LEIS
SUPERIORES
A vida omnipresente
(o Reservatório Universal, puro e vivificante como a Própria Vida, e de facto é
vida) está em toda a parte em torno de nós.
Está sujeito a
nosso controlo e direcção consciente, obedecendo-nos prontamente quando amamos
bastante, porque todo o Universo obedece ao preceito do Amor.
Seja o que for que
desejamos, manifesta-se por si mesmo quando ordenamos em Amor.
Temos uma certa compreensão
Interior da Grande Lei, mas não estamos externamente conscientes o bastante a
respeito d’Ela para produzir o que desejamos directamente do Omnipresente
Reservatório Universal.
Desejamos tão
intensa, honesta e resolutamente ver alguma coisa deste género, que isso não
nos poderia ser recusado por mais tempo.
Quando deixamos a
casa esta manhã, pensamos estar saindo a passeio, isto é, tanto quanto nossa
actividade exterior gostaria de fazê-lo.
No mais profundo e
amplo sentido, porém, estávamos realmente seguindo o impulso de nosso Próprio
Deus Interno, que nos conduziu à pessoa, ao lugar e à condição onde nosso mais
intenso desejo pudesse ser satisfeito.
A Verdade da Vida é
que não se pode desejar uma coisa que não seja possível a esta coisa manifestar-se
em algum lugar do Universo.
Quanto mais intenso
for o sentimento contido no desejo tanto mais depressa este se realizará.
Se, entretanto,
alguém for tão insensato a ponto de desejar alguma coisa que possa prejudicar a
um outro filho de Deus, ou a qualquer outra parte de Sua Criação, então essa
pessoa pagará a penalidade com discórdia e fracasso, em alguma experiência de
sua vida.
É muito importante
compreender plenamente que o desígnio de Deus para com cada um de Seus
filhos é a abundância de todas as coisas boas e perfeitas.
Ele criou a
Perfeição e investiu cada um de Seus filhos exactamente com o mesmo poder.
Também eles podem
criar e manter Perfeição, expressar a SABEDORIA de Deus sobre a Terra e tudo
quanto nela existe.
O ser humano foi
criado, originariamente, à Imagem e Semelhança de Deus.
A única razão pela
qual nem todos manifestam Seu Domínio e Majestade é pelo facto de não usarem
sua Herança Divina — aquilo de que todo indivíduo é dotado e com que é
destinado a governar seu próprio mundo.
Então, não estão
obedecendo à Lei do Amor, através da qual se derramam bênçãos e paz a toda
Criação.
Isto lhes acontece
pela sua falta de capacidade em aceitar e reconhecer a si próprios
como Templos do Mais Alto Deus Vivo, e de guardar este conhecimento com
eterna gratidão.
A humanidade, na
sua actual limitação aparente de tempo, espaço, conceitos e valores
distorcidos, acha-se nas mesmas condições de uma pessoa necessitada a quem
estendesse uma mão cheia de dinheiro.
Se o referido
indigente não desse um passo avante para receber o dinheiro que se lhe
oferecia, como poderia, jamais, obter os benefícios que este lhe poderia
trazer?
A massa da
humanidade está hoje exactamente nesse estado de consciência e nele continuará
mergulhada, até que os aceitemos a Deus dentro de nossos corações como o
SUPREMO AMOR GOVERNANTE, o DOADOR e o AUTOR de todo o BEM que sempre desejamos
para preencher nossas vidas com plenitude e bem-aventurança.
O eu pessoal de
todo indivíduo deve reconhecer, completa e incondicionalmente, que a actividade
exterior ou humana da consciência nada tem, absolutamente, que lhe seja
próprio.
Mesmo a energia,
pela qual se reconhece o Grande Deus Interior, é irradiada para o eu-pessoal
pelo Grande Ser Divino Interior.
