19 de março de 2021

SEBENTA – 9

Deus / Amor

Por que se individualizou Deus?

Para ter algo que amar.

Por que foram divididos os raios?

Para expressar Amor.

O Amor é o Princípio Activo de Deus.

Quando amamos, envolvemos o objecto do nosso Amor nesse Manto de Deus, nessa Presença Radiante.

Quando a ordem “Faça-se a Luz” foi dada, a primeira actividade foi a obediência.

A Luz surgiu em quantidades ilimitadas; o mesmo acontece com tudo o que se refere à actividade exterior do Único Princípio Activo, Deus.

A primeira actividade de tudo o que é externo é a obediência perfeita à Presença “Eu Sou”, pois somente assim poderá expressar-se harmoniosamente a pura essência.

Devemos esforçarmos-mos para mantermos tranquila, em todos os momentos, a expressão externa, tanto entre amigos, parentes, sócios ou qualquer outra pessoa de qualquer condição ou idade.

Pois, cada vez que surge o desejo de discussão, crítica ou resistência, é sinal de que a consciência física está intrometendo-se para chamar a atenção sobre ela.

Este é o momento de dar a ordem para observar obediência e silêncio.

O importante é que conservemos a calma, a Graça do Amor e Obediência.

É inútil discutir; silenciai-mos nosso eu exterior.

Quando o indivíduo já entrou conscientemente no caminho, a menor aparência de resistência ou perturbação indicará que deve decretar: “EU SOU a obediente e inteligente Actividade de Mente e Corpo, EU SOU o Poder que governa e organiza tudo harmoniosamente.”

Cada um deve usar constantemente a declaração: “EU SOU a Guarda Invencível, estabelecida e sustentada em minha mente, meu corpo, minha casa, meu mundo e meus assuntos.”

Este Guardião, a Presença “Eu Sou”, naturalmente é Infinita Inteligência.

Ao usarmos o poder “Eu Sou”, também está actuando o Poder do Amor, Sabedoria e Inteligência Divina.

Usai-mos também a declaração: “EU SOU a acção Plenamente libertadora do Amor Divino.”

Lembramo-nos que o Amor, como virtude, atributo de Deus, é uma entidade viva, pois Deus é vida e todos os seus atributos, vivos.

Sugerimos, como actividade preparatória para cada dia, que declaremos com firmeza e alegria, sabendo de antemão que o próprio poder contido na declaração a faz manter-se actuando: “Eu Sou o Amor, a Sabedoria, e o Poder com Sua Inteligência Activa, que estará actuando em tudo que penso e faço hoje. Eu ordeno a esta Actividade Infinita que seja minha protecção e que actue a todo o instante, fazendo com que eu me mova a todo momento, fale e proceda unicamente na Ordem Divina.”

Então, durante o dia, assumamos a consciência: “Eu Sou a Presença governante, que me precede onde quer que eu vá durante este dia, que comanda a perfeita Paz e Harmonia em todas as minhas actividades.”

Desta maneira, conservaremos a porta aberta para o constante fluxo da Presença Interior que mudará nosso mundo, impedindo-nos de contactarmos com a desarmonia, fazendo com que a Paz e Harmonia estabeleçam-se em todo o nosso contacto exterior.

Não importando qual seja a manifestação dentro ou fora do corpo, devemos adoptar a firme determinação de que o nosso corpo é o Templo do Altíssimo.

Esta é uma verdade indiscutível, e sendo uma atitude mantida constantemente, trará ao corpo a actividade perfeita, como é a intenção Divina.

O exterior acostumou-se a acreditar na imperfeição do ser humano, não podendo, portanto, manifestar perfeição sob esta condição.

Geralmente, o pensamento do indivíduo é: “Bom, já constatei que não possuo estas qualidades que desejo, isto deve ser porque não estou suficientemente adiantado”.

Porém, asseguramos, não importa o que manifeste o corpo, o fracasso é impossível quando é posto em movimento o ‘Eu Sou”, isto indica que já se pronunciou a Verdade, além de mobilizar os atributos de Deus.

Devemos obrigarmos-mos a manter em nossa mente esta verdade: Quando pomos em movimento o Poder de Deus, ao pronunciar o “EU SOU”, essa Presença não pode falhar em Sua Realização, da mesma maneira que o Universo não pode parar a sua actividade.

Falhar esta Poderosa Presença, é como se o Universo fosse arremessado ao caos.

