7 de junho de 2021

SEBENTA – 89

O QUE É O CORPO DE LUZ?

*O Sétimo Nível do Corpo de Luz*

No sétimo nível do Corpo de Luz, nós começamos a entrar nos estágios emocionais do Corpo de Luz; a tornarmo-nos cada vez mais receptivos ao chakra do coração.

À medida que nos abrimos para o coração, surge um sentimento de ligação com o planeta: a sensação de se estar apaixonado por ele.

Algo do tipo: ‘’Se eu não abraçar esta árvore, vou ter um troço!’’

Um espírito brincalhão começa a surgir no sétimo nível do Corpo de Luz e o comportamento reflecte um pouco mais da criança que existe em nós.

Nessa altura, se tivermos bloqueios no corpo emocional, eles começarão a aparecer porque, quando nós começamos a expressar a divindade e a amplitude que nos são peculiares, os bloqueios começam a se dissolver.

Parte desse processo é divertido e parte não é.

Depende de quanto controle o corpo mental quer manter.

Se o corpo mental estiver em sintonia, a dissolução desses bloqueios ocorre naturalmente de maneira rápida e fácil.

É possível que fiquemos muito mais emotivos enquanto passamos por esse nível e que emocionalmente nos sintamos como se fossemos crianças: quando estamos tristes, choramos; quando estamos com raiva, gritamos; e quando estamos contentes rimos.

Expressamos o êxtase ou qualquer outra emoção pela qual estejamos passando por meio do corpo emocional.

Começamos a estar PRESENTES como nunca estivemos.

Nós sabemos que, no jogo cármico, o corpo mental vive no futuro, ele está sempre no ‘’o que aconteceria se’’.

O corpo emocional vive no passado, reagindo de acordo com as experiências anteriores.

Portanto, nós raramente sentimos o que está ocorrendo no momento.

No sétimo nível do Corpo de Luz, nós começamos a sentir o AGORA.

Uma sincronização maior entre os diferentes planos permite que tenhamos períodos mais longos de plena experiência do presente – a sensação que isso proporciona é muito boa.

Quando o corpo emocional se liberta de todo o condicionamento antigo, torna-se inevitável que muitos relacionamentos cheguem ao fim.

Com o corpo emocional liberto de todas as antigas ideias acerca da realidade e de todos os apegos emocionais do corpo mental, os relacionamentos começam a mudar muito rapidamente.

No sétimo, no oitavo e no nono nível do Corpo de Luz, as relações pessoais se transformam naquilo que chamamos de ‘’transpessoais’’.

Isso quer dizer que elas não se fundamentam mais no apego emocional, baseiam-se, isto sim, na intuição que nos diz se o Espírito está ou não nos guiando para aquela pessoa naquele determinado momento.

É um modo muito diferente de se relacionar.

Quando a pessoa se encontra no nono nível do Corpo de Luz, ela actua normalmente dessa forma a maior parte do tempo.

Ela pode, às vezes, parecer ‘’fria’’ para os outros, por não usar armadilhas e chantagens emocionais.

Atitudes do tipo ‘’Não vou chantageá-lo’’ e ‘’Não vou cair na sua armadilha’’ podem deixar as outras pessoas extremamente irritadas.

Isso faz parte do processo para o Corpo de Luz; da etapa em que a pessoa passa dos relacionamentos cármicos para os não-cármicos, ou seja, para os relacionamentos orientados pelo Espírito.

No sétimo nível do Corpo de Luz, o chakra do coração passa a funcionar de uma forma muito mais ampla do que estava acostumado.

Muitas pessoas sentem dores no peito que, provavelmente, não significam uma angina.

A sensação não é a mesma do ataque cardíaco, porque provém do centro do corpo e irradia-se para fora.

É a porta do chakra do coração abrindo-se.

Se a pessoa está em estado de meditação e quer passar para outras dimensões, ela pode entrar directamente no seu próprio chakra do coração.

Neste planeta, o chakra do coração tem uma membrana que o envolve e que chamamos de Portal do Éden.

Todos nós conhecemos aquela lenda maravilhosa em que Adão e Eva são expulsos pelo Portal do Éden e um anjo com uma espada flamejante os impede de retornar.

É a membrana do chakra do coração que bloqueia a passagem para as múltiplas dimensões.