Amor e glorificação
ao Grande Eu Interior e a atenção mantida focalizada
sobre a Verdade, a saúde, a liberdade, a paz, a fartura, ou qualquer outra
coisa que desejarmos para correcto uso, manifestar-se-ão para o nosso proveito
e de nosso mundo — se com persistência os conservamos em nossa consciência
(pensamento e sentimento).
Isto é tão certo
como existe uma Grande Lei de Atracção Magnética no Universo.
A Eterna Lei da
Vida é: O QUE PENSAMOS E
SENTIMOS ATRAIREMOS PARA O MUNDO DA FORMA. Onde está nosso pensamento, aí
estamos, porque somos nossa própria Consciência e nos tornaremos naquilo sobre
que meditamos.
Quando alguém
permite que sua mente se demore em pensamento de ódio, condenação,
concupiscência, inveja, ciúme, crítica, medo, dúvida ou desconfiança, e admite
que esses sentimentos de irritação sejam gerados dentro dele, certamente terá
discórdia, fracasso e infortúnios em sua mente, corpo e mundo.
Enquanto ele
permanecer consentindo que sua atenção se prenda a tais pensamentos - tenham
eles por objecto nações, pessoas, lugares, condições ou coisas - está
absorvendo aquelas actividades na substância de sua mente, de seu corpo e de
seus negócios.
De facto, ele está
induzindo - forçando-as - a que entrem em sua experiência.
Todas essas
actividades discordantes atingem o indivíduo e seu mundo, através de seus
pensamentos e sentimentos.
O sentimento muitas
vezes se manifesta impetuosamente, antes mesmo que se possa controlar os
pensamentos captados pela consciência externa; tal experiência mostrar-lhe-á
como é grande a energia, dentro de suas múltiplas criações - criações estas que
ele acumulou pelo hábito.
A actividade de
Vida designada como sentimento, é o ponto menos
resguardado da consciência humana.
É a energia
acumuladora, pela qual os pensamentos são
impelidos para dentro da substância atómica, e assim, pensamentos se tornam
coisas.
Advertimos: a
necessidade de vigilância sobre o sentimento nunca será demasiadamente
enfatizada, porque o controlo das emoções desempenha o papel mais
importante em tudo na Vida, mantendo o equilíbrio da mente, a saúde do corpo,
sucesso e realização nos negócios e no círculo social do eu-pessoal de todo
indivíduo.
PENSAMENTOS
nunca poderão se converter em coisas, enquanto não se revestirem de SENTIMENTO.
O que chamamos de Espírito
Santo é o que conhecemos como sentimento, é a parte da Vida — Deus — a
Actividade do Amor Divino ou a Expressão Materna de Deus.
É por isso que o
pecado contra o Espírito Santo é referido como o que acarreta tão grande
aflição, porque qualquer discordância no sentimento rompe a Lei do Amor,
que é a Lei do Equilíbrio, Harmonia e Perfeição.
O maior
crime no Universo contra a Lei do Amor é a emissão quase incessante, pela
humanidade, de toda a espécie de sentimentos negativos e destrutivos.
Um dia a raça
humana virá a perceber e reconhecer que as forças sinistras e destrutivas
que se manifestam nesta Terra e em sua atmosfera — geradas, notai bem, pelo
pensamento e sentimento humanos — só entraram nos negócios dos
indivíduos e das nações através da falta de controlo das emoções na
experiência diária de cada um.
Mesmo os
pensamentos destrutivos não podem expressar-se em acção, acontecimentos, ou
transformar-se em coisas físicas sem passar pelo mundo do sentimento —
porque é nessa fase de manifestação que tem lugar a actividade de solidificação
do átomo físico sobre as formas mentais.
Assim como o
barulho de uma súbita explosão causa um choque no sistema nervoso de quem ouve,
imprimindo uma sensação de tremor na estrutura celular do corpo — exactamente
do mesmo modo as labaredas do sentimento irritado chocam, perturbam e
desordenam as substâncias mais finas da estrutura atómica da mente, do corpo e
do ambiente da pessoa que as emite, consciente ou inconscientemente,
intencionalmente ou não.
