30 de março de 2021

SEBENTA – 20

LEIS SUPERIORES

A vida omnipresente (o Reservatório Universal, puro e vivificante como a Própria Vida, e de facto é vida) está em toda a parte em torno de nós.

Está sujeito a nosso controlo e direcção consciente, obedecendo-nos prontamente quando amamos bastante, porque todo o Universo obedece ao preceito do Amor.

Seja o que for que desejamos, manifesta-se por si mesmo quando ordenamos em Amor.

Temos uma certa compreensão Interior da Grande Lei, mas não estamos externamente conscientes o bastante a respeito d’Ela para produzir o que desejamos directamente do Omnipresente Reservatório Universal.

Desejamos tão intensa, honesta e resolutamente ver alguma coisa deste género, que isso não nos poderia ser recusado por mais tempo.

Quando deixamos a casa esta manhã, pensamos estar saindo a passeio, isto é, tanto quanto nossa actividade exterior gostaria de fazê-lo.

No mais profundo e amplo sentido, porém, estávamos realmente seguindo o impulso de nosso Próprio Deus Interno, que nos conduziu à pessoa, ao lugar e à condição onde nosso mais intenso desejo pudesse ser satisfeito.

A Verdade da Vida é que não se pode desejar uma coisa que não seja possível a esta coisa manifestar-se em algum lugar do Universo.

Quanto mais intenso for o sentimento contido no desejo tanto mais depressa este se realizará.

Se, entretanto, alguém for tão insensato a ponto de desejar alguma coisa que possa prejudicar a um outro filho de Deus, ou a qualquer outra parte de Sua Criação, então essa pessoa pagará a penalidade com discórdia e fracasso, em alguma experiência de sua vida.

É muito importante compreender plenamente que o desígnio de Deus para com cada um de Seus filhos é a abundância de todas as coisas boas e perfeitas.

Ele criou a Perfeição e investiu cada um de Seus filhos exactamente com o mesmo poder.

Também eles podem criar e manter Perfeição, expressar a SABEDORIA de Deus sobre a Terra e tudo quanto nela existe.

O ser humano foi criado, originariamente, à Imagem e Semelhança de Deus.

A única razão pela qual nem todos manifestam Seu Domínio e Majestade é pelo facto de não usarem sua Herança Divina — aquilo de que todo indivíduo é dotado e com que é destinado a governar seu próprio mundo.

Então, não estão obedecendo à Lei do Amor, através da qual se derramam bênçãos e paz a toda Criação.

Isto lhes acontece pela sua falta de capacidade em aceitar e reconhecer a si próprios como Templos do Mais Alto Deus Vivo, e de guardar este conhecimento com eterna gratidão.

A humanidade, na sua actual limitação aparente de tempo, espaço, conceitos e valores distorcidos, acha-se nas mesmas condições de uma pessoa necessitada a quem estendesse uma mão cheia de dinheiro.

Se o referido indigente não desse um passo avante para receber o dinheiro que se lhe oferecia, como poderia, jamais, obter os benefícios que este lhe poderia trazer?

A massa da humanidade está hoje exactamente nesse estado de consciência e nele continuará mergulhada, até que os aceitemos a Deus dentro de nossos corações como o SUPREMO AMOR GOVERNANTE, o DOADOR e o AUTOR de todo o BEM que sempre desejamos para preencher nossas vidas com plenitude e bem-aventurança.

O eu pessoal de todo indivíduo deve reconhecer, completa e incondicionalmente, que a actividade exterior ou humana da consciência nada tem, absolutamente, que lhe seja próprio.

Mesmo a energia, pela qual se reconhece o Grande Deus Interior, é irradiada para o eu-pessoal pelo Grande Ser Divino Interior.

Amor e glorificação ao Grande Eu Interior e a atenção mantida focalizada sobre a Verdade, a saúde, a liberdade, a paz, a fartura, ou qualquer outra coisa que desejarmos para correcto uso, manifestar-se-ão para o nosso proveito e de nosso mundo — se com persistência os conservamos em nossa consciência (pensamento e sentimento).

Isto é tão certo como existe uma Grande Lei de Atracção Magnética no Universo.

A Eterna Lei da Vida é: O QUE PENSAMOS E SENTIMOS ATRAIREMOS PARA O MUNDO DA FORMA. Onde está nosso pensamento, aí estamos, porque somos nossa própria Consciência e nos tornaremos naquilo sobre que meditamos.