Sua finalidade é manter essa passagem fechada.

Nada do que ocorre no plano físico pode passar para o plano astral, para que não afecte nenhum outro plano além dele mesmo.

Em parte, o modo de impedir que isso aconteça é fechando parte do chakra do coração e, consequentemente, impedindo-o de ter experiências multidimensionais.

Essa membrana é aberta agora em todos os habitantes deste planeta.

O chakra do coração tem seu funcionamento alterado e começa a abrir-se para níveis cada vez mais profundos.

É possível entrar em qualquer dimensão através do chakra do coração: tudo está dentro de nós.

O chakra do coração começa a funcionar de outra forma e passa a predominar sobre os outros chakras.

A maioria dos chakras tem actualmente a forma de um cone estreitado no centro e apresentam um movimento giratório.

Mas isso também está mudando.

Primeiro, eles passam a assumir a forma esférica e a irradiar-se em todas as direcções ao mesmo tempo.

Depois, quando o chakra do coração se torna o chakra predominante, ele começará a abrir-se por inteiro, fazendo com que o sistema de chakras se funda naquilo que chamamos de chakra unificado.

Trata-se de um campo energético unificado.

A sensação é maravilhosa.

Ao realizarmos a meditação do Chakra Unificado, estimulamos o processo do Corpo de Luz.

Quando estimulamos a fusão dos chakras nós também estimulamos os corpos energéticos – emocional, mental e espiritual – a fundirem-se num único campo energético.

No sétimo nível do Corpo de Luz, os chakras são levados a se fundir de uma forma totalmente nova.

E nós começamos a perceber que, nas ocasiões em que o medo da morte reaparecer, se as emoções estiverem bloqueadas, isso significa que esses campos se desuniram.

Isso é uma ilusão, embora a experiência pareça real.

Tudo o que precisamos fazer é reunir os corpos, tornando a fundi-los, para que os medos desapareçam.

A unificação dos chakras é muito importante para que cheguemos ao Corpo de Luz, uma vez que ela permite que lidemos com qualquer quantidade de energia (por maior que seja) através do corpo físico, sem causar qualquer dano: o corpo inteiro a suporta.

Haverá momentos em que, se o movimento dos chakras não estiver sincronizado, ao entrarmos em contacto com uma parte maior de nós mesmos, sentiremos como se tivéssemos enfiado o dedo numa tomada.

É como se a corrente fosse apenas de 20 volts enquanto nós tivéssemos 400 percorrendo o próprio corpo.

Quando fazemos uso da energia unificada dos chakras, isso não acontece mais, pois conseguimos lidar com ela em todos os níveis.

As glândulas pineal e pituitária começam a abrir-se no sétimo nível do Corpo de Luz e nós podemos sentir uma pressão na testa ou na parte de trás da cabeça.

Quando a glândula pituitária está funcionando no seu nível máximo, a pessoa não envelhece nem morre.

Portanto, é muito comum que as pessoas no sétimo nível do Corpo de Luz comecem a parecer realmente mais jovens.

A energia delas transforma seus rostos e as rugas desaparecem.

A glândula pineal actua multidimensionalmente.

Uma das experiências relatadas é a sensação de uma picada gelada, de uma dor aguda no topo da cabeça.

Muitos de nós com certeza já ouvimos falar da terceira visão.

Pois bem, há também algo chamado de quarta visão, bem no topo da cabeça; trata-se da visão multidimensional.

Está situada na chamada moleira, aquele ponto que nunca endurece na maioria das pessoas.

Em algumas pessoas, essa visão abre-se facilmente; trata-se simplesmente da visão multidimensional que se abre no seu devido tempo.

Em outras pessoas, é como se ela tentasse se abrir, mas batesse contra algo.

Pode ser um obstáculo situado no corpo etérico.

Quando esse obstáculo é removido, sentimos que a visão se abre.

A pessoa começa, portanto, a ter essas estranhas sensações.

Pode começar a tomar consciência de si mesma em outras dimensões ou em outros corpos no planeta, o que é muito interessante.

Chamamos a isso de concomitância.

A grande maioria das pessoas tem doze contrapartidas de si mesmas em outros corpos nesta realidade paralela, neste momento e neste planeta, vivendo vidas totalmente diferentes da que elas podem estar vivendo.

