Vamos revelar os segredos do Livro da Luz, afinal hoje grande parte da humanidade já tem uma boa noção desses segredos e não há mais motivo algum para eles continuarem secretos.
Foi-nos passado o dever de fazer isso de uma maneira bela e de fácil compreensão, sem esconder nada de sua Verdade.
Vamos passar algumas instruções e contar a verdade sobre alguns enigmas do universo.
Muitos anos atrás, quando Jesus esteve na Terra como um ser humano, escreveu um livro onde relatou os caminhos da evolução.
Fez isso para que as pessoas pudessem ver o quanto era fácil alcançar a sabedoria e a evolução verdadeira.
Naquela época esse livro trouxe consciência somente a alguns seres, que desde então lutariam encarnação após encarnação para conscientizar os outros seres.
O tempo passou e hoje vemos a necessidade de escrever este livro de novo, mas desta vez não será como no passado.
Hoje, vamos deixar tudo ainda mais claro e mais fácil de se compreender.
Não que não tenha sido assim no passado, porém hoje o tempo tornou as coisas mais fáceis.
Muitos seres já estão aptos a conhecer e até compreender essa Verdade e até mesmo procuram por ela.
Vamos saber como Jesus revelou essa Verdade em seu livro e como os evangelistas ensinaram-na aos outros seres humanos.
No Livro da Luz o Grande Pai permitiu que fosse revelada a verdade sobre a evolução humana e seus mistérios, explicando que todo ser um dia alcança a consciência da Verdade original.
Mas o que de facto é a Verdade original?
A Verdade original é o Absoluto, é a Consciência Superior de cada ser que desperta para sua verdadeira essência.
Alguns seres, por exemplo, que estão vivendo a última encarnação na Terra já têm a consciência dessa Verdade, pois as inúmeras experiências já vividas lhes proporcionaram alcançar essa Verdade, porém devemos deixar bem claro que são apenas alguns seres humanos.
Os Anjos são livres para mexer na vida da humanidade desde que façam isso com concordância do amor e do destino e se lembrem que as pessoas escolhem os seus karmas a serem pagos.
Queremos deixar claro que não será fácil a missão de trazer consciência à humanidade.
Há muitos anos vários escolhidos tiveram essa mesma tarefa e não foram muito bem recebidos, pois a Verdade ofusca os olhos dos cegos e amedronta aqueles que passam a vê-la, pois esta, por ser simples e fácil demais, simplesmente é impossível que acreditem nela.
Começamos por explicar a origem dos espíritos, explicação essa que já demos, porém nessa explicação ficou faltando um pequeno detalhe.
Faltou dizer que havia uma ordem de consciência para cada ser que se multiplicasse daquele que já havia sido multiplicado.
Explicando melhor, todos os espíritos foram criados da Matriz Divina: Deus e sua chama gémea.
Os primeiros milhares que saíram d’Ele tinham uma consciência perfeita, porém quando o Grande Pai resolveu partir os corações para que esses voltassem a se unir e se multiplicassem, como Ele mesmo o fez, Ele fez com que essa nova multiplicação recebesse a consciência da primeira e dessa mesma maneira agiu com as demais multiplicações, que no total foram 22 grupos e cada grupo com milhares e milhares de espíritos multiplicados.
Todos esses seres foram obviamente criados pelo Divino Pai e todos feitos numa só época.
Mais tarde o Grande Pai os separou e os conduziu a seus planetas, que a princípio funcionavam como um berçário onde eles aguardariam a hora de começar o grande aprendizado.
Os primeiros seres que iam evoluindo passavam a se tornar responsáveis por aqueles que de forma indirecta haviam criado ou pensavam ter criado (é preciso lembrar sempre que todos foram criados por Deus), pois a única maneira de evoluir de facto era se tornar responsável pela própria evolução e que melhor maneira senão ter responsabilidade pelos outros e pela própria existência?
Assim os primeiros pais a ajudarem seus filhos foram os anjos, mas devemos lembrar que eles receberam de Deus uma grande ajuda, pois Ele lhes passou todo o conhecimento teórico de como cuidar de seus “filhos”.
Até aí os anjos ainda não haviam alcançado a suprema evolução.
Haviam alcançado apenas a perfeição.
Como foram os primeiros milhares, tinham a facilidade de sentir como o Pai.
Por isso não foi tão difícil chegarem à perfeição, porém o processo é semelhante para todos.
O tempo e a consciência é que faz a diferença.
