Agora que já explicamos alguns enigmas do universo, cabe-nos revelar o maior de todos, o mais complexo, o mais temido e o mais velado de todos os enigmas, o Segredo dos Segredos.
Este segredo é a maior de todas as Verdades, é a luz de todas as luzes.
Seu nome original é Universo Revelado.
Estamos a falar da Kabalah?
Não estamos falando propriamente da Kabalah, mas dos manuscritos que a criaram.
Estes manuscritos, longos pergaminhos, foram entregues à humanidade desde sua criação.
Referimo-nos à humanidade universal, afinal todos os planetas recebem esta Verdade desde o princípio de sua criação, mas vamos falar especificamente do planeta Terra e como e quando este recebeu o Livro das Eras, conhecido também por Livro da Luz, Torah ou Kabalah.
No princípio da Terra tudo era dominado por seres chamados de deuses, seres que tinham este conhecimento pelo simples facto de não o ter esquecido como os outros habitantes do planeta.
Para explicar melhor tudo isso vamos começar falando como tudo de facto começou no planeta Terra.
O planeta Terra foi criado lindo e perfeito como um verdadeiro paraíso.
Tudo nele foi criado lembrando características dos outros doze planetas de onde vieram as doze tribos que habitaram a Terra (agora revelando a verdade que está explícita na Bíblia, porém poucos podem vê-la).
Este paraíso era nada mais nada menos que Atlântida, Lemúria e Shangrillá.
Estas três grandes nações eram como o paraíso de Eva e Adão.
A diferença é que havia muitas Evas e muitos Adãos, isto é, os seres que vieram habitar a Terra e nela passar mais um estágio evolutivo, porém eles não eram os únicos.
Havia também os seus superiores, aqueles que eram tidos como deuses, pois tinham o conhecimento de tudo, mas raramente o repassavam ao povo que, escravo submisso, obedecia aos deuses.
Esta situação não durou muito tempo, afinal os seres que vieram para a Terra tinham que aprender algo, pois essa era a única maneira de evoluir.
Isso não significa que o povo não tivesse evolução alguma.
Pelo contrário, eles tinham uma grande sabedoria, afinal viviam num mundo completamente mágico, onde podiam falar, ver e conviver com seres encantados como fadas, duendes, sereias, unicórnios, etc.
Também tinham um grande conhecimento da flora e suas propriedades medicinais.
Muitos sábios e magos foram se fazendo ao longo do tempo e, sem perceber, criaram outros sábios e magos.
Aos poucos o povo começou a perceber que podia tanto quanto os deuses, mas não era bem assim.
Os tais deuses eram imortais e estavam ali para ensinar a humanidade, porém esse ensinamento deveria ocorrer no tempo certo e em suas devidas proporções, mas isso não foi possível, pois à medida que o povo ia descobrindo as coisas exigia dos deuses respostas que ainda não podiam ser reveladas.
Para tolher o povo os deuses passaram a ser mais enérgicos, aplicavam castigos, etc.
Foi então que os deuses começaram a se dividir.
Alguns defendiam o povo, outros castigavam.
Assim a sabedoria deu lugar a uma grande guerra pelo seu poder.
De escola a Terra passou a ser um campo de batalha onde o que estava em jogo era o comando da mesma.
A luta pelo poder criou inúmeras quimeras como os dinossauros, seres criados a partir da magia dos deuses, que permitiram a aproximação entre sentinelas e seres humanos, cruzamento tenebroso que terminou por gerar criaturas estranhas que amedrontavam não só pela aparência, mas pelo tamanho.
Os sentinelas foram gigantes que numa época de revolução foram enviados para a Terra para conter as guerras, mas o que eles não sabiam é que a presença deles iria trazer mal ainda maior, pois eles terminaram se envolvendo emocionalmente com alguns seres humanos.
Vendo nisso um amor impossível os deuses resolveram dar uma ajudazinha e usaram seus poderes para tornarem mais fáceis esses encontros, transformando por algumas horas os apaixonados em animais ou aves.
