem misturas.

Isso quer dizer sem ter misturas planetárias.

Os únicos seres que entram num planeta natal ainda autêntico são os Amorazins e os Evins, seres que se encontram num nível angélico, que vão para esses planetas justamente com a finalidade de evoluí-los.

Quando os habitantes desses planetas alcançam o nível de evolução desejado eles estão aptos a passar para o nível estagiário.

Vamos dar um exemplo melhor.

A Terra foi construída para ser habitada por seres de 12 planetas completamente diferentes, tanto em aparência quanto em atitudes, comportamentos e acções.

Antes desses seres habitarem a Terra seus planetas natais foram transformados em uma grande sociedade e as 12 diferentes populações (tribos) fundiram-se naquilo que no universo é chamado de pirâmide evolutiva.

Desta fusão nasceu uma nova raça com três níveis semelhantes de sabedoria.

O primeiro nível foi chamado de Atlantis (filhos dos Amorazins), o segundo nível foi chamado de Shangrilla (filhos dos Evins) e o terceiro nível de Lemúria (filhos dos Infinins).

Esses seres jamais haviam-se encontrado, jamais haviam visto outro ser que não fosse de seu próprio planeta.

Na verdade, jamais haviam saído de seus planetas natais.

Todos sabiam lidar com seus preconceitos, com suas diferenças, experiências normais de qualquer planeta, porém agora teriam que aprender a lidar com seres completamente diferentes, de diferentes planetas, de níveis diferentes.

Era tudo novo e muito estranho.

Assim os Amorazins, junto com os grandes legisladores do universo, resolveram chamar esta nova mistura humana de A 3a raça, ou, As três raças.

Mesmo estando num nível semelhante as diferenças eram gigantescas, afinal semelhante é apenas um nível parecido, mas não igual.

Na verdade, funciona assim: desses doze planetas natais que evoluíram para um nível invisível foram escolhidos os seres que ainda se encontravam em um nível de sabedoria insuficiente.

Isso significa que esses seres ainda não estavam aptos a viver num nível superior e por isso tinham que passar pela experiência de viver com os opostos em todos os aspectos.

Desses doze planetas surgiu uma raça completamente mista.

No princípio havia seres azuis, outros tinham caudas como animais, outros tinham chifres, três olhos e alguns pareciam meio humanos meio peixes, como as sereias.

Para seres que jamais haviam visto um ser diferente foi um choque, um verdadeiro impacto visual, porém os legisladores sabiam que mesmo com tantas diferenças esses seres já podiam viver juntos no mesmo planeta sem extinguir uns aos outros.

Logo que a Terra foi construída e completamente adaptada para as 12 tribos os primeiros milénios seriam comandados por todos, afinal eles não eram mais 12 tribos diferentes, mas uma nova raça com níveis diferentes de sabedoria (lembre-se que eu disse que os níveis eram semelhantes, mas não eram iguais).

O primeiro nível, dos atlantes, era considerado o mais evoluído (filhos dos primogénitos de Deus, os Amorazins).

O segundo nível era dos shangrillês (filhos dos Evins).

O terceiro nível era dos lemurianos (filhos dos Infinins).

Passado um período na Terra os seres celestiais e os legisladores resolveram determinar uma aparência mais adequada aos habitantes deste novo planeta.

Fizeram isso para que atlantes, shangrillês e lemurianos parassem de destruir uns aos outros, facto esse que estava acontecendo por inconsequência da superioridade de seus líderes, que viviam disputando quem tinha mais poder ou sabedoria.

Esses líderes eram chamados de deuses, pois tinham poderes que lhes foram conferidos para ajudar o povo na adaptação ao novo planeta e suas novas regras, porém alguns milénios de destruição e loucuras levaram a Terra a sofrer sua primeira grande catástrofe.

Foi então que mudar a aparência se tornou uma necessidade e todos passaram a ter uma aparência semelhante, ficando apenas com cor da pele, olhos e cabelos diferentes.

Dessa maneira ninguém mais se lembraria dos atlantes, shangrillês e lemurianos, pois a barreira visual havia sido destruída, mas no inconsciente isso não desapareceria.

Pouco tempo mais tarde o preconceito visual estava de volta e a velha luta pela superioridade retornava à Terra. Na verdade, este preconceito já vem de outros planetas, mas tudo isso já era previsto, afinal juntar 12 tribos (planetas) que jamais haviam visto ou imaginado outro ser obviamente seria um susto, mas enfim agora todos tinham que viver nesta grande escola estagiária chamada Terra.

A Terra é chamada de escola estagiária porque é um planeta primário.

Explicando melhor, é mais ou menos assim.

Digamos que alguns jovens passem os quinze primeiros anos de suas vidas dentro de suas casas junto com suas famílias, conhecendo apenas alguns parentes, vizinhos e amigos.

De um momento para outro, esses mesmos jovens, que não conhecem nada além de seus mundos, são convocados a passar 10 anos em uma escola de sabedoria.

Esta escola recebe diversos jovens de muitas partes diferentes do mundo.

Jovens com costumes e tradições diferentes terão que aprender a superar suas barreiras de medo, desconfiança e de preconceito para só então descobrirem que são justamente as diferenças que formam a base de todo o aprendizado.

A Terra é um planeta primário pelo facto dela jamais ter sido habitada.

Isso quer dizer que é a primeira vez que ela serve como habitat, além de dar aos seus habitantes a oportunidade do primeiro encontro.

Por isso também é uma escola estagiária, onde todos vêm para aprender uns com os outros.

Logo que termine este aprendizado os habitantes da Terra voltarão para suas 12 tribos.

Obviamente que elas já estão transformadas na terceira raça e é claro que a Terra fará parte desta terceira raça, afinal ela é a conclusão da evolução física desta 3ª raça.

Nascerá então no mundo celeste a escola evolutiva da terceira raça, isso quando a Terra passar do estado visível para o invisível.

Assim a Terra alcançará o nível das grandes escolas celestes que já existem no universo.

- Senhor Rabi, se eu entendi direito o senhor está dizendo que toda vez que 12 planetas se juntam uma escola nova é construída?

- Muito bem, meu pequeno aprendiz, é exactamente isso.

A cada fusão de 12 planetas uma escola nova é construída.

É como se 12 pessoas de diferentes raças e costumes construíssem juntas um novo habitat com as características particulares de cada ser.

Assim é a Terra.

Uma grande e bela mistura, infelizmente ainda incompreendida.

- Rabi, como é um planeta fixo?

- Os planetas fixos não necessariamente são a morada de todos os seus habitantes, mesmo porque somos todos filhos do universo.

Não temos morada certa e vivemos de escola em escola até o infinito, afinal somos todos eternos aprendizes, mas algumas vezes sentimos falta dos nossos espíritos afins, seres que amamos muito e que vez ou outra encontramos em algumas encarnações.

É com essa finalidade que se faz os planetas fixos, que na verdade são um dos 12 planetas natais que mais tarde se tornam um ponto de encontro fixo, onde os espíritos marcam para voltar a se encontrar.

Assim a fusão dos 13 planetas fica perfeita, aquilo que chamam de As três raças, planetariamente também chamado de A Pirâmide da Evolução, que é composta de um planeta primário (escola estagiária), um planeta natal (a fusão de 12 tribos) e um planeta fixo (o lar celeste).