Quando alguém permite que sua mente se demore em pensamento de ódio, condenação, concupiscência, inveja, ciúme, crítica, medo, dúvida ou desconfiança, e admite que esses sentimentos de irritação sejam gerados dentro dele, certamente terá discórdia, fracasso e infortúnios em sua mente, corpo e mundo.

Enquanto ele permanecer consentindo que sua atenção se prenda a tais pensamentos - tenham eles por objecto nações, pessoas, lugares, condições ou coisas - está absorvendo aquelas actividades na substância de sua mente, de seu corpo e de seus negócios.

De facto, ele está induzindo - forçando-as - a que entrem em sua experiência.

Todas essas actividades discordantes atingem o indivíduo e seu mundo, através de seus pensamentos e sentimentos.

O sentimento muitas vezes se manifesta impetuosamente, antes mesmo que se possa controlar os pensamentos captados pela consciência externa; tal experiência mostrar-lhe-á como é grande a energia, dentro de suas múltiplas criações - criações estas que ele acumulou pelo hábito.

A actividade de Vida designada como sentimento, é o ponto menos resguardado da consciência humana.

É a energia acumuladora, pela qual os pensamentos são impelidos para dentro da substância atómica, e assim, pensamentos se tornam coisas.

Advertimos: a necessidade de vigilância sobre o sentimento nunca será demasiadamente enfatizada, porque o controlo das emoções desempenha o papel mais importante em tudo na Vida, mantendo o equilíbrio da mente, a saúde do corpo, sucesso e realização nos negócios e no círculo social do eu-pessoal de todo indivíduo.

PENSAMENTOS nunca poderão se converter em coisas, enquanto não se revestirem de SENTIMENTO.

O que chamamos de Espírito Santo é o que conhecemos como sentimento, é a parte da Vida — Deus — a Actividade do Amor Divino ou a Expressão Materna de Deus.

É por isso que o pecado contra o Espírito Santo é referido como o que acarreta tão grande aflição, porque qualquer discordância no sentimento rompe a Lei do Amor, que é a Lei do Equilíbrio, Harmonia e Perfeição.

O maior crime no Universo contra a Lei do Amor é a emissão quase incessante, pela humanidade, de toda a espécie de sentimentos negativos e destrutivos.

Um dia a raça humana virá a perceber e reconhecer que as forças sinistras e destrutivas que se manifestam nesta Terra e em sua atmosfera — geradas, notai bem, pelo pensamento e sentimento humanos — só entraram nos negócios dos indivíduos e das nações através da falta de controlo das emoções na experiência diária de cada um.

Mesmo os pensamentos destrutivos não podem expressar-se em acção, acontecimentos, ou transformar-se em coisas físicas sem passar pelo mundo do sentimento — porque é nessa fase de manifestação que tem lugar a actividade de solidificação do átomo físico sobre as formas mentais.

Assim como o barulho de uma súbita explosão causa um choque no sistema nervoso de quem ouve, imprimindo uma sensação de tremor na estrutura celular do corpo — exactamente do mesmo modo as labaredas do sentimento irritado chocam, perturbam e desordenam as substâncias mais finas da estrutura atómica da mente, do corpo e do ambiente da pessoa que as emite, consciente ou inconscientemente, intencionalmente ou não.

O Sentimento discordante é o causador das condições a que chamamos desintegração, velhice, falta de memória e qualquer outra falha no mundo da experiência humana.

O efeito causado sobre a estrutura do corpo é o mesmo que seria produzido em um edifício se a argamassa, que une os tijolos, recebesse repetidos golpes, num aumento crescente, diariamente.

Esse abalo contínuo separaria as partículas componentes da argamassa, e o edifício ruiria e se transformaria em massa caótica, e a forma deixaria de existir.

É isto que a humanidade está constantemente fazendo na estrutura atómica do corpo humano.

Manifestar pensamentos e sentimentos discordantes que brotam de si mesmo, é proceder dentro do menor esforço e constitui uma actividade habitual do indivíduo pouco desenvolvido, rebelde e obstinado, que recusa compreender a ”LEI DO SEU PRÓPRIO SER” e trazer sua personalidade — que é apenas instrumento de expressão — à obediência a ‘Essa Lei’.

Aquele que não quer controlar seus pensamentos e sentimentos está em mau caminho porque todas as portas de sua consciência estão abertas de par em par às actividades desintegradoras projectadas pelas mentes e emoções de outras personalidades.