Usavam esta camuflagem para que ninguém além deles soubesse do relacionamento proibido, porém os frutos desses relacionamentos não puderam ser escondidos, o que terminou por derrubar as muralhas que ainda sustentavam este paraíso cheio de tragédias, quimeras e muita insanidade.
Com a chegada dos dinossauros a humanidade começou a correr o grave risco de extinção, porém havia uma regra que piorava ainda mais a situação: os deuses jamais podiam destruir algo criado pela própria magia, o que tornou a tragédia inevitável.
Atlântida, Lemúria e Shangrillá estavam com seus dias contados, porém isto demorou 45 anos para acontecer de facto.
Neste período os deuses procuraram uma maneira de mudar aquela situação, mas não conseguiram.
Foi então que vários eremitas, sábios e magos começaram a armazenar (em fórmulas secretas) toda a Verdade sobre o universo e a Terra em diversos crânios de cristal e cristais vulcânicos, peças e pergaminhos sagrados e outros objectos.
Tomadas essas providências a Terra se preparou para sua primeira transformação.
O paraíso (Atlântida, Lemúria e Shangrillá) iria desaparecer levando consigo toda a sabedoria, magia e suas facilidades e então a destruição se fez.
A humanidade sobrevivente sofreu uma perda temporária de memória, afinal a destruição causou um distúrbio temporal no eixo da Terra.
Este fenómeno apagou as lembranças das pessoas e elas acordaram de tudo aquilo como se tivessem aberto os olhos pela primeira vez.
O que estamos falando hoje é fácil de ser provado pela ciência, que estuda o que uma mudança drástica de condições planetárias pode causar ao cérebro humano [De acordo com a mudança que ocorre no eixo da Terra as pessoas vão recuperando suas lembranças mais remotas de Atlântida, Lemúria e Shangrillá e quando o eixo estiver completamente normalizado alguns dos seres humanos também terão todas as lembranças de volta].
Naquela época isso tudo foi planeado para os humanos sobreviventes, pois eles tiveram a sabedoria verdadeira ao seu alcance, mas não tinham a evolução necessária para absorver e compreender esta Verdade.
O Grande Pai, porém, em sua infinita grandeza, deixou alguns seres com suas mentes intactas para que estes recomeçassem o ensinamento e reconstruíssem a escola (o planeta).
Aos poucos a Terra começou a se refazer e no decorrer de milhares de anos a sabedoria divina foi se mantendo viva, porém de maneira discreta, apenas para seres escolhidos (seres que já davam indícios de relembrança das antigas civilizações).
Em meio a esses escolhidos, Jesus escolheu um Amoraim, um aprendiz da Verdade original, um discípulo do Talmud, mago conhecedor da Verdade universal.
“Talmud” - esta palavra tem vários significados, porém o mais conhecido entre os seres humanos é “ensino sagrado”.
Este ensino é uma aliança de várias escolas, que se fundiram há mais de 4.000 anos.
Vamos contar todo o aprendizado que um Amoraim recebeu.
Os primeiros ensinamentos que começamos a passar são o da realidade e o da ilusão.
Hoje vamos aprender o que de facto temos e não temos na vida.
A partir de agora vamos ensinar a mais preciosa de todas as verdades, porém precisamos de três virtudes nossas.
Primeira: Nosso sigilo absoluto.
O silêncio é filho da paciência, pois nos dá a oportunidade de conhecer melhor as coisas e os seres vivos.
Segunda: Nossa curiosidade.
A vontade de aprender aliada à coragem de perguntar é um suporte que nos leva a um bom conhecimento.
Por fim a Terceira: Disciplina.
Esta qualidade, que reúne obediência e vontade, pode fazer o ser humano conhecer seu verdadeiro poder.
Agora já sabemos o que precisamos e temos para avançar nos degraus da infinita escada da sabedoria.
Em primeiro lugar vamos mostrar como as coisas tiveram seu princípio.
Vejamos uma semente.
Um dia, numa época que nossa memória ainda não pode alcançar, já fomos como ela.
Este é o primeiro segredo do Grande Pai de todas as criaturas.
É o primeiro segredo que Ele nos permitiu saber e que agora vamos revelar.