- Assim fica muito mais fácil compreender porque é feita a fusão dos planetas e também é mais fácil compreender que todos os nossos defeitos ou qualidades já vem nos acompanhando desde o planeta natal e não necessariamente do planeta que habitamos actualmente.

- Rabi, como saber se estamos num planeta natal ou numa escola estagiária?

- Isso é muito simples, meu querido.

Num planeta natal todos os seres têm uma aparência praticamente igual.

Por exemplo os asiáticos.

Todos têm uma pele amarela, olhos pequenos e puxados, cabelos lisos, grossos e negros.

O povo africano tem pele negra, olhos arredondados e negros e cabelos crespos.

Outros povos têm pele vermelha, cabelos longos, lisos e negros, etc.

Cada ser que descrevi pertence a um planeta onde só tem iguais.

Na Terra, onde vivemos, têm todos esses seres e muito mais.

Isso classifica-a como uma escola estagiária onde todos que aqui se encontram tem o mesmo intento, que é aprender e evoluir.

Na escola estagiária o maior de todos os aprendizados é poder encarnar por várias vezes em peles diferentes justamente para saber como viver e conhecer também as diferenças de todas as tribos que vivem na Terra.

Esta é a grande magia da escola estagiária onde, para descobrir como uma tribo vive e sente, basta encarnar nela.

- Senhor Rabi, qual é o significado dos animais que as pessoas chamam de signos?

- Muito interessante esta sua pergunta, meu pequeno.

Poucos conhecem os segredos desses animais na íntegra.

Tudo começou com os primeiros habitantes atlantes, shangrillês e lemurianos, seres que ainda possuíam a consciência de suas raízes.

Cada animal desses doze representam uma tribo (planeta), porém os representantes das três raças não concordavam muito em relação à aparência desses animais.

Exemplo: os atlantes aderiram ao escorpião como um de seus animais-símbolo.

Os shangrillês aderiram à serpente, os lemurianos usaram o elefante e assim por diante (alguns desses animais-símbolo foram alterados mais tarde).

No fundo os doze signos têm o mesmo sentido: representar cada tribo que existe na Terra.

Eles são como a bandeira do planeta natal das tribos que aqui vivem, mas não termina por aí.

Eles também têm forte influência sobre os seres que nascem sob a regência deles.

Cada mês é regido por um animal e as pessoas recebem a influência do animal que rege o mês do seu nascimento, porém o mais importante é a transformação que cada um desses animais causa na Terra quando a rege por um tempo muito longo chamado “era”.

Grandes mudanças estão sempre acontecendo a cada entrada de uma nova era.

Poucas são as eras marcadas pelo equilíbrio.

Todas são sempre cheias de conflitos, mas isso tudo tem uma explicação muito simples.

Cada animal representa uma tribo (planeta).

Este planeta, por sua vez, manda uma grande carga de energia para a Terra governando-a por uma era.

Isso significa que a Terra fica sob influência de uma das 12 tribos e seu planeta natal.

Esta é uma maneira da Terra receber a energia dos planetas que compõem seus habitantes.

- Isso é muito confuso, senhor Rabi.

Eu não estou entendendo direito o que o senhor realmente quer dizer.

- Tudo bem, vou explicar de uma maneira mais fácil.

Há 10 mil anos atrás uma era tinha 120 anos, porém o tempo daquela época era muito diferente do tempo de hoje.

1.080 anos daquela época era equivalente a 2.160 anos do

tempo de hoje.

Isso significa que há 10 mil anos atrás o tempo passava mais lentamente e hoje o tempo já acelerou muito.

É muito provável que no ano 2000 em diante, depois de Cristo, o tempo estará ainda mais acelerado, porém acredito que poucos farão a contagem correcta de uma era.

Existe uma ampulheta dentro da Grande Pirâmide do Egipto que marca correctamente o verdadeiro tempo de uma era.

Assim toda vez que se acaba uma era e uma nova começa esta ampulheta abre um portal do tempo onde os acontecimentos da nova era passam a ser percebidos por alguns seres especiais, que devem lutar para prevenir a Terra desses acontecimentos.

No ano 2000 d.C. muitos seres acreditarão estar vivendo no princípio da Era de Aquário, mas na verdade naquele ano ela já estará terminando.

A Era de Aquário será a mais evoluída materialmente.

Os homens terão acesso a uma tecnologia muito avançada, se aproximando um pouco da tecnologia dos atlantes, shangrillês e lemurianos e a catástrofe que essa tecnologia irá causar à humanidade também será muito semelhante àquela que aconteceu às três civilizações.

- O que é tecnologia, senhor Rabi?

- Na íntegra é um grande avanço material.

No passado muito distante os seres humanos terrenos tiveram acesso a uma sabedoria que os ensinou a construir máquinas maravilhosas.

Imagine que existisse algo que possibilitasse ao homem voar para lugares distantes em poucas horas.

Agora imagine que esses objectos voadores fossem construídos pelo próprio homem.

Pois bem, tudo isso não é apenas imaginação.

No passado os seres humanos tiveram o privilégio de aceder uma tecnologia inimaginável para os homens de hoje e no futuro apenas 40% dessa tecnologia voltará à Terra e isso deve acontecer justamente na Era de Aquário.

Quando o planeta Terra estiver sob o comando da tribo e influência de Aquário essa tecnologia (sabedoria) tomará conta do planeta e em apenas 120 anos a Terra estará vivendo um verdadeiro colapso.

Em tão curto prazo a natureza estará reduzida a apenas 30% do que era.

Os grandes colossos de pedra estarão no lugar onde um dia existiram grandes matas e suas centenárias árvores.

Animais se extinguirão, desaparecendo completamente da Terra.

Pássaros e árvores também irão desaparecer.

Restará apenas 20% de tudo que hoje podemos ver e usufruir e tudo isso acontecerá em apenas 120 anos.

A Era de Aquário terá sabedoria apenas na aparência material, pois na espiritual apenas 20% da humanidade terá uma sabedoria relativa.

Isso quer dizer que dentre esses 20% poucos seres terão um bom nível de consciência divina.

Nessa Era de Aquário quanto mais o homem avançar na sabedoria material mais distante ficará da espiritual, pois estará tão envolvido pelas realizações materiais que terminará por deixar a evolução espiritual de lado, porém como contrapeso da balança os seres espiritualmente desenvolvidos lutarão para trazer um pseudo-equilíbrio para a humanidade e justamente por isso estarão vivendo um momento de conflitos e muitas outras perturbações.

Procurarão alento nas doutrinas de espiritualistas religiosos, mas nem todos serão autênticos.

Isso quer dizer que nem todos serão verdadeiramente evoluídos, mas falsos sábios, que viverão de argumentos criados em livros e teorias erróneas sobre a verdade. Depois da Era de Aquário virá a Era de Capricórnio, a era da espiritualidade, do recomeço.

Essa era indicará o renascimento da Terra e o ressurgimento da natureza como parte maior da Terra.

- Senhor Rabi, o senhor está dizendo que a tribo e o planeta de Peixes são os mais evoluídos?

- Não é bem assim, meu pequeno.

Todas as tribos que existem aqui na Terra têm três níveis de sabedoria e evolução diferentes.

Para que você me compreenda melhor vou dar um exemplo mais simples.

