O Mundo Astral
Quando
dizemos “Eu Sou”, reconhecemos o poder que destrói toda barreira e oposição.
“O
ser humano é como um leão morto de fome na selva. Destruiria qualquer coisa
para obter comida. A consciência externa do homem faria em pedaços seu melhor
amigo para apoderar-se de seu objectivo.”
Em
todo elemento astral há o elemento do desejo humano.
A
menos que a mente se feche completamente para o mundo astral, encontrar-se-á
constantemente interrompida toda boa decisão, porque terá deixado a porta
aberta a uma força muito mais sútil do que toda a força que haja no mundo
físico.
Muitos
pensam que há forças boas no mundo astral; dizemos que nenhuma força que venha
do astral é boa, jamais.
Qualquer
força do bem que pareça vir de lá tem que atravessar este plano, mas constrói
seu próprio túnel de Luz, através do qual se manifesta.
Só
há um lugar onde as criações indesejáveis podem encontrar morada, e que é o
reino astral.
Este
plano de actividade astral contém todas as formas indesejáveis acumuladas
através de séculos.
De
modo que é fácil ver que nada de bom pode sair de algum contacto com o plano astral.
Não
contém absolutamente nada do Cristo.
Não
há crianças no Plano Astral.
O
lugar das crianças que deixam a Terra é o Plano Etérico.
A
pessoa encarnada, quando está adormecida, encontra-se na mesma esfera que os
desencarnados.
A
Presença “Eu Sou” possui uma consciência auto-sustentada de tal grandeza que,
se alguém sai com ela ao adormecer, pode alcançar alturas incríveis.
Se
temos consciência de nosso “Eu Sou” na nossa consciência exterior e levamos
esta consciência quando entramos em outros planos, somos uma presença
sustentadora invencível.
Há
um momento na experiência de nossa vida em que temos necessidade do uso e
reconhecimento consciente da frase: “Eu Sou a
Presença de Deus em acção".
Quando
temos essa consciência e a levamos voluntariamente através do véu do sono, nossa
alma, fora do corpo, actua com poderes ilimitados.
Supondo
que no estado de vigília tenhamos necessidade de algo, antes de dormir podemos muito
bem expressar o seguinte: “Através do Magno Poder e
Inteligência que Eu Sou, embora meu corpo durma, faço o contacto necessário que
executará abundantemente este propósito, não importa qual seja!”.
Devemos
reconhecer que esta actividade auto-sustentada não pode falhar absolutamente e
que é uma forma grandiosa de colocar em movimento a Presença “Eu Sou”, já que
qualquer coisa que o “Eu Sou” ordene, embora o corpo durma, tem que ser
obedecida.
Quando
se tem a consciência espiritual e vai-se a qualquer ambiente onde exista
perigo, deve fazer-se um tratamento rápido para nossa própria protecção.
Quando
alguém se conscientizar da Presença “Eu Sou” em cada órgão e célula do nosso
corpo, consequentemente isto se manifestará.
Basta
que sejamos conscientes desse facto e ele se realizará.
Podemos
conduzir tão facilmente a corrente eléctrica universal através de nós, como a
electricidade é conduzida através dos fios.
Para
fazer visível a luz que está dentro de nosso próprio corpo, ou seja, para
irradiá-la visivelmente, dizemos: “Eu Sou a
iluminação visível através deste corpo, agora”.
Pois
temos em nosso interior um ponto focal.
O
“Eu Sou” que está em nós criou todo o Universo, e quando, confiantemente, nos
unirmos a Ele, desaparecerá todo o empecilho.
Usamos
constantemente esta afirmação: “Eu Sou o Poder e a
Presença que consome todo temor, dúvida e confusão e obstáculos que possam
entrar em minha mente externa relativa a esta invencível actividade do Eu Sou”.
A
consciência do indivíduo reveste-se com os conceitos pertencentes a ele, e
quando os mesmos são agrupados ao redor da pessoa que gerou certa energia, essa
pessoa não encontrará outras condições que não sejam as do seu próprio mundo.