O pai de todas as criaturas um dia foi como qualquer um de nós.
Ele foi ignorante de sabedoria e muito antes de ser perfeito Ele foi a mais imperfeita forma de vida.
Dizemos forma de vida porque chamar a Deus de criatura o definiria como um ser criado e Deus não foi criado por ninguém.
Ele originou-se sozinho de sua própria vontade.
Voltemos agora à primeira face de Deus.
No princípio Deus era como esta semente única num vazio imenso onde o nada morava.
Imaginemos sua mente vazia, sem pensamentos, num espaço sem cor ou paredes.
Deus era o próprio vazio e o vazio era Ele, mas um dia o inanimado decidiu se tornar animado, porém esse animado não tinha consciência, teoria ou prática alguma.
Enfim, nada sabia.
Seus primeiros passos criaram seus primeiros pensamentos.
Seus movimentos ainda eram algo intrigante (desconhecido).
Não sabia o que era dúvida, medo ou dor.
Havia dado um grande passo, mas ainda era vazio.
Assim um tempo distante da nossa compreensão se passou e aquele pequeno ser que se arrastava pelo nada acumulou sua primeira parcela de conhecimento.
A incompreensão do próprio nada criou a primeira explosão de Deus, que ao descobrir o som também descobriu o poder que este tinha.
Deus gritou sem em nada pensar.
Gritou para afugentar o vazio ou para descobrir se de facto era vazio.
Seu grito foi imenso, impossível imaginar a grandeza daquele grito.
Tão forte e poderoso foi o grito que trincou as paredes invisíveis do vazio e um eco grandioso voltou.
Deus então descobriu sua segunda voz e a procurou no imenso vazio, porém não a achou.
Foi então que surgiram os primeiros pensamentos de Deus.
Ele pensou existir outro ser como Ele e logo descobriu o poder de seus pensamentos.
Ao pensar Deus criou, sem saber, seres idênticos a Ele, que obviamente ainda não tinham a sua minúscula evolução, pois Ele havia imaginado apenas os seres e não o conteúdo deles.
Aos poucos Deus ensinou o que sabia a estes seres, que eram totalmente dependentes de seu criador.
Ao ensinar estes seres Ele se viu em seu próprio princípio, como se estivesse vivendo novamente o que já havia vivido.
Era como um grande espelho que reproduzia cada gesto seu.
Deus então pôde observar a si mesmo como jamais pudera fazer antes e aquilo lhe ensinou muito.
Ele então avançou mais uma etapa de evolução e nela descobriu que os seres criados de seus pensamentos começavam a evoluir também, porém eram diferentes, individuais e ao observá-los Deus percebeu que cada um representava um pouco daquilo que Ele sentiu no decorrer de sua evolução.
Cada um deles era uma face de Deus em tempos diferentes.
Saibamos que no estágio primário do Divino Pai aparência era algo completamente incompreensível para nossa mente limitada, pois no princípio Deus não tinha uma aparência visível.
Ele era como olhar para um deserto vazio e imenso, porém era justamente neste deserto vazio que se escondia o segredo.
Quando olhamos para o deserto não enxergamos nada além do próprio deserto.
O Grande Pai era assim também, porém quando Ele criou de seu grito os primeiros seres, estes logo se tornaram visíveis ao Grande Pai, pois foram projectados de sua primeira acção e acção é uma forma de criação.
Os seres que Deus criou eram como um espelho mágico, que dava ao Pai olhos, pois Ele jamais havia visto algo.
Sua visão foi criada a partir de seu grito.
Assim como sua audição e seus outros sentidos, que foram se desenvolvendo e se aprimorando para atender às necessidades de suas criaturas.
Para que compreendamos melhor imaginemos Deus como um cérebro fora da cabeça.
Este cérebro vai desenvolvendo um corpo que o proteja e possibilite sua locomoção.
É como um bebé que vai se desenvolvendo no ventre de uma mulher.
Imaginemos Deus dando seu primeiro grito, como os bebés fazem quando nascem.
Logo depois vieram os outros instintos naturais, exactamente como os bebés.