Juntemos as 12 tribos (planetas) num só círculo e vamos marcar os seres que têm o mesmo nível de sabedoria nº 1, colocando-os no círculo Atlantis.

Agora vamos pegar os seres que têm o nível de sabedoria nº 2 e colocar no círculo Shangrillá.

O último nível de sabedoria (nº 3) vai para o círculo Lemúria.

Assim temos três grupos de seres completamente diferentes em tribos e planetas.

Os atlantes foram formados por seres das 12 tribos e planetas e por mais que fossem diferentes no aspecto físico e nos costumes, tinham um nível igual de sabedoria.

O mesmo se aplica aos shangrillês e lemurianos.

Em suma, aqui na Terra não importa a tribo ou o planeta que o ser representa, mas sim o seu nível de sabedoria, mas quando nos referimos aos animais que irão reger uma era estamos nos referindo directamente à influência planetária que moverá o curso do planeta Terra.

Afinal esta é uma escola administrada por 12 tribos (12 planetas), mesmo que essas tenham-se transformado numa grande sociedade.

Digamos que cada era é como um professor, que transmite à Terra mais um nível de sabedoria necessária.

- Já que tudo funciona como uma grande escola ela obviamente precisa ter alunos e professores.

Os alunos são os seres humanos, os professores os animais planetários (signos do zodíaco) e os administradores são os 12 planetas.

Vou fazer alguns desenhos para explicar a você como tudo isso é realmente.

- Esta primeira pirâmide é composta pelos 12 planetas que já saíram do estado visível e se transformaram numa grande sociedade.

O 13º planeta, que se encontra no alto da pirâmide, é a Terra, a escola dessa grande sociedade.

Como esses 12 planetas são planetas natais, planetas puros (sem mistura), fez-se necessária a criação de uma nova sociedade onde todos pudessem se encontrar, mas só se encontrar não bastaria.

Esses seres precisariam trocar experiências juntos.

Para isso criou-se o 13º planeta, a escola chamada Terra.

Esta pirâmide que você vai ver agora é no que se transformaram os 12 planetas.

- Os três círculos dentro da pirâmide querem especificar cada parte desta grande sociedade.

Um dos círculos é o que chamamos de planeta natal, lugar onde são guardados e preservados todos os registos dos 12 planetas e dos seres que os habitaram e habitam.

É na verdade o registo akáshico das sementes que ali nasceram, em que condições nasceram, qual foi a emoção que a fez nascer, de quem veio essa emoção e como foi o desenvolvimento desses seres até o momento da fusão.

Em suma é como um registo de berçário, onde se regista tudo que os bebés fizeram durante o seu crescimento.

O segundo círculo representa o que chamamos de planeta fixo.

Este planeta, como já expliquei anteriormente, é um ponto de encontro onde vários seres se reencontram quando desejam.

Usam o planeta fixo como referência ou como morada planetária temporária.

O terceiro círculo é a escola estagiária e também o planeta primário, aquele que é construído à semelhança dos doze que o originaram para comportar os habitantes que vão até ele com o único intento de aprender as primeiras lições de convivência com os opostos.

Dessa maneira a grande sociedade evolutiva da pirâmide universal se compõe de um berçário (planetas natais), uma casa temporária (planeta fixo) e uma grande escola de evolução (planeta primário).

Quando esta grande sociedade é formada uma divisão de seres também é estabelecida.

Como já lhe disse, os 12 planetas estavam no mesmo nível de evolução, porém dentro de cada planeta havia três níveis diferentes de sabedoria.

É aí que as eras se fazem necessárias, pois marcam o período de cada aprendizado terreno e transmitem à Terra um ensinamento diferente a cada 2.160 anos, porém o mais importante eu vou-lhe explicar agora.

A cada mudança de era a Terra não só recebe uma nova influência e uma nova sabedoria como também faz uma troca de alunos.

- Troca de alunos?

Mas o que é isso, senhor Rabi?

- Eu já lhe disse que aqui convivem 12 tribos diferentes e que cada uma vive passando pela experiência de nascer e aprender a sabedoria de outra tribo, mas não é só isso.

Suponha que hoje nós estivéssemos vivendo na Era de Áries (o carneiro).

Todos os seres que pertencem à tribo de Áries e no momento estão vivendo na Terra vão para a sua colónia espiritual, que por sua vez fica na grande sociedade e lá permanecem por algum tempo.

Enquanto isso outras pessoas que pertencem àquela tribo e estão vivendo na grande sociedade poderão vir à Terra para aprender.

Em resumo isso acontece todos os dias.

É um revezamento constante de um grupo que desce e outro que sobe.

Por isso algumas vezes alguns seres acreditam estar na Terra pela primeira vez e até afirmam que são de outros planetas.

Na verdade, esta é uma lembrança de ter estado em casa (no planeta natal), mas obviamente não é a primeira vez que este ser está encarnando na Terra.

Como cada era exerce uma influência enorme sobre a tribo correspondente, ela também é a mais atingida pela morte para que aconteça o revezamento.

É por isso que a cada dez, quinze ou vinte anos acontece uma catástrofe de grandes proporções, que termina destruindo um povo ou uma nação.

Geralmente esta nação destruída era da tribo regida pela sua própria era, mas da mesma maneira que a era leva ela também traz.

Seres que são vítimas de guerras dão lugar a outros, que voltam para a Terra para fazer grandes mudanças.

Aqueles que partiram vão se aperfeiçoar para voltar em uns trinta ou quarenta anos, já prontos para substituir os que ocuparam seu lugar e assim por diante.

Assim a Terra é regida por 12 eras, habitada por 12 tribos, distinguidas por 3 níveis diferentes de sabedoria e evolução, mas com um grande segredo que sempre a protege da total destruição: a 13a era.

Esta é uma era muito especial, que só acontece entre duas eras que nem sempre são as mesmas, também chamada de hiato do tempo.

Vou citar um exemplo.

A 13ª era vai ocorrer da próxima vez entre a Era de Aquário e a Era de Capricórnio.

Ela é uma era que costuma durar cerca de 40 anos, às vezes mais, às vezes menos, e em 26.000 anos costumam ocorrer dois hiatos de 40 anos.

Nesse curto período a Terra (ou qualquer outro planeta em estágio de evolução) recebe a influência das 12 eras de uma só vez.

Isso quer dizer que as 12 tribos são igualmente influenciadas por seus planetas.

Quanto à próxima 13ª era (que será entre Aquário e Capricórnio), ela vai levar da Terra todos os seres que estão no nível 1 de sabedoria (os atlantes).

Isso quer dizer que os seres conhecidos como a 1ª etapa vão partir e não mais precisarão encarnar na Terra, pois já terão alcançado a evolução necessária.

Isso significa que já terão terminado os estudos na grande escola chamada Terra.

O facto das 12 eras regerem a Terra significa que estarão regendo também os seres do nível 1 de sabedoria de cada tribo.

Assim os atlantes irão partir da Terra deixando-a exclusivamente para os seres do nível 2 e 3 de sabedoria (shangrillês e lemurianos).

A 13ª era é um recurso utilizado toda vez que a Terra (ou qualquer outro planeta) for passar por uma grande transformação em que uma parte bastante significativa de seus habitantes deverá deixar de habitá-lo.