O Sentimento
discordante é o causador das condições a que chamamos desintegração,
velhice, falta de memória e qualquer outra falha no mundo da experiência
humana.
O efeito causado
sobre a estrutura do corpo é o mesmo que seria produzido
em um edifício se a argamassa, que une os tijolos, recebesse repetidos golpes,
num aumento crescente, diariamente.
Esse abalo contínuo
separaria as partículas componentes da argamassa, e o
edifício ruiria e se transformaria em massa caótica, e a forma deixaria de
existir.
É isto que a
humanidade está constantemente fazendo na estrutura atómica do corpo humano.
Manifestar
pensamentos e sentimentos discordantes que brotam de si mesmo, é proceder
dentro do menor esforço e constitui uma actividade habitual do indivíduo pouco
desenvolvido, rebelde e obstinado, que recusa compreender a ”LEI DO SEU PRÓPRIO
SER” e trazer sua personalidade — que é apenas instrumento de expressão — à
obediência a ‘Essa Lei’.
Aquele que não quer
controlar seus pensamentos e sentimentos está em mau caminho
porque todas as portas de sua consciência estão abertas de par em par às
actividades desintegradoras projectadas pelas mentes e emoções de outras
personalidades.
Não é preciso nem
força, nem sabedoria, nem treinamento, para dar passagem a impulsos malévolos e
destrutivos, e os seres humanos adultos que fazem isto, não passam de crianças
no desenvolvimento de seu autodomínio.
É uma vergonha para
a Vida da espécie humana, que tão pouco controlo das emoções seja ensinado à
humanidade, do berço ao túmulo.
É fácil ceder a
pensamentos, sentimentos e hábitos discordantes,
porque a massa humana está como que submersa em ambiente e associações criadas,
inteiramente, pelos próprios homens.
O indivíduo, pelo
autodomínio da consciência externa, deve esforçar-se por se elevar acima dessa
condição, pelo seu próprio esforço, a fim de transcender
a essas limitações permanentemente, e ninguém pode ter esperança de libertar
sua vida e seu mundo da miséria, da discórdia e da destruição, enquanto não
refrear os próprios pensamentos e sentimentos.
Deste modo ele
recusa deixar a Vida — que flui através da mente e do corpo — vir a ser
qualificada pela discórdia resultante de cada pequena ocorrência perturbadora
no mundo que o cerca.
A princípio, essa
disciplina requer esforços tenazes e contínuos, porque os pensamentos e os
sentimentos de noventa e cinco por cento da humanidade correm tão
descontrolados e livres como um cãozinho vadio.
Entretanto, não
importa quanto esforço seja necessário para trazer essas duas actividades a um
controlo absoluto; esse objectivo é de máxima importância e vale a pena que
se dedique toda a energia, esforço e tempo e nenhum domínio real e
permanente da Vida e do mundo pode resultar sem ele.
Será prazer e
privilégio ensinar o emprego das LEIS SUPERIORES.
O uso e a aplicação
delas nos permitirão libertar e expressar a verdadeira Sabedoria e
manifestar Toda Perfeição.
O primeiro passo
para o controlo de si mesmo é a quietação de toda actividade externa, tanto da
mente como do corpo.
Quinze a trinta
minutos, à noite antes de dormir e pela manhã antes de
começar o trabalho diário, de prática do exercício que se segue, causará
prodígios em quem quer que o faça com o necessário empenho.
O segundo passo
consiste em certificarmo-nos de que não seremos perturbados, e depois de
nos tornarmo-nos perfeitamente tranquilos, imaginemos e sentimos nosso corpo
envolvido em uma resplandecente Luz Branca.
Durante os
primeiros cinco minutos de concentração nesse quadro, reconhecemos e
sintamos intensamente a ligação do eu exterior e Nosso Poderoso Deus Interior,
focalizando a atenção no centro do coração, visualizando-o como um Sol
Dourado.