Elas podem tornar-se um pouco mais conscientes de si mesmas em outros corpos.

Quando isso começa a ocorrer as pessoas acham que estão se lembrando de vidas passadas, o que também é possível.

Mas com mais frequência, as pessoas estão conscientes de si mesmas na realidade paralela.

Muitas pessoas encarnam em corpos de golfinhos e baleias.

Consequentemente, nós podemos ter, por alguns momentos, a sensação de estar na água ou de sentir uma fluidez através e em volta do corpo, experiências que nos são incomuns na forma humana.

É claro que os golfinhos e as baleias constituem outras espécies sensíveis deste planeta.

Eles também são Obreiros da Luz, que estabelecem as redes mentais grupais deste planeta.

No sétimo nível Corpo de Luz, a consciência da maioria dos seres opera em grande parte de forma quadrimencional: ‘’Não apenas vou ascender amanhã, como vou curar este planeta. Vou sozinho salvar este planeta e os pobres coitados que vivem nele. Vou fazer isso. E vou arrastá-los todos para a Luz. Vou protegê-los de si mesmos e libertá-los de seus karmas. E vou resgatá-los das forças das trevas.’’

Os seres no sétimo nível do Corpo de Luz costumam identificar-se como agentes de cura ou pessoas que se propõem a despertar ou salvar a si mesmos, os outros ou o planeta.

Na verdade, eles estão cumprindo suas mónadas cármicas.

Demora um certo tempo até compreendermos que muitas partes de nós continuam vivendo na dualidade.

No sétimo nível, desenvolve-se o conhecimento de que todos os seres são mestres multidimensionais.

Podem ser mestres que estão desenvolvendo a sua divindade ou mestres que estão se empenhando em vencer suas limitações, mas são assim mesmo mestres.

Cada um está fazendo exactamente o que quer e dando o melhor de si.

Se a pessoa passou a vida protegendo e tomando conta de todo mundo a seu redor, essa é uma revelação profundamente libertadora.

A partir daí começa a achar muito bom simplesmente deixar que os outros vivam seus próprios processos.

Esse é um momento em que a maioria das pessoas é acometida por uma boa dose daquilo que é chamado de arrogância espiritual e de ambição espiritual.

No corpo físico, imagens da realidade em que elas são totalmente separadas de Deus são mantidas em camadas profundas de vergonha ou culpa.

Quando as pessoas começam a ter acesso ao seu lado multidimensional e ainda não integram o corpo físico, elas procuram negar as ideias que têm da realidade.

As pessoas muitas vezes adoptam fórmulas e regras espirituais.

Procuram dizer, vestir e fazer tudo o que é ‘’certo’’ espiritualmente, comer os alimentos ‘’certos’’ e suprimir ou negar qualquer parte delas mesmas ou dos outros que não corresponde ao ideal.

O corpo mental está acostumado a seguir fórmulas e regras, e procura arduamente encontrar uma forma de seguir o Espírito.

A arrogância espiritual é um mecanismo de defesa do corpo mental contra os ‘’sentimentos de vergonha e desvalor” guardados no corpo físico.

A arrogância espiritual é, por natureza, exclusivista.

A ambição espiritual é uma defesa do corpo mental contra os sentimentos de culpa e de incompetência mantidos no corpo físico.

As pessoas acometidas de ambição espiritual vivem manipulando os outros para conseguirem o que querem.

Tudo tem que ser ‘’o melhor’’, ‘’o mais elevado’’ e ‘’o mais avançado’’.

Muitas vezes, uma diferença de opinião ou de comentário de que elas não conhecem determinada coisa são tomadas como um ataque ao seu vasto conhecimento.

A ambição espiritual é caracterizada por uma insatisfação lamuriosa e pelo hábito de atribuir culpa nos outros.

A arrogância espiritual e a ambição espiritual são fortes defesas do ego.

À medida que o Espírito vai revelando quem nós realmente somos, ou seja, mestres divinos multidimensionais, o corpo mental e o emocional procuram apreender essa verdade pessoal tentando defini-la e se apegar a ela.

O corpo físico costuma ignorar a revelação feita pelo Espírito ou simplesmente não a aceitar.

Todo mundo lança mão dessas defesas em algum momento do sétimo, do oitavo e do nono nível.