No período dessa transformação a Terra receberá uma grande ajuda.

Vários Amorazins (que há muito tempo já a habitam) terão um papel muito especial, pois recairá sobre suas costas a responsabilidade de salvar os seres que deverão continuar no planeta.

Para tão grande missão eles vão contar com a ajuda de alguns seres do nível 1 de sabedoria e juntos eles deverão orientar de uma maneira sútil toda a população terrena, além de construírem pequenas cidadelas sagradas, que vão funcionar como a Arca de Noé.

Tais cidades devem ter a construção baseada na matemática cabalística para que na hora certa o poder divino a proteja da grande catástrofe que se abaterá sobre todo o planeta.

Com amor e profunda gratidão,

Luís Barros

30 de julho de 2021

O LIVRO DA LUZ - ONZE

- A lâmina nº 13 (A Morte) representa a grande transformação, a evolução de um nível de sabedoria para outro.

Esta lâmina tem uma imagem de um crânio e uma flor que germina do alto dele.

Isto significa que é na morte que encontramos a verdadeira vida, pois somente na morte terrena é que encontramos a imortalidade.

Também representa um recomeço a partir de um final.

Em suma, esta lâmina representa um círculo de eterno fim e recomeço e transformações, sempre de forma brusca ou irreversível.

No aspecto planetário e universal esta lâmina representa uma transformação obrigatória, sendo aplicada pela própria Lei da Natureza.

Foi esta lâmina que surgiu para mudar o destino da humanidade terrena na época em que o Cristo morreu.

Ela surgiu como um fogo devastador que queimou muitas crenças e credos deixando o caminho aberto para a Verdade.

É uma pena que esta Verdade reinou por um curto período e logo depois passou a haver muitas distorções, mas esta Verdade retornará e tomará conta da Terra, pois é assim que está escrito nos livros sagrados Talmud e Kabalah.

O Cristo foi o Crucificado, o Enforcado (lâmina nº 12), mas também foi a espada devastadora da Verdade, que calou a boca dos grandes sábios (lâmina nº 13).

- Agora vou-lhe explicar a última lâmina que tem um aspecto dos génios.

- Por que aspecto dos génios, Rabi?

- Porque as oito primeiras lâminas (0 a 7) têm o aspecto divinal.

Isso quer dizer que elas dizem respeito ao Pai e sua criação.

As outras 7 lâminas (8 a 14) dizem respeito aos génios.

Esta é a parte mais difícil de explicar, pois os génios, além de serem os sete planetas que regem a Terra diariamente, também são os espíritos de todos os seres humanos do universo.

Isto quer dizer que essas lâminas juntas são um grande livro sobre a evolução das criaturas de Deus.

As últimas sete lâminas (15 a 21) representam a evolução das criaturas criadas pelas criaturas de Deus.

Na verdade, essas últimas sete lâminas representam as condições de evolução da humanidade.

Elas representam também os obstáculos colocados nas escolas universais (planetas) para dar continuidade à evolução das criaturas.

Quando eu começar a explicá-los vai ficar muito mais fácil para você compreender o que estou tentando explicar agora.

Vamos primeiro dar continuidade às explicações com a lâmina nº 14 (A Temperança).

Nela se vê o desenho de uma criança com dois pequenos vasos, um em cada mão.

Um está com azeite e o outro com água.

Essas duas substâncias normalmente não se misturam, pois, a água repele o azeite fazendo-o subir e o azeite repele a água proibindo que ela ultrapasse sua barreira, porém neste desenho é possível ver a criança misturar essas duas substâncias, que na verdade são alma (azeite), corpo (água) e espírito (criança).

O espírito, que é a divina sabedoria, emana para a alma tudo que ela vai precisar em uma encarnação e a alma, por sua vez, tem que passar as informações necessárias para o corpo, que tem de enfrentar as condições terrenas para viver.

A água representa o corpo porque este é mortal e a água é um fluido que nasce da terra, mas a própria terra o absorve, o que significa que o corpo que neste mundo habita nele se acabará.

A alma aqui é o azeite porque este não morre simplesmente na terra.

Se nela for jogado por muito tempo ali permanecerá, proibindo que venha a nascer matéria viva neste lugar, pois a alma precisa ter um corpo para animar.

Seu corpo natural são os frutos das oliveiras.

Este mesmo azeite também dá vida longa ao fogo, pois ele é a luz do homem e quando o azeite da alma é esgotado pelo fogo da matéria o corpo do homem perde sua energia vital.

O espírito, que com facilidade mistura o azeite e a água, é a evolução da sabedoria.

Isto significa que uma simbiose entre corpo e alma começa a acontecer quando a matéria passa a compreender as vontades e necessidades da alma, quando o corpo começa a compreender a sabedoria divina e passa a ver sua vida como um círculo constante de evolução que não tem fim.

A maioria dessas lâminas já tem explicações maiores em tudo que já lhe relatei.

Por isso não me estou demorando em explicá-las para não ser repetitivo demais.

Vamos agora à explicação da lâmina nº 15, conhecida como O Destino ou O Diabo.

Esta lâmina também é conhecida como a serpente que expulsou Eva e Adão do Paraíso, para o povo que acredita nesta história, é claro.

A verdade é que esta lâmina marca os primeiros passos que o homem encarnado deve dar para sua evolução.

Para que você me compreenda bem vou-lhe explicar esta lâmina usando como base a história de Adão e Eva e a serpente que os levou ao pecado.

Na estória da Bíblia a Génese conta que Deus criou Adão e o paraíso e somente mais tarde criou a mulher, mas a verdadeira história eu já contei.

Vamos apenas recapitular.

Deus, como o homem, criou num processo de evolução os seus primogénitos de suas próprias emoções.

Tanto os primeiros filhos como o próprio Pai não tinham uma aparência definitiva.

Isso só aconteceu quando Deus tirou de seu próprio coração um pedaço, momento em que nasceu seu lado feminino (Eva), sua chama gémea e somente depois da evolução dela é que nasceram os filhos.

Da lâmina nº 15 foram encontradas diferentes imagens.

Uma lâmina tinha apenas uma face de homem e outra de uma mulher, ambos sendo engolidos por uma gigantesca serpente, mas uma outra lâmina encontrada dentro da esfinge do touro no Egipto retracta com fidelidade a verdadeira história.

Mostra o desenho simbólico de uma mulher nua em pé de um lado do riacho e um homem nu do outro lado desse mesmo riacho.

Eles estão separados, mas existe uma corda fina que amarra o homem pelo pescoço ao ventre da mulher.

No fundo pode-se ver a imagem de uma quimera, uma mistura de cabra e homem hermafrodita.

Para não te assustar vou tentar descrever esta imagem, que durante muitos anos aterrorizou as pessoas e, por incrível que pareça, ainda continuará a aterrorizar por mais alguns milhares de anos.

Esta quimera tem as pernas de uma cabra, sua região genital está desnuda e deixa à mostra um pénis erecto e é possível ver duas serpentes entrelaçadas no órgão.

Da cintura para cima este ser tem seios femininos fartos.

Sua face é a de uma cabra ou bode com chifres grandes, porém no alto de sua cabeça existe uma tocha acesa.

Seu braço direito aponta para o céu e o esquerdo para a terra.