Não é preciso nem força, nem sabedoria, nem treinamento, para dar passagem a impulsos malévolos e destrutivos, e os seres humanos adultos que fazem isto, não passam de crianças no desenvolvimento de seu autodomínio.

É uma vergonha para a Vida da espécie humana, que tão pouco controlo das emoções seja ensinado à humanidade, do berço ao túmulo.

É fácil ceder a pensamentos, sentimentos e hábitos discordantes, porque a massa humana está como que submersa em ambiente e associações criadas, inteiramente, pelos próprios homens.

O indivíduo, pelo autodomínio da consciência externa, deve esforçar-se por se elevar acima dessa condição, pelo seu próprio esforço, a fim de transcender a essas limitações permanentemente, e ninguém pode ter esperança de libertar sua vida e seu mundo da miséria, da discórdia e da destruição, enquanto não refrear os próprios pensamentos e sentimentos.

Deste modo ele recusa deixar a Vida — que flui através da mente e do corpo — vir a ser qualificada pela discórdia resultante de cada pequena ocorrência perturbadora no mundo que o cerca.

A princípio, essa disciplina requer esforços tenazes e contínuos, porque os pensamentos e os sentimentos de noventa e cinco por cento da humanidade correm tão descontrolados e livres como um cãozinho vadio.

Entretanto, não importa quanto esforço seja necessário para trazer essas duas actividades a um controlo absoluto; esse objectivo é de máxima importância e vale a pena que se dedique toda a energia, esforço e tempo e nenhum domínio real e permanente da Vida e do mundo pode resultar sem ele.

Será prazer e privilégio ensinar o emprego das LEIS SUPERIORES.

O uso e a aplicação delas nos permitirão libertar e expressar a verdadeira Sabedoria e manifestar Toda Perfeição.

O primeiro passo para o controlo de si mesmo é a quietação de toda actividade externa, tanto da mente como do corpo.

Quinze a trinta minutos, à noite antes de dormir e pela manhã antes de começar o trabalho diário, de prática do exercício que se segue, causará prodígios em quem quer que o faça com o necessário empenho.

O segundo passo consiste em certificarmo-nos de que não seremos perturbados, e depois de nos tornarmo-nos perfeitamente tranquilos, imaginemos e sentimos nosso corpo envolvido em uma resplandecente Luz Branca.

Durante os primeiros cinco minutos de concentração nesse quadro, reconhecemos e sintamos intensamente a ligação do eu exterior e Nosso Poderoso Deus Interior, focalizando a atenção no centro do coração, visualizando-o como um Sol Dourado.

O passo seguinte é o reconhecimento: ‘Eu agora aceito alegremente a plenitude da Poderosa Presença de Deus - o Cristo Puro’.

Sintamos o grande brilho da Luz e intensificámo-la em cada célula de nosso corpo durante, no mínimo, dez minutos.

Encerrai-mos então a meditação pelo comando: “EU SOU UM FILHO DA LUZ – EU AMO A LUZ – EU SIRVO A LUZ – EU VIVO NA LUZ – EU SOU PROTEGIDO, ILUMINADO, SUPRIDO, SUSTENTADO PELA LUZ E EU ABENÇÔO A LUZ.

Lembramos-mos sempre: Nós nos tornamos naquilo em que meditamos e uma vez que todas as coisas vieram da ‘Luz’, ‘Luz’ é a Suprema Perfeição e o Controlo de todas as coisas.

Contemplação e adoração da ‘LEI’ induz a iluminação da mente; saúde, força e ordem no corpo físico, paz, harmonia, êxito, a se manifestarem nos negócios de todo o indivíduo que realmente puser em prática essa disciplina e a mantiver.

No início de cada Era, em todos os tempos, em quaisquer condições, dizem-nos todos aqueles que expressaram as maiores realizações da Vida, que a ‘Luz’ é Suprema — a ‘Luz’ está em toda a parte — e na ‘Luz’ existem todas as coisas.

Esta Verdade é tão verdadeira hoje como o era há um milhão de anos atrás.

Tão remotamente desde quando se tem conhecimento da história da humanidade, os sábios e os grandes representantes de todas as eras são pintados com uma radiação de Luz que os envolve, emanando da cabeça e do corpo.

Essa ‘Luz’ é real — tão real como a luz eléctrica em nossas casas.