Com suficiente aprendizado teórico eles partiram para a prática e foram no grande berçário do universo buscar seus filhos para enfim ensiná-los.
À medida que os anjos instruíam os seus filhos estes automaticamente faziam o mesmo por aqueles que haviam saído deles e assim por diante (vamos lembrar que todos os espíritos têm sabedoria, mas precisam praticá-la) e esta é a fórmula secreta da evolução dos 22 grupos de milhares e milhares de espíritos.
Actualmente só sete grupos têm uma evolução perfeita e consciente, mas não completa, afinal a sabedoria é infinita e evolução perfeita é apenas a compreensão de que somos eternos aprendizes.
Mesmo dentro dessa escala de sete grupos é gigantesca a quantidade de espíritos, mas ainda não o bastante para o infinito universo.
Como vários outros seres que alcançaram o estágio de consciência, puderam enfim conhecer seus pais e seu lar “definitivo”, lugar onde poderiam viver temporariamente antes de partirem para outro planeta.
Esse lar é chamado de “definitivo” porque a partir de tal estágio evolutivo os espíritos sempre podem voltar a ele após os estágios em outros planetas e, além de voltarem para casa, voltar para perto de seus pais, aqueles que são na verdade sua primeira família.
Para chegar a esse estágio o espírito passa por vários “planetas de afinidade” até alcançar o estágio da consciência.
Esse estágio só é alcançado quando o espírito chega ao caminho nº 10 de evolução.
Antes disso o espírito tem a sabedoria, mas lhe falta a prática, e a melhor maneira de tê-la é encarnando e estagiando por inúmeras vezes em vários planetas diferentes sem a consciência de um lar ou família, pois isso atrapalharia a evolução natural desses seres.
Mas logo que são conscientizados de que tem um lar e uma família eles recebem um segundo presente.
Ganham a consciência de que também são pais responsáveis por evoluir outro ser, ser esse que obviamente é partícula multiplicada daquele que acaba de receber a consciência.
Vejamos, por exemplo, o caso da filha do Mestre Maitreya.
Deus a criou da partícula do mestre Maitreya e sua chama gémea.
Ela, por sua vez, foi evoluindo de acordo com a evolução de seus pais, mas obviamente na mesma hora em que foi criada sua existência deu origem a outro ser e assim por diante, exactamente como foi com todos.
A única diferença é que nenhum ser tinha consciência de que viria a se tornar responsável pela vida multiplicada de si mesmo.
No fundo somos todos uma grande cadeia de irmãos que formam uma grande família, onde os mais velhos cuidam dos mais novos até que esses adquiram sabedoria bastante para cuidarem de si e dos seus dependentes.
Jesus também achou muito dura a incumbência de revelar tamanha sabedoria à humanidade do planeta Terra, porém o Grande Pai lhe disse que para ter um grande pomar é preciso semear boas sementes.
Mesmo que essas não venham a crescer na época que desejamos não devemos nos frustrar por isso, pois o mal não é da semente e sim do solo que ainda não se tornou fértil.
Porém se a semente de facto for boa um dia vence o solo e começa a germinar até se tornar uma frondosa árvore de belos frutos, e Ele, em sua infinita sabedoria, tem sempre certeza das coisas.
Falamos também sobre os segredos da evolução da alma e esse é um dos assuntos mais importantes e que nos deixará de facto bastante abismados, pois jamais havíamos imaginado que um processo tão difícil no fundo era algo tão simples e fácil, mas que a humanidade jamais conseguiria desvendar sem a devida sabedoria e compreensão.
Algo tão simples, porém tão difícil de se compreender e isso não diz respeito apenas ao planeta Terra, mas à evolução geral do universo.
Vamos lembrar que todo planeta que habitamos é apenas uma grande escola onde nos dispomos a aprender, praticar e evoluir.
Mais tarde, quando os planetas evoluem, alcançando o estágio da perfeição, se tornam lares onde vários espíritos já muito evoluídos fixam uma morada, mas vamos deixar claro que essa morada é como uma casa de campo, que nos serve de refúgio em um curto período de férias, pois sabemos que ali é a nossa casa, porém o nosso trabalho e estudo geralmente estão em outros planetas.
Na verdade, esse lar é como um ponto de encontro familiar, onde os espíritos vinculados pelo laço familiar dão sempre um jeitinho de matar a saudade que sentem uns dos outros.
Agora vamos ao assunto que diz respeito à evolução da alma.
A alma foi criada como segundo corpo, corpo esse que estaria entre o espírito e o corpo físico.