No sétimo nível do Corpo de Luz, muitas pessoas sucumbem a um padrão de comportamento maníaco-depressivo.

Em determinado momento declaram, ‘’Sou um ser divino multidimensional’’ e, no minuto seguinte, proclamam a própria inutilidade: ‘’Não consigo fazer nada certo!’’

Elas ficam oscilando entre o sentimento de Unidade multidimensional e o sentimento de separação contido no corpo físico.

O paradoxo de ser tão amplo e, ao mesmo tempo, estar num corpo físico, baseado na matéria, é simplesmente incompreensível.

Oscilar entre os dois extremos é uma tentativa de resolver o paradoxo.

Mas isso não é possível.

Procuremos sentir os dois pólos simultaneamente.

Deixemos que ambos estejam inteiramente presentes.

No final do sétimo nível do Corpo de Luz, ou pelo menos no nono nível, as pessoas já começam a compreender esse processo e descobrem que podem ser felizes mesmo vivendo um paradoxo.

Nós começamos seguindo o Espírito.

Quando estamos no sétimo nível do Corpo de Luz, há uma sensação de estar quase alcançando-o.

Nós estamos começando a agir de acordo com o Espírito na vida quotidiana.

Nós percebemos que os medos corriqueiros são mais intermitentes.

Há dias em que nos sentimos como crianças, gostamos de tudo e tudo vai bem, e outros em que os medos chegam ao ápice.

Nós nos sentimos como se fossemos duas pessoas diferentes.

Descobriremos, à medida que avançarmos nesses níveis do Corpo de Luz, que a dualidade tende a desaparecer.

Descobriremos que ‘’nós’’ passamos cada vez mais tempo em estado de êxtase.

E descobriremos que é possível viver nesse estado.

Um dos maiores medos do corpo mental durante essa transição é ‘’não ser capaz de viver no plano físico se de facto se tornar um ser multidimensional’’.

Nós percebemos que passamos cada vez mais tempo conscientes de nós mesmos em outras dimensões e em outros corpos neste planeta.

Isso é óptimo.

Nós conseguimos viver normalmente mesmo nesse estado; isso requer alguma prática.

Nós começamos a nos activar.

Toda a percepção que nós temos começa a mudar e, durante a prática da meditação, é possível que nos vejamos em outras dimensões.

Talvez nos vejamos também em outros corpos, neste planeta.

Pode haver instantes em que nos vemos num outro tempo, simultâneo, mergulhados num AGORA que engloba todos os ‘’AGORAS’’.

Essa experiência é muito interessante, pois então nós tomamos consciência das probabilidades e possibilidades de tudo o que fazemos, ao mesmo tempo que vemos todas aquelas linhas de força saindo de nós.

Nós nos tornamos mais conscientes das relações que mantemos com os outros e também da profundidade da ligação que mantemos com o Espírito em todos os momentos.

Observamos várias vezes que, no sétimo nível do Corpo de Luz, o sentimento que está por trás de tudo é: ‘’Vou passar para um nível mais elevado amanhã; estou fora daqui.”

Nós estamos entrando em contacto com partes de nós mesmos que já se encontram no Corpo de Luz, partes do futuro ‘’eu’’ de nós.

E isso faz com que fique mais fácil controlar nossa maneira de agir.

Rapidamente, avaliamos tudo o que fazemos na vida e descobrimos o que é realmente importante: ‘’Muito bem, como já estou caindo fora daqui, posso muito bem fazer o que quero. Posso muito bem divertir-me. Posso muito bem fazer aquilo que alegra o meu coração.’’

Nós descobrimos o que alegra o nosso coração, o que realmente satisfaz.

Quando passamos para o oitavo nível do Corpo de Luz, nós descobrimos que tudo o que alegra o coração está directamente relacionado com o nosso Propósito Divino neste planeta, e que nós somos parte do Plano Universal.

No oitavo nível do Corpo de Luz, nós compreendemos: ‘’Meu Deus, não vou sair deste planeta assim tão rápido, ficarei aqui por um longo tempo.’’

Nós passamos a ter um sentimento mais profundo do propósito de servir.

E queremos fazer o que for preciso para ajudar este planeta a ascender para a Luz.

 

Com amor e profunda gratidão,

Luís Barros