O Grande Pai nasceu do nada para ser o tudo.
No princípio Deus, como os bebés, não definia imagens ou cor, pois seus olhos estavam fechados até que houvesse a necessidade de abri-los.
Essa necessidade se fez quando Deus criou suas primeiras criaturas, que nasceram tão pequenas quanto um embrião, que se parece com um girino, e aos poucos foram tomando forma até chegarem a uma aparência definida.
Agora imaginemos Deus sendo um bebé recém-nascido, sem consciência alguma do que é certo ou errado, tendo que cuidar de uma enorme quantidade de criaturas sem consciência, sem instintos, sem acção, porém todos com vida.
No decorrer da evolução das criaturas Deus, como todo bebé inconsciente e pela sua inocência, fez várias mutações sem saber o que estava fazendo.
Fez isso tocando as criaturas e modificando-as.
Porém tudo que Ele modificou não se destruiu, apenas se transformou.
Neste período Deus ainda não tinha imaginação.
Suas acções eram espontâneas como as de um bebé.
Deus só passou a ter imaginação quando chegou a um grau de evolução muito semelhante à de um bebé de três anos.
Quando passou a usar a imaginação Deus mudou a forma dos seus primeiros embriões e não parou aí.
Muita coisa aconteceu aos primogénitos de Deus até que Ele alcançasse o nível mais alto da evolução.
Pode parecer brincadeira, loucura ou até mesmo blasfémia, mas Deus sentiu todas as emoções que nós, simples mortais, sentimos.
Ele sentiu desespero, tristeza, ansiedade, raiva, dor, alegria, compaixão, bondade, etc.
Enfim todas as emoções que nós sentimos.
O Grande Pai as sentiu na íntegra e para Ele nenhuma que venhamos a sentir será exclusiva.
Todas essas emoções que o Pai sentiu foram no decorrer de sua primeira evolução, junto aos seus primogénitos, que muitos trabalhos lhe deram.
Deus era como o irmão mais velho de muitos irmãos órfãos e por isso teve que aprender sozinho como cuidar desses irmãos.
Cada um deles era como uma escola para Deus, pois cada um reagia e agia de uma maneira, porém Deus conhecia essa maneira.
Ela era um estágio que Ele já havia vivido e Deus, vendo isso, via suas reacções repetidas nos seus irmãos e a partir daí Deus procurou se entender, se descobrir, pois esta seria a melhor maneira de ajudar os seus primogénitos.
Durante muito tempo Deus tomou para si a responsabilidade pelos seus actos, pois ouvia os seus instintos de protecção e preservação.
Ele sentia que tinha que ser assim, porém algo de estranho acontecia.
Seus primogénitos não evoluíam, não se esforçavam, pois estavam acostumados a ser conduzidos.
Deus passou a forçá-los a evoluir obrigando-os a passar e sentir tudo aquilo que Ele passava e sentia, mas foi exactamente aí que Deus percebeu que eles tinham livre vontade, exactamente como Ele, pois a reacção desses seres foram as mais diferenciadas possíveis.
Alguns agiram com medo de Deus.
Outros agiram com raiva.
Outros aceitavam, mas não compreendiam e isso fez Deus perceber que cada um tinha seu tempo certo para evoluir e que não adiantava forçá-los, afinal ninguém forçou Deus.
Ele evoluiu pela própria vontade e natureza, despertou os instintos de acordo com as necessidades deles.
Deus então resolveu deixar seus primogénitos livres para alcançarem seus instintos de acordo com suas necessidades e passou apenas a observá-los.
Ao fazer isso Deus viu o conflito e a mistura grandiosa de emoções que surgiu.
O mais incrível de tudo isso é que Deus sentia que aqueles conflitos e emoções pareciam sair de dentro d’Ele como se aqueles seres fossem parte d’Ele, o que no fundo era verdade, mas Deus ainda não tinha consciência disso.
Em suma, todos aqueles seres eram faces e emoções de Deus diante d’Ele.
Era como se Ele visse várias personalidades suas caminhando diante de seus olhos.