Não está muito distante o dia em que aparelhos serão construídos para mostrar a emanação da ‘Luz’ em volta de cada indivíduo, visível ao olho físico de quem quer que deseje vê-la.

Tais aparelhos mostrarão, também, a contaminação ou descoloração que se torna em nuvem em torno da ‘Luz’ de Deus — gerada pelo eu-pessoal através de pensamentos e sentimentos discordantes.

Esta — e somente esta — é a maneira pela qual a energia da Grande Corrente de Vida é mal-empregada e erradamente qualificada.

Se praticarmos fielmente o exercício recomendado, sentindo-o em cada átomo de nossa mente e de nosso corpo com profunda, profundíssima intensidade, receberemos provas abundantes da Tremenda Actividade, do Poder e da Perfeição que residem e estão perenemente activos dentro da Luz.

Quando tivermos experimentado isto, mesmo por pouco tempo, não precisaremos de nenhuma prova além dessa.

Tornar-nos-emos nossa própria prova.

A ‘LUZ’ É O REINO. ENTRAIMOS N’ELE E ESTAREMOS EM PAZ.

Voltai-mos à casa do Pai.

Passados os dez primeiros dias da prática deste exercício, é bom fazê-lo três vezes ao dia — de manhã, ao meio-dia e à noite, verificaremos um início palpável de modificação, discreta, que vai manifestando-se aos poucos em nossa vida.

Muitas vezes ouvimos a queixa: ‘Oh! Não disponho de tanto tempo’!

Aos que são dessa opinião, desejamos simplesmente dizer o seguinte: O tempo que o comum das pessoas gasta criticando, condenando e censurando criaturas, condições e coisas, por não serem algo diferente do que são, se empregado nesse reconhecimento e uso da ‘Luz’, faria o Céu manifestar-se na Terra, para quem ousar experimentar e tiver determinação para perseverar.

Nada é impossível.

A ‘Luz’ jamais falha.

A ‘Luz’ é o Meio de Deus para criar e manter Ordem, Paz e Perfeição em toda a Sua Criação.

Qualquer ser humano nesta Terra pode dispor de todo o tempo de que necessitar para executar este exercício, quando seu desejo de o fazer for bastante intenso.

A própria intensidade do desejo reorganizará o mundo do indivíduo, as pessoas, as condições e as coisas de modo a prover esse tempo, se o ser desejar sinceramente utilizá-lo para sua elevação.

Ninguém no mundo faz excepção a Esta Lei — porque o desejo intenso de fazer qualquer coisa de construtivo, quando se torna muito intenso, é o Poder da Energia Divina que liberta a energia necessária para criar e expressar a coisa desejada.

Todos gozam desse mesmo supremo privilégio de contacto com a Todo-poderosa Presença Omnisciente de Deus, e Ela é o Único Poder que sempre elevou, eleva e há-te elevar o eu-pessoal e seu mundo acima das discórdias e das limitações terrenas.

Praticai-mos isto com grande persistência e determinação e sabei-mos que Deus em Nós é Nossa Vitória Certa.

Não vemos o que a verdadeira mestria realmente é?

Nós — no Estado de Ascensionados — podemos moldar a estrutura atómica do nosso corpo como o oleiro molda o seu barro.

Cada eléctron e átomo no Universo obedece ao nosso desejo e comando, em consequência do Poder Divino pelo qual o controlamos — tendo adquirido o direito de ser seus Dirigentes.

A humanidade, no estado não Ascensionado em que se encontra, fica assombrada e maravilhada com essas coisas, mas dizemos que para nós não existe maior esforço em mudar a aparência e a actividade de nossos corpos, do que para um ser humano comum mudar de roupas.

A infortunada condição, na consciência humana, que mantém o indivíduo nas suas autocriadas limitações, é a atitude mental que ora teme, ora ridiculariza aquilo que não compreende ou, o que é ainda pior, em sua ignorância diz: ‘ISTO É IMPOSSIVEL’.

Uma coisa pode não ser provável sob certas condições humanas, mas o SER DIVINO INTERIOR que é a Grande ‘Luz’, pode mudar todas as condições humanas, e assim nada é impossível.

Todo indivíduo tem dentro de si a Divina Chama de Vida, e Esse seu Próprio Deus tem Domínio, onde quer que se mova no Universo.

Se ele, por motivo de sua própria inércia mental, não empregar o necessário esforço para reorganizar seus velhos hábitos mentais e corporais, continuará acorrentado às cadeias que ele mesmo forjou.