Cada
vez que nos sintamos alegres, aproveitemos esse momento, usamo-lo e decretamos:
“Eu Sou a plena alegria e gratidão que sinto neste
instante.”
Lembramos,
constantemente, à consciência externa, que quando dizemos “EU SOU”, pensando no
Poder Infinito de Deus, colocamos em actividade este Poder, para que cumpra com
êxito a ideia que temos na mente.
Os
indivíduos sinceros não devem esquecer este facto um só momento, até que a
Verdade fique de tal modo arraigada que actue automaticamente.
Portanto,
será ridículo dizer “estou doente”, “estou com dificuldade de dinheiro”, quando
nos parecer falhar qualquer coisa.
Dizemos
que é impossível sermos afectados por carências, se nos tivermos mantido na
ideia do Poder de Deus.
Usamo-lo.
Quando
estivermos resfriados, não precisamos sermos lembrados de usar lenço; então por
que é necessário lembrarmo-nos que a actividade externa tem apenas um poder que
nos permite mover, e que é a Presença de Deus “EU SOU” em nós?
O
erro dos indivíduos sinceros é que não meditam suficientemente sobre esta
Verdade, para que a nossa Maravilhosa Presença entre em actividade.
Cuidai-mos,
constantemente, em nosso contacto com o exterior, para que não aceitemos, sem
pensar, as aparências das coisas, ou temor da negatividade dos chamados
“financistas”.
Deus
governa nosso mundo, nossa casa, nossos negócios e isto é tudo o que a nós
concerne.
Regozijamos-mos,
cremos nessa Grande Presença que mantém em nós tudo o que possamos desejar ou
usar.
Nós
não dependemos de coisas externas.
Penetrando
alegremente neste Magno Poder e Presença, que contém tudo, seremos sempre
providos de tudo no momento em que sentirmos alguma necessidade.
Sentimos
e aceitemos prazerosos e que todo nosso ser reconheça, que o poder de
precipitação não é um mito; é real.
Ao
aceitarmos este sentimento profundamente, teremos a precipitação de tudo o que
desejarmos.
Se
de repente sentimos que necessitamos força, valor, coragem, dizemos: “EU SOU, aqui surgindo e suprindo instantaneamente tudo o
que necessito, instantaneamente, e não preciso esperar.”
Não
devemos externar um pensamento ao mundo ou a indivíduos que não compreendam
essas coisas.
Continuamos
regozijando-nos com a Presença visível e activa do que desejamos manifestar e
ver precipitado em nossa vida, para nosso uso.
“Eu Sou a Presença Activa visível disso que quero
manifestar.”
Em
cada circunstância do mundo externo dos negócios, ou em cada circunstância
negativa, que pareça atingir de alguma forma o nosso mundo, imediatamente devemos
tomar a firme resolução: “Eu Sou a Precipitação e
Presença Visível de qualquer coisa que desejo, e não há homem, circunstância ou
coisa que possa.”
Quando
reconhecemos que “Eu Sou” entramos no Grande Silêncio, onde está a maior
actividade de Deus.
Este
reconhecimento deve trazer-nos grandes revelações, se aceitamos isto com
júbilo.
Podemos
desenvolver um belo e simétrico corpo com músculos fortes, sem que seja necessário
um só exercício.
Em
todo desenvolvimento, tanto externo como interno, a primeira parte do exercício
é mental.
Não
há senão um só poder e energia, e este vem da Presença “Eu Sou” em cada um.
Portanto,
o exercício de nossas faculdades interiores é necessariamente mental.
Mas,
dizemos que somos Deus em acção, pois não podemos formar um só pensamento sem a
Inteligência e Energia d’Ele.
Podemos
ver, agora, como é fácil e possível construir um corpo físico forte e simétrico,
sem fazer exercícios físicos para consegui-lo.