O passo seguinte é o
reconhecimento: ‘Eu agora aceito alegremente a
plenitude da Poderosa Presença de Deus - o Cristo Puro’.
Sintamos o grande
brilho da Luz e intensificámo-la em cada célula de nosso corpo
durante, no mínimo, dez minutos.
Encerrai-mos então
a meditação pelo comando: “EU
SOU UM FILHO DA LUZ – EU AMO A LUZ – EU SIRVO A LUZ – EU VIVO NA LUZ – EU SOU
PROTEGIDO, ILUMINADO, SUPRIDO, SUSTENTADO PELA LUZ E EU ABENÇÔO A LUZ.”
Lembramos-mos
sempre: Nós nos tornamos naquilo em que meditamos e uma vez que todas as
coisas vieram da ‘Luz’, ‘Luz’ é a Suprema Perfeição e o Controlo de todas as
coisas.
Contemplação e
adoração da ‘LEI’ induz a iluminação da mente; saúde, força e ordem no corpo
físico, paz, harmonia, êxito, a se manifestarem nos negócios de todo o indivíduo
que realmente puser em prática essa disciplina e a mantiver.
No início de cada
Era, em todos os tempos, em quaisquer condições, dizem-nos todos aqueles que
expressaram as maiores realizações da Vida, que a ‘Luz’ é Suprema — a ‘Luz’
está em toda a parte — e na ‘Luz’ existem todas as coisas.
Esta Verdade é tão
verdadeira hoje como o era há um milhão de anos atrás.
Tão remotamente
desde quando se tem conhecimento da história da humanidade, os sábios e os
grandes representantes de todas as eras são pintados com uma radiação de Luz
que os envolve, emanando da cabeça e do corpo.
Essa ‘Luz’ é real —
tão real como a luz eléctrica em nossas casas.
Não está muito
distante o dia em que aparelhos serão construídos para mostrar a emanação da
‘Luz’ em volta de cada indivíduo, visível ao olho físico de quem quer que
deseje vê-la.
Tais aparelhos
mostrarão, também, a contaminação ou descoloração que se torna em nuvem em
torno da ‘Luz’ de Deus — gerada pelo eu-pessoal através de pensamentos e
sentimentos discordantes.
Esta — e somente
esta — é a maneira pela qual a energia da Grande Corrente de Vida é
mal-empregada e erradamente qualificada.
Se praticarmos
fielmente o exercício recomendado, sentindo-o em cada átomo de nossa mente e de
nosso corpo com profunda, profundíssima intensidade, receberemos provas
abundantes da Tremenda Actividade, do Poder e da Perfeição que residem e estão
perenemente activos dentro da Luz.
Quando tivermos
experimentado isto, mesmo por pouco tempo, não precisaremos de nenhuma prova
além dessa.
Tornar-nos-emos nossa
própria prova.
A
‘LUZ’ É O REINO. ENTRAIMOS N’ELE E ESTAREMOS EM PAZ.
Voltai-mos à casa
do Pai.
Passados os dez
primeiros dias da prática deste exercício, é bom fazê-lo três vezes ao dia — de
manhã, ao meio-dia e à noite, verificaremos um início palpável de modificação,
discreta, que vai manifestando-se aos poucos em nossa vida.
Muitas vezes
ouvimos a queixa: ‘Oh! Não disponho de tanto tempo’!
Aos que são dessa
opinião, desejamos simplesmente dizer o seguinte: O tempo que o comum das
pessoas gasta criticando, condenando e censurando criaturas, condições e
coisas, por não serem algo diferente do que são, se empregado nesse
reconhecimento e uso da ‘Luz’, faria o Céu manifestar-se na Terra, para quem
ousar experimentar e tiver determinação para perseverar.
Nada é impossível.
A ‘Luz’ jamais
falha.
A ‘Luz’ é o Meio de
Deus para criar e manter Ordem, Paz e Perfeição em toda a Sua Criação.