Assim durante muito tempo aquelas pessoas foram mostrando a Deus tudo que Ele precisava saber sobre si mesmo: suas falhas, seus pontos fracos, defeitos de qualidade, valores, etc.
Ao observar tudo isso Deus passou da criatura à criação.
Imaginou coisas que julgava certo para evoluir seus primogénitos e assim criou um primeiro planeta, chamado de Planeta Experimental ou Primeiro Sistema.
É óbvio que esse Primeiro Sistema é o modelo para todos os sistemas do universo.
Nele Deus criava uma árvore e suas criaturas o imitavam criando outras diferentes nas propriedades, mas semelhantes na aparência.
Deus criava um pássaro ou animal e suas criaturas o imitavam.
Obviamente nem tudo saía tão perfeito assim, mas foi dessa maneira que o primeiro Éden foi criado.
Este era gigantesco, impossível de imaginar suas proporções.
Incontáveis eram suas árvores e tudo que nele foi criado, porém na tentativa de aperfeiçoar as coisas os primogénitos de Deus começaram a criar mutações constantes naquilo que haviam criado e essas criações se revoltavam, pois também eram vida.
Alguns primogénitos tentaram fazer isso a força, exactamente como Deus um dia tentou evoluí-los.
Outros se apegaram a suas criações e as protegiam, exactamente como Deus quando despertou seu instinto de protecção.
Assim Deus se viu dividido entre o bem e o mal e esses dois grupos tinham constantes brigas, pois não se aceitavam.
Mais uma vez Deus viu que o conflito era seu, pois Ele não sabia qual dos dois lados estava certo.
Ele só sabia que ambos eram seus e que não podia se livrar deles.
O conflito de Deus aumentou e Ele se tornou severo e cruel e às vezes sereno e bom.
Deus castigava seus primogénitos, que por sua vez castigavam suas criações e o Éden se tornou um inferno.
Tamanho foi o conflito de Deus que Ele quis destruir seus primogénitos, porém seu lado sereno e bom o apaziguava.
Após um grande tempo de conflito Deus, já exausto, pensou: “Queria tê-los dentro de mim, assim não se destroem”.
Foi então que Deus despertou a consciência sem saber.
Logo que Deus pensou em colocá-los dentro de si todo o Éden e suas criaturas se fundiram com Deus, penetrando dentro d’Ele e por fora de Deus tudo ficou vazio como no princípio, só que agora era tudo muito diferente.
Deus estava cheio, preenchido por todas as suas emoções, por tudo que havia passado e aprendido.
Deus enfim se sentia completo, porém ainda desejava organizar tudo que O habitava, conhecer melhor cada emoção e porque e como elas surgiram.
Ele então meditou por longo tempo no vazio que havia restado para assim compreender cada partícula de tudo aquilo que havia absorvido.
Enquanto tudo estava cheio e conflituante Deus não tinha como resolver a situação, porém quando Ele absorveu tudo teve a oportunidade de, no vazio, rever suas emoções e compreendê-las.
Isso lhe trouxe uma imensa alegria, uma incontrolável felicidade.
Ele já havia sentido algo parecido, porém havia sido passageiro e aquilo era constante, infindável, imenso e foi então que Ele desejou ver o que era aquilo que tão feliz, tão pleno e seguro o deixava.
Rasgando o próprio peito tirou um pedaço do seu coração e este criou vida imediatamente e vagou pelo vazio por algum tempo e logo voltou para Deus, tornando-se sua chama gémea, sua luz idêntica, seu outro igual que, atraído pelo Criador, a Ele retornou livremente.
Feito isso o Criador, já unido à sua chama gémea, sacrificou sua alma naquilo que foi sua maior explosão e criou todos os espíritos do universo, porém o Grande Pai não esqueceu dos seus primogénitos, os seres que nasceram antes dessa explosão, aqueles que foram criados a partir do primeiro acto concreto do Pai.
Estes obviamente tiveram uma evolução muito diferente, afinal eles não nasceram da perfeição do Grande Pai, mas de sua inconsciente inocência, e compartilharam dos primeiros estágios evolutivos de Deus.