A alma é o canal de comunicação entre o espírito imortal e o corpo físico mortal.
Sua função é evoluir a ambos e a si mesma, criando uma fusão que só acontece no final de um estágio planetário (final de um estágio planetário significa a última encarnação de um estágio em um planeta).
Isso significa que o espírito alcançou seu intento naquele planeta e pode continuar avançando para outros planetas em busca de sabedoria, mas para que isso aconteça a alma é submetida a muitos testes escolhidos pelo próprio espírito.
Vamos explicar como acontece a evolução das almas dos seres que vivem na Terra, que por sinal é muito semelhante à evolução das almas em outros planetas.
Até onde a humanidade terrena sabe ou conhece foram criados dois tipos de escolas, lugares para onde são encaminhadas as almas que acabam de desencarnar.
Essas escolas são chamadas de lar espiritual e umbral.
O lar espiritual tem 12 colónias, cada uma com um grau de evolução crescente, onde a alma vai avançando no decorrer de suas inúmeras encarnações.
Mas a escola chamada umbral, também conhecida como inferno, é o maior segredo de todos, que agora temos que revelar.
A princípio enquanto os seres humanos eram inconscientes e não podiam compreender a verdade que hoje vamos relatar deixamos que eles acreditassem em um lugar chamado inferno, porém o que vamos relatar agora prova que esse lugar jamais existiu, ao menos não como a humanidade imagina.
Quando uma pessoa desencarna e vai para o umbral ou inferno ele acredita que está num lugar terrível onde mora toda a maldade e até mesmo um “deus do mal”.
Ali ele acha que vai sofrer até pagar todos os seus crimes, até se arrepender deles e só então poder sair de lá para ter uma nova chance de reencarnar e se redimir, dedicando-se a uma vida que o conduza a um pouco de sabedoria.
A verdade sobre o umbral é que foi criado um espaço paralelo na Escola da Consciência (o lar).
Esse espaço é chamado de umbral por muitos seres humanos e até por almas desencarnadas que se comunicam com os encarnados.
Esse espaço paralelo é o lugar para onde vão as almas rebeldes que cometeram crimes de diversos graus, mas nesse espaço nenhuma alma encontra outra alma, como a grande maioria pensa.
Na verdade, tudo que acontece nesse espaço paralelo é obra do espírito, dono daquela alma.
É ele quem determina tudo que a alma deve ou não passar.
Esse grande segredo guardado há tanto tempo hoje vem descortinar as incertezas que alguns seres humanos ainda carregam.
Para que todos compreendam exactamente o que vamos falar vamos começar revelando mais um segredo.
O livre-arbítrio nós acreditamos que seja algo que todos já conhecem, mas o que nem todos sabem é que livre-arbítrio é algo que foi dado apenas ao espírito e ao corpo físico.
A alma, por sua vez, não tem livre-arbítrio e, portanto, não tem escolha.
Ela, no entanto, não tem consciência disso, vindo a alcançá-la quando já tiver avançado para um nível maior de sabedoria.
O que, em resumo, acontece com a alma é mais ou menos o seguinte.
Quando um ser desencarna e deixa na Terra vários assuntos pendentes como crimes, violência, etc., ele vai para aquele espaço paralelo que muitos acreditam ser o inferno ou umbral, porém nesse espaço paralelo existem sete níveis.
Cada nível varia de acordo com os crimes que as pessoas cometem.
Digamos que uma pessoa vá para o Vale dos Suicidas.
Esse lugar é contaminado pela depressão e pela angústia.
Geralmente os suicidas terminam por ir para esse lugar.
Ao chegar lá o ser se vê rodeado de pessoas semelhantes a ele, que compartilham da mesma tristeza, dor, rancor e angústia, mas o que a alma não sabe é que aqueles seres não podem feri-lo tampouco magoá-lo, pois eles estão ali a pedido do espírito daquela alma, que na tentativa de fazê-la evoluir e reconhecer seus próprios erros usa seus medos e sua própria ignorância como armas que podem despertar a consciência.
Na verdade, o espírito vai tornando a sua alma cada vez mais semelhante a ele ao passar das encarnações, exactamente como o Grande Pai faz connosco, com algumas diferenças, é claro.
Quanto mais evoluímos maior se torna o poder do Grande Pai.
Isso significa que, por maior que venha a ser a nossa evolução, jamais alcançaremos a evolução do Grande Pai, mas por outro lado se a evolução d’Ele é infinita a nossa também é.