Qualquer ser humano
nesta Terra pode dispor de todo o tempo de que necessitar para executar este
exercício, quando seu desejo de o fazer for bastante intenso.
A própria
intensidade do desejo reorganizará o mundo do indivíduo,
as pessoas, as condições e as coisas de modo a prover esse tempo, se o ser
desejar sinceramente utilizá-lo para sua elevação.
Ninguém no mundo
faz excepção a Esta Lei — porque o desejo intenso de fazer qualquer coisa de
construtivo, quando se torna muito intenso, é o Poder da Energia Divina
que liberta a energia necessária para criar e expressar a coisa desejada.
Todos gozam desse
mesmo supremo privilégio de contacto com a Todo-poderosa Presença Omnisciente
de Deus, e Ela é o Único Poder que sempre elevou, eleva e há-te elevar o eu-pessoal
e seu mundo acima das discórdias e das limitações terrenas.
Praticai-mos isto
com grande persistência e determinação e sabei-mos que Deus em Nós é Nossa
Vitória Certa.
Não vemos o que a
verdadeira mestria realmente é?
Nós — no Estado de
Ascensionados — podemos moldar a estrutura atómica do nosso corpo como o oleiro
molda o seu barro.
Cada eléctron e
átomo no Universo obedece ao nosso desejo e comando,
em consequência do Poder Divino pelo qual o controlamos — tendo adquirido o
direito de ser seus Dirigentes.
A humanidade, no
estado não Ascensionado em que se encontra, fica assombrada e maravilhada com
essas coisas, mas dizemos que para nós não existe maior esforço em mudar a aparência
e a actividade de nossos corpos, do que para um ser humano comum mudar de
roupas.
A infortunada
condição, na consciência humana, que mantém o indivíduo nas suas autocriadas
limitações, é a atitude mental que ora teme, ora ridiculariza aquilo que não
compreende ou, o que é ainda pior, em sua ignorância diz: ‘ISTO É IMPOSSIVEL’.
Uma coisa pode não
ser provável sob certas condições humanas, mas o SER DIVINO INTERIOR que
é a Grande ‘Luz’, pode mudar todas as condições humanas, e assim nada é
impossível.
Todo indivíduo tem
dentro de si a Divina Chama de Vida, e Esse seu
Próprio Deus tem Domínio, onde quer que se mova no Universo.
Se ele, por motivo
de sua própria inércia mental, não empregar o necessário esforço para
reorganizar seus velhos hábitos mentais e corporais, continuará acorrentado às
cadeias que ele mesmo forjou.
Se, entretanto,
prefere conhecer o Deus Interno dentro de si mesmo, e ousa dar a esse Deus
INTERIOR todo o controlo de suas actividades externas, receberá uma vez mais o
conhecimento do Domínio sobre toda substância — que foi seu desde o começo.
É chegado o tempo
em que a humanidade está despertando rapidamente e ela deve, de algum modo,
estar disposta a reconhecer que viveu repetidamente centenas — algumas vezes
milhares — de vidas, cada vez em um novo corpo físico.
A Lei da encarnação
é a actividade, na evolução humana, que dá ao
indivíduo uma oportunidade para restabelecer um equilíbrio, nas mesmas
condições que ele conscientemente desajustou.
É apenas uma
actividade da Lei da Compensação — Causa e
Efeito, ou o que pode ser chamado processo automático de equilíbrio,
governando todas as forças em toda a parte do Universo.
A compreensão
correcta desta Lei nos dá a explicação de muitas condições na experiência
humana, que de outro modo nos pareceriam inteiramente injustas.
É a única
explicação lógica para a infinidade de complexidades e experiências da criação
humana, e revela o processo e a Lei em que repousa toda manifestação.
Faz compreender que
não há tal coisa como acaso ou acidente.
Tudo está
subordinado à directa, exacta e Perfeita Lei.