Em suas costas as asas vermelhas estão abertas e o trono deste ser é um círculo dourado representando o sol.

Biblicamente falando esta é a imagem do pecado que Eva levou Adão a cometer e condenou assim toda a humanidade, mas não houve uma Eva ou um Adão culpado.

Esta quimera é o agente da evolução humana na Terra.

Ela mostra tudo que o homem tem que passar para chegar à evolução, a começar pelo facto de estar sentado encima do Sol.

Isto significa que o homem, enquanto permanecer ignorante, não poderá enxergar a verdade ou a verdadeira luz.

O facto de ter uma face de cabra demonstra a face do pecado.

Alguns seres sacrificam carneiros e cabras para sanar suas dívidas com Deus, pois ao fazerem isso acreditam estar se libertando de seus pecados.

Esse é um costume muito antigo e para algumas seitas ou religiões a oferenda a Deus de um belo animal dessa espécie é uma boa maneira de ser perdoado por algum erro.

Outras crenças acreditam que esse ser é o “agente do mal” e o cultuam como criador das luxúrias.

Os seios femininos e o órgão sexual masculino mostram a união das duas polaridades como sendo um só, unidos pelos pecados e pelo desejo carnal.

O órgão masculino entre tocado por duas serpentes representa a briga eterna do bem e do mal pelos prazeres da vida e da carne.

O órgão sexual masculino são os prazeres e as duas serpentes são o bem e o mal.

A tocha que está no alto da cabeça da quimera é a consciência que está acima de tudo e que vive em todo ser vivo, mas aguarda a hora certa para despertar.

As asas nas costas é a maneira que esse agente encontrou de dizer que o ser humano é livre.

Ele tem liberdade ou livre-arbítrio para ter escolhido provas da Árvore da Sabedoria e arcar com as consequências de não ter evolução bastante.

O ser é livre para errar e acertar.

Somente o pecado pode evoluir o homem dando a ele sabedoria o bastante para que compreenda seu próprio destino e tudo que nele existe.

O facto do ser apontar com uma mão para o céu e com a outra para a terra tem vários significados.

Dentre eles um diz que é preciso conhecer o inferno para chegar ao paraíso.

Outro explica que é preciso viver as dores da ignorância para conhecer o alívio da consciência.

O que você faz aqui em baixo está sendo visto lá encima, o que está em cima é o mesmo que está em baixo.

É preciso nascer para morrer e morrer para renascer.

Ignorância é o caminho para aprender e aprender é o caminho para o saber, etc.

Analisemos o homem e a mulher separados por um riacho, porém unidos por uma fina corda.

Esta fina corda é a mão do destino, que significa que para ser vida o homem precisa nascer.

Por isso sua sabedoria, força e soberania não podem existir se ele antes não habitar o ventre feminino, pois essa é a terra fértil onde o homem pode plantar suas futuras encarnações.

A mulher é a senhora da germinação e o homem é o dono da semente, mas somente juntos podem tornar possível o acto da criação.

Outra explicação bem clara é o facto de que hoje aquele que é homem um dia será mulher, pois o riacho que os separa é a alma, que não tem sexo, cor ou credo.

O destino atrai o homem pela razão, guiado somente pelo que vê e sabe.

O homem serve os conceitos sociais que determinam sua posição como ser superior, que em tudo manda e em tudo deve ser obedecido.

A mulher tem o ponto fraco no seu ventre, pois é mais fácil matar uma mãe através de um filho do que simplesmente matá-la através da dor.

Não há dor maior para uma mulher do que ter um filho morto ou doente.

Repousa sobre as mulheres a sabedoria que os homens desconhecem.

Quando é preciso são mais fortes que milhares de homens em fé, porém da mesma maneira são devastadoras como fogo.

Para sentir o que uma mulher é em sua essência é preciso encarnar como uma.

Para sentir o que um homem tem em sua essência é preciso encarnar como um.

Por isso homem e mulher tem que ser um complemento do outro, pois ambos carregam sabedoria oculta dentro de si, que só se revela quando se completam.

O sentido bíblico do homem e da mulher unidos significa que o homem teria que se reproduzir como semente, a mulher seria o alimento da semente e a terra a desabrochar e juntos teriam que ser os jardineiros cuidadosos a zelar pelo jardim pessoal.

Essa parte é vista como um castigo por muitas pessoas que não compreendem a Bíblia.

O riacho que separa o homem da mulher não é apenas a alma, mas também são as diferenças que existem entre esses dois seres, porém não posso me esquecer que no Talmud há passagens belíssimas que igualam o homem à mulher como um só ser.

No livro sagrado do Talmud a mulher, ao contrário da Bíblia, não é vista como a costela do homem, mas como o coração dele, tal qual Deus e sua chama gémea.

São como corpo e alma, um não pode viver sem o outro.

O Talmud ainda preserva alguns dos mais belos poemas de Enoch.

O rei Salomão as reescreveu milhares de anos mais tarde e o povo atribuiu a autoria deles ao rei, talvez por não saber que o verdadeiro autor de tão belas obras fosse Enoch, mas isso não vem ao caso.

O importante é relatar que a lâmina nº 15 para a Bíblia mal compreendida é o princípio da humanidade, e a Eva e o Adão, pais criadores dos homens e da humanidade e a quimera que está por trás deles é o Lúcifer, o pecado que condenou todos os seres vivos a serem expulsos do paraíso, porém para os livros que formaram a Bíblia esta lâmina nada mais é que o destino trilhando o caminho da evolução de todos.

Relata apenas a nossa transferência de uma escola (planeta) para outra em busca de evolução.

Mais tarde, quando eu contar sobre os planetas primários, talvez fique mais fácil compreender porque alguns seres acreditam que deixamos um paraíso para viver num inferno.

Só então a verdade vai sair das sombras.

- Senhor Rabi, então quer dizer que tudo que está escrito na Bíblia não é verdade?

- Não é bem assim, meu pequeno aprendiz.

A Bíblia foi escrita a primeira vez numa escrita desenhada.

Tudo era feito por imagens e estas eram fiéis à Verdade.

Também nesta época os sábios da Kabalah passaram para este novo livro uma boa parte dos ensinamentos que existiam nos velhos.

Na verdade, eles queriam tornar acessível as bases do conhecimento que tinham, só que para isso tinham que reduzir ou resumir esse conhecimento passado para este novo livro que hoje é chamado de Bíblia.

Moisés, quando começou a escrever o primeiro capítulo já era mais que um aprendiz, porém ao aceder os pergaminhos sagrados do grande Livro de Enoch percebeu que tudo que Enoch escreveu foi numa época em que a humanidade estava rumando para sua primeira destruição e já não se compreendia mais.

Moisés foi fiel aos desenhos do Livro da Criação de Enoch, porém mais tarde algumas pessoas convenceram Moisés que aquela história não fazia mais parte da verdade e era muito fácil prová-lo, pois na época de Enoch a humanidade falava o idioma universal e na época de Moisés já existiam muitas línguas.

Como ter certeza de que a escrita-desenho de Enoch retractava a verdade que Moisés acreditava ser o princípio da criação?

Moisés se negou a retirar todos os desenhos, mas aconselhado por outros grandes homens de sua época tirou partes que seriam essenciais para a compreensão dos enigmas bíblicos.