Já que somos seus filhos seguimos também seu exemplo.
Portanto Ele sempre será o mestre universal e nós seus eternos aprendizes.
Já no que diz respeito à alma e ao corpo físico, esses são eternos aprendizes do espírito, que manipula todos os acontecimentos sem que esses dois corpos o saibam.
Portanto tudo que a alma sofre nos espaços intermediários chamados de inferno ou umbral nada mais é do que a libertação de seus erros e sua ignorância através do medo que ela mesma causou em outros seres humanos.
É como se a alma se colocasse diante de suas vítimas e estas a fizessem passar por tudo que ela causou a elas, porém nós sabemos que réu e vítima só costumam se encontrar quando reencarnam novamente, mesmo porque seria muito cruel deixar uma alma-vítima ao lado de uma alma que lhe causou o trauma.
Em meio a tanta organização existem algumas regras de excepção que na verdade as pessoas vêem como excepção, mas para os espíritos são mais conhecidos como ajustes cármicos.
Como os espíritos não são inimigos uns dos outros eles tratam de fazer o mesmo com suas almas que, querendo ou não, terminam por se tornar inimigas temporárias pelo vínculo que criam ao encarnar e desencarnar.
Em alguns casos algumas almas ficam presas num espaço à espera daquela que lhe fez mal e terminam por se vingar.
Isso, no entanto, só acontece com autorização prévia dos espíritos de ambas, que promovem o encontro para um ajuste cármico.
Esse encontro só acontece quando as mesmas almas não vão mais se encontrar em corpos físicos e também porque o assunto entre elas é extremamente pessoal, não podendo ser pago através de outro ser.
Devemos deixar claro que todo sofrimento do corpo físico e da alma contribuem para a prática da evolução do espírito (a consciência), que sofre e sente, mas que só pode alcançar a consciência original de sua sabedoria através do sofrer do corpo e da alma.
O espírito é o sentimento (consciência) que não podemos ver nem tocar.
É a vida suprema que nos habita.
Ele é o amor.
A alma é o destino que veio para colocar em prática esse amor.
O corpo é a escola onde buscamos sabedoria maior nas emoções que sentimos ao praticar esse destino.
Estamos dizendo que tudo que a alma passa no umbral não passa de uma ilusão!
A alma é meio humana e meio imortal.
Humana por depender do corpo físico para continuar aprendendo a evoluir a imortalidade e a sabedoria que recebe do espírito (consciência).
Sendo assim, por mais que seja uma ilusão, tudo que a alma passa no umbral também não deixa de ser um aprendizado real, devidamente registado em sua evolução.
Em suma, seria mais fácil explicar à humanidade que tudo que ela julga real e palpável não passa de uma ilusão, pois se acaba, e quase tudo que ela julga ilusão seja a única realidade que de facto interessa unicamente ao espírito e à alma.
Porque somente o espírito e o corpo físico têm maior livre-arbítrio que a alma!?
O espírito nem precisamos explicar.
Ele foi criado livre pelo Grande Pai e assim deve permanecer, pois é a essência divina que dá a vida e é a vida de todos os seres vivos.
Quanto ao corpo físico, ele tem maior livre-arbítrio que a alma justamente porque as condições terrenas e o baixo nível de evolução de alguns seres não lhes permite ouvir claramente as escolhas que a alma fez na hora de reencarnar.
Dizemos isso porque tem alguns seres que, enquanto são almas fazem certas escolhas na hora de reencarnar, porém quando já encarnados se desviam do caminho que a alma escolheu.
Entretanto, com a sabedoria que o espírito tem e já prevendo que seu corpo físico se desviaria de alguns assuntos cármicos, logo trata de desviar outros assuntos cármicos para irem de encontro com o corpo físico, ou seja, o corpo físico também tem um livre-arbítrio limitado.
No fundo tanto alma quanto corpo físico não têm livre-arbítrio total, pois somente o espírito pode tê-lo em sua totalidade e assim ele decide pela alma, que por sua vez acredita decidir pelo corpo físico, no entanto somente o espírito tem domínio sobre alma e corpo físico.
Para um ser humano que ainda vive num corpo físico é muito difícil aceitar que seu espírito seja o único responsável pelas escolhas que a alma faz no momento de reencarnar, mas para o ser que já alcançou um bom nível de consciência fica fácil entender que justamente por ser a essência pura é que o espírito tem esse direito.