Por isso Deus os tornou a parte onde habitavam os sentimentos em sua alma, afinal eles correspondiam a cada emoção que o Grande Pai havia vivido e somente as emoções nos conduzem ao sentimento verdadeiro.
Assim Deus deu a eles o direito de serem o coração da alma, que Ele explodiu em infinitos bilhões de átomos.
Foi assim que foram criados os Amorazins, seres que nasceram antes dos demais.
Deus, em sua infinita sabedoria, percebeu que seus primogénitos haviam sido criados do acto que ainda não tinha sentimento e foi justamente por falta desse que Deus absorveu o primeiro Éden para dentro de si.
Nesse primeiro Éden viviam todas as emoções do Grande Pai e a única maneira que ele achou de compreendê-las foi absorvendo-os.
Dessa maneira Ele as analisou e elas se transformaram em um grandioso e nobre sentimento chamado Amor.
Foi aí que Deus decidiu que suas novas criaturas não poderiam nascer sem este sentimento e deu a eles o direito de nascerem prontos para sentirem as emoções que os conduziriam ao sentimento verdadeiro, porém a consciência, como função dos Amorazins, deveria ser passar a ensinar a humanidade universal, que viveria movida pelas emoções.
Como é hoje na Terra e em outros planetas, a grande parte dos seres se deixa conduzir pelas suas emoções passageiras, sejam elas de raiva, dor, incompreensão ou falsas paixões e, acreditem, as pessoas dizem que agem orientadas pela razão quando no fundo se orientam pelos seus próprios interesses, seus próprios desejos, suas próprias dores.
Mal sabem que o nome de tudo isso é emoção passageira.
Os Amorazins receberam vários nomes.
Alguns os conhecem como anjos, outros como seres celestiais, outros os chamam até mesmo de escravos de Deus, justamente por trabalharem tão-somente para Deus, mas queremos corrigir esta falha na história.
Os Amorazins nascerem antes e participaram da evolução do Divino como suas emoções vivas.
Deus sabia que essas eram criaturas criadas a partir de suas dores, seus conflitos ou alegrias, enfim, eram seres criados para mostrar ao Grande Pai que cada emoção que Ele sentia era uma experiência viva que não deveria ser destruída.
Portanto, para não apagar a própria história de sua evolução Deus deu nova vida aos Amorazins, dando a eles o direito de ser o coração da alma do universo.
Isso quer dizer que os Amorazins se tornariam responsáveis pelo restante da alma de Deus, que era simplesmente 30 vezes maior que o coração.
Isso significa que aquela pequena quantidade de espíritos se tornava responsável por um número trinta vezes superior ao seu.
Exemplificando melhor basta olharmos para o nosso corpo e observar a grandeza de um pequeno órgão chamado coração, que nos mantém vivo.
Aqueles seres chamados Amorazins carregavam em si todas as emoções que o Grande Pai sentiu antes de se tornar O Perfeito, todas as emoções que Ele sentiu desde o início de sua evolução e, o que é melhor, continuam a sentir as primeiras emoções do Grande Pai em seu estágio actual.
Na verdade, não eram bem emoções que o Grande Pai estava sentindo.
Agora Ele sentia apenas amor em sua infinita grandeza.
Esse amor agora é cheio de virtudes e elevadas emoções.
Quando dizemos elevadas emoções é porque essas não têm comparação alguma com as emoções terrenas.
São sublimes inspirações.
Os Amorazins que renasceram como coração da humanidade universal tinham o dever de alcançar a evolução servindo seus irmãos e a Deus, afinal eles foram incumbidos apenas de ensinar a seus irmãos as emoções, pois a compreensão ou a consciência é exclusividade do Divino Pai.
Ele, em sua infinita sabedoria, permitiu as emoções, mas a consciência só viria no tempo certo, assim como foi para Ele.
Nem mesmo os Amorazins, sendo primogénitos de Deus, tiveram o privilégio da consciência completa.
Eles só estavam alguns estágios à frente dos outros irmãos, porém ainda tinham e têm que continuar a evoluir.
Com amor e profunda gratidão,
Luís Barros