Toda experiência de
consciência tem uma causa anterior e tudo, no mesmo
instante, torna-se a causa de um futuro efeito.
Se um homem magoa
uma mulher em determinada vida é certo que se encarnará numa forma feminina e
passará por experiência semelhante, até que cumpra e sofra aquilo que fez
sofrer a outrem.
A mesma coisa
acontecerá a uma mulher se for injusta para com um homem e ofendê-lo.
Este é o único
caminho pelo qual o ser é obrigado, ou antes, obriga-se a si mesmo a
experimentar tanto a causa como o efeito de tudo quanto gera no mundo.
O indivíduo pode
criar e experimentar, o que quer que seja no seu próprio mundo, mas se prefere
causar discórdia e sofrimento a outrem, obriga-se a atravessar condições
semelhantes, até compreender qual é o efeito de sua própria criação sobre o
resto da Vida no Universo.
A vida externa
mantém o indivíduo preso à roda da necessidade,
renascimento, luta contínua e dor, até que deixemos a “Luz do Cristo Interior”
iluminar-nos e purificar-nos, para que possamos corresponder unicamente ao
Plano de Deus — Amor, Paz e Perfeição para Sua Criação.
O éter atmosférico
de cada lugar regista tudo o que acontece nessa
localidade.
Esses Registos
Etéricos podem ser reanimados e veremos cenas
animadas, dando todos os detalhes de nossa vida.
O modelo da
actividade individual e experiência da vida está dentro de sua própria aura,
todo o tempo.
Um registo similar
existe na aura de todo lugar.
Um Mestre
Ascensionado pode, se quiser, reavivar ou revestir de actividades anteriores o
registo de um indivíduo, esteja este onde estiver, porque o modelo sobre o qual
o Mestre aglutina a estrutura atómica, está sempre na aura desse indivíduo.
Quando o Mestre
reconstitui o registo de uma localidade, deve fazê-lo precisamente no próprio
local, porque tal registo, ao ser reanimado, volta a ter a mesma forma vivente
e estrutura que tinha, quando construído preliminarmente em substância física.
Desse modo, é
possível aglutinar novamente a estrutura material de edifícios inteiros e suas
adjacências, se o Mestre Ascensionado assim o deseja, para alcançar algum justo
propósito.
Quando alguém chega
a atingir esse Domínio dado por Deus, pode reconstituir e reanimar qualquer
Arquivo Etérico que deseje tornar visível, para instrução e benefício de
estudantes e outros.
Uma vez levado a
efeito — tudo se torna real como a própria realidade — e os objectos
reconstituídos podem ser fotografados, tocados e tornados materialmente
tangíveis pelos sentidos físicos de quem quer que os esteja observando.
Nosso corpo físico
é apenas uma roupagem que nós, o Eu-Consciente, indivíduo pensante e
experimentador, usamos.
Há um único meio de
evitar a roda cósmica de causa e efeito — a necessidade
da reencarnação — e isto é obtido através do esforço consciente para
compreender e a Lei da Vida.
Deve-se procurar
ardentemente o Deus Interno, estabelecer contacto
permanente e consciente com esse “Eu Interior” e mantê-lo firmemente,
sejam quais forem as condições que se apresentem na vida exterior.
O Desejo
Construtivo é a actividade expansível dentro da Vida,
porque é só desse modo que ideias sempre maiores, actividade e realização são
impelidas a se expressar no mundo externo da substância e da forma.
Dentro de cada Recto
Desejo está o poder de sua própria realização.
O homem é Filho de
Deus.
Ele é comandado
pelo Pai a escolher como deve dirigir a energia da Vida,
e que qualidade deseja para expressar o cumprimento do mandato de Deus através
de seu desejo manifestado.
Isto ele deve
fazer, porque o livre arbítrio é seu direito inato.
É função da
actividade exterior do intelecto guiar toda expansão para dentro de canais
construtivos.
Este é o desígnio e
o dever do eu exterior.