Se, entretanto, prefere conhecer o Deus Interno dentro de si mesmo, e ousa dar a esse Deus INTERIOR todo o controlo de suas actividades externas, receberá uma vez mais o conhecimento do Domínio sobre toda substância — que foi seu desde o começo.

É chegado o tempo em que a humanidade está despertando rapidamente e ela deve, de algum modo, estar disposta a reconhecer que viveu repetidamente centenas — algumas vezes milhares — de vidas, cada vez em um novo corpo físico.

A Lei da encarnação é a actividade, na evolução humana, que dá ao indivíduo uma oportunidade para restabelecer um equilíbrio, nas mesmas condições que ele conscientemente desajustou.

É apenas uma actividade da Lei da CompensaçãoCausa e Efeito, ou o que pode ser chamado processo automático de equilíbrio, governando todas as forças em toda a parte do Universo.

A compreensão correcta desta Lei nos dá a explicação de muitas condições na experiência humana, que de outro modo nos pareceriam inteiramente injustas.

É a única explicação lógica para a infinidade de complexidades e experiências da criação humana, e revela o processo e a Lei em que repousa toda manifestação.

Faz compreender que não há tal coisa como acaso ou acidente.

Tudo está subordinado à directa, exacta e Perfeita Lei.

Toda experiência de consciência tem uma causa anterior e tudo, no mesmo instante, torna-se a causa de um futuro efeito.

Se um homem magoa uma mulher em determinada vida é certo que se encarnará numa forma feminina e passará por experiência semelhante, até que cumpra e sofra aquilo que fez sofrer a outrem.

A mesma coisa acontecerá a uma mulher se for injusta para com um homem e ofendê-lo.

Este é o único caminho pelo qual o ser é obrigado, ou antes, obriga-se a si mesmo a experimentar tanto a causa como o efeito de tudo quanto gera no mundo.

O indivíduo pode criar e experimentar, o que quer que seja no seu próprio mundo, mas se prefere causar discórdia e sofrimento a outrem, obriga-se a atravessar condições semelhantes, até compreender qual é o efeito de sua própria criação sobre o resto da Vida no Universo.

A vida externa mantém o indivíduo preso à roda da necessidade, renascimento, luta contínua e dor, até que deixemos a “Luz do Cristo Interior” iluminar-nos e purificar-nos, para que possamos corresponder unicamente ao Plano de Deus — Amor, Paz e Perfeição para Sua Criação.

O éter atmosférico de cada lugar regista tudo o que acontece nessa localidade.

Esses Registos Etéricos podem ser reanimados e veremos cenas animadas, dando todos os detalhes de nossa vida.

O modelo da actividade individual e experiência da vida está dentro de sua própria aura, todo o tempo.

Um registo similar existe na aura de todo lugar.

Um Mestre Ascensionado pode, se quiser, reavivar ou revestir de actividades anteriores o registo de um indivíduo, esteja este onde estiver, porque o modelo sobre o qual o Mestre aglutina a estrutura atómica, está sempre na aura desse indivíduo.

Quando o Mestre reconstitui o registo de uma localidade, deve fazê-lo precisamente no próprio local, porque tal registo, ao ser reanimado, volta a ter a mesma forma vivente e estrutura que tinha, quando construído preliminarmente em substância física.

Desse modo, é possível aglutinar novamente a estrutura material de edifícios inteiros e suas adjacências, se o Mestre Ascensionado assim o deseja, para alcançar algum justo propósito.

Quando alguém chega a atingir esse Domínio dado por Deus, pode reconstituir e reanimar qualquer Arquivo Etérico que deseje tornar visível, para instrução e benefício de estudantes e outros.

Uma vez levado a efeito — tudo se torna real como a própria realidade — e os objectos reconstituídos podem ser fotografados, tocados e tornados materialmente tangíveis pelos sentidos físicos de quem quer que os esteja observando.

Nosso corpo físico é apenas uma roupagem que nós, o Eu-Consciente, indivíduo pensante e experimentador, usamos.

Há um único meio de evitar a roda cósmica de causa e efeitoa necessidade da reencarnaçãoe isto é obtido através do esforço consciente para compreender e a Lei da Vida.

Deve-se procurar ardentemente o Deus Interno, estabelecer contacto permanente e consciente com esse “Eu Interior” e mantê-lo firmemente, sejam quais forem as condições que se apresentem na vida exterior.