Simplesmente não pode falhar, a não ser que a personalidade se introduza obstruindo o caminho.

Todo nós devemos vigiarmos-mos com atenção para não empregarmos o ‘Eu Sou” em forma negativa, pois, ao dizermos “Eu estou doente, eu fracassei, eu não estou actuando correctamente”, estamos lançando esta Magna Energia para destroçar aquilo que desejamos alcançar.

Isto sempre acontece, todas as vezes que usamos a palavra “Eu”, a qual significa a libertação do Poder Universal.

Sabendo que “Eu Sou” somos nós mesmos, quando dizemos, minha cabeça dói, meu estomago está mal, etc., estamos arremessando energia negativa, para que actue naqueles órgãos conforme o que decretamos.

Assim ocorre porque, quando dizemos “Meu” a energia actuante é a mesma, pois somente uma pessoa pode dizer “Eu” ou “Meu”, e esta pessoa somos nós decretando ao próprio mundo.

Qualquer expressão que se refira a nós, ou empregada somente por nós, inclui a energia e actividade da Presença “Eu Sou”.

A actividade correcta a manter quando um órgão aparenta estar doente é a de declarar-se com firmeza que: “Eu Sou a única e Perfeita Energia actuando neste lugar.”

Portanto, qualquer aparência de perturbação é instantaneamente corrigida.

Este é um ponto importante a ser exposto diante de nós.

Se por hábito usamos medicamentos, usamo-los com moderação, sempre esclarecendo a nós mesmos que somos “Eu Sou”; assim adquiriremos a Maestria para governar-nos.

Asseguramos que, se pensamos que o medicamento nos possa trazer ajuda, é ainda a “Presença Eu Sou” transmitindo o poder de curar.

O que acontece na mente de todo indivíduo é ele acreditar que certas ervas ou substâncias têm uma acção química que corresponde ao elemento existente dentro do corpo.

E perguntamos: O que nos dá afinidade química?

É o poder do nosso “Eu Sou” que nos permite pensar.

Assim, quando damos a volta ao nosso “Círculo de Actividade” vemos que não há senão uma Inteligência e Presença actuando, o “Eu Sou Deus Em Mim”.

Então, por que não enfrentamos esta verdade?

Decidimo-nos sem vacilações e pensai-mos: “Eu Sou a Presença em Acção.”

Isto é: a mesma Vida em nós e em todos os remédios aos quais damos poder.

Não é muito melhor irmos directamente à Fonte de tudo e recebermos Sua Omnipotente e Inesgotável assistência que não pode falhar, em lugar de concedermos a algo exterior o Poder de aliviar a condição que nos molesta?

Sabemos que não é fácil abandonar velhos costumes.

Porém, um pouco de meditação forçará nosso raciocínio exterior a abrir mão das dependências desses remédios e voltaremos a depender exclusivamente da Grande Presença “Eu Sou”.

O reconhecimento e plena acção de Deus em Acção em nós é o que expande mais e mais a inteligência activa, plena, completa, da Presença de Deus, a prática da presença de Deus, ou seja, a Divindade.

Talvez a verdade mais poderosa e simples que nós poderemos sustentar é quando dizemos: “Eu Sou”, pondo em acção dentro de nós mesmos, consciente ou inconscientemente, a plena Energia de Deus, sem alteração alguma.

A energia converte-se em poder com o uso consciente.

O facto de um ser estar encarnado como homem é uma ordem de elevar seu mundo a um estado de actividade perfeita.

Quando a nossa consciência é elevada, tudo no nosso universo sobe ao plano de actividade interior.

Cada vez que usamos “Eu Sou” pomos a Pura Energia de Deus em movimento sem cor nem tonalidade de conceito humano (incontaminada por qualidades humanas).

Alcançaremos enormes resultados em pouco tempo, através do uso das seguintes afirmações: “Eu Sou a pura inspiração; Eu Sou a Pura Luz em acção aqui (visualizar isto no corpo e através dele); Eu Sou a pura revelação de tudo o que quero saber.

Tomamos as rédeas do poder dentro de nós.

As pessoas temem abraçar o Grande Poder de Deus e deixar que Ele trabalhe.

O que pode haver que nos atemorize?

Temos que reclamar e apoderarmo-nos daquilo que desejamos.

Digamos: “Eu Sou agora o Ser Ascensionado que desejo ser!

Isto nos envolve imediatamente na Presença Ascendente.

Digamos: “Eu sou a eterna libertação de toda imperfeição humana.”