Ele sabe sempre o que precisamos e o que ele precisa de nós, afinal a maior contribuição de nossas experiências físicas não pode morrer simplesmente com o nosso corpo.
Por isso fica na memória da alma e contribui na evolução do espírito.
Na verdade alma e corpo físico são como filhos do espírito, que pacientemente vai ensinando e aprendendo também.
Quando uma alma que já alcançou a consciência reencarna por que alguns dos Anjos não têm muito acesso a esse ser?
Como o próprio nome já diz são seres conscientes, seres que já alcançaram um grau de sabedoria um tanto superior aos demais e reencarnam para cumprir propósitos divinos.
Por isso o destino deles perdura nas mãos dos Magisters ou Ministros do Universo.
É também por essa razão que esses seres superam o que a grande maioria julga insuperável.
Geralmente seres assim são escolhidos para mudarem o destino de muitos, mas jamais devemos esquecer que se o fazem é porque têm autorização para isso, pois ao contrário jamais deveria ser feito.
Alguns seres conscientes, que alcançam os segredos do universo, sentem muita dificuldade em passar esses segredos às outras pessoas e não encontrando outra alternativa eles terminam por desistir de passar a sabedoria adiante.
Com isso sentem-se frustrados por não alcançarem seu intento.
Então perguntamos: “Os anjos não podem interferir ou ajudar alguns desses nossos nobres irmãos?”
A verdade é muito clara.
Quando um ser consciente não consegue mudar seu próprio caminho somente os Magisters do Universo podem tomar essa decisão de interferir.
Para que possamos entender isso com maior clareza vamos descortinar o mistério que existe por trás disso.
Vamos então partir do princípio, da história verdadeira e original.
Todos sabemos que o verdadeiro Adão conhecido como o primeiro homem criado por Deus, o Grande Pai, nada mais é do que Ele mesmo, o próprio Grande Pai, e a primeira mulher, Eva, feita da costela esquerda de Adão, nada mais é que a chama gémea do Pai, feita vida no momento em que o Grande Pai retirou um pedaço de seu coração para observá-lo.
Naquele instante mágico o Pai deu origem ao princípio masculino e feminino e como Ele era livre e infinito em sabedoria o princípio feminino que saiu d’Ele também possuía as mesmas qualidades, na mesma intensidade.
Por essa razão também se completavam tão harmoniosamente.
Esse pequeno segredo já é uma grande heresia para muitos seres humanos.
Bem, mas isso não é mistério para grande parte dos seres humanos que conhecem a Kabalah na íntegra.
Por essa razão devemos continuar, pois cremos que a Verdade não pode ficar restrita a um grupo de pessoas que na verdade não revela esse segredo por motivos de interesse pessoal e até colectivo.
Muitos são os interesses que mantém essa Verdade ainda cortinada, velada para a grande maioria.
Mas continuando vamos revelar quem era a serpente que, muito entre aspas, fez Adão e Eva pecar e sair do paraíso onde viviam.
Na verdade, o Grande Pai e sua chama gémea viviam no universo que haviam criado quando resolveram ter uma alma, como antes já explicamos.
Também já explicamos como essa alma se multiplicou e deu origem aos espíritos filhos do Grande Pai.
Eles criaram essa alma e ela se multiplicou em inúmeras partículas livres e sábias, exactamente como o Grande Pai (porém agora vem a parte mais difícil para alguns seres humanos) e deixou que essas partículas escolhessem como deveriam evoluir.
A alma distribuída em inúmeras partículas era a Serpente da Sabedoria, que para colocar em prática toda a consciência que tinha escolheu materializar-se sem perder seu corpo.
Primeiro o Grande Pai, em sua enorme sabedoria, deu a essas partículas um segundo e um terceiro corpo.
O segundo seria imortal como o primeiro, mas sentiria todas as dores e emoções do terceiro, que seria mortal e estagiário.
Foi então que o segundo e terceiro corpos começaram a colocar em prática todo o conhecimento do primeiro.
A princípio esses dois corpos não podiam ter a consciência do primeiro corpo, pois se isso acontecesse não haveria aprendizado.
Por isso esses dois corpos passaram e passam tanto tempo sem despertar a consciência do primeiro e somente quando estão aptos a entender é que alcançam essa consciência.
O espírito, o primeiro corpo, é a consciência divina pura e limpa, mas que não teria avanço algum sem os outros dois corpos.
A alma é a sabedoria e o corpo físico é o aluno que vai praticar essa sabedoria, ora como o bem, ora como o mal, afinal a sabedoria, para chegar a evoluir para consciência, precisa conhecer muito bem os dois caminhos.