Com o passar dos anos este livro foi traduzido para outras escritas e línguas e foi ficando cada vez menor.

Em suma isso não é ruim, afinal tudo está revelado em apenas 22 lâminas ou em 22 letras, o que na verdade é tão pouco para compreender um universo tão grande, porém aquele que sabe o significado dessas lâminas e das letras já pode se considerar um sábio.

A Bíblia também revela esta Verdade, mas é preciso estar apto para compreendê-la.

- Mas agora vamos dar continuidade à explicação das lâminas.

A lâmina nº 16 é conhecida como O Reino de Deus, A Casa de Deus ou simplesmente A Torre.

No aspecto bíblico ela se refere à Torre de Babel, que os homens construíram para chegar ao céu e terminaram por não compreender uns aos outros, pois tiveram os idiomas trocados com a finalidade de não se compreenderem e assim desistiriam de construir a torre gigantesca, mas o que esta lâmina relata de verdade é a época do dilúvio, onde a Terra estava tomada pela luxúria e pela loucura.

Esta era uma época em que homens e deuses cometiam erros em nome da própria ambição, época das grandes quimeras, seres fabricados pelos excessos da magia de soberanos sem razão.

O nome A Casa de Deus foi dado porque esta torre tinha o objectivo de conduzir o homem ao céu, ou seja, à casa de Deus.

Na verdade, esta lâmina significa toda a destruição das três cidades do princípio da Terra: Atlântida, Lemúria e Shangrillá.

Para que você me compreenda melhor vou descrever as imagens desenhadas nesta lâmina.

Nela pode-se ver o desenho de uma construção muito grande edificada como uma torre.

Do lado de fora dela é possível ver raios derrubando homens e mulheres que tentam escalar esta torre, porém há 3 mil anos esta lâmina tinha outro desenho muito conhecido, que por motivos religiosos foi trocado ou ocultado para sempre.

Este outro desenho era semelhante a uma grande Arca de Noé.

Eis os dois lados desta lâmina.

O primeiro lado é a visão bíblica do ser humano que, não estando contente com sua vida terrena, tenta voltar ao paraíso.

Muitos seres que foram instruídos segundo os relatos da Génesis acreditavam e ainda acreditam que são filhos de uma Eva e um Adão pecadores e segundo a Bíblia esses seres construíram uma torre para fugir das dores físicas, uma torre que os levasse ao céu e deram a ela o nome de A Casa de Deus.

Outros a chamavam de Torre de Babel (Babel significa Babilónia).

O outro lado desta lâmina, que diz respeito à Arca de Noé, era apenas mais uma parte do imenso quebra-cabeça, pois mostrava o desenho da arca protegida e do lado de fora uma multidão de seres humanos suplicando perdão, tentando agarrar-se à arca, enquanto as águas os engoliam.

A lâmina nº 16 não era uma arca e nem mesmo uma torre. Esses desenhos serviram apenas para a humanidade perceber a grandiosidade de seus erros e sua ignorância.

Esta lâmina marca a primeira grande destruição da Terra, aquela a que todos dão o nome de dilúvio.

Ela marca uma época em que o equilíbrio material foi desfeito e a Terra teve que ser destruída parcialmente.

Toda a sabedoria mágica que facilitava a vida dos homens foi consumida pelo fogo, pela água e pela própria terra.

Muitas catástrofes naturais se abateram sobre o nosso planeta numa só época, porém é imprescindível dizer que Deus nada fez para causar esta destruição, como alguns acreditam.

Esta destruição foi obra do próprio homem e daqueles que eram chamados de deuses, seres com conhecimento de magia, mas sem sabedoria para utilizá-la de maneira correcta.

Naquela época era muito fácil usar a magia da natureza e seus elementais (seres da natureza), assim como era muito fácil descobrir e saber como utilizar o poder dos astros, mas toda essa facilidade gerou aquilo que alguns chamam de aberrações e outros chamam de dinossauros.

Particularmente eu prefiro chamá-los de quimeras.

O mais incrível de tudo isso é que houve uma época em que os seres humanos conseguiram viver em harmonia com esses seres, mas como tudo que é bom dura pouco a natureza entrou em desequilíbrio pela destruição causada pelo grande número de quimeras e as constantes guerras entre eles e os humanos.

Em resumo, o homem teve que perder tudo que acreditava ter para mais tarde, numa outra vida, recomeçar.

A lâmina nº 15 é a aceitação da evolução e a busca da sabedoria pelos caminhos das encarnações.

A lâmina nº 16 é a aceitação do esquecimento da magia para o aprendizado da verdadeira sabedoria.

A lâmina nº 17 (A Estrela) é a marca do recomeço.

O desenho desta lâmina retracta as condições e até mesmo o período necessário para uma nova etapa terrena.

Nesta lâmina é possível ver a imagem de uma mulher nua (representando a Terra e o espírito do homem).

Seu corpo todo é luminoso.

Ela pisa em uma grama verde, tem em cada uma das mãos um recipiente vazio e acima de sua cabeça oito estrelas brilhantes formam o símbolo do universo (¥).

Ela representa a Terra como uma virgem pura, pronta para ser semeada, e o espírito do ser humano como a consciência carregando o corpo e a alma, que são receptáculos vazios, prontos para serem preenchidos.

Porém existe uma imagem que representa a lâmina nº 17 em sua total perfeição.

É um desenho muito antigo, feito na época dos primeiros faraós.

É o desenho de uma bela flor de lótus totalmente branca, que surge das águas turvas de um rio.

Acima dessa flor de lótus aberta senta-se harmoniosamente a Ísis e no alto de sua cabeça um conjunto de oito estrelas fazem o símbolo do universo (¥).

A flor de lótus pura e branca, que nasce de águas profundas e turvas simboliza o renascimento da vida e da natureza após a destruição.

A Ísis é o símbolo da sabedoria universal, que tudo equilibra.

Resumindo, essa lâmina representa o renascer do homem e da natureza após o período de destruição, biblicamente falando após a queda da Torre de Babel e a briga de Jacó com o demónio.

- A lâmina nº 18 (A Lua) marca o princípio de uma rivalidade muito grande.

A princípio os desenhos desta lâmina mostram uma batalha entre dois irmãos.

Explicando melhor vê-se o desenho de um cão negro de um lado e um cão branco do outro.

No céu a Lua está de um lado e o Sol do outro.

Os dois cães estão separados por um rio e no outro lado do rio surge um escorpião que avança em direcção aos dois.

Em alguns desenhos o escorpião é substituído por um escaravelho.

- Os dois cães representam também os herdeiros de um grande faraó.

Um é filho legítimo e o outro é adoptivo, salvo da morte quando ainda era bebé.

A esposa do faraó o salvou justamente numa época em que todos os filhos (meninos) das escravas estavam sendo mortos pela tirania alucinada de um faraó louco, que descobriu o verdadeiro poder que se escondia por trás de um povo.

Este faraó temia a reencarnação do faraó Akhenaton, o faraó mais evoluído de todos os tempos, aquele que por curtos 17 anos mostrou a seu povo a verdade sobre o legítimo e único Deus.

Mas não era só a volta de Akhenaton que o faraó louco temia.

Ele também temia a vinda de um Messias, que ele acreditava que nasceria naquela época, porém o que ele não sabia era que o Messias só havia proclamado sua vinda e pouquíssimos seres sabiam com certeza a época de seu nascimento.