Isto realiza o “Eu Sou”.

Digamos: “Eu aceito agora minha Perfeição completamente realizada.”

Usai-mos os termos explicativos das afirmações para nossa própria compreensão, pois a consciência carnal é como São Tomé, incrédula e crítica.

Não a deixemos duvidar.

Digamos: “Este meu corpo é o Templo do Deus Vivente Ascensionado agora.”

As instruções geralmente são para que o indivíduo prove a Lei para si mesmo.

Digamos frequentemente: “Eu Sou o Poder que governa esta actividade e consequentemente isto é sempre presente.

Em todo o Universo não existe ser humano que possa perceber, por outro, a Presença Eu Sou.

Cada passo que damos por nós mesmos, em reconhecermos quem somos, é uma conquista permanente, e não podemos retroceder.

Todo mundo busca a felicidade, às vezes chamada bem-aventurança.

Contudo, muitos dos que a têm procurado com tanto afinco continuam passando distantes pela chave desta felicidade.

A simples chave para a perfeita felicidade e seu inerente e constante poder é o autocontrolo e a autocorrecção.

E isso é muito fácil de conseguir, uma vez que aprendamos a verdade de que somos a Presença EU SOU e a Inteligência que controla e determina todas as coisas.

Ao nosso redor há todo um mundo de pensamentos criados por nós mesmos.

Dentro deste mundo mental está a semente, a Presença Divina “Eu Sou”, que é a única Presença que actua no Universo e que dirige toda energia.

Essa energia pode ser intensificada muito além de todos os limites, por meio da nossa actividade consciente.

O caminho seguro para a compreensão e uso deste poder consciente vem a nós através do autocontrolo.

O que queremos dizer com esta palavra “autocontrolo”?

Primeiro, o reconhecimento da Inteligência “Eu Sou” como única Presença activa; segundo, que ao sabermos disso, distinguiremos que não existem limites para o poder de seu uso; e, terceiro, que o homem tendo o livre-arbítrio, a livre escolha e actuação, o que cria no mundo ao seu redor, é tudo aquilo em que fixa sua atenção.

Finalmente, chegou o momento em que todos devemos compreender que o pensamento é o maior poder criador na Vida e no Universo.

A única forma de usarmos este pleno poder de Pensamento-Sentimentos que chamamos “Deus Em Acção”, é que empreguemos o autocontrolo e autodisciplina, com os quais poderemos alcançar rapidamente a compreensão para usar e dirigir este poder sem limite algum.

Quando tivermos alcançado o suficiente autocontrolo poderemos manter nosso pensamento fixo em qualquer desejo, do mesmo modo que uma chama de acetileno se mantém fixa.

Assim, enquanto mantemos a consciência imóvel em qualquer desejo, sabendo que a Presença “Eu Sou” é a que está pensando, que é Deus em Acção, compreenderemos que poderemos trazer à visibilidade e precipitar tudo o que desejamos.

Cada vez que nos lembrarmos deste ponto, recordai-mos invariavelmente que é “Deus” a Presença “EU SOU” com todo o seu poder e que está agindo para a precipitação do nosso desejo.

Ouçamos bem: foi comprovado de mil formas que o efeito de um desejo não traz felicidade.

Somente pela compreensão da força que constrói podemos tornarmo-nos Senhores de nosso mundo.

O autocontrolo é exercido quando pensamos e dizemos imediatamente diante de tudo o que seja desarmónico que se apresente: “Não, senhor. Isto não é verdade, porque meu “EU SOU” é perfeito. Apago tudo que foi mal construído pela minha consciência externa, e não aceito senão a perfeição manifestada.”

O que acontece então?

É que nós abrimos a porta para Deus “Eu Sou”, e Ele reorganiza todo o exterior.

Quando afirmamos assim nosso autocontrolo diante da actividade externa, duplicaremos todos os nossos esforços para alcançarmos esta maestria sobre toda expressão exterior.

Assim é que a Magna Presença “Eu Sou” liberta Seu Grande Poder em nossa Consciência e uso externo.

Devemos tirar da mente o sentido de tempo, espaço e distância.

A chave que abre a entrada de todas as esferas superiores, os planos superiores, está na simplicidade e firmeza do autocontrolo.

Todos devem lembrar: “Onde está vossa consciência, aí estareis”, e que o “Eu Sou” está em toda parte.

A noção de que há espaço, distância e tempo é somente uma criação nossa.