Porém, permitir que
a Grande Vida ou Energia de Deus seja usada apenas para satisfação dos sentidos
— hábito da grande massa da humanidade — é o que constituí seu emprego
destrutivo, que é sempre seguido, sem excepção alguma, de desarmonia, fraqueza,
fracasso e destruição.
O emprego
construtivo do desejo é a direcção consciente dessa Ilimitada Energia Divina
pela Sabedoria.
Todo desejo,
dirigido pela Sabedoria, leva consigo uma espécie de bênção
para o resto da Criação.
Todo desejo
dirigido pelo Deus Interno, brota com sentimento de Amor
e abençoa sempre.
Não há Mestria ou
Domínio Consciente no transe ou nas práticas hipnóticas, que são extremamente
destrutivas e perigosas para o Crescimento da Alma de quem as permite.
Devemos compreender
integralmente que o Controlo Consciente, a Mestria e o uso das forças e
coisas desta Terra devem estar sempre sujeitos à direcção do nosso Ser Divino
ou Deus Interno, por meio da perfeita cooperação e da obediência de todas
as faculdades externas, tanto da mente como do corpo, a essa Direcção Interior.
Não há Mestria sem
isso e aqueles que são conhecidos como Mestres Ascensionados nunca, nunca
obrigam qualquer actividade que possa desrespeitar a Lei do livre-arbítrio dado
por Deus ao indivíduo.
Ao estudante poderá
ser facultada a experiência da Projecção, se um Mestre Ascensionado desejar
expandir-lhe temporariamente a consciência, de modo que possa compartilhar de
acontecimentos que se verifiquem em dois ou mais lugares ao mesmo tempo.
Em tal estado, as
faculdades do discípulo permanecem totalmente sob o domínio e a direcção de sua
livre vontade, em qualquer momento.
Mantém-se
integralmente consciente e activo aonde quer que esteja seu corpo, e também no
local que o Mestre Ascensionado escolheu para dirigir sua atenção, a fim de
receber ensinamentos.
Consciência
Projectada consiste no aumento do grau de vibração da estrutura atómica,
tanto na mente como no corpo do estudante.
Isto é feito pela
radiação de um Mestre Ascensionado e é uma actividade da 'Luz' que aumenta a
frequência de vibração até a nota tónica que Ele estabelece para a experiência.
Nos graus mais
elevados, o discípulo usa suas faculdades de visão e de audição exactamente
como o faz na vida diária, com a diferença de que tais faculdades se acham
expandidas na zona ou oitava imediatamente acima da humana.
Quando a Realidade
da Vida é correctamente compreendida, toda a
manifestação que parece milagrosa à nossa consciência actual passa a ser uma
experiência tão natural e normal como a formação de palavras para quem conhece
o alfabeto.
Os chamados
milagres são todos produtos de uma sempre expansiva e progressiva manifestação
de Vida na forma, e ocorrem em todos os tempos por
um regular e ordenado processo da Lei, em Amor e Paz.
Não importa quão
estranha, incomum e impossível possa parecer uma experiência ao actual estado
mental da humanidade: isto não é prova de que não haja uma Lei Maior e
Inteligência Superior em acção, produzindo maiores maravilhas de criação em
torno de nós, o tempo todo.
O conhecimento dos
maiores cérebros da humanidade no mundo exterior de hoje está para essa Grande
Sabedoria e Poder Interno, como a compreensão de uma criancinha para o estudo
de cálculo integral.
A humanidade deve
deter o pleno uso consciente de toda a sua sabedoria e poder,
como filhos de Deus, sabendo perfeitamente bem de onde provém.
O eu externo será
apenas o instrumento do Eu Divino como deve ser,
e só lhe será permitido fazer aquilo que fora criado.
Naturalmente, o
Grande Eu Interior poderá actuar livremente, e em consequência disso a
perfeição permitirá magníficas realizações.
Com amor e profunda gratidão,
Luís Barros