Por isso alguns seres encarnam como leigos, sem maldade e são atropelados pelas leis do destino ditadas pelo seu próprio espírito, que diz: “Tens que conhecer as profundezas da tua ignorância, tens que adentrar nas grandes matas escuras dos teus medos e preconceitos, não só para conhecê-los, mas para conhecer-te também. Assim poderás transformá-los e transformar-te também.”
Na verdade, a palavra ‘transformação’ é uma das últimas que corpo e alma aprendem, pois antes disso esses dois corpos lutam para destruir seus medos e preconceitos da mesma forma que vão matando as pessoas que surgem em suas vidas como o mal.
Acontece que o mal não se mata, se transforma, pois ele nada mais é do que um professor que tem muito a ensinar.
Sabemos que para muitos seres humanos isso parece totalmente ilógico, pois afirmar que o mal é um professor que quer nos ajudar para muitos não é concebível.
A primeira Eva (chama gémea) e o primeiro Adão (Deus) já tinham grande sabedoria e evolução suficiente e é óbvio que deram isso a seus filhos (alma de Deus).
Essa também foi uma maneira que o Grande Pai achou de praticar sua sabedoria.
Não que Ele precisasse disso, mas foi um motivo a mais para o Grande Pai criar a humanidade universal.
Era como se partículas do Grande Pai mostrassem a Ele como Ele agiria sem ter a responsabilidade de ser Deus, como Ele agiria nas mais diferentes situações, como Ele seria sem a consciência de quem de facto era e essas partículas, que hoje sabemos que somos nós, mostraram ao Grande Pai o que Ele é nas suas mais diferentes emoções.
Então Ele olha para nós e se vê nas mais diferentes raças, formas, cores ou credos.
Por isso o Grande Pai nos aceita a todos sem restrição alguma, da mesma forma que nos compreende com imensa tranquilidade.
Isso tudo porque Ele jamais conseguiria negar a si mesmo e vendo que somos todos parte d’Ele fica a pergunta: “Como negar-te se vós sois eu?”
Quando Deus disse que Ele é o tudo Ele estava se referindo ao ‘tudo’ geral e ao ‘tudo’ que a nossa mente ainda não alcança.
Em suma, nós somos o Grande Pai nas suas mais diferentes formas, nas mais diversas faces, em suas inúmeras raças, cores, credos, etc.
Enfim, somos Ele nas mais diferentes emoções, mas para termos a certeza de que somos Ele o Pai nos deixou livres para vivermos uma emoção maior a cada encarnação e assim, nas nossas muitas encarnações, vamos enchendo nosso gigantesco caldeirão de emoções.
Quando este estiver transbordando de sabedoria passamos então a perceber que emoções transbordam e se esvaem como água nas mãos.
Só então percebemos que apenas aquilo que ficou é caldeirão, porém esse grande caldeirão é o recipiente sagrado chamado ‘coração’, que não pode ser preenchido de emoções, pois essas sempre o deixarão.
Mas há algo que as emoções podem deixar nesse caldeirão: a sabedoria acumulada pelas lições causadas pelas emoções e essa sabedoria pode ajudar a alma a encaminhar o corpo no caminho da compreensão.
Compreensão é uma palavra sagrada e a humanidade vai precisar muito dela para o que vamos revelar agora.
Desde Abraão que a humanidade terrena ouve falar dos anjos, porém a verdade sobre eles foi bastante deturpada.
É claro que isso foi providencial, afinal se uma grande parte da humanidade soubesse o que vamos revelar agora fatalmente não adoraria os anjos.
Acreditamos até que teria medo deles e por ser Jesus um Serafim obviamente que com Ele não seria diferente.
Nos primeiros livros conhecidos como Livros da Verdade ou Livros da Criação os anjos foram divididos em diferentes hierarquias.
Conta-se até mesmo que esses livros tenham sido dados aos seres humanos pelos anjos.
Nisso há uma certa verdade, a exemplo de Abraão e Enoch, que de facto receberam alguns segredos do universo através dos anjos.
Para sermos mais precisos Abraão recebeu toda a Verdade contida na Kabalah, mas não pôde divulgá-la na íntegra a seu povo, pois pareceria muito absurdo dizer que o primeiro homem e a primeira mulher, Adão e Eva, eram tão-somente o próprio Criador e naquela época seria mais difícil ainda explicar que o Grande Pai nos criou a partir da união com sua chama gémea e depois, já unificados, sacrificaram sua alma para nos criar.
