2 de abril de 2021

SEBENTA – 23

Divino Plano Cósmico

Em épocas passadas, a humanidade manifestou Perfeição em todos os aspectos.

Essa condição anterior da raça foi narrada pelos historiadores como o Jardim do Éden - Éden ou E-Don - significando Divina Sabedoria.

À medida que a atenção consciente ou actividade externa da mente tinha permissão para pousar no mundo dos sentidos físicos, a ‘Divina Sabedoria’ - a CONSCIÊNCIA ONISAPIENTE - tornava-se nublada ou encoberta e o ‘Divino Plano Cósmico’ da vida do indivíduo veio a submergir.

Foram-se embora a Perfeição e o domínio consciente da humanidade sobre todas as formas, que ficaram ocultas e esquecidas daí por diante.

O homem passou a ter consciência sensorial em vez de consciência Divina, e desse modo, a manifestar aquilo para que se dirigia sua atenção e em que mais pensava.

Deliberada e conscientemente voltou as costas à Perfeição e ao Domínio de que fora dotado pelo Pai, no princípio criou suas próprias experiências de penúria, limitação e discórdia de toda categoria.

Identificou-se com a parte em vez do todo e o resultado disso foi, naturalmente, a imperfeição.

Toda limitação da humanidade é o resultado do mau emprego que o indivíduo faz do Atributo Divino do LIVRE-ARBÍTRIO.

Ele se obriga a viver dentro de suas próprias criações até que, pela directa volição da actividade externa da mente, olha de novo para trás, com toda a consciência, para a sua origem Real - para DEUS, a GRANDE ORIGEM DE TUDO.

Quando isso ocorre, começa o homem a recordar Aquilo que foi um dia, e que poderá ainda vir a ser - a qualquer tempo que decidir olhar, uma vez mais, para a ‘Grande Cópia Cósmica’ de Si Mesmo.

Vasta parte desse povo (civilização Atlante) tornou-se consciente do Grande Poder Divino Interior, que existe no íntimo de cada pessoa; mas como dantes, o lado humano de sua natureza, isto é, actividades externas, usurparam novamente a Grande Energia.

Egoísmo e abuso dessa transcendente sabedoria e poder chegaram a predominar em mais alto grau ainda do que nos tempos precedentes.

Os Mestres da Sabedoria Antiga viram que o povo estava preparando um novo momento destruidor e que um terceiro cataclismo ameaçava.

Preveniram os habitantes repetidas vezes, como haviam feito anteriormente, mas só aqueles que serviam a "Luz" deram atenção.

Embora já tenham decorrido doze mil anos desde a submersão, fragmentos de informação concernente a esse facto flutuam até nós pelos mais inesperados canais.

Mitos e lendas existem em profusão com referência à Atlântida, e tanto um como outro são condutos que preservam para a humanidade certas condições reais que existiram sobre a Terra - em diferentes épocas.

Com o correr do tempo, incontestável prova de sua existência e do alto nível que alcançou será revelada pela oceanografia, pela geologia e outros meios científicos.

O Egipto se elevou às maiores alturas pelo uso correcto do conhecimento e do poder.

Isto exige sempre humildade, obediência do intelecto ao Eu Divino Interior, absoluto e incondicional controlo da natureza inferior ou humana por parte daqueles que procuram tais dons, se é que desejam evitar a destruição.

As almas encarnadas no Egipto, durante seu declínio, não eram atrasadas como as das civilizações dos Desertos Gobi e do Sahara.

Ao contrário, tinham atingido o uso consciente do conhecimento e do poder, e deliberadamente preferiram fazer mau uso deles.

Tal actividade nada tem, absolutamente de comum com a Sabedoria, porque aqueles que são Eternos Herdeiros das dádivas desta Divina Deusa, devem, para sempre, estar acima de toda tentação de fazer mau uso da ciência e do poder.

Sabedoria é o emprego correcto de tudo que se manifesta e aquele que realiza esta Verdade imutável, evidente por si mesma, torna-se uma porta aberta para todo o bem que existe na Criação.

Aludir ao Egipto como terra de escuridão, é extremamente injusto porque do Egipto, em seu ciclo primitivo, emanou poderosa Luz e do Egipto novamente virá - intensa Luz.

A cena seguinte representa a elevação e a queda do Império Romano.

Quando as trevas e a degradação daqueles séculos atingiram o ponto culminante - eis que surgiu Jesus, derramando sua Luz Deslumbrante e Seu Amor como o Cristo.

Pela Sua Transfiguração, Ressurreição e Ascensão derramou-se tão irresistível torrente da Perfeição de Deus sobre a Terra, que não mais seria possível tamanha escuridão cercar a humanidade, em época nenhuma.

As realizações de Sua Vida ficaram eternamente registadas sobre a atmosfera deste planeta e actuam como um magneto para atrair a humanidade a uma Perfeição Semelhante.

A vinda de Jesus foi uma iniciação para o povo de nosso mundo e um Comando Cósmico à humanidade para empregar o Poder do Amor Divino, em todas as suas actividades futuras.

Esta efusão de Seu Amor para a Terra no mais obscuro ciclo – tornou-se o nascimento do Menino Cristo no indivíduo.

Ele invocou uma vez mais a Cópia Cósmica Divina e revelou a Lei de Deus para a era vindoura.

Este plano constitui o Domínio Completo sobre todas as coisas finitas por meio da Plena Imagem do Cristo dentro de cada ser humano.

Veio, depois, o reinado de Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra.

A humanidade tem pouco ou nenhum conhecimento da real, espiritual actividade que se verificou durante esses anos.

A mesma Luz que inspirou o entusiasmo e as actividades de Ricardo nas Cruzadas, libertou, por meio de seus partidários e do povo dessa época, certas forças que a Hoste Ascensionada empregou nos planos Internos da consciência.

Surgiram, depois, quadros da recente guerra mundial na Europa, revelando as actividades que geraram esse conflito.

Somente poucos indivíduos conhecem a causa real do mesmo e é sem dúvida preferível que a maioria ignore.

É coisa muito destrutiva para ser contemplada pela consciência.

Não se ganha nada em focalizar a atenção na guerra.

Isso também foi, talvez, a razão pela qual o período de Ricardo até a guerra mundial não foi exibido.

Aqui, as actividades da Hoste Ascensionada foram reveladas, e vimo-las dissolver a causa e a maior parte da energia acumulada no recente conflito mundial (1914-1918).

Fizeram-no pela focalização e direcção consciente de enormes Raios de Luz, cujo poder de consumir e transmitir é por demais estupendo para permitir uma descrição em termos finitos.

Esses Seres Perfeitos tinham estado aguardando um Momento Cósmico em que lhes fosse possível prestar à humanidade um Serviço de Amor, que por longo tempo foi esperado, do qual os seres humanos têm ainda pouca ou nenhuma compreensão.

Aceitai-mos, diariamente, em nossa Plenitude, a Poderosa e Activa 'Presença' do Grande Deus dentro de nós, e não poderá existir fracasso em parte alguma ao longo do caminho.

Todo aquele que sinceramente procura a 'Luz' é sempre conhecido pelos Mestres Ascensionados.

 

Com amor e profunda gratidão,

 

Luís Barros