Passar através do finíssimo véu que separa a consciência de seu pleno poder e actividade interior é só uma questão de estado de consciência, de pensamento e sentimento.

Aqueles que se esforçam para alcançar a Luz estão vivendo constantemente nessas altas esferas.

A sua beleza ultrapassa toda a nossa imaginação.

Quando entrarmos conscientemente nelas, veremos que todas as criações que ali existem são tangíveis como qualquer dos nossos edifícios.

Com a afirmação “Eu Sou o Poder de meu completo autocontrolo para sempre sustentado” nos será fácil alcançarmos esta maestria.

Nós devemos fazermo-nos conscientes de que, quando reconhecemos a actuação da Presença “EU SOU”, é impossível que a mesma seja interrompida ou que possa haver interferência de alguma forma.

Ao sabermos que não há nem tempo, nem espaço, alcançaremos o conhecimento da eternidade.

Para penetrarmos em uma esfera mais elevada que o mundo físico, plenamente consciente, só teremos que ajustar nossa consciência.

Como fazê-lo?

Simplesmente sabendo que já estamos ali, conscientemente.

Constantemente, afirmai-mos: “Pelo Poder do Círculo Electrónico que eu criei ao meu redor, não posso mais ser afectado por dúvidas e temores. Eu seguro com alegria o Ceptro do meu “Eu Sou”, eu penetro em qualquer das Altas Esferas que queira, conservando a clara e perfeita memória de minhas actividades ali.”

Com esta afirmação, rapidamente estaremos gozando de liberdade ilimitada e felicidade perfeita para actuarmos em qualquer plano que escolhermos.

Estar consciente de coisas que estão mil anos à nossa frente é tão fácil e acessível como pegarmos um livro em nossa biblioteca.

O grande obstáculo para nossa liberdade foi o termos criado em nossa consciência a crença de tempo e espaço.

Aqueles que tiveram a desilusão, ao verem que a riqueza e efeitos exteriores das coisas não traz felicidade, compreenderão que dentro de seu pensamento e sentimento estão: o Poder, a Liberdade e Domínio perfeitos.

Ao compreendermos que faremos parte de tudo aquilo em que fixarmos nossa atenção, perceberemos a importância de a conservarmos afastada de toda negatividade destrutiva na nossa experiência.

Discutir ou comentar defeitos de nossos amigos, familiares e associados comunica esses defeitos a nós, em nossas próprias consciências, porque fixamos a atenção no que é destrutivo.

O facto de existirem magos negros no mundo é porque certos filhos de Deus contaminaram e dirigiram mal a energia electrónica que vem da Presença “Eu Sou”.

O que nos cabe é mantermos a atenção livre, para que possamos dirigi-la ao nosso autocontrolo, impulsionando-o a que se coloque no que é positivo e construtivo.

Poucos de nós dão-se conta de que, quando voltamos a pensar, estudar ou relembrar algo negativo que aconteceu ou nos fizeram, estamos gravando e fabricando esses factos em nossa consciência, poluindo-a e atraindo novamente esta negatividade para nosso interior?

Porém, queremos imprimir em nossa mente o esquecimento das actividades da consciência exterior, uma vez que já sabemos que “EU SOU a Única Presença todo-poderosa actuando em minha mente, meu corpo e meu mundo”, já que não podemos ser afectados por nenhuma associação do mundo exterior.

Devemos saber que estamos inteiramente imunes às moléstias e perturbações das mentes de outros, não importando o que tentem fazer.

Quando percebermos que nosso próprio pensamento e sentimento podem produzir o que necessitamos, sentir-mos-emos livres do desejo de possuir tudo o que o mundo externo nos possa dar.

Consumiremos a ansiedade pelas riquezas do mundo externo, as quais nada mais são do que aparências em comparação com o poder criador inerente a todos nós.

Só poderemos manifestar esse poder transcendental através de nosso controlo e maestria.

Empunhai-mos o Ceptro de nosso Magno Poder Criador e assim ficaremos livres para sempre de todas as amarras e limitações que torturam a humanidade através das idades.

Asseguramos que todo aquele que se empenha em adquirir o Ceptro e a Maestria receberá toda a ajuda.

Aqueles de nós que têm a compreensão da habilidade criadora devem saber que podemos criar tudo o que quisermos, não importando quais os níveis vibratórios na Luz ou em qualquer outra forma que desejamos manter.