Como podemos observar, explicar para a humanidade sua verdadeira criação e origem era muito difícil para o nosso tão sábio Abraão, que mesmo com tanta sabedoria não conseguiria que o seu povo acreditasse nele.
Imaginemos se ele revelasse tudo que realmente sabia.
Simplesmente a história da humanidade terrena não seria a mesma ou com certeza o Grande Pai daria uma nova chance a outro Abraão.
Mas vamos voltar à história dos anjos.
Nosso amado sábio e irmão Enoch esteve durante muito tempo dividido entre a Terra e o céu para obter as informações necessárias que iriam ajudar a humanidade toda numa fase de transformação muito grande.
Enoch recebeu dos anjos a verdade sobre suas vidas e sobre suas missões junto dos seres humanos.
Em sua última visita ao Reino dos Anjos o poderoso Arcanjo da Sabedoria relatou a Enoch qual era de facto a função de um anjo na vida dos seres humanos e o que de facto eles podiam ou não fazer.
Esse arcanjo revelou a Enoch que a verdadeira função de cada anjo na vida humana era proteger o espírito de cada ser vivo e cuidar de outros assuntos referentes ao universo como auxiliar os presidentes dos planetas e seus Magisters (grande conselho ou ministros), porém havia outra grande missão que os anjos chegariam a desempenhar na vida dos seres humanos, só que essa missão Enoch não deveria revelar tão claramente.
Devia deixar escrito de forma que viesse a ser descoberto quando a humanidade tivesse um certo grau de evolução para compreender melhor.
Esse arcanjo relatou a Enoch que os anjos desempenhariam o papel do Bem e do Mal na vida dos seres humanos e que só faziam isso com a total autorização do espírito de cada indivíduo.
Vale lembrar que o espírito de todos é livre, puro e cheio de sabedoria, porém para colocar esta sabedoria em prática ele tem que usar a alma e o corpo a fim de que esses, recebendo esta sabedoria, a coloquem em prática para assim evoluírem e alcançarem a consciência.
Só então alcançarão a união junto ao espírito.
Para que todos compreendam com mais facilidade o que estamos tentando explicar vamos usar um exemplo de um ser que hoje já alcançou essa consciência.
Vamos chamar esse ser apenas de Maria.
No princípio, quando Maria desceu à Terra, teve boa parte de sua memória apagada, como todos os que vieram para a Terra.
Sofreu a destruição de Atlântida, Lemúria e Shangrillá.
Mais uma vez perdeu a memória, só que dessa vez teve que esquecer tudo.
Por isso teve que recomeçar do zero, como todos os outros.
Assim Maria, como os outros, criou karmas para pagar.
É aí que entra seu anjo guardião.
No decorrer de suas encarnações na grande escola terrena Maria foi apresentada a todo o tipo de maldade, crueldade, torturas, horrores, etc.
Em várias vidas Maria esteve do lado do mal, em outras do lado do bem, obviamente como qualquer ser humano.
Essa história seria normal se não fosse por um pequeno detalhe que irá mudar a visão que as pessoas têm dos anjos.
Todo bem e todo mal que Maria sofreu foi em primeiro lugar ordenado pelo seu próprio espírito, que usa do livre-arbítrio que possui para fazer seus outros corpos evoluírem, porém o ser que coloca tudo isso em prática para a alma quando esta sobe ao Lar Espiritual para escolher sua nova encarnação é o seu anjo guardião.
Quando o ser já encarnado tenta fugir às suas escolhas os espíritos guardiões tentam chamá-lo de volta à razão.
Quando não conseguem o anjo guardião é que faz isso.
Assim o bem e o mal repousam nas mãos do anjo guardião de cada ser, porém ele jamais faz isso sem a devida autorização do espírito (consciência) desse ser, pois o respeito ao livre-arbítrio é absoluto.
Sendo assim o anjo cumpre apenas a tarefa que na verdade cada um de nós lhe confiou.
Hoje, tendo essa consciência, Maria sabe que seu amado anjo guardião, por amá-la incondicionalmente, seria o único capaz de fazê-la enxergar a verdade, mesmo que para isso ela tivesse que sofrer muito.
Ela também reconhece que seu anjo guardião nada fez que seu espírito não desejasse.
Assim sendo o anjo fez apenas o que Maria já lhe havia confiado fazer, só não se lembrava de tê-lo feito.