Em resumo, o faraó acreditou ter dado fim aos seus pesadelos quando mandou matar tantos seres inocentes dando-os aos crocodilos, leões e hipopótamos, além de oferecê-los como sacrifício aos seus deuses.

O sangue inocente mudou o Egipto e a balança divina tratou de equilibrar as coisas no universo.

Além de fazer esses sacrifícios com crianças alguns faraós acreditavam que tomar banho ou beber o sangue de bebés ou crianças de até 7 anos os manteria jovens e fortes.

Isso era uma verdadeira aberração diante do divino Pai, mas apesar de todo seu esforço para impedir o nascimento do Messias o faraó não evitou o nascimento de um grande profeta salvador (Moisés) e sem saber quem era o próprio faraó o criou e o instruiu nos aprendizados sagrados dos antigos.

Seu filho legítimo não se interessou muito por este aprendizado, facto com que o faraó não se importou, pois acreditava que ambos governariam juntos e assim um teria o apoio do outro.

O relato bíblico todos conhecem.

O filho legítimo assumiu o trono e o filho adoptivo descobriu os crimes que seu avô e pai cometeram.

Foi então que a guerra entre o filho da Lua e o filho do Sol começou.

O filho do Sol era considerado o filho da verdade e o filho da Lua o filho da falsa sabedoria (magia), aquele que tem o poder, mas não o conhece realmente.

Na verdade, essa lenda representa a luta entre o bem e o mal.

O escorpião ou escaravelho no meio dos dois cães é a morte, a fatalidade, as inúmeras mortes que iriam acontecer nesta guerra de irmãos.

A lâmina nº 18 representa uma época muito difícil.

Muitos anos de luta árdua entre a luz e a escuridão.

Esta lâmina foi criada para marcar este período de grande importância para a raça humana.

Foi criada para fazer-nos lembrar que as verdadeiras sabedorias dos livros sagrados chegaram a pertencer a seres que tinham apenas o desejo de poder, porém mesmo tendo os livros sagrados e o poder que esses revelavam faltava o principal, a compreensão do poder, algo que faz de um leitor de oráculo o próprio oráculo, do profeta o próprio Pai.

Quando digo que um profeta pode ser Deus não estou dizendo que um ser humano seja Deus de facto, porque Deus é único, porém o único que tudo é e tudo habita.

Quando o homem tem a consciência de que de tudo faz parte e que o Todo faz parte dele ele sente o infinito dentro de si e lembra-se que Deus deu a ele os mesmos direitos que deu a si próprio e somente a grande verdade pode destruir as ilusões de poder.

A verdade não está em ter o poder, mas em ser o poder.

Só pode sê-lo aquele que tem consciência profunda de estar unido ao Uno.

- A lâmina nº 19 (O Sol) explica com clareza essa união.

Ela traz o desenho de um Sol muito brilhante que repousa nas costas de dois seres inocentes, o ser humano completo de mãos dadas com sua consciência.

Na verdade, esta lâmina é uma demonstração alegórica para alguns, porém muito real para outros.

Ela demonstra Deus encarnado na Terra no mesmo instante em que está no céu.

Os dois seres de mãos dadas são Deus e Cristo caminhando pela Terra.

O Sol brilhante no céu é Deus com todo seu poder e Verdade.

Esta lâmina afirma o poder que Cristo tinha ao falar em nome de Deus.

Representa o Pai no filho e o filho no Pai, o duplo como o Uno.

Representa a Verdade que desceria sobre a Terra e se manifestaria em meio aos homens através de um homem.

Esta lâmina representa a vinda da Verdade, do verdadeiro poder.

O Sol é o fogo que queima para revelar o que existia por trás das sombras.

Este foi o verdadeiro poder que Cristo veio revelar à humanidade e que desagradou a muitos já conhecedores dessa Verdade (digo apenas conhecedores, mas não aplicadores dela).

Em suma, esta lâmina representa a vinda do Messias.

É a verdade de mais um capítulo na história da humanidade.

É também a prova de que toda a história já está escrita há muito tempo, mas algumas pessoas só poderão compreendê-la quando já tiver acontecido tudo.

A lâmina, O Sol representa a Verdade reveladora, pois a luz do dia revela o que a escuridão da noite esconde.

Por essa razão vários seres temem a noite, justamente por ela velar, esconder as más intenções dos seres humanos e também por ela revelar o medo e a insegurança dos mesmos.

Na verdade, a noite é tão reveladora quanto o dia, pois a noite é o momento em que nos damos conta de que temos receios, temores, insegurança, más intenções, emoções perturbadoras e até mesmo incontroláveis.

Obviamente que não somos todos iguais e é claro que alguns já têm controlo desse lado desconhecido, mas uma grande maioria ainda o teme.

Como já disse, a lâmina nº 19 (O Sol) é a lâmina da vinda do Cristo e de toda a sabedoria que Ele traria à Terra.

- A lâmina nº 20 é a lâmina d’O Julgamento, da grande transformação.

Ela marca as acções do homem sendo julgadas pela Lei da Natureza.

Mostra um desenho alquímico do ser humano dentro de um túmulo que aos poucos vai se decompondo e se transforma numa árvore.

Isso significa que deste mundo o homem nada levará senão aquilo que ele aprendeu e sentiu, pois, seu corpo perecível morrerá na forma visível, mas continuará a dar vida à natureza.

Na verdade, é como se o corpo do homem se transformasse numa pequena semente ou simplesmente fosse o adubo para ela.

Na natureza nada se perde, tudo se transforma, pois, a Mãe Natureza não rejeita nada que dela veio, mas rejeita o que do homem pode vir.

Por isso devemos ter o cuidado de preservar a Mãe Natureza da nossa ignorância e intolerância, pois a nossa mão devastadora pode até ser forte, pode até dizimar espécies e destruir nosso próprio habitat natural, mas a mão da Mãe Natureza com certeza é muito superior à nossa e quando não tiver mais saída ela vai julgar quantos de nós devem permanecer nesta linda escola, mas isso é uma história já escrita e cujo final muitos já sabem.

A primeira etapa de seres humanos deve partir e seguir seu aprendizado em outras escolas.

Deve permanecer aqui apenas uma pequena quantidade de seres humanos para repovoar a Terra e reconstruí-la sem destruí-la, preservando-a para um futuro ainda muito distante, quando enfim ela receberá novos alunos para um novo estágio em que ela será uma escola já transformada.

Porém não é apenas este o significado da lâmina nº 20.

Ela também retracta a evolução do homem pelas suas encarnações, sua sabedoria e seu nível e há quanto tempo ele vem se transformando.

É esta lâmina que basicamente certifica que o homem está apto a deixar a Terra como escola, pois deve buscar aprendizado diferente em outros planetas (escolas).

- Agora vou adentrar numa polémica entre sábios e magos.

Meu pequeno aprendiz, você se lembra que eu comecei esta explicação a partir da lâmina número zero (0)?

- Sim, senhor Rabi, eu me lembro.

- Meu bom menino, alguns sábios e magos dão a essa lâmina o número 21 (O Louco), pois preferem começar a contagem dessas lâminas pelo nº 1, porém há um segredo que poucos magos e sábios sabem ou concordam com ele.