A
maioria dos cientistas, médicos e professores de cultura física negarão isto;
mas asseguramos que é somente porque não pesquisaram profundamente a respeito
da energia e poder que está actuando, pois nenhuma actividade pode ter lugar, a
não ser pelo uso dessa magia e poder interior.
As
pessoas entram em contacto com dúvidas e temores a respeito dos conhecimentos
destas grandes faculdades que são livres para o uso de quem as quiser utilizar
a qualquer momento.
O
que acontece é que se encontram submersas como uma cortiça sob a água, a qual,
sendo liberta, salta à superfície.
Asseguramos
que é lamentável ver indivíduos sinceros passarem tantos anos esforçando-se,
exercitando-se e deixando de lado o uso destas faculdades, e não vendo
resultado imediato, deixarem-se cair novamente em um estado inactivo, até que
alguma coisa volte a reanimá-los, para novamente recaírem.
O
reconhecimento persistente e determinado da Presença “Eu Sou” nos levará a
alcançar resultados absolutamente certos, a menos que desistamos.
Vemos,
especialmente nesta época, um considerável número de indivíduos que, com um
pouquinho de incentivo e a descrição simples destas práticas, rapidamente darão
um salto para a liberdade, especialmente aqueles que recebem instrução verbal
junto com a radiação que acompanha tal facto.
Não
é de admirar que os filhos e filhas de Deus se submetam às limitações, quando,
com um esforço persistente e determinado, abririam a porta e entrariam nesta
grande Câmara Interior, cheia de Luz, jóias, ouro e a substância de todos os
elementos do Universo?
E
logo, com esta verdade plena em sua frente, estes indivíduos ainda vacilam,
pela impossibilidade de acreditarem que podem dar este passo definitivo, tomar
este ceptro e serem livres.
O
conhecimento e o caminho da maestria se abrirão e nos manifestarão a liberdade
eterna.
Simplesmente
continuai-mos recordando-nos que já transpassamos o véu.
Qualquer maestria que o indivíduo tenha adquirido sobre seus assuntos e seu mundo é, e sempre será, um retiro sagrado, um santuário interior, onde nenhum outro indivíduo indagador possa entrar.
Ninguém
pode conseguir a maestria, pretendendo encontrar essa maestria nos outros.
Procurar,
achar e aplicar a Lei do próprio Ser é o caminho seguro para a Maestria, e
somente quando o indivíduo a tenha conseguido é que poderá compreender
realmente o que é a verdadeira Maestria.
Não
há mais do que um domínio a ser procurado: é o domínio sobre sua própria
personalidade.
Podemos
andar ao lado de um Mestre, durante anos, sem percebê-lo, até que nossas
próprias faculdades internas o revelem.
Para
um Mestre, discutir ou revelar as próprias realizações, seria dissipar suas
forças, e isso não deve ser feito em tempo algum.
É
realmente estranho o poder convincente dos argumentos de outras pessoas; o
indivíduo que escuta estas ideias alheias deve fazer justiça a si mesmo e a seu
Eu Superior, e, escutando o seu Poder Interno, seguir através da experiência
Interior.
No
momento em que começa a sentir dúvida, se aceitar a dúvida, continuará se
precipitando violentamente.
Não
vemos que quando desejamos uma revelação ou inspiração, ao dizermos “Eu Sou” pomos
em movimento o Poder com todas as nossas faculdades e substâncias, que terão
que assumir qualquer forma em que se fixe nossa atenção?
O
“Eu Sou” é a insondavelmente de Deus.
Para
conseguir fazer coisas incomuns, os indivíduos devem tomar a seguinte decisão:
“Eu Sou o Coração de Deus e agora crio ideias e
realizações que jamais foram criadas anteriormente”.
Consideremos
que somos aquilo que desejamos ver concretizado.
A
Presença “EU SOU” é o Coração de Deus.