Na verdade, os anjos e espíritos guardiões são instrumentos de evolução da alma e do corpo, que de uma forma ou de outra tem que pagar seus karmas.
Porém, para os Anjos, essa missão dupla não é algo muito fácil de fazer a humanidade terrena e universal compreender, pois a parte do universo que ainda não alcançou a consciência desta verdade condena qualquer coisa que venha apontar ou confundir os anjos com seres cruéis.
Nós sabemos que os Anjos não são maus e que cumprem apenas a missão que lhes foi confiada, não só pelo Grande Pai como pelos próprios espíritos, que para evoluírem devem também evoluir seus corpos físicos e almas.
Na verdade os Anjos não fazem nada que não tenha sido ditado pelo próprio espírito de cada um, afinal ele é livre para evoluir sua alma da forma mais adequada que desejar e é por isso que Eles devem continuar a ser os agentes duplos que colaboram para essa evolução.
Hoje sabemos que o nosso espírito é o servidor real da nossa consciência suprema e essa consciência lhe deu a missão de ser guardião de nossa alma e também o encarregou de fazê-la evoluir para um dia estar pronta para receber a consciência, mas até que esse dia chegue Ele será o caminho que nossa consciência escolheu para nos fazer evoluir.
Nesta sua missão, o Espírito não deve ter dó nem piedade de nós.
Ao mesmo tempo que nos ensina o bem também deve nos ensinar o mal, porém este mal nada mais é do que o reflexo de nossas acções erradas.
Entretanto nem bem nem mal acontecem em nossa vida sem que o Espírito antes saiba ou autorize.
Nunca um ser tão distante da consciência verdadeira aprisionou um anjo, ou acreditamos que os anjos, seres conscientes, se deixaríamos prender de verdade por um ser inconsciente?
Em todas as histórias que contam sobre um ser humano ter poder sobre um anjo nada existe além de um acordo do anjo com a consciência (espírito) do ser humano, que mais tarde usa este acordo para dar uma lição na alma.
Muitos já cometeram o mesmo erro, porém, muitos também foram os que souberam a hora de parar, pois ouviram o coração primeiro.
Muitos pediram sabedoria, mas se esqueceram de pedir evolução o bastante para lidar com essa sabedoria e sabedoria sem evolução é conhecimento além da prática e capacidade.
Portanto, tudo que aconteceu em nossa vida nós mesmos o fizemos.
Nós só não temos consciência disso hoje, mas no futuro nosso espírito no provará essa verdade.
O Grande Pai do Universo não limita o conhecimento apenas ao sexo masculino, pois a sabedoria não está na roupa (corpo) que a alma veste, mas no que sente o coração desta roupa.
Portanto homem ou mulher não tem a menor diferença.
Na hora de receber a sabedoria o que vale é a alma, que não tem sexo, tal qual a consciência (espírito).
Mais uma grande lição que aprendemos: ninguém pode aprisionar um ‘ser consciente’ (um ser que conhece os segredos da magia e do universo, seres humanos com consciência de verdade ou seres celestiais), como também um ser consciente jamais aprisiona outro ser consciente, pois uma consciência elevada jamais ataca outra consciência do mesmo nível.
Mesmo um anjo tendo todos seus poderes jamais poderá atacar com eles um ser humano que, mesmo sem poderes iguais, tenha conhecimento da verdade, pois a consciência desta verdade é o verdadeiro poder que protege qualquer ser da magia usada sem sabedoria.
Percebemos o quanto é difícil a missão dos Anjos no universo?
Percebemos o quanto esta missão é importante para a humanidade universal.
Não importa qual seja a virtude que os Anjos representem, afinal ela sempre terá um segundo lado e é justamente neste segundo lado que os Anjos não devem procurar ser compreendidos.
Aquele que representa a vida não pode se importar em ser a morte, pois afinal ser responsável pela morte física é ser consciente que a verdadeira vida é a da alma e da consciência (espírito).
Ser responsável pela abnegação é ter consciência de que o verdadeiro bem habita o coração.
Ser responsável pela sabedoria é abrir caminho para a evolução.
Ser responsável pela derrota é ensinar o caminho para a vitória.
Ser responsável pela doença é também dar forças para o alívio.
Ser responsável pelo perdão que vai é trazer o perdão que vem.
Ser responsável pelo destino é saber o tempo de cada acontecimento.
Assim, bem e mal irão perdurar na mão dos Anjos de acordo com as acções daqueles que estes irão proteger.
Com amor e profunda gratidão,
Luís Barros