A lâmina nº 0 também é a lâmina 21.

Como já expliquei, ela representa o vazio, o caos, o nada onde o princípio resolveu se fazer verbo, porém isso apenas para o aspecto divino.

Para o aspecto humano ela é a lâmina nº 21 e não a nº 0.

Ela é o nº 0 quando queremos compreender o princípio do Uno, mas para compreendermos a parte que cabe à humanidade ela é a lâmina nº 21, que representa o caos, o tudo, o exagero material, a desordem, a loucura, a perda da razão e do controle.

Portanto como lâmina nº 21 ela afirma que o homem vai chegar ao limite de seu egoísmo, de sua cobiça, de sua ira, de sua intolerância e de sua loucura.

O homem vai se achar Deus, vai crer que é possível ser dono de tudo e que tudo pode construir e destruir também. Desta verdade que estou-lhe ensinando apenas 10% da humanidade ainda se lembra e, mesmo assim, não na íntegra.

Os 4% que a conheceram na sua totalidade não tiveram força para transmiti-la e outros simplesmente tiveram medo, mas dentre tantos seres humanos surgiram algumas pequenas formiguinhas que se transformaram em mártires desta Verdade.

Esses serão os poucos escolhidos para salvar o pouco da humanidade que deverá ficar na Terra quando a primeira etapa partir, mas posso afirmar seguramente que os salvadores não salvarão a si mesmos.

- Mas por que, senhor Rabi?

- Eles compreendem que é sua última missão.

Salvar a humanidade não significa tornar-se responsável por ela.

Além disso ela tem o livre-arbítrio de recomeçar a vida com a sua própria visão e vontade, aprendendo cada um com suas próprias experiências.

Tudo isso acontecerá para que uma só verdade prevaleça na Terra, para que a mulher vestida de sol reine absoluta diante das falsas verdades criadas pelo homem.

- O senhor está-me dizendo que a Terra será destruída para destruir as mentiras que existem nela?

- Infelizmente, meu pequeno aprendiz, é quase isso que vai acontecer.

Em primeiro lugar a Terra não será destruída inteiramente, apenas um pouco mais que a metade.

Na verdade, a humanidade vai se transformar em um caos total por ter tantas falsas verdades denominando-se ‘verdade divina’ e essas estarão lutando entre si pelo poder de ter o controlo geral.

Será uma época difícil, onde as pessoas estarão confusas e alguns seres se aproveitarão disso para transtornar ainda mais as mentes humanas.

A Terra estará tomada pela violência e pela injustiça, pela ignorância, intolerância e descrédito.

Os bens materiais serão como templos de adoração e todos acreditarão estar com a razão.

Mas tudo isso ainda é muito pouco diante da realidade total da lâmina nº 21.

Para o Divino ela é o vazio que o princípio gerou e para o homem ela é o Tudo que precisa ter fim.

- A lâmina chamada de O Mundo é também a última de todas e é o nº 22 para quem conta a partir da lâmina nº 1.

Para quem conta a partir da lâmina nº 0 O Mundo é a lâmina nº 21.

Ela traz a imagem de uma bela jovem nua.

Seu corpo é suavemente coberto pela luz do Sol, que parece nascer de seu ventre (por isso a chamo de ‘A mulher vestida de Sol’).

Uma grande serpente (Oroborus) faz um grande círculo, ficando a mulher no centro.

Esta serpente fecha o círculo mordendo a própria cauda.

Três animais e um querubim estão em volta desta mulher. Uma águia representando o ar e a sabedoria, um touro representando a terra e a força, um leão representando o fogo e os instintos e o querubim representando a água e o homem.

Agora, juntando cada parte deste desenho vamos encontrar a evolução do homem em sua totalidade.

A mulher nua ao centro de tudo representa a Verdade divina.

Seu ventre iluminado por raios solares significa que ela, além de ser portadora da Verdade, também dará a luz a essa Verdade.

Ela é como a consciência que aos poucos vai desabrochando no ser humano.

A lâmina nº 22 representa a única Verdade que irá sobreviver.

Em alguns aspectos ela representa a religião única que deveria existir na Terra.

Esta religião resistiria a todos os pecados capitais e a todas as outras religiões que dizem ter nascido da Verdade.

- Na Bíblia (Apocalipse 12;1-12) fala-se de uma grávida que, com dores de parto, vai para o deserto tentando fugir do dragão de 7 cabeças (sete pecados capitais) e dez cornos (desobediência às leis de Deus, os 10 mandamentos).

Mesmo assim o mal ataca a mulher devido a sua fraqueza, porém ela é pura, santa, porque vai ser mãe.

Ela dá à luz a uma criança do sexo masculino, que será rei de todos os povos (a crença do mundo novo que luta contra a crença antiga).

O dragão cospe um rio para devorar o filho da mulher (esse rio é a sociedade e as falsas doutrinas nascidas da imaginação desregrada e que tendem a controlar tudo e a todos), mas a terra absorve o rio (o que nasce da terra a ela retorna) e por cima dela só a Verdade é eterna e só ela não pode ser devorada.

Na verdade, essa mulher é a Verdade que Cristo deixou na Terra e que os anos e as muitas religiões foram distorcendo, transformando esta Verdade em outras falsas verdades, usadas para controlar o povo e mantê-lo sob um regime de submissão voluntária.

O filho da mulher é a vitória de uma crença única em um só Deus.

É a transformação de todas as crenças em uma só, uma crença sem nome, guiada pelo amor incondicional, sem preconceitos de raça, cor, credo ou posição social.

Uma crença feita, ou melhor, nascida da Verdade resumida nos dois mandamentos de que Cristo falou a seus apóstolos: Amar a Deus sobre todas as coisas (inclusive a religião) e a teu próximo como a ti mesmo.

A lâmina nº 22 revela esta Verdade e muitas outras, como os três animais e o querubim, que simbolizam a Terra e seus elementos, o homem e seus aspectos de evolução.

O touro é o homem submisso à terra, usando a força para construir seu caminho.

O leão é o homem usando seu poder irracional, a força bruta que devora e destrói.

A águia é o homem buscando a sabedoria através daquilo que não pode alcançar.

Tudo que o homem não pode possuir é superior a ele até que este compreenda que faz parte daquilo.

Unindo o homem (querubim), o touro, o leão e a águia temos um ser sábio, mas não necessariamente evoluído para ter a consciência dessa Verdade que a lâmina nº 22 explica tão claramente.

É preciso compreender os círculos de reencarnações (representado pela serpente em volta da mulher) planetárias e estagiárias. Planetárias são as vidas que vivemos passando de um planeta para outro. Estagiárias são as vidas que passamos numa escola (planeta).

Enfim, a lâmina nº 22 é o grande arcano da Verdade, é o símbolo que representa um futuro inevitável.

O caminho que todos terminam um dia alcançando, a Verdade absoluta que liberta o homem das correntes preconceituosas da ignorância.

- Bem, meu pequeno aprendiz, como havia-lhe prometido, aí está o segredo da vida revelado, mas tu não deves esquecer que te revelei apenas o princípio desses segredos.

O restante cabe a cada um descobrir dentro de si mesmo, afinal o conhecimento é apenas a margem.

A evolução e a compreensão são um oceano infinito.

Com amor e profunda gratidão,

Luís Barros