Entramos
imediatamente no Grande Silêncio no momento em que pronunciamos “EU SOU”, e se
cremos que somos “Eu Sou”, o que seja que declaremos, fica instantaneamente
manifestado.
Crer
é ter fé no que acreditamos ser a verdade: existe, pois, um entrelaçamento
entre a crença e a fé.
No
princípio há a crença, que, se for mantida, se converterá em fé.
Se
não acreditamos que alguma coisa é verdade, não poderemos trazê-la à
manifestação.
Se
não podemos crer em nossas palavras quando pronunciamos “Eu Sou tal coisa”,
como poderá ela agir em nós?
O
velho ditado “Não há nada bom ou mau, o pensamento é que faz as coisas
parecerem boas ou más” é uma absoluta verdade.
Sabendo
que a Energia de Deus penetra em nós absolutamente Pura e Perfeita, temos que
compreender ser o homem que requalifica essa Energia, impondo-lhe a própria
impureza.
Esta
energia entra continuamente no homem, no pulsar de seu coração, e este tem que
dar-lhe uma qualidade e projectá-la para fora, pois este é nosso privilégio
como Criador à Imagem e Semelhança do Pai.
A
consciência individual, sendo projectada, cria ao redor do ser um ambiente que
recebe vibrações externas de amor, bondade, tristeza, dor, etc., e as sente
como suas: se são boas, nada acontece de mal; porém, se negativas, devem ser
afastadas com a ordem de que se dissolvam para não continuarem se expandindo e
contagiando a atmosfera.
Cada
pessoa que emite uma criação imperfeita, feia, a mesma volta para ser
requalificada.
Todo
o indivíduo deve, pois, assumir a responsabilidade por sua actividade.
Não
devemos considerar o elemento tempo, quando afirmarmos algo que desejamos ver
manifestado.
Realizai-mos
com alegria, mantendo-nos firmes, até que se manifeste nosso desejo.
Se
mantiverdes constantemente contacto com o “Eu Sou” enquanto estivermos em
actividade, entraremos na Plenitude e Perfeição de tudo o que já está preparado
para nosso uso.
Todo
resultado permanente deve ser consequência do esforço consciente de cada indivíduo.
O
que é mágoa?
É
sintonizarmo-nos com o imperfeito.
Não
nos deixemos jamais invadir pela mágoa, pois é como deixarmo-nos arrastar para
as areias movediças.
Quando
temos asas com as quais nos elevamos às alturas acima de toda coisa destrutiva,
devemos sublimar ao mesmo tempo o vestígio que quer produzir esta mágoa.
A
diferença entre a compaixão e mágoa é que na compaixão se invoca a Presença “Eu
Sou” para que produza a perfeição; a mágoa é a energia de imperfeição
intensificada que se manifesta.
Não
julguemos, mantemos-mos firmes na Presença “Eu Sou” e tudo manifestará
Perfeição.
Jamais
critiquemos.
Para
toda condição imperfeita que contactamos, especialmente a velhice, dizemos: “Eu Sou a Perfeição neste ser que tem aparência de velhice”.
Não
importa o que ouvimos dizer ao nosso redor, mantemos-mos firmes, não nos deixemos
afectar, pois estamos manifestando Perfeição, e devemos fazê-lo
conscientemente.
Se
não estivermos atentos, deixaremos entrar expressões que nos acompanharão por
anos, caso não as anularmos.
Quando,
conscientemente, estivermos usando a Grande Lei reconheceremos que o Poder
Activo do Pensamento de Deus conhece seu rumo, vai e actua.
Conscientemente
dizemos ao nosso “Eu Sou” que faça o que for necessário.
Dizemos:
“Eu Sou a inteligência que qualifica esta situação.”
Isto,
logicamente, se nos encontrarmos sem saber o que fazer em dado momento.
O
que importa é que voltemos a dirigir a nossa mente ao “Eu Sou” que nos guia e nos
mantém.
Com amor e profunda gratidão,
Luís Barros