O Desejo Construtivo é a actividade expansível dentro da Vida, porque é só desse modo que ideias sempre maiores, actividade e realização são impelidas a se expressar no mundo externo da substância e da forma.

Dentro de cada Recto Desejo está o poder de sua própria realização.

O homem é Filho de Deus.

Ele é comandado pelo Pai a escolher como deve dirigir a energia da Vida, e que qualidade deseja para expressar o cumprimento do mandato de Deus através de seu desejo manifestado.

Isto ele deve fazer, porque o livre arbítrio é seu direito inato.

É função da actividade exterior do intelecto guiar toda expansão para dentro de canais construtivos.

Este é o desígnio e o dever do eu exterior.

Porém, permitir que a Grande Vida ou Energia de Deus seja usada apenas para satisfação dos sentidos — hábito da grande massa da humanidade — é o que constituí seu emprego destrutivo, que é sempre seguido, sem excepção alguma, de desarmonia, fraqueza, fracasso e destruição.

O emprego construtivo do desejo é a direcção consciente dessa Ilimitada Energia Divina pela Sabedoria.

Todo desejo, dirigido pela Sabedoria, leva consigo uma espécie de bênção para o resto da Criação.

Todo desejo dirigido pelo Deus Interno, brota com sentimento de Amor e abençoa sempre.

Não há Mestria ou Domínio Consciente no transe ou nas práticas hipnóticas, que são extremamente destrutivas e perigosas para o Crescimento da Alma de quem as permite.

Devemos compreender integralmente que o Controlo Consciente, a Mestria e o uso das forças e coisas desta Terra devem estar sempre sujeitos à direcção do nosso Ser Divino ou Deus Interno, por meio da perfeita cooperação e da obediência de todas as faculdades externas, tanto da mente como do corpo, a essa Direcção Interior.

Não há Mestria sem isso e aqueles que são conhecidos como Mestres Ascensionados nunca, nunca obrigam qualquer actividade que possa desrespeitar a Lei do livre-arbítrio dado por Deus ao indivíduo.

Ao estudante poderá ser facultada a experiência da Projecção, se um Mestre Ascensionado desejar expandir-lhe temporariamente a consciência, de modo que possa compartilhar de acontecimentos que se verifiquem em dois ou mais lugares ao mesmo tempo.

Em tal estado, as faculdades do discípulo permanecem totalmente sob o domínio e a direcção de sua livre vontade, em qualquer momento.

Mantém-se integralmente consciente e activo aonde quer que esteja seu corpo, e também no local que o Mestre Ascensionado escolheu para dirigir sua atenção, a fim de receber ensinamentos.

Consciência Projectada consiste no aumento do grau de vibração da estrutura atómica, tanto na mente como no corpo do estudante.

Isto é feito pela radiação de um Mestre Ascensionado e é uma actividade da 'Luz' que aumenta a frequência de vibração até a nota tónica que Ele estabelece para a experiência.

Nos graus mais elevados, o discípulo usa suas faculdades de visão e de audição exactamente como o faz na vida diária, com a diferença de que tais faculdades se acham expandidas na zona ou oitava imediatamente acima da humana.

Quando a Realidade da Vida é correctamente compreendida, toda a manifestação que parece milagrosa à nossa consciência actual passa a ser uma experiência tão natural e normal como a formação de palavras para quem conhece o alfabeto.

Os chamados milagres são todos produtos de uma sempre expansiva e progressiva manifestação de Vida na forma, e ocorrem em todos os tempos por um regular e ordenado processo da Lei, em Amor e Paz.

Não importa quão estranha, incomum e impossível possa parecer uma experiência ao actual estado mental da humanidade: isto não é prova de que não haja uma Lei Maior e Inteligência Superior em acção, produzindo maiores maravilhas de criação em torno de nós, o tempo todo.

O conhecimento dos maiores cérebros da humanidade no mundo exterior de hoje está para essa Grande Sabedoria e Poder Interno, como a compreensão de uma criancinha para o estudo de cálculo integral.

A humanidade deve deter o pleno uso consciente de toda a sua sabedoria e poder, como filhos de Deus, sabendo perfeitamente bem de onde provém.

O eu externo será apenas o instrumento do Eu Divino como deve ser, e só lhe será permitido fazer aquilo que fora criado.

Naturalmente, o Grande Eu Interior poderá actuar livremente, e em consequência disso a perfeição permitirá magníficas realizações.


Com amor e profunda gratidão,

 

Luís Barros