Sabemos que temos a habilidade de transferir nosso pensamento de Lisboa a Nova Iorque no mesmo instante e temos também o poder de modificarmos nosso pensamento de uma condição de Luz para uma forma tão condensada como a do Ferro.

O facto de que ainda não tenhamos precipitado o visível do invisível produz em nós a dúvida, até que ocorra uma simples manifestação.

Então, a nossa coragem e confiança exercerão domínio e não teremos dificuldade em precipitarmos o que quisermos.

A humanidade através de séculos construiu este muro de limitação.

Devemos agora derrubá-lo e destruí-lo da melhor maneira possível.

A princípio necessitamos determinação para alcançarmos este propósito, porém, quando soubermos que é o Poder do “Eu Sou” que está actuando, entenderemos não ser possível falhar.

Exteriormente, teremos apenas que manter a atenção fixa no objecto que desejamos fazer visível, concentrando-nos, e logo o encontraremos plasmado, e nos espantaremos ao constatarmos que vivemos tanto tempo sem fazer uso deste Poder.

O comprimento do Raio, que se desprende da substância precipitada ou da condensação da Luz é controlado pela consciência.

A consciência assim elevada é de um fulgor muito grande.

Quando já somos um indivíduo sincero, que está alcançando a Luz, temos que qualificar tudo o que existe em nosso ambiente com a qualidade de nossa Presença “Eu Sou”, não importando a aparência que tenha.

Se o medo nos faz crer em uma presença perturbadora, nós seremos o responsável, porque, se houver tal presença e a qualificarmos com a Presença “Eu Sou”, veremos a impossibilidade de que tal presença nos possa perturbar.

O homem, através de séculos, criou um véu que lhe oculta estas esferas transcendentais; porém, se o criou, o sentido comum e a razão lhe dirão que ele o pode dissolver.

Se nos mantivermos harmoniosos, de tempos em tempos, receberemos a iluminação que nos dará toda a confiança necessária.

Mantemos-mos ligados a uma ideia e saberemos que qualquer conhecimento que necessitamos nos virá instantaneamente.

Quando permitimos que nossa atenção se fixe em algo, nesse momento lhe estamos dando o poder de agir em nosso mundo.

Isto quer dizer que não pode haver uma qualidade ou aparência em nosso mundo a não ser aquela que nós mesmos lhe damos.

Uma das coisas mais importantes, mesmo para os indivíduos sinceros, é sentirmos a necessidade de dedicar algum tempo à meditação de manhã e à noite, que nos aquiete a actividade externa, para que a Presença Interior possa surgir sem obstrução.

Meditar significa realmente sentir a activa Presença de Deus.

Por este motivo, quando se entra em meditação não se deve trazer connosco todas as perturbações que nos ocuparam até aquele momento.

Devemos afastar, conscientemente, do sentimento e da atenção tudo aquilo que possa perturbar, pois é um momento para entrar em contacto com Deus e não para revolver velhos males.

Quando se fez aquela afirmação: “Conheceis a Verdade e ela vos fará livres”, a intenção foi a de reconhecer e aceitar a actividade da Grande Presença “EU SOU”.

1) Façamo-nos conscientes de que o “EU SOU” é o Primeiro Princípio e que é a absoluta segurança de libertação agora mesmo;

2) Conhecemos que o “EU SOU” é a activa Presença que governa toda manifestação em nossa vida e nosso mundo perfeitamente.

Assim, teremos entrado na Verdade que nos fará livres.

Não permitíamos que nossos pensamentos remexam experiências desagradáveis.

É de lamentar ser tão difícil fazer os indivíduos compreenderem que nunca, sob nenhuma hipótese, se deve prender a água que já passou sob a ponte.

Em outras palavras, as experiências desagradáveis, as perdas, ou qualquer imperfeição que ocorreram em nossa vida não devem jamais ser seguras e presas ao presente.

Se uma pessoa entrou em um negócio e fracassou, isto ocorreu sempre por desarmonia mental de sua atitude e seus sentimentos.

Se cada indivíduo, em circunstâncias semelhantes, mantivesse, com firmeza, a certeza de que só existe Deus em acção, alcançaria o êxito mais perfeito.

Desde que temos livre-arbítrio, aquele que não controla seu mundo sensorial encontrar-se-á destruindo todo o seu mundo e o alheio também.

Tal é a Grande Lei, a menos que o indivíduo corrija seus pensamentos e sentimentos, mantendo-os correctos.

  

Com amor e profunda gratidão,

 

Luís Barros