O querubim, do Amor.
Ele é o tudo, o princípio, o meio e o fim e é único.
Ele é a alma da consciência do Divino Pai e de tudo que d’Ele foi gerado.
Sem Ele jamais algum dos seus outros irmãos poderá agir, pois é o que dá a vida às virtudes e as impulsiona a viver.
Todos o procuram, todos querem tê-lo, conhecê-lo, mas só Ele pode ter-nos, só Ele pode possuir-nos inteiramente, só Ele pode conduzir-nos ao Pai.
Repousa sobre Ele a responsabilidade de dar ao universo essa consciência.
Ele é o único que tem o direito de frear o destino e até mesmo de mudá-lo.
Ele representa Deus e a fé e através dele o impossível se fará realidade.
Assim sendo, o Anjo do Amor, será das sombras a escuridão e das profundezas negras a mais intensa luz.
Ele é o único a ter o poder de aplicar a maior, a mais inexplicável e a mais aguda das dores, porém Ele também é o único que tem o antídoto para ela.
Por Ele o universo briga, com Ele o universo sonha.
De todos os bens Ele é o mais rico, o mais nobre, sem preço.
Nem o universo inteiro pagaria seu valor, porém Ele é o cego que tudo vê, não tem preconceitos, deve preencher os corações mesmo que esses vivam em mansões ou jogados ao relento, deve arrebatar o puro e arrastar aos seus pés o mais duro e terrível dos mortais.
Diante de si só os pequeninos inocentes serão poupados, pois até certa idade são representantes seus.
Quanto aos outros seres, quando colocados diante do seu poder, deverão perceber que dele não se pode fugir.
Muitos que no universo dizem “eu amo” acreditam em conhecê-lo, mas Ele deve ensinar a eles a diferença entre “amar” e “saber amar”.
Muitos acreditam conhecer a diferença entre essas colocações do amor, mas não imaginam que grande diferença há entre elas.
Deve ensinar que amar a grande maioria da humanidade acredita fazer e que para amar não existem regras, basta amar.
É muito simples amar um pai, uma mãe, um filho, um marido, um amigo, porém esse amor é simples e muito comum.
Vejamos que é muito fácil amar uma criança ou um velhinho.
Difícil é amar um criminoso ou uma prostituta.
As pessoas julgadas como criminosas pela sociedade não são amadas nem respeitadas.
Por isso muitas vezes não recebem uma segunda chance e se um dia saem da vida de crimes não são respeitados nem bem aceitos ou bem vistos pela sociedade desconfiada, que agindo dessa maneira termina por incentivar essas pessoas a voltarem para seus delitos.
Saber amar não é apenas amar a família ou pessoas boas.
Saber amar é respeitar e aceitar o próximo, seja ele branco ou negro, rico ou pobre, crente ou ateu, criminoso ou não.
Afinal todos são filhos de um Grande Pai, que não faz distinção de seus filhos pelos erros ou acertos.
Ele os aceita igualmente e esse foi um dos mandamentos que Ele pediu a Jesus para deixar bem claro para a humanidade terrena.
“Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amo”.
E Jesus pergunta a essa humanidade: “Se eu posso aceitá-los como são, por que não podem eles fazer o mesmo? Se por eles dei minha vida como prova do grande amor que fui a eles deixar, por que eles não podem perder o orgulho e o preconceito para a mão de um irmão apertar?”
O saber amar é amar desinteressadamente, sem medos ou preconceitos.
É não condenar o passado para salvar o futuro e consertar o presente.
Tudo o que Jesus deseja, dos anjinhos, é que Eles consigam ensinar essa tarefa tão difícil aos seres humanos.
Que levem a eles a consciência de que o amor é o único verdadeiro poder, pois não há magia que o derrube nem poder semelhante a esse nobre sentimento em todo o universo e ninguém pode dizer que o conhece na íntegra se ainda não aprendeu a diferença entre amar e saber amar.
A mais perfeita de todas as visões, a visão do amor, é a visão da perfeição.
A Verdade nos permite amar a humanidade sem esperar nada em troca.
Algumas vezes até nos dói a ausência do amor, porém quando olhamos para o amor que as pessoas nos oferecem e observamos que nele ainda existem vícios e paixões terrenas nos lembramos que o amor verdadeiro do Grande Pai é capaz de nos suprir infinitamente e sem ele já não podemos viver.
Durante os muitos anos que passou na Terra Jesus desejou ser mortal como qualquer outro.
Dizemos mortal não porque Ele fosse um imortal.
Ao contrário do que as pessoas pensam a imortalidade não é viver 1.000 anos sem morrer.
A imortalidade é a consciência da Verdade divina.
É algo tão supremo e grandioso que às vezes parece não caber dentro de nós ou do nosso corpo quando estamos encarnados.
Algumas vezes Jesus se encontrou olhando para algumas pessoas que viviam suas vidas simples, felizes, sem responsabilidade alguma perante a humanidade.
Ignoravam a Verdade, porém esta ainda não lhes fazia falta e isto ainda não os prejudicava.
Eles apenas viviam como tinham que viver.
Jesus os olhava e algumas vezes chegou até mesmo a chorar, pois não podia ser um simples mortal como eles.
A sua consciência não permitia.
Ele sabia a Verdade, então tinha que passá-la adiante.
Mesmo que isso parecesse impossível Ele tinha que fazê-lo.
Esse conflito não foi só dele.
Inúmeros seres tiveram esta mesma dor e não a dividiram.
Ao ensinar a Verdade a seres que ainda não estão prontos qualquer um sente dor.
Até mesmo o Grande Pai sente esta dor?
Dissemos antes que nós jamais sentimos algo que antes o Grande Pai não tivesse sentido?
Então, muito antes de nos criar o Grande Pai já era três: amor, vida e consciência.
Vida é a existência de todos os seres, mas vida tão-somente não é o suficiente.
Por isso a consciência se faz necessária.
Para o Grande Pai ela existe em sua infinidade, mas para a alma ela deve ser aplicada em doses homeopáticas (gradativamente), pois a consciência é a revelação do divino em cada ser.
É o poder ilimitado que nos habita, mas que não temos condições de conhecer antes do tempo certo.
Temos então vida e consciência e é aí que entra o Supremo Divino, o Amor, aquele que anima a vida e acorda a consciência.
Enfim o Grande Pai, que tudo é e sente, de si tirou a experiência, do vazio e cheio, do completo e incompleto e deles purgou duas gotas de emoções que Ele próprio sentiu.
Depois transformou elas em vidas independentes como Ele.
Elas ganharam o título de professores.
Uma ensinaria pela dor, a outra ensinaria pelo amor, porém jamais deveriam se separar, devendo sempre andar juntas.
Dentro de si o Grande Pai é escuridão e luz, pois só assim é perfeito e é desse exemplo que Ele criou esses dois professores tão necessários para a evolução universal.
A dor ou o mal criou uma escola chamada “umbral do universo”, onde as almas ignorantes são levadas para se corrigirem, porém, os seres conscientes também vão ao umbral do universo, onde vão aprender lições que fazem parte de um processo de evolução que eles deverão ensinar quando forem legislar em planetas que exigem um conhecimento aprofundado de supostas maldades.
Queremos deixar claro que o umbral do universo só é mau para os seres inconscientes de sua real função, pois para os conscientes ele é apenas uma escola que ensina a doutrina necessária para a evolução de qualquer planeta.
Assim o bem também tem sua escola profissionalizante.
Como nosso espírito é livre escolhe em que escola a alma vai aprender antes de encarnar: se é na escola do bem ou na do mal, pois como nosso espírito tem sabedoria, mas não tem prática, ele sabe que para evoluir ao Um tem que passar pelos dois caldeirões de emoções criados pelo próprio Um e assim o espírito vai trocando de escola de tempos em tempos.
O espírito sabe que bem e mal são apenas escolas, mas a luta dele é para dar essa consciência à alma e ao corpo físico.
A alma inconsciente pode ficar presa no umbral do universo até que o espírito dela julgue ter aprendido o suficiente para aquela etapa.
O espírito é a consciência de cada alma.
Por isso não pode ser aprisionado, pois é livre como o Pai o criou.
Sendo o espírito a consciência ele vai ensinando a alma até que esta esteja pronta para recebê-la (união de espírito e alma) em sua plenitude e a melhor forma de prepará-la é ensinando que bem e mal fazem parte da criação e nada pode evoluir sem conhecê-los e compreendê-los.
Assim a alma é o corpo e a consciência (o espírito) é a vida do corpo.
Quando dizemos isso não estamos nos referindo a um corpo perecível, mas a um corpo sublime.
Como vamos explicar o processo de evolução dos espíritos para a humanidade universal?
Muito simples.
Como antes já havíamos explicado, os espíritos foram criados num só momento.
Isso significa que todos temos a mesma idade espiritual, mas o processo de evolução acontece em cadeia ou efeito dominó.
Vendo que o Grande Pai explodiu sua alma gémea os primeiros espíritos saídos dela se encontravam mais perto da consciência d’Ele.
Esses eram os anjos.
Para que compreendamos melhor imaginemos a explosão em câmara lenta num efeito dominó.
Mesmo que todos tenhamos sido criados num mesmo momento e tenhamos a mesma idade a regra que conta é a evolução.
Portanto as primeiras peças de dominó que iam evoluindo seriam as que estariam mais ‘próximas’ da consciência do Criador.
As que se multiplicaram delas criavam consciência só depois que as primeiras já a tivessem alcançado e as que se multiplicaram das segundas seguiriam o mesmo processo, que se repetiria até os últimos multiplicados, exactamente como num efeito dominó.
O Grande Pai criou a todos.
Tocou a primeira peça e essa a segunda e assim por diante, mas voltamos a deixar claro que isso só diz respeito à evolução.
Quanto à idade e criação temos todos a mesma idade e fomos todos criados num só acto, porém ainda existe algo muito importante no processo de evolução.
Quando o Grande Pai simbolicamente tocou a primeira peça isso não significa que Ele deu a ela sabedoria total.
Na verdade, foi só o primeiro passo para a consciência.
Esse efeito dominó tem várias etapas.
Enquanto uma termina outra logo começa e assim continuará a ser por toda a eternidade.
Em meio a tudo isso não devemos nos esquecer do livre-arbítrio que todos nós temos.
Em meio a esse efeito dominó algumas peças resistem, porém isso não atrapalha a evolução da peça seguinte, a não ser que ela deseje e, acreditem, são incontáveis as peças que já avançaram vários estágios, mas quando se vêem diante de um novo estágio resistem a ele por um longo período até compreendê-lo.
No efeito dominó do universo o ser que resiste não interfere na evolução do outro, mas e quando estamos encarnados isso é possível?
Hoje diríamos que isso tem poucas probabilidades de acontecer, mas no passado não muito distante alguns seres dotados de certos conhecimentos mágicos conseguiam interferir no destino de muitas pessoas e até mesmo no futuro.
Nós sabemos que para a alma, assim como para o espírito, o passado e o futuro são apenas dois mundos paralelos.
Um que o corpo ainda não viveu (futuro), mas que a alma, mesmo que inconsciente, já sabe que existe, pois o espírito (consciência) sabe tudo que vai acontecer com sua alma antes de enviá-la a determinada escola (planeta), afinal é ele que escolhe tudo do princípio ao fim e só ele pode fazer as alterações que julgue necessárias.
O outro mundo paralelo é aquele que a alma já viveu (passado) e desse todas as almas têm consciência, porém nem sempre passam para o corpo essa consciência, pois esperam sempre o momento adequado para isso.
Algumas almas já conscientes passavam essa consciência para o corpo.
Estes, algumas vezes apavorados com os erros cometidos no passado, buscavam através da magia portais mágicos para voltar ao passado visando corrigir seus erros e é óbvio que tentavam eliminar sofrimentos no futuro.
Assim quando voltassem acreditavam ter uma vida maravilhosa, porém era exactamente neste ponto que todos os erros começavam.
Queremos esclarecer que algumas almas já trazem carmas colectivos de outros planetas e seus espíritos, que não são inimigos, entram num acordo e opinam por fazer as almas pagarem os seus carmas juntas numa encarnação em que uma é levada a alterar o destino das outras.
Tudo isso é feito com a devida autorização do espírito (consciência), mas esta situação não se resume apenas a carmas colectivos interplanetários, pois é perfeitamente possível em carmas colectivos criados no planeta actual.
Passado e futuro são mundos paralelos que poucos seres podem aceder com sabedoria.
No dia em que descobrirmos a verdadeira consciência saberemos o quanto somos imortais e a partir de então desejaremos muitas vezes ser mortais (inconscientes), pois a consciência que salva também sacrifica e com certeza este é um teste pelo qual todos os seres humanos deverão passar.
Não estamos discutindo a nossa existência, mas sim o nosso carma, nossa missão.
Não nos podemos esquecer que o nosso carma é só nosso e de mais ninguém.
Portanto, não queiramos transferir para as costas dos outros uma cruz que é só nossa (só um indivíduo pode carregar) e não sejamos egoístas, pois a sabedoria que recebemos de nada vale se não tentarmos ensiná-la a outros, mas isto tudo já nós devíamos saber.
A sabedoria só pode ser passada adiante na medida que o outro a pode receber.
Nós não podemos passar nada além do que o outro possa compreender, afinal o facto de nós compreendermos não significa que outros compreenderão como nós.
Como um ser assim, já consciente, vive em conflito?
A consciência traz as respostas dos enigmas de nossas vidas, porém não nos impede de termos emoções e o simples facto de ter alcançado a consciência não significa ter alcançado o fim da evolução, que porventura é infinita e conflitos não são atributos só da alma e do corpo.
O espírito (consciência), mesmo unido à alma, também os terá.
Vejamos os Ministros do Universo e os grandes legisladores.
Todos ainda sentem isso.
É claro que não de uma forma terrível ou desesperadora, mas de uma maneira mais amena e consciente.
Quando dizemos “mais amena e consciente” queremos dizer que o ser tem uma certa consciência de que aquele conflito é necessário para a continuidade de sua evolução.
Como pudemos perceber, algumas vezes o destino de muitos perdura na mão de uma única pessoa.
Chamamos isto de fios do destino, que se entrelaçam por causa do carma que construímos.
Mas existe uma maneira dos fios do destino não se cruzarem numa encarnação e assim também não causarem danos a outros destinos.
Existem seres que reencarnam e logo que crescem opinam pelo isolamento total.
O isolamento a que nos referimos não é o de um convento ou mosteiro, pois este ainda é um isolamento colectivo.
Na verdade, estamo-nos referindo ao isolamento total e este se refere a tudo, cidade, família, etc.
Assim são pessoas que vão morar nas montanhas, onde o vizinho mais próximo fica a 10 quilómetros de distância.
São pessoas que vivem sozinhas, isoladas do mundo, pessoas praticamente desconhecidas.
Este tipo de vida não tem vínculos e, portanto, não causa laços do destino.
Por isso é muito improvável que um ser assim venha a interferir no destino de alguém.
Com amor e profunda gratidão